Teonanacatl.org

Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

Cadastre-se para virar um membro da comunidade! Após seu cadastro, você poderá participar deste site adicionando seus próprios tópicos e postagens.

  • Por favor, leia com atenção as Regras e o Termo de Responsabilidade do Fórum. Ambos lhe ajudarão a entender o que esperamos em termos de conduta no Fórum e também o posicionamento legal do mesmo.

O Ser e o Amor.

brunomg

Cogumelo maduro
Membro Ativo
25/06/2006
314
73
Dando sequência a uma linha lógica que venho tecendo aqui no fórum com intúito de fazer uma grande analogia, alá Platão, sobre o que é a filosofia, mais específicamente, a filosofia do Ser, irei relatar uma experiência que percebi e senti vividamente da comunicação dos princípios do Ser do Homem e do Mundo.

Todos sabemos princípios universais, isto é, aqueles princípios que todos tem, aqueles que todos partílham, particularidades que todos tem dentro de seu Ser.

Poderiamos nos esforças por categorizar uma série de primeiros princípios, tal como "lógica", "princípio da não contradição", "instinto de sobrevivência", "vontade de poder" ou quaisquer outro, mas não vou postular, quero que sintam, de acordo com os meus sinais que compôem as palavras podem representar, um sentimento universal.

Uma vez perguntado sobre o que era o Amor, Joaozinho hesitou pra responder e então falou inocentemente: Amor é aquilo que todos sentem um pelo outro, mesmo que não sejam iguais, uma força de atração que anela com finalidade de criar Vida e o amor novamente.

Quando meditei sobre tal situação; o fulano, sua idéia de amor, sua superficialidade; percebi que era la no fundo uma verdade absurdamente inquebrantável: O amor não pode ser falado pelas diferenças, o amor não pode ser definido pelos sentimentos, o amor não é uma idéia secundária da Vida, porque o Amor é um dos princípios a partir dos quais o Homem e tudo o mais foi criado.

Essa é a força do amor: Gerar a Vida, gerar existências, gerar mitos, gerar até outras gerações, e Gerar aquilo que permite mais princípios como este.

Percebem como o amor é uma força, além do romantísmo, além do cliche, uma força metafísica que anela a Vida, e quem sabe, a maior de todas as forças ?

Ser e Permanecer, dependem diretamente dessa força motriz: sem ela, o Ser ja não é mais.
 
Percebem como o amor é uma força, além do romantísmo, além do cliche, uma força metafísica que anela a vida, e quem sabe, a maior de todas as forças ?
sim.
a força motriz do universo.
pode parecer lorota mas o amor constroi tudo.
até o ódio (que nada mais é o amor pelo mal alheio ou proprio).
brunao to de olho nos seus posts.:eek:
sempre me estranham, por horas amo-os, por horas penso poxa porque ele nao toma logo uma paulada de pesa e vai falar com platao em pessoa?
mas sempre CONSTRUINDO.
:pos:
 
sim.
a força motriz do universo.
pode parecer lorota mas o amor constroi tudo.
até o ódio (que nada mais é o amor pelo mal alheio ou proprio).
brunao to de olho nos seus posts.:eek:
sempre me estranham, por horas amo-os, por horas penso poxa porque ele nao toma logo uma paulada de pesa e vai falar com platao em pessoa?
mas sempre CONSTRUINDO.
:pos:

Valeu Eletrick, considero como um elogio!

Como diz um amigo meu, referindo-se daqueles que tem uma vontade aparentemente sobre-humana em realizar qualquer coisa que pareça meio inútil... "todos eles só estão querendo sua salvação..."

Eu acredito que não seja diferente comigo, com você e com todos, a escolha num instante, o elogio ou a censura, só mais um meio de aparar arestas em atingir o mesmo objetivo.

E quem saberia nos dizer que salvação é esta que aspiramos ? Afinal, o Ser é Infindável...

E que nos importa também quem queira nos censurar ?
 
Fala Bruno,
Só completando o que o Eletrickasing disse, suas palavras possuem profundidade, temos que reconhecer isso, como eu já disse as vezes é dificil te entender, mais como você mesmo tambem já disse, as vezes os signos representados pelas palavras não são suficientes para expressar ideias maiores.

Com certeza o amor é mais que um sentimento esteriotipado é a cola que une o universo, tudo que seja verdadeiro é construido atraves do amor.
Jesus pregava o amor, interpreto quando ele diz o "Reino dos ceus" como sendo a paz interior aqui na Terra, durante a VIDA.
Será que essa salvação que buscamos, não seja apenas paz interior? Apenas um reconhecimento interior que nós diga: "Você está no caminho certo!!!".

Abraços, paz e luz.
 
Fala Bruno,
Só completando o que o Eletrickasing disse, suas palavras possuem profundidade, temos que reconhecer isso, como eu já disse as vezes é dificil te entender, mais como você mesmo tambem já disse, as vezes os signos representados pelas palavras não são suficientes para expressar ideias maiores.

Com certeza o amor é mais que um sentimento esteriotipado é a cola que une o universo, tudo que seja verdadeiro é construido atraves do amor.
Jesus pregava o amor, interpreto quando ele diz o "Reino dos ceus" como sendo a paz interior aqui na Terra, durante a VIDA.
Será que essa salvação que buscamos, não seja apenas paz interior? Apenas um reconhecimento interior que nós diga: "Você está no caminho certo!!!".

Abraços, paz e luz.

Com certeza, Jesus foi, antes de qualquer coisa, um pregador do amor.
Seja la o que ele mesmo e sua profunda sabedoria "acreditava ser" que esse amor iria se tornar na terra, e na posteridade.

Mas não podemos desconsiderar também a possibilidade de que este fenomeno universalmente valido hoje - ligarmos à imagem de Jesus o "Amor ao Próximo" - não tenha também sido, em partes, influenciado pela própria repercusão da sua palavra e do seu ato misericordioso.

Digo isto, porque derepente, poderiamos nos deparar com tal situação: Chegarmos a concluir que nem mesmo Jesus sabia plenamente o que era o conceito de Amor, nem na sua mais perfeita representação - sua completa pacividade ante sua acusação infundada - silenciou-se no mais profundo do seu Ser e não sucitou nenhum instinto de vingança, nem na palavra e nem no ato, com a força que só um Grande Espírito poderia fazer por um Ideal e o Sonho; Não levantou nem um dedo, e nem o tom da vóz, ao dirigir-se à Pôncio Pilatos quando o prefeito, oprimido pelo povo, deveria escolher algo para restituir miséria de espírito e curar a praga com que vinham perecendo na Judéia, e sentencia quem o mundo deveria abrir mão: Ecce Homo (Eis o Homem) diz ao povo, apontando para Jesus.

Este juizo, este juizo espiritual, era também a forma com a qual o povo daquela época medicava as pragas ligadas aos Espíritos e aos Deuses. "Doença do espírito, se cura com espírito" E até hoje vem sendo assim acreditado, de alguma forma moderna, "Matar o Ego" é um juizo de valor concluido a partir do o fio condutor histórico desse Ideal de Cura e Salvação.

Isso de minha parte, sem nenhuma pretenção da apologia a religiosidade ou ao cristianismo, mas me parece que, num balanço histórico justo, numa perspectiva histórica de acontecimentos, foi isto que ocorreu.

Por isso digo, a repercusão foi grande, o impacto na crença mais fundamental da vida, a propensão aos estados de espíritos Elevados, muita coisa em muitas pessoas também é recheada de bons sentimentos e páz de espírito por esse advento histórico, e isso, sem dúvida,tem o direito a Vida Eterna.


aupload.wikimedia.org_wikipedia_commons_9_9a_Eccehomo1.jpg
aupload.wikimedia.org_wikipedia_commons_9_9a_Eccehomo1.jpg
 
Bruno é o que chamamos aqui na nossa terra de "peça rara". ;)

Não vou entrar no assunto, entrei aqui só para deixar esse comentário inútil (pois não contribuiu em nada na discursão).
 
Enquanto eu sentir aqui uma certa afinidade filosófica com o que eu falo, da filosofia do Ser, da filosofia classica que exponho, ou de simples acontecimentos históricos, vou narrando...

Essa busca pelos primeiros princípios, que o homem sempre teve propensão, que por alguns homens foi considerado o Amor como força que une a vida e faz permanecer a vida, no sentido mais profundo da comunhão e reprodução da Vida, não apenas Vida humana, mas a Vida em sentido lato de existência, essa mesma busca, ela é uma fonte de inspiração.

Olhem que peculiaridade interessante...

Quando dizemos que uma coisa "deve ser compreendida no seu sentido mais profundo", não estamos fazendo mais que catapultar esse significado dela em função de primeiros princípios, não apenas em função da história dos acontecimentos, mas considerando a história também como simples exemplo, exemplo daquilo que deve ser amada, com tudo aquilo que temos maior afinidade.

Seja esta intuição desenterrada de profundezas subjetivas do homem, seja de profundezas objetivas dos acontecimentos históricos, não devemos nos esquecer de uma capacidade mais rica, e que ambas fazem parte dessa existência, o fato é que sempre ouve, até na história dos acontecimentos, homens objetivos cheios de subjetividade.

Digo isso como prevenção daquele tipo de refutação sistemática da palavra que "foge demais da realidade" (do qual ja fui alvo).. Estariamos mesmo fugindo dela considerando-a em alguns aspectos pura e grande imaginação, mas imaginação minha em composição com a grande imaginação dos outros ?

Assim só quero prevenir este tipo de preconceito em acreditar que, uma observação humana que segue o caminho da "adequação com a realidade", não a impéde que também tenha sido fruto da sua imaginação.

Os "homens que fazem história", será que são mesmo justos para com os acontecimentos ? Ou será são os Justos, os mais adequados para fazer história ? Seja la o que justiça signifique ainda, como poderiamos confiar que foram justos os que chamamos justos, em seus juizos de valor ?

É complexo essa questão, é uma questão sofistica sucintada por Nietzsche no seu "Das utilidades e dos impecílios da História para a Vida", que deixo aqui como forma de meditação, afinal, "A justiça é isso que resulta em considerar os exemplos da história objetiva como forma de julgar, ou o julgamento é que imprime na história o peso da sua subjetividade ?"

É dificil, eu não consigo por muito bem a maneira como ele expoe esse problema, mas é resumidamente a problemática entre as profundezas subjetivas em oposição com as profundezas reais do objeto, na construção da história.

Porque isso é de Cabal importância? Na analise e na consideração dos motivos em que as figuras dos Heróis da história implicam em nossa Vida.

Pois poderiamos, por uma simples razão da escolha, sermos um Herói para ser lembrado por outros e copiado. Seria, para isso, necessário que tivessemos, obrigatoriamente, uma profunda compreensão da Vida ?

Jesus, Alexandre, Aquiles... Eram seres demasiado simples e rusticos, sem nenhuma profundidade dessas ? Os Heróis, Será que chegaram a existir ? Ou são simplismente formas históricas de composição do Homem em sua singular subjetividade ? O fato é que, na própria História, são considerados profundamente enrraizados no Homem essas figuras.
 
Imaginemos como nós consideramos hoje o Homem Grego.

A formação do "Homem Grego", sua filosofia, sua vida virtuosa, toda sua coragem e excelência, tudo isso, ja não é por si a figura de um Herói hoje ? A figura que sintetizamos quando pensamos no "homem grego", e consideramos uma única característica pra formação do Homem de hoje ? E portanto, "Homem Grego" uma parte do Nós ? Do mesmo modo, não poderiamos considerar que nós mesmos somos apenas uma parte de um Homem, que ainda não existe ?

São questões... Sofisticadas, difíceis de representar, dificeis de interpretar... mas que vemos como um vulto, como uma sombra, a luz da resposta para o "porque Homem ?"
 
Caras, gostaria muito de fazer uma explanação deste ponto de vista da História Crítica, que não precinde mais da subjetividade e nem de objetividade no pensamento de cada época e de cada povo, mas o homem que resulta do contraste entre essas duas formas de pensar; porém pra isso é preciso muito conhecimento e aprender ambos esses lados da história: a história contada pelos homens, e o homem contado pela história.

Daí resulta o Homem Crítico, que situa-se na fronteira divisória, no ponto crítico entre a compreensão de si mesmo e o ponto em que supera a si mesmo.

(Um parênteses importante, o que ocorre neste mesmo momento que produziu esse estado de espírito do Homem Crítico plenamente constituido de suas partes e dos seus princípios ? Ocorre aqui a morte de um Instante na vinda de um novo.)

Compreender estas duas realidades do Ser: O Homem formado pela história e acontecimentos,e , A história que o Homem forma como quebra cabeça da sua origem; seriam decisívos para o contato para a realidade que eu pretendo catapultar o entendimento com as minhas analogias aqui. (porém aqui devo uma ressalva, acredito que ainda não tenho conhecimento pra isso)

Mas seria de muitíssima validade na minha proposta, porque com isso se configura o que hoje temos de mais integral em toda a formação do Ser Humano e do Mundo, e por isso mesmo, conclusívo para a minha propósta em expor uma construção analógica do Ser, ou seja, a constituição do Ser em todas as suas partes.

Não tenho conhecimento ainda porque tenho consciência disto, sei da minha limitação e até quais culturas e quais povos, o horizonte que se estendem meus braços hoje, mas se a vontade ja caracteriza o objetivo, meu objetivo é saber de tudo isso que só indico ainda, e é por isso mesmo que Eu estou me formando, paulatinamente, gradativamente, na medida do possível, na filologia (ou, história da filosofia) e na Vida, porque a Vida é a outra metade importante pra própria tése.

O que começou incitado pelo próprio Nietzsche, o filólogo por excelência, que deu à matéria o nome pela primeira vez, e aspirou este mesmo ideal e encontrar a verdadeira Face do Homem, o Ser paradigma da evolução por constituição de partes históricas, em sua analogia com o "Ubermensch", o seja, o Super-Homem.
 
Back
Top