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O Caminho do Autoconhecimento - Tópico de Discussão

InducedComa

Mago Cósmico Branco
Membro Ativo
09/09/2010
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Creio que a grande maioria de nós, se não todos, já se deparou com questões relacionadas ao autoconhecimento. Os próprios cogumelos, são utilizados por muitos, como uma ferramenta em busca de conhecer a si próprios, seus universos interiores. Sendo assim, decidi abrir esse tópico buscando diálogos, troca de experiências e tudo mais o que possa estar relacionado a esse assunto.... "Quem sou? Quem é você?"

Concluo com a célebre frase de Aristóteles: "Ó homem, conheça-te a ti mesmo, e conhecerás o Universo e os Deuses".
 
Bom o tópico. Penso que os cogus e os enteógenos nos dirigem nesse caminho de auto-descoberta. Eles lançam luz em nós mesmos, e nos potencializam, de acordo com nosso ser, subjetividade, background etc. Gosto da particularidade e da singularidade das experiências – é só ver a diversidade presente no fórum, e de como cada um lida com isso e interpreta de forma pessoal. Ao mesmo tempo, por mais pessoal que seja, também acho interessante que a experiência em geral te abra ao outro. Você se descobre em si mesmo, mas também nos outros.
 
Exatamente, também acho que as experiências variam muito, inclusive acho que para uma introspectiva maior, deve ser preparado um setting para potencializar essa "auto-descoberta", através da Luz dos mágicos que emanam em nossa própria Trevas interior, ou seja, nossa subconsciência.

Algo que sempre fui atraído era tentar repetir durante a vida comum e corrente aqueles estados propiciados pelos cogumelos... Soa interessante perceber como instintivamente o sentido de auto-observação se aflora durante certas experiências.

Acima de tudo, para se falar de autoconhecimento, deve ser tratado da auto-observação, pois é o passo inicial para se conhecer, caso contrário o autoconhecimento é superficial e subjetivo. Nesses estudos aprendemos a prática do observador e observado, que consiste em voltar a nossa atenção para dentro, durante a nossa vida diária, durante todos os momentos, buscando observar, sem julgar ou tomar partido, o que nós pensamos, o que nós sentimos, e o quais são nossas atitudes no dia a dia. Essa capacidade é um sentido da nossa própria consciência, conhecido como auto-observação. Com o tempo e a prática esse sentido tende a ir se desenvolvendo, como um músculo, visto que na maioria das pessoas está atrofiado.

Resulta que o mesmo sentido tende a ser mais presente naqueles praticantes de meditação, a própria neurociência trata do conceito de metacognição, também aflorado pelas práticas de meditação, que consiste basicamente na habilidade de acompanhar os próprios pensamentos durante o ato, saber o que se sabe e o que desconhece.

Acredito que esse tópico pode ser bem enriquecido com relatos mais ou menos em cima dessa linha, com os enteogenos ou sem eles.
 
Eu compreendo pelas palavras que o conhecimento em si já é auto
mas nunca na minha visão existe o auto conhecimento
eu já sou um grande conhecer de mim e do meu conhecimento mas ele não esta auto e muito menos automatico

então tenho que sofrer mais do que quero
 
Não entendi muito bem, rs @Mexicouts . Mas é certo que existem duas grandes áreas de conhecimento que se distinguem entre si, sem contar suas várias ramificações.

Nesse caso vale citar a Doutrina do Olho e a Doutrina do Coração.

A doutrina do olho é aquela que enriquece o nosso intelecto, robustece a nossa mente, é meramente intelectual, nos torna buscadores de escolas, universidades, devoradores de livros, etc. Não dá pra dizer que ela não é importante, pelo contrário, as duas são essenciais, mas nem por isso são iguais. Um exemplo da doutrina do olho é você ler um livro falando sobre experiências de lucidez durante os sonhos, projeção astral, sonho lúcido, você adquiriu o conhecimento que isso existe, que é possível, palpável, talvez até aprendeu alguma técnica de como fazer isso, por exemplo, puxar o dedo e questionar sua realidade...

Por outro lado, a doutrina do coração, como seu nome já nos faz perceber, é algo interior, que alimenta a nossa própria consciência, através de experiências vividas, reais. Nosso guia aqui não é a nossa mente, senão outra coisa que nossa própria Intuição. Seguindo o mesmo exemplo, através da doutrina do coração, você teria que na verdade viver isso que se chama de Sonho Lúcido, Projeção Astral, experimentar isso e adquirir a consciência do que é passar por uma experiência dessas, algo real, concreto, objetivo. Alimentando aquilo que há em seu interior, de fato. Platão dizia que o homem se conhecer por seus sonhos, acaso isso não se refere ao autoconhecimento?

Sendo assim, não posso concordar contigo que qualquer conhecimento, em si mesmo, já em autoconhecimento, porque esse último se baseia totalmente na Doutrina do Coração, de outro modo que se ficar somente na teoria, não irá alimentar a consciência e irá se perder junto da personalidade que possuímos hoje, que irá perecer junto desse corpo. O autoconhecimento sim, existe. Se trata de fazer consciência de nós mesmos, daquela região que não conhecemos, tão estudada por Freud, chamada de Inconsciente, ou subconsciência, e para isso deve ser utilizada a nossa consciência, rs, é a nossa lanterna para iluminar nossas trevas interiores.

E quando falamos de autoconhecimento, de maneira alguma o auto remete a automático, justamente pelo contrário, nesse caso esse auto remete a ser algo acerca de nós mesmos, um conhecimento interior, profundo, a própria Gnosis. Até para falar disso tudo, seria interessante nós distinguirmos o que é a Personalidade, o que é a nossa Consciência (Essência), e o que é o Ego, no causador de todo sofrimento, que nos mantém na ilusão de Maya, na mecanicidade.
 
Conforme vamos aprofundando os estudos vão surgindo novas constatações que posteriormente nos possibilitam compreensões, que nada mais é que essa comprovação, essa experiência direta, esse conhecimento que alimenta a nossa consciência, mais conhecido como sabedoria. E essas constatações giram bem em torno desse mesmo ponto, e tudo começa a se fazer mais claro, o que realmente importa, a essência da verdadeira Gnosis.

Através de conversas, ensinamentos (conferências de instrutores gnósticos), estudos, análises e de muita reflexão, as ideias começam a se organizar, os principais pontos se destacam e eis que surge: A PRÁTICA. Quem já ouviu falar que a fé sem obras é fé morta? E refletimos que, todavia, o caminho em busca desse conhecimento é perigoso, uma vez que você vai enchendo sua cabeça com tantas teorias, coisa que estão muito além do estado onde nos encontramos hoje (ou não), por exemplo: vidas passadas, vida extraterrestre, projeção astral, samadhi... etc, e se essa teoria não estiver aliada a prática, a comprovação, a vivências, ela acaba se tornando um fardo, e até mesmo um obstáculo pois a mente tem mais coisas para raciocinar e nos tirar da verdadeira realidade, do momento presente, do aqui e agora, para inibir a perfeita consciência livre em sua expressão, não totalmente desperta (por que há que liberar a essência que o ego ainda aprisiona), mas desperta.

Logo vamos percebendo o lógico, temos que começar com a base, temos que construir nosso Templo de Salomão em cima da Dura Rocha, e isso nada mais é que algumas práticas que temos integrar à nossa vida. Nós da Gnosis, institucionalmente falando, entregamos um curso chamado Primeira Câmara, de forma totalmente gratuita, onde realiza-se em torno de 1 a 2 conferências por semana, num total de 23, possibilitando ao aspirante a estudante gnóstico ir recebendo as informações necessárias, de uma maneira muito organizada, didática, coesa e coerente, para que possa construir sua própria base sólida, para dai ir construindo seu Templo Interior, onde, quando pronto, irá oficiar o seu próprio Ser Divinal.

Sem mais reflexões, todo esse texto foi para chegar nesse momento, onde buscarei expor de forma simples e direta as práticas que utilizamos para construir essa base:

1 - Concentração: podemos dizer que é o fundamento de todas as outras práticas, porque se não há concentração, que avanço queremos lograr?
2- Transmutação: a ciência da transmutação, da alquimia, exercícios prânicos (pranayama, etc) algo muito profundo e antigo, que merece ser tratado com muito cuidado, pois tem um poder para nos transformar radicalmente, é a transformação do chumbo em ouro, da matéria bruta em sutil, a transformação de nossas energias.
3- Vocalização: antigamente no Egito o homem possuía 12 sentidos, os 5 do corpo físico e os 7 do corpo astral (pesquisem sobre os chákras, uma boa fonte: www.gnosisbrasil.com), esses 7 sentidos estão intimamente ligados ao corpo físico, mais especificamente as glândulas endócrinas. Hoje, pela ciência, sabemos que tudo no universo é vibração, dai o nome Nada Bhrama à 5mil anos atrás, (Nada: nome de Deus e Bhrama: som), dai os versos da Bíblia (no príncipio era o verbo, o verbo estava com Deus e o verbo era Deus), logo, nosso próprio corpo é vibração, tudo é som (os elétrons girando em torno do núcleo produz som). Disso surge o objetivo dessa ciência, da vocalização, também conhecida como mantralização, que é elevar a nossa própria vibração, o que resulta em cura, em afinidades com dimensões superiores, em harmonia, paz, etc etc etc.
4- Meditação: e para fechar com chave de ouro, a meditação, o pão diário do sábio, há que aprender a meditar. Na Gnosis praticamos a meditação científica, aquela que dividi-se em fases: postura, mente em branco, concentração, meditação profunda e samadhi. Para não alongar mais o texto não vou falar dos benefícios da meditação.

Todos esses pontos podemos analisamos sob os pontos de vista de Matéria, Energia e Consciência.

Por fim, para concluir essa reflexão, creio que essa é a base, isso aliado a oração se torna perfeito (um grande mestre disse: pedi e vos será dado, batei e vos abrirá [autor: aqui há sabedoria]). Então devemos conquistar a ciência por trás dessas 4 práticas, nos tornar verdadeiros atletas da meditação, concentração, transmutação e vocalização. Sendo assim, poderemos seguir na teoria, onde estaremos mais aptos para obter comprovações, sair do mero aspecto intelectual e passar ao conscientivo, aptos para começar a construir um templo sobre a dura rocha. Uma pessoa muito sábia me disse que com isso, com essas 4 práticas, temos conteúdo por um bom tempo, para se dedicar a começar a viver essa Sabedoria Eterna, para caminhar com passos firmes no caminho do meio, que nos pode levar ao verdadeiro Despertar da Consciência, à Autorealização Íntima do Ser.
 

Anexos

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