Olá a todos.
Primeiramente gostaria de agradecer ao Cosmik por responder aonde poderia me apresentar. Confesso que já havia visto esta área aqui, mas quando tentei reencontrá-la pela busca encontrei dificuldades. Isso acontece muito por aqui.. leio algo, quando quero reler.. cadê? Mas agora já aprendi a não deixar mais de salvar nos favoritos...
Bem, vamos ao que interessa. Considero meu primeiro contato com a psicodelia a primeira vez que fumei cannabis. Isso foi a 10 anos atrás, quando já tinha 18 anos. Como nunca fumei tabaco, foi um pouco difícil aprender a tragar, mas quando finalmente consegui me lembro de ter tido uma das melhores sensações jamais tidas. Percebi que, como uma pessoa hiperativa e ansiosa, aquilo me ajudaria em muitas situações. Com 20 anos, 2004, saia como qualquer moleque dessa idade, para lugares da moda.. onde tivesse clima de azaração.. o resto era consequência. Mas foi exatamente com esta idade que tudo começou a mudar. O processo seria lento.. mas a porta de entrada se abriu para mim neste ano.
Eu e uns amigos resolvemos que gostaríamos de conhecer uma festa rave. Quando decidimos em qual iríamos, conversamos com algumas pessoas que já tinham uma certa experiência e ficamos sabendo que, para curtir este tipo de festa, era altamente recomendável que estivéssemos de posse de ecstasy.. mdma.. a famosa 'bala'. Sábio conselho. Sei que por um lado é equivocado dizer que você precisa de alguma substância para entender qualquer coisa, mas por outro, como poderia omitir o turbilhão de sentimentos que tomaram conta de mim este dia. Pelo menos neste primeiro dia. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.. uma felicidade comprada.. é verdade.. mas a vida é assim mesmo e eu só viria a entender isto mais tarde.
O mais importante de ter ido a esta festa aquele dia é que - sem querer parecer oldschool, pois sei que estou longe disto - naquele tempo este tipo de festa ainda guardava um pouco dos seus fundamentos originais.. celebração musical com paz, união, respeito.. de uma forma natural, não forçada como me parece há um certo tempo. Este tipo de socialização me ganhou e a partir daí comecei a me inteirar bastante sobre tudo que envolvia este mundo. Desde todos os subgêneros musicais presentes na música eletrônica, passando pelas substâncias mais consumidas e indo até a história de como tudo isso começou. Assim prossegui.. pesquisando, frequentando e tomando a minha 'bala'. Obviamente, já ouvia falar muito sobre LSD na época, mas o meu melhor amigo não conhecia muito bem.. havia experimentado uma única vez, tendo uma bad trip daquelas e me aconselhando fortemente a me manter afastado. E aí acho que cabe um parêntesis. Esse meu amigo é uma pessoa extremamente pessimista e, hoje compreendo melhor, com vários problemas psicológicos de alto-estima e outras coisas pessoais que não cabe comentar.. mas imagino que a maioria das pessoas saibam que este é um passo certeiro em direção a 'onda errada'. Eu, graças a Deus, sou totalmente o oposto (o que não livra ninguém de bads, mas é um bom começo).
Então em 2006, dois anos depois de começar a frequentar estas festas, tomei o meu primeiro quartinho de doce. Nessa época ainda se arrumavam doces ótimos e um quartinho dava bem aquela onda primária do LSD.. de ficar rindo, analisando de uma forma diferente as pessoas e lugares!!! Meu amigo, à despeito de seus problemas pessoais, claro que comedidamente, também recomeçou a ter este contato lisérgico. Desde este ano eu queria muito conhecer festivais que rolavam pelo Brasil, especialmente um deles, o Universo Parallelo, que para quem não sabe, acontece em uma praia paradisíaca e deserta na Bahia. Mas a menina que namorava, a qual começou toda esta jornada junto comigo, não estava aguentando mais o ritmo. Ela fazia de tudo para que não fôssemos a muitas festas, um festival então, de 7 dias, do jeito que pintavam, não considerava nem como hipótese válida. Mas no final de 2008 nós terminamos e eu finalmente fui. Foi mais perfeito do que eu sonhava.. passei todos os reveillons a partir deste por lá, inclusive este último.. mas não sei se volto mais, por motivos que explicarei mais adiante.
O que acontece é que estávamos em lugar totalmente apropriado para fazer experiências que antes ficávamos reticentes. Um lugar lindo, com pessoas totalmente desencanadas, onde qualquer loucura (qualquer mesmo) que você faça não é nada de anormal. Como o próprio nome diz, lá estamos em outra realidade.. com lei própria.. enfim, como saberia mais tarde, um set perfeito para almentarmos nossa dose de LSD. E foi assim.. lembro que estávamos com o 'dancing bears', qualidade indiscutível, sem cheiro.. sem nenhum gosto... e pela primeira vez ingeri de uma vez só 2 inteiros de uma vez. É uma sensação indescritível, mas creio que para a maioria das pessoas aqui não precise de descrição. Eu e este meu amigo tomamos a mesma quantidade na mesma hora. A emoção era forte. Para além de toda aquela mágica visual que já havia vivenciado algumas vezes, desta vez a emoção foi o diferencial. Tivemos um 'imprint' que, talvez soberbamente, chamamos de 'segredo da vida'. Digo talvez porque, na verdade, é algo que está na sua cara e você sabe. Mas há toda uma diferença entre saber e sentir algo. Foi lindo e mudou minha vida pra sempre. Foi lá, durante estes 7 dias, que aprendi na prática sobre a resistência que o LSD rapidamente cria no organismo. Não importa a qualidade ou a quantidade (pelo menos até onde eu fui.. hehe), mas você precisa de um tempo para 'limpar' o organismo. Mais tarde, refletindo, eu avaliei isso como sendo ótimo.
Sei que assim que cheguei de lá, estava rolando uma peça no teatro baseada no livro 'Flashbacks', autobiografia de Timothy Leary. Achei a peça foda, comprei o livro (o primeiro de uma pequena coleção lisérgica que possuo hoje em dia). Aí sim.. compreendi que aquele 'imprint' que eu tinha tido era todo o porque desta droga estar no epicentro da contracultura dos anos 60/70.. e, porque não?.. dá pequena resistência contracultural que ainda temos hoje em dia. E que vida teve Timothy Leary. Nossa! Daí já passei para 'My Problem Child', de Albert Hofmann (o próprio).. também por 'A Experiência Psicodélica, Um Manual Baseado no Livro Tibetano dos Mortos', do Leary e mais dois autores... enfim, por alguns outros. Mergulhei a fundo em tudo isto e quanto mais conhecia sobre a substância e vivenciava de forma empírica todos os benefícios terapêuticos descritos nos livros, mais conhecia a mim mesmo. Isso foi crucial para que eu parasse de consumir ecstasy. Droga perigosa se usada com frequência a longo prazo (no meu caso, 2 anos), na medida em que baixa os níveis de serotonina de forma crítica e se demora (cada vez mais) para restabelecer o processo natural.. e sem essa substância dentro de ti, amigos, é praticamente impossível ser feliz. Também parei de frequentar as festas que frequentava.. todas, mas aos poucos. Cada um tem uma data para as festas terem virado esse show de horrores que viraram, mas na minha opnião, acho que realmente quem mudou mais foi o observador do que o observado. De repente começou a ser difícil curtir minha onda com certas pessoas em outra sintonia. Eu tenho sinceridade para dizer que, inegavelmente o público piorou, mas muitas atitudes por mim reprováveis foram atitudes que também já tive. Na realidade eu me afastei de muitas pessoas também.. não é que eu me achasse superior.. mas acabou a felicidade comprada. Agora era a realidade na sua cara. E muita gente acabou não se enquadrando no tipo de pessoa que eu gostaria de estar ao lado. Simplesmente, qualquer pessoa que tivesse algo a acrescentar. E esses pouquíssimos que sobraram também tinham este sentimento. Uma dessas amigas virou minha namorada e estamos juntos até hoje.. primeiro ficamos durante um ano.. agora estamos namorando há 3 anos. Comecei a ir somente para festivais.. por todo o Brasil.. lá a psicodelia era farta.. o aprendizado contínuo.. experiências para sempre. Pena o modismo já estar contaminando alguns... o que está me levando a pensar bastante sobre quais voltar!
E quando os cogumelos entram nessa blá, blá, blá todo? Agora! No final de 2008, quando fui para o meu segundo Universo Parallelo, por coincidência (só maneira de dizer, pois não acredito na mesma) acampei próximo e fiz amizade com um cara gente finíssima, que uma hora perguntou se eu estava afim de experimentar o 'chocomelo'. Anh? Que isso? 'A cara.. é o cogu dentro do chocolate'. Hesitei um pouco e a explicação (ridícula.. rs) foi: 'é tipo doce.. porém mais forte.. se nunca tomou divida com alguém'! Bom.. como já me achava minimamente entendido acerca do LSD, peguei um bombom daqueles (por sinal, delicioso, tipo um alfajor. Eu fui todo com medo do gosto e na realidade estava sensacional).
A onda, meus caros amigos, foi sensacional! Eu e minha namorada curtimos demais.. visualmente o LSD nunca tinha chegado perto... porém não sei se tem algo a ver com ter consumido LSD no mesmo dia, mas toda aquela de perda de ego e posterior reenquadramento do mesmo não aconteceu. Aproveito para deixar bem claro que nunca estou atrás disso, eu preparo meu set (hoje em dia, mais habitualmente minha casa), para curtir minha onda numa boa mas, em que nível eu vou chegar, não sei e não crio expectativas.
Foi bom e se eu tivesse tido oportunidade (nem imaginava que existia cultivo indoor de cogus, para mim isso era possível só em centros de pesquisa.. rs), teria consumido outras vezes. Mas foi a única vez e não me interessei de verdade em obter porque tinha os meus quadrados que para mim estavam ótimos. E estaria até hoje, se não tivesse acontecido algo que para mim foi muito triste: a qualidade.. caiu drasticamente. Hoje, no Brasil, raramente se consegue o LSD-25.. incolor, inodoro.. lisérgico.. sem aquela fritação característica de quando há quebra da molécula e ela se torna outra substância psicoativa, não sei qual, mas não é LSD-25. Você sente os seus efeitos, mas quem já sentiu 'aquilo' nunca vai se resignar com este tipos. Com manobras espetaculares porém não confortáveis para o meu bolso, eu consigo encomendar coisa boa.. mas guardo como se fosse ouro.. tenho que ficar decidindo se vou consumir neste ou naquele dia, nesta ou naquela hora... uma merda. Até passou pela minha cabeça fazer.. mas eu sei que é exatamente isto que fez a qualidade cair tanto: laboratórios de fundo de quintal, fadados ao fracasso na produção. Quem já leu um pouquinho sobre sabe que a substância é mega instável.. precisa-se de condições mínimas para produção inviáveis para simples mortais. Depois de um ano nesta.. lembrei.. 'porra.. os cogus...'!!!!!
Na verdade, eu queria tentar obtê-los já prontos para consumo. Perguntei para alguns dealers mais próximos e.. vi que não ia rolar. Daí googleei 'cogumelos psicodélicos' e... abriram-se dois sites... o nosso ótimo e muito bem alimentado CM e um outro de vendas, onde poderia-se obter os denominados 'kits completos para cultivo'. Primeiramente abri o CM.. achei lindo.. apesar de os tópicos sobre cultivo parecerem estar em outra língua em um primeiro momento para mim, havia várias outras discussões que achei muito interessantes. Procurei no CM sobre os kits e nada encontrei. Provavelmente porque já havia rolado essa decisão dos moderadores de banir dúvidas de quem havia optado por eles, mas eu não havia lido. Então eu simplesmente imaginei que este kit de cultivo contivesse tudo o que era preciso para que eu fizesse o plantio como estava explicado aqui. Somente depois que comprei achei tópicos dando caráter infame aos kits. E eu entendi muito bem o porque quando o kit chegou. Eles deveriam mudar o nome deste produto para 'kit com o cultivo quase completo'... porque foi isso que chegou. Acho que se tivesse lido antes, talvez não tivesse comprado, mas tenho que dizer que foi muito interessante para uma pessoa totalmente leiga ter contato com os mesmo antes de iniciar seu primeiro cultivo. De verdade, eu consegui entender muitas coisas descritas aqui com mais facilidade... mas... entendi o conceito geral de que a trip começa no carimbo. Nada me impediria de simplesmente continuar comprando (secagem não é um processo tão difícil assim, então até que não seria tão prejuízo)... mas realmente comprei a idéia e agora estou muito afim de iniciar meu primeiro cultivo.
Vou fazer de tudo para conseguir na primeira vez, mas já coloquei na minha cabeça que vou fazer até conseguir. Enviei minha carta para prógungos... na semana passada... também vou carimbar um destes cogumelos que crescerem.. e vamos a luta.
Tenho certeza que com a ajuda de vocês eu irei conseguir.
Sei que fui um pouco prolixo.. rsrs.. mas este é o meu normal. Também ainda estou me acostumando com as funcionalidades do site.. então se eu perder algo, por favor me dêem um toque.
Se aquele meu """cultivo""" lá der alguma coisa.. relato a experiência para vocês.. mas não sei não.. pelo que ando lendo e vendo por aqui.. estou achando algumas coisas estranhas.. a conferir.
Abs a todos!
Primeiramente gostaria de agradecer ao Cosmik por responder aonde poderia me apresentar. Confesso que já havia visto esta área aqui, mas quando tentei reencontrá-la pela busca encontrei dificuldades. Isso acontece muito por aqui.. leio algo, quando quero reler.. cadê? Mas agora já aprendi a não deixar mais de salvar nos favoritos...
Bem, vamos ao que interessa. Considero meu primeiro contato com a psicodelia a primeira vez que fumei cannabis. Isso foi a 10 anos atrás, quando já tinha 18 anos. Como nunca fumei tabaco, foi um pouco difícil aprender a tragar, mas quando finalmente consegui me lembro de ter tido uma das melhores sensações jamais tidas. Percebi que, como uma pessoa hiperativa e ansiosa, aquilo me ajudaria em muitas situações. Com 20 anos, 2004, saia como qualquer moleque dessa idade, para lugares da moda.. onde tivesse clima de azaração.. o resto era consequência. Mas foi exatamente com esta idade que tudo começou a mudar. O processo seria lento.. mas a porta de entrada se abriu para mim neste ano.
Eu e uns amigos resolvemos que gostaríamos de conhecer uma festa rave. Quando decidimos em qual iríamos, conversamos com algumas pessoas que já tinham uma certa experiência e ficamos sabendo que, para curtir este tipo de festa, era altamente recomendável que estivéssemos de posse de ecstasy.. mdma.. a famosa 'bala'. Sábio conselho. Sei que por um lado é equivocado dizer que você precisa de alguma substância para entender qualquer coisa, mas por outro, como poderia omitir o turbilhão de sentimentos que tomaram conta de mim este dia. Pelo menos neste primeiro dia. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.. uma felicidade comprada.. é verdade.. mas a vida é assim mesmo e eu só viria a entender isto mais tarde.
O mais importante de ter ido a esta festa aquele dia é que - sem querer parecer oldschool, pois sei que estou longe disto - naquele tempo este tipo de festa ainda guardava um pouco dos seus fundamentos originais.. celebração musical com paz, união, respeito.. de uma forma natural, não forçada como me parece há um certo tempo. Este tipo de socialização me ganhou e a partir daí comecei a me inteirar bastante sobre tudo que envolvia este mundo. Desde todos os subgêneros musicais presentes na música eletrônica, passando pelas substâncias mais consumidas e indo até a história de como tudo isso começou. Assim prossegui.. pesquisando, frequentando e tomando a minha 'bala'. Obviamente, já ouvia falar muito sobre LSD na época, mas o meu melhor amigo não conhecia muito bem.. havia experimentado uma única vez, tendo uma bad trip daquelas e me aconselhando fortemente a me manter afastado. E aí acho que cabe um parêntesis. Esse meu amigo é uma pessoa extremamente pessimista e, hoje compreendo melhor, com vários problemas psicológicos de alto-estima e outras coisas pessoais que não cabe comentar.. mas imagino que a maioria das pessoas saibam que este é um passo certeiro em direção a 'onda errada'. Eu, graças a Deus, sou totalmente o oposto (o que não livra ninguém de bads, mas é um bom começo).
Então em 2006, dois anos depois de começar a frequentar estas festas, tomei o meu primeiro quartinho de doce. Nessa época ainda se arrumavam doces ótimos e um quartinho dava bem aquela onda primária do LSD.. de ficar rindo, analisando de uma forma diferente as pessoas e lugares!!! Meu amigo, à despeito de seus problemas pessoais, claro que comedidamente, também recomeçou a ter este contato lisérgico. Desde este ano eu queria muito conhecer festivais que rolavam pelo Brasil, especialmente um deles, o Universo Parallelo, que para quem não sabe, acontece em uma praia paradisíaca e deserta na Bahia. Mas a menina que namorava, a qual começou toda esta jornada junto comigo, não estava aguentando mais o ritmo. Ela fazia de tudo para que não fôssemos a muitas festas, um festival então, de 7 dias, do jeito que pintavam, não considerava nem como hipótese válida. Mas no final de 2008 nós terminamos e eu finalmente fui. Foi mais perfeito do que eu sonhava.. passei todos os reveillons a partir deste por lá, inclusive este último.. mas não sei se volto mais, por motivos que explicarei mais adiante.
O que acontece é que estávamos em lugar totalmente apropriado para fazer experiências que antes ficávamos reticentes. Um lugar lindo, com pessoas totalmente desencanadas, onde qualquer loucura (qualquer mesmo) que você faça não é nada de anormal. Como o próprio nome diz, lá estamos em outra realidade.. com lei própria.. enfim, como saberia mais tarde, um set perfeito para almentarmos nossa dose de LSD. E foi assim.. lembro que estávamos com o 'dancing bears', qualidade indiscutível, sem cheiro.. sem nenhum gosto... e pela primeira vez ingeri de uma vez só 2 inteiros de uma vez. É uma sensação indescritível, mas creio que para a maioria das pessoas aqui não precise de descrição. Eu e este meu amigo tomamos a mesma quantidade na mesma hora. A emoção era forte. Para além de toda aquela mágica visual que já havia vivenciado algumas vezes, desta vez a emoção foi o diferencial. Tivemos um 'imprint' que, talvez soberbamente, chamamos de 'segredo da vida'. Digo talvez porque, na verdade, é algo que está na sua cara e você sabe. Mas há toda uma diferença entre saber e sentir algo. Foi lindo e mudou minha vida pra sempre. Foi lá, durante estes 7 dias, que aprendi na prática sobre a resistência que o LSD rapidamente cria no organismo. Não importa a qualidade ou a quantidade (pelo menos até onde eu fui.. hehe), mas você precisa de um tempo para 'limpar' o organismo. Mais tarde, refletindo, eu avaliei isso como sendo ótimo.
Sei que assim que cheguei de lá, estava rolando uma peça no teatro baseada no livro 'Flashbacks', autobiografia de Timothy Leary. Achei a peça foda, comprei o livro (o primeiro de uma pequena coleção lisérgica que possuo hoje em dia). Aí sim.. compreendi que aquele 'imprint' que eu tinha tido era todo o porque desta droga estar no epicentro da contracultura dos anos 60/70.. e, porque não?.. dá pequena resistência contracultural que ainda temos hoje em dia. E que vida teve Timothy Leary. Nossa! Daí já passei para 'My Problem Child', de Albert Hofmann (o próprio).. também por 'A Experiência Psicodélica, Um Manual Baseado no Livro Tibetano dos Mortos', do Leary e mais dois autores... enfim, por alguns outros. Mergulhei a fundo em tudo isto e quanto mais conhecia sobre a substância e vivenciava de forma empírica todos os benefícios terapêuticos descritos nos livros, mais conhecia a mim mesmo. Isso foi crucial para que eu parasse de consumir ecstasy. Droga perigosa se usada com frequência a longo prazo (no meu caso, 2 anos), na medida em que baixa os níveis de serotonina de forma crítica e se demora (cada vez mais) para restabelecer o processo natural.. e sem essa substância dentro de ti, amigos, é praticamente impossível ser feliz. Também parei de frequentar as festas que frequentava.. todas, mas aos poucos. Cada um tem uma data para as festas terem virado esse show de horrores que viraram, mas na minha opnião, acho que realmente quem mudou mais foi o observador do que o observado. De repente começou a ser difícil curtir minha onda com certas pessoas em outra sintonia. Eu tenho sinceridade para dizer que, inegavelmente o público piorou, mas muitas atitudes por mim reprováveis foram atitudes que também já tive. Na realidade eu me afastei de muitas pessoas também.. não é que eu me achasse superior.. mas acabou a felicidade comprada. Agora era a realidade na sua cara. E muita gente acabou não se enquadrando no tipo de pessoa que eu gostaria de estar ao lado. Simplesmente, qualquer pessoa que tivesse algo a acrescentar. E esses pouquíssimos que sobraram também tinham este sentimento. Uma dessas amigas virou minha namorada e estamos juntos até hoje.. primeiro ficamos durante um ano.. agora estamos namorando há 3 anos. Comecei a ir somente para festivais.. por todo o Brasil.. lá a psicodelia era farta.. o aprendizado contínuo.. experiências para sempre. Pena o modismo já estar contaminando alguns... o que está me levando a pensar bastante sobre quais voltar!
E quando os cogumelos entram nessa blá, blá, blá todo? Agora! No final de 2008, quando fui para o meu segundo Universo Parallelo, por coincidência (só maneira de dizer, pois não acredito na mesma) acampei próximo e fiz amizade com um cara gente finíssima, que uma hora perguntou se eu estava afim de experimentar o 'chocomelo'. Anh? Que isso? 'A cara.. é o cogu dentro do chocolate'. Hesitei um pouco e a explicação (ridícula.. rs) foi: 'é tipo doce.. porém mais forte.. se nunca tomou divida com alguém'! Bom.. como já me achava minimamente entendido acerca do LSD, peguei um bombom daqueles (por sinal, delicioso, tipo um alfajor. Eu fui todo com medo do gosto e na realidade estava sensacional).
A onda, meus caros amigos, foi sensacional! Eu e minha namorada curtimos demais.. visualmente o LSD nunca tinha chegado perto... porém não sei se tem algo a ver com ter consumido LSD no mesmo dia, mas toda aquela de perda de ego e posterior reenquadramento do mesmo não aconteceu. Aproveito para deixar bem claro que nunca estou atrás disso, eu preparo meu set (hoje em dia, mais habitualmente minha casa), para curtir minha onda numa boa mas, em que nível eu vou chegar, não sei e não crio expectativas.
Foi bom e se eu tivesse tido oportunidade (nem imaginava que existia cultivo indoor de cogus, para mim isso era possível só em centros de pesquisa.. rs), teria consumido outras vezes. Mas foi a única vez e não me interessei de verdade em obter porque tinha os meus quadrados que para mim estavam ótimos. E estaria até hoje, se não tivesse acontecido algo que para mim foi muito triste: a qualidade.. caiu drasticamente. Hoje, no Brasil, raramente se consegue o LSD-25.. incolor, inodoro.. lisérgico.. sem aquela fritação característica de quando há quebra da molécula e ela se torna outra substância psicoativa, não sei qual, mas não é LSD-25. Você sente os seus efeitos, mas quem já sentiu 'aquilo' nunca vai se resignar com este tipos. Com manobras espetaculares porém não confortáveis para o meu bolso, eu consigo encomendar coisa boa.. mas guardo como se fosse ouro.. tenho que ficar decidindo se vou consumir neste ou naquele dia, nesta ou naquela hora... uma merda. Até passou pela minha cabeça fazer.. mas eu sei que é exatamente isto que fez a qualidade cair tanto: laboratórios de fundo de quintal, fadados ao fracasso na produção. Quem já leu um pouquinho sobre sabe que a substância é mega instável.. precisa-se de condições mínimas para produção inviáveis para simples mortais. Depois de um ano nesta.. lembrei.. 'porra.. os cogus...'!!!!!
Na verdade, eu queria tentar obtê-los já prontos para consumo. Perguntei para alguns dealers mais próximos e.. vi que não ia rolar. Daí googleei 'cogumelos psicodélicos' e... abriram-se dois sites... o nosso ótimo e muito bem alimentado CM e um outro de vendas, onde poderia-se obter os denominados 'kits completos para cultivo'. Primeiramente abri o CM.. achei lindo.. apesar de os tópicos sobre cultivo parecerem estar em outra língua em um primeiro momento para mim, havia várias outras discussões que achei muito interessantes. Procurei no CM sobre os kits e nada encontrei. Provavelmente porque já havia rolado essa decisão dos moderadores de banir dúvidas de quem havia optado por eles, mas eu não havia lido. Então eu simplesmente imaginei que este kit de cultivo contivesse tudo o que era preciso para que eu fizesse o plantio como estava explicado aqui. Somente depois que comprei achei tópicos dando caráter infame aos kits. E eu entendi muito bem o porque quando o kit chegou. Eles deveriam mudar o nome deste produto para 'kit com o cultivo quase completo'... porque foi isso que chegou. Acho que se tivesse lido antes, talvez não tivesse comprado, mas tenho que dizer que foi muito interessante para uma pessoa totalmente leiga ter contato com os mesmo antes de iniciar seu primeiro cultivo. De verdade, eu consegui entender muitas coisas descritas aqui com mais facilidade... mas... entendi o conceito geral de que a trip começa no carimbo. Nada me impediria de simplesmente continuar comprando (secagem não é um processo tão difícil assim, então até que não seria tão prejuízo)... mas realmente comprei a idéia e agora estou muito afim de iniciar meu primeiro cultivo.
Vou fazer de tudo para conseguir na primeira vez, mas já coloquei na minha cabeça que vou fazer até conseguir. Enviei minha carta para prógungos... na semana passada... também vou carimbar um destes cogumelos que crescerem.. e vamos a luta.
Tenho certeza que com a ajuda de vocês eu irei conseguir.
Sei que fui um pouco prolixo.. rsrs.. mas este é o meu normal. Também ainda estou me acostumando com as funcionalidades do site.. então se eu perder algo, por favor me dêem um toque.
Se aquele meu """cultivo""" lá der alguma coisa.. relato a experiência para vocês.. mas não sei não.. pelo que ando lendo e vendo por aqui.. estou achando algumas coisas estranhas.. a conferir.
Abs a todos!
