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Primeira experiência!

Leaf.A.R.

Hifa
Cadastrado
07/04/2016
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Boa noite!

Entrei no fórum há bastante tempo, mas só hoje fiz a minha primeira viagem e quero compartilhar com vocês, com quem aprendi o pouco que sei, mas que foi fundamental para essa experiência maravilhosa!

Não programei com antecedência, mas hoje achei que estava um bom dia para experimentar o que já estava gestando há tempos. Nada de importante para resolver, dia bonito, sentindo-me bem e disposto...

Havia tomado café da manhã por volta das oito das manhã. Às 12:45 comi um pedaço de gengibre e tomei um chá. Às 13:00 ingeri 1,4 g de cubensis secos mais alguns pequenininhos que haviam sobrado no casing totalizando 2,1 g, com mel. O mel fui eu que colhi das minhas colméias.

Fiz um ritual de proteção e harmonização e botei para tocar Dead Can Dance.

Às 13:30 comecei a ver os tons escarlates mais vivos e notei sintomas físicos, como peso nos membros e um leve enjôo. A onda começou com a explosão de cores do clipe. Deitei na cama e comecei a viajar.

Depois de algum tempo, me deu vontade de me cobrir e ficar quieto, coberto e protegido como uma semente. Na verdade, foi essa a comparação que pensei na hora.

A minha gata estava deitada ao meu lado e ficou sob o lençol comigo. Em dado momento, vi seu pêlo tomar a forma das pinceladas do Van Gogh, num recorte muito inusitado.

E ondas atrás de ondas, como num sonho, visões chegando. Mas o tempo todo estava analisando a situação. Então, isso cortava imediatamente a imagem e sensação. Não que isso fosse um problema, porque logo outra sucedia.

Meu corpo todo reagia ao contato do lençol, à música, ao pêlo da gata... E um sorriso nos meus lábios.

Estava só um pouco enjoado, nada de incômodo, mas os movimentos, quando saí da cama, estavam meio pesados, quase como se estivesse embriagado.

Depois de um tempo indefinido, tomei coragem e fui até a cozinha, esfomeado, comer uma fruta. As dimensões estavam distorcidas.

Comi três ameixas direto... Enquanto comia e dançava (dentro do possível) fiquei notando o sabor doce, a textura e a cor que lembrava o sol da fruta. E como a felicidade é simples.

Em dado momento notei o cesto de roupas sujas e pensei que havia tarefas mundanas e chatas a serem feitas... Mas entre elas a vida é colorida e alegre! E que as partes chatas são tão parte da vida quanto aquela felicidade toda que estava sentindo naquele momento.

Durante a trip tive altas elucubrações existenciais como essas.

Por volta das quatro da tarde, as alucinações e distorções estavam terminadas. Aliás, até meio abruptamente. Sentia os sintomas físicos, ainda. O corpo estava pesado, havia um certo desconforto no estômago e fome.

Às quatro e meia, estava tudo acabado. Continuei bebendo água para eliminar os traços que estivessem no meu organismo, mas que não estavam mais dando os efeitos desejados. Mais tarde, fui comer uma pizza.

O que ficou da experiência foi como ela foi introspectiva! Foi quase como se tivesse dormido e sonhado, apenas com a Lisa Gerard me conectando com o mundo. Algumas vezes notava que o meu ajna chacra parecia que estava quase sendo atravessado!!!

Por outro lado, durante o estado alterado de consciência, vi a potência que a mente traz. Como ela pode gerar felicidade,contentamento e empatia, mas como no caso do cesto de roupas, o desafio é manter isso durante o estado normal, sem voltar a assumir a defensiva, sem deixar o ego ditar as respostas.

A potência está ali. Pena que aprisionada.

Abraços a todos e obrigado por me ajudarem nessa descoberta maravilhosa!
 
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