- 04/10/2009
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Oi Galera,
Tava com preguiça de escrever antes mas agora nesse domingo maresia acabei lendo uns relatos e vim escrever o meu.
Minha primeira experiência foi no intercâmbio . Nunca tinha ouvido falar de cogumelos aqui no Brasil até mesmo porque meus amigos não tem muito contato com nenhum tipo de droga.
Morava em uma cidade com muitos estrangeiros e no meu bairro tinha um porrada, todos trabalhando pra um hotel. Um amigo tava comendo cogumelo, pasta de amendoim e pão e perguntou se eu queria, lá fui eu.
Tava rolando uma musica na fogueira, com sofá e tudo no meio da neve. O efeito começou a bater e as viagens doidas também. Viajar em inglês foi muito louco. Primeiro que eu tava falando melhor que em sã consciência, acho que os cogus tiraram um pouco daquele receio de falar errado ou a cautela pra formar frases claras.
Eu olhava pra fogueira e ficava pensando comigo mesmo pra não escorregar, tinha gelo derretido no chão, sentei na cadeira e comecei a derrapar meu sapato no gelo e naquela fiquei por uns 10 minutos, parecia que nada alem daquele gelo existia.
Levantei pra falar com meu amigo que tinha comido cogu também e do nada surgiram algumas reflexões. Queríamos nos ver mais vezes depois do intercambio e ai surgiu a primeira reflexão sobre a burocracia pra que dois amigos se visitassem em lugares distantes. Por que eu preciso de permissão pra ir pra qualquer outro país além do Brasil se o mundo é de todos os seres humanos? Por que ele podia morar na Australia quanto tempo quisesse e eu não (facilmente, sem anos de burocracia)? Só porque ele nasceu lá e eu não? E vice-versa..
Naquele momento a gente passou a odiar o “sistema” hauahuaha
A segunda reflexão foi sobre ter uma carreira. A gente começou a se perguntar porque queríamos ser grandes executivos de empresas, ganhar muito dinheiro, se a nossa vida ali naquele lugar com pouco dinheiro, muitos amigos e diversão tinha sido suficiente durante aqueles 4 meses? Se não os melhores quatro meses das nossas vidas..
Naquela hora eu entendi o que algumas pessoas falam sobre consumismo exagerado sem fundamento. Não fomos a ponto de achar que dá pra viver atualmente SEM dinheiro mas não precisávamos desperdiçar tanto tempo trabalhando e estudando para ganhar MUITO.
Ele repetia “você tá concordando com tudo isso agora, amanhã você pode achar isso tudo uma grande besteira e continuar vivendo como antes, voltar pro Brasil com um curso de ingles e pensando em ganhar milhões pra comprar uma casa de praia, ter um carrão e uma lancha”
Ele olhou pra mim de novo e disse: “Hey, você tá chorando? Você tá chorando! Hauahua”
“Eu to chorando nada!” Passei a mão no rosto e vi que eu tava chorando mesmo e a gente deu muita risada. “Eu to chorando mas não to triste, que p** é essa que esse negocio ta fazendo em mim? Haahauah ”
Depois vieram uns mexicanos cantando em espanhol, falando alto, deu uma sensação de estar no Brasil, aquilo foi bom demais!
Por fim, eu descobri que não estava sentindo frio nem calor. Pedi que um amigo segurasse uma pedra de gelo e eu segurasse outra pra ver se eu não estava sentindo nada mesmo. Ele era alto, forte, o tipo de homem “durão” que mesmo que tivesse com a mão queimando ia esperar que eu largasse primeiro. 30 segundos e nos dois segurando, 1 minuto e ele já pronto pra desistir, 1 e pouco ele largou e eu não. Pedi que ninguém tirasse o gelo pra ver quanto eu agüentava, depois de uns 3 minutos tiraram pra eu não me queimar mas mesmo assim ainda não tinha sentido nada. Naquele momento eu pensei que frio fosse psicológico mas não achei explicações além disso...
Tô partindo pra meu primeiro cultivo e experimentarei com uns amigos..
Tomara que venham boas reflexões e momentos engraçados como da primeira vez.

Tava com preguiça de escrever antes mas agora nesse domingo maresia acabei lendo uns relatos e vim escrever o meu.
Minha primeira experiência foi no intercâmbio . Nunca tinha ouvido falar de cogumelos aqui no Brasil até mesmo porque meus amigos não tem muito contato com nenhum tipo de droga.
Morava em uma cidade com muitos estrangeiros e no meu bairro tinha um porrada, todos trabalhando pra um hotel. Um amigo tava comendo cogumelo, pasta de amendoim e pão e perguntou se eu queria, lá fui eu.
Tava rolando uma musica na fogueira, com sofá e tudo no meio da neve. O efeito começou a bater e as viagens doidas também. Viajar em inglês foi muito louco. Primeiro que eu tava falando melhor que em sã consciência, acho que os cogus tiraram um pouco daquele receio de falar errado ou a cautela pra formar frases claras.
Eu olhava pra fogueira e ficava pensando comigo mesmo pra não escorregar, tinha gelo derretido no chão, sentei na cadeira e comecei a derrapar meu sapato no gelo e naquela fiquei por uns 10 minutos, parecia que nada alem daquele gelo existia.
Levantei pra falar com meu amigo que tinha comido cogu também e do nada surgiram algumas reflexões. Queríamos nos ver mais vezes depois do intercambio e ai surgiu a primeira reflexão sobre a burocracia pra que dois amigos se visitassem em lugares distantes. Por que eu preciso de permissão pra ir pra qualquer outro país além do Brasil se o mundo é de todos os seres humanos? Por que ele podia morar na Australia quanto tempo quisesse e eu não (facilmente, sem anos de burocracia)? Só porque ele nasceu lá e eu não? E vice-versa..
Naquele momento a gente passou a odiar o “sistema” hauahuaha
A segunda reflexão foi sobre ter uma carreira. A gente começou a se perguntar porque queríamos ser grandes executivos de empresas, ganhar muito dinheiro, se a nossa vida ali naquele lugar com pouco dinheiro, muitos amigos e diversão tinha sido suficiente durante aqueles 4 meses? Se não os melhores quatro meses das nossas vidas..
Naquela hora eu entendi o que algumas pessoas falam sobre consumismo exagerado sem fundamento. Não fomos a ponto de achar que dá pra viver atualmente SEM dinheiro mas não precisávamos desperdiçar tanto tempo trabalhando e estudando para ganhar MUITO.
Ele repetia “você tá concordando com tudo isso agora, amanhã você pode achar isso tudo uma grande besteira e continuar vivendo como antes, voltar pro Brasil com um curso de ingles e pensando em ganhar milhões pra comprar uma casa de praia, ter um carrão e uma lancha”
Ele olhou pra mim de novo e disse: “Hey, você tá chorando? Você tá chorando! Hauahua”
“Eu to chorando nada!” Passei a mão no rosto e vi que eu tava chorando mesmo e a gente deu muita risada. “Eu to chorando mas não to triste, que p** é essa que esse negocio ta fazendo em mim? Haahauah ”
Depois vieram uns mexicanos cantando em espanhol, falando alto, deu uma sensação de estar no Brasil, aquilo foi bom demais!
Por fim, eu descobri que não estava sentindo frio nem calor. Pedi que um amigo segurasse uma pedra de gelo e eu segurasse outra pra ver se eu não estava sentindo nada mesmo. Ele era alto, forte, o tipo de homem “durão” que mesmo que tivesse com a mão queimando ia esperar que eu largasse primeiro. 30 segundos e nos dois segurando, 1 minuto e ele já pronto pra desistir, 1 e pouco ele largou e eu não. Pedi que ninguém tirasse o gelo pra ver quanto eu agüentava, depois de uns 3 minutos tiraram pra eu não me queimar mas mesmo assim ainda não tinha sentido nada. Naquele momento eu pensei que frio fosse psicológico mas não achei explicações além disso...
Tô partindo pra meu primeiro cultivo e experimentarei com uns amigos..
Tomara que venham boas reflexões e momentos engraçados como da primeira vez.