- 14/04/2015
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Bem, tenho sempre relatado as experiências, então vou falar destas duas, pequenas mas significativas.
Era começo do mês, eu tinha chegado de uma viagem de mais de uma semana e, ainda no fim das férias, tive condições de fazer minha primeira viagem nível 5 de lsd ouvindo Pink Floyd. Não quero falar desta experiência, pois o fórum é sobre cogumelos; mas foi o primeiro passo que me levou a usar cogumelos em baixa dosagem (300 mg) nos dois dias seguintes, devido ao som do Pink Floyd que escutei neste primeiro dia.
Tinham passado já uns 4 ou 5 dias desde a viagem que falei acima, a qual tinha sido feita, como dito, ao som de Pink Floyd, o qual passei a adotar como parte do rito da minha liturgia ao estilo de Baco desde então. Mas era já de noite, eu estava bem bêbado e tinha fumado bastante cannabis, estava vendo o hilário e brutal Trailer Park Boys e resolvi tomar o que alguns classificam como micro-dose: um cogumelo inteiro seco de 300 mg, para mim uma dose baixa mas não micro. Sabia que devia dar algo, porque estava bêbado, mas fiquei surpreso com a intensidade com que fui arrebatado pelos efeitos. Foi pouco tempo, mas por uns 15 a 20 minutos não tive muitas condições de ficar em pé ou sentado, cheguei a um alto nível de perturbação. Claro, nestes dois dias, devido as doses serem recreativas, não deixei de beber nem de fumar minha erva.
Aos poucos eu fui acostumando e surfando na onda do cogumelo com o resto todo. Era intensa, era chata pra ver um seriado, então resolvi colocar de novo Dark Side of The Moon, inicialmente em baixo volume, mas depois no máximo. E assim todos os álbuns até The Wall, e catártico eu falava alto, mas não gritando "vocês não podem ficar lá nas suas Igrejas berrando? Esse é meu rito! Escutem os meus salmos! Respeitem minha fé!" e ia me sentindo limpo, cada vez mais limpo... As temáticas sobre hipocrisia, violência, dinheiro, isolamento, orgulho, medo, loucura... As letras todas, tudo como se o próprio artista não soubesse a obra que Deus lhe tinha preservado para a História !
E fui indo... dormi e vivi o dia seguinte: cuidei da casa, da vida, da escola do meu filho, iniciei o cultivo em andamento, passei roupa...
Até que chegou a noite, já com tudo feito e resolvi ver O Mágico de Oz com Dark Side of The Moon ao fundo, que um amigo meu tinha comentado sobre. Nossa! Eu já tava bem alto de erva e cerveja, algo extramente muito não incomum na minha vida, e me amarrei no que tava vendo e ouvindo! E já fui aumentando o som: "é cambada aí de fora, é meu salmo, vocês podem ficar ouvindo hino todo dia, eu não? E olha que aqui meus alto falantes não são nem 5% dos seus :roflmao:! É Pink Floyd..." e começava a me sentir pleno com o som: "...tem que botar alto". Caramba, tinha que ter algum psicodélico em baixa dose!.. Fui no saquinho, atacado pela então quarta vez - duas vezes na 17ª exp e mais uma na noite anterior - e peguei mais 300 mg de cogumelo seco, mas desta vez sem chapéu. Mastiguei e quase me engasguei de tão duro e seco que tava... desisti de engolir, molhei um pouco com a língua e daí desceu fácil numa golada.
Bem, foi mais fácil que no dia anterior , mas foi forte também. Passou o filme, ouvi novamente todo o repertório de Pink Floyd, depois voltei a repetir o filme. Desta vez, coloquei Dark Side primeiro e The Wall depois consecutivamente sem parar e também deu certo! Fiquei muito de cara! :fumar:
Enfim, desde então adotei Pink Floyd como o rito da minha religião, meu meio de catarse. Lembro que quando eu perdoei meu padrasto pelos erros na minha criação, eu chorei enquanto tocava a primeira parte de Another Brick in The Wall, que naquele momento apenas subconscientemente eu sabia que tratava da construção da muralha em relação ao pai.
De volta à última experiência, eu ouvia e sentia nas músicas toda a hipocrisia, toda a forma de violência verbal, de se julgar o outro pela própria ótica, de também fazer isso com os outros, de ter que parar pra respirar, pra gozar, pra rir, pra dormir, se perder, se encontrar, renascer tantas vezes... De fato, em resumo e em certo sentido (não descarto a existência de um Deus exterior), eu sou meu Deus - finalmente obtive essa compreensão, que se concretizou nestas duas últimas viagens de cogumelo ao som de Pink Floyd por horas sem fim.
Um dos melhores momentos foi quando conclui que muitos doidos literalmente pipocam pelo mundo por hora em divina superação de Deus ao som de Pink Floyd no volume máximo, que isso é um processo inevitável, que aos poucos seremos milhões e que não poderemos mais ser ignorados nem subestimados em nosso poder transformador.
É isso aí, andei até pesquisando sobre como abrir uma Igreja nesse nosso Brasil. Pelo menos a minha pode ser acusada de ter um rito profano e catártico do estilo que eram os de Baco ou de qualquer outro deus desta linha, mas é honesta e traz melhorias de espírito! E vamos todos no caminho do amor, cada um que aguente a pedrada de julgamento que mereça ou não de quem vê de fora.
Devo ressaltar que realmente adotei Pink Floyd como uma liturgia de espiritualidade, e até mesmo no trabalho escuto e sempre consigo relaxar, abstrair dos problemas, me sentir limpo. É uma energia incrível e não preciso estar sob psicodelia para me fazer um profundo bem .
Por fim, aceito sugestões de outros sons que produzam esse tipo de libertação.
Era começo do mês, eu tinha chegado de uma viagem de mais de uma semana e, ainda no fim das férias, tive condições de fazer minha primeira viagem nível 5 de lsd ouvindo Pink Floyd. Não quero falar desta experiência, pois o fórum é sobre cogumelos; mas foi o primeiro passo que me levou a usar cogumelos em baixa dosagem (300 mg) nos dois dias seguintes, devido ao som do Pink Floyd que escutei neste primeiro dia.
Tinham passado já uns 4 ou 5 dias desde a viagem que falei acima, a qual tinha sido feita, como dito, ao som de Pink Floyd, o qual passei a adotar como parte do rito da minha liturgia ao estilo de Baco desde então. Mas era já de noite, eu estava bem bêbado e tinha fumado bastante cannabis, estava vendo o hilário e brutal Trailer Park Boys e resolvi tomar o que alguns classificam como micro-dose: um cogumelo inteiro seco de 300 mg, para mim uma dose baixa mas não micro. Sabia que devia dar algo, porque estava bêbado, mas fiquei surpreso com a intensidade com que fui arrebatado pelos efeitos. Foi pouco tempo, mas por uns 15 a 20 minutos não tive muitas condições de ficar em pé ou sentado, cheguei a um alto nível de perturbação. Claro, nestes dois dias, devido as doses serem recreativas, não deixei de beber nem de fumar minha erva.
Aos poucos eu fui acostumando e surfando na onda do cogumelo com o resto todo. Era intensa, era chata pra ver um seriado, então resolvi colocar de novo Dark Side of The Moon, inicialmente em baixo volume, mas depois no máximo. E assim todos os álbuns até The Wall, e catártico eu falava alto, mas não gritando "vocês não podem ficar lá nas suas Igrejas berrando? Esse é meu rito! Escutem os meus salmos! Respeitem minha fé!" e ia me sentindo limpo, cada vez mais limpo... As temáticas sobre hipocrisia, violência, dinheiro, isolamento, orgulho, medo, loucura... As letras todas, tudo como se o próprio artista não soubesse a obra que Deus lhe tinha preservado para a História !
E fui indo... dormi e vivi o dia seguinte: cuidei da casa, da vida, da escola do meu filho, iniciei o cultivo em andamento, passei roupa...
Até que chegou a noite, já com tudo feito e resolvi ver O Mágico de Oz com Dark Side of The Moon ao fundo, que um amigo meu tinha comentado sobre. Nossa! Eu já tava bem alto de erva e cerveja, algo extramente muito não incomum na minha vida, e me amarrei no que tava vendo e ouvindo! E já fui aumentando o som: "é cambada aí de fora, é meu salmo, vocês podem ficar ouvindo hino todo dia, eu não? E olha que aqui meus alto falantes não são nem 5% dos seus :roflmao:! É Pink Floyd..." e começava a me sentir pleno com o som: "...tem que botar alto". Caramba, tinha que ter algum psicodélico em baixa dose!.. Fui no saquinho, atacado pela então quarta vez - duas vezes na 17ª exp e mais uma na noite anterior - e peguei mais 300 mg de cogumelo seco, mas desta vez sem chapéu. Mastiguei e quase me engasguei de tão duro e seco que tava... desisti de engolir, molhei um pouco com a língua e daí desceu fácil numa golada.
Bem, foi mais fácil que no dia anterior , mas foi forte também. Passou o filme, ouvi novamente todo o repertório de Pink Floyd, depois voltei a repetir o filme. Desta vez, coloquei Dark Side primeiro e The Wall depois consecutivamente sem parar e também deu certo! Fiquei muito de cara! :fumar:
Enfim, desde então adotei Pink Floyd como o rito da minha religião, meu meio de catarse. Lembro que quando eu perdoei meu padrasto pelos erros na minha criação, eu chorei enquanto tocava a primeira parte de Another Brick in The Wall, que naquele momento apenas subconscientemente eu sabia que tratava da construção da muralha em relação ao pai.
De volta à última experiência, eu ouvia e sentia nas músicas toda a hipocrisia, toda a forma de violência verbal, de se julgar o outro pela própria ótica, de também fazer isso com os outros, de ter que parar pra respirar, pra gozar, pra rir, pra dormir, se perder, se encontrar, renascer tantas vezes... De fato, em resumo e em certo sentido (não descarto a existência de um Deus exterior), eu sou meu Deus - finalmente obtive essa compreensão, que se concretizou nestas duas últimas viagens de cogumelo ao som de Pink Floyd por horas sem fim.
Um dos melhores momentos foi quando conclui que muitos doidos literalmente pipocam pelo mundo por hora em divina superação de Deus ao som de Pink Floyd no volume máximo, que isso é um processo inevitável, que aos poucos seremos milhões e que não poderemos mais ser ignorados nem subestimados em nosso poder transformador.
É isso aí, andei até pesquisando sobre como abrir uma Igreja nesse nosso Brasil. Pelo menos a minha pode ser acusada de ter um rito profano e catártico do estilo que eram os de Baco ou de qualquer outro deus desta linha, mas é honesta e traz melhorias de espírito! E vamos todos no caminho do amor, cada um que aguente a pedrada de julgamento que mereça ou não de quem vê de fora.
Devo ressaltar que realmente adotei Pink Floyd como uma liturgia de espiritualidade, e até mesmo no trabalho escuto e sempre consigo relaxar, abstrair dos problemas, me sentir limpo. É uma energia incrível e não preciso estar sob psicodelia para me fazer um profundo bem .
Por fim, aceito sugestões de outros sons que produzam esse tipo de libertação.
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