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No mundo do Flapjack

Átomo

Cabeça de Cogumelo
Membro Ativo
21/11/2009
490
80
Era sábado, um sol escaldante a semana inteira, com pequenas partes de chuva durante a noite, estávamos esperando que desse cogumelos no pasto amigo.. e deu, pouquinhos, mas sufiencientes para uma trip leve, foram cerca de 30 médios entre quatros pessoas: Seu vizinho, Fura-bolos, Pai de todos e eu.. Eram 20h mais ou menos, sucomelo preparado, chocolates, mochilas, e fomos para o bosque encantado, um local seguro e um bom setting para uma trip, quando não está chovendo.. e não estava!!! Tomamos o suco e a trip iniciou alguns 10 minutos depois, mas aqui só vou relatar uma pequena parte dela:

Uma parte deste bosque era o local das bads, onde as trips avassaladoras e os monstrinhos da consciência tinham permissão para atacar, essa parte aparecia escura, de longe, representando as trevas, e eu olhava para lá sem vontade de passar lá, na verdade eu passava longe, mas sabia que teria que ir para lá.. Todo o resto era lindo verde e mágico, mas não aquela área que era assutadora, mas nada poderia me atingir a menos que eu quisesse..
Eu era o Flapjack e tinha levado a minha arma na mochila, que era um pedaço de papelão dobrado e eu tinha que atravessar a parte escura e sem luz para poder chegar ao meu objetivo de aventureiro..
e durante um momento, depois de virar cambalhotas, pular e aquecer, eu Flapjack tomei coragem e penso: agora eu vou, é agora, vou pegar minha arma.. aí ao mesmo tempo, a minha arma , que era meu papelão, era também meu amuleto de proteção, sendo que ele me dava poderes.. a minha armuleto me lembrava que nós poderíamos fazer as coisas feias e tristes que poderiam fechar a pira se transformarem.. e foi isso, cada perigo da parte escura do bosque ia se modificando e se tranformando.. detalhe, meu objetivo: atravessar a parte escura da minha mente-bosque e chegar na parte com grama... No início da floresta havia um lago das lamentações (uma poça), na qual eu deveria passar e continuar seguindo pela floresta, consegui atravessar e assim que passo pelo lago são e salvo, dentro da floresta escura, ele se tornava claro, aí me deparei com um totem de um índio deitado(blocos de grama empilhados antes de plantar), era um totem, mas poderia ser um índio mesmo, um índio de pedra vivo e ele estava deitado, como parecia que estava dormindo eu devia fazer silêncio para não acordá-lo, o bom é que a minha arma também tinha esse poder, além de tornar as coisas claras, podia fazer as coisas permanecerem leves dentro de mim, retirando medos, e caso precisasse de uma batalha com o índio eu saberia como conversar magicamente com ele.. passei pelo lago, passei pelo índio, a floresta foi se tornando cada vez mais clara até que cheguei ao barranco..
nisso transformei minha arma, no meu papelão mágico sentei em cima dele e desci o barranco do divertimento a toda, a sensação foi indescritível eu ria, e sorria, me divertia por ter realmente vencido e conseguido o meu objetivo final: descer de papelão em um barranco, como só um flapjack poderia fazer.. fiz isso mais algumas vezes, detalhe: levei meu papelão de casa, lá no bosque tinha muitos, mas não era o papelão do flapjack, desmontável, ajustável, que também era uma arma e um amuleto.. passei novamente pela floresta cumprimentando as arvores, o índio, pulei o lago e fui correndo contar pro Fura-bolo e Seu vizinho, cheguei tão feliz, tão feliz, que eu pingava, de suor, e de lagrimas, foi lindo.....estava premiado, alegre, realizado..comi dois tabletinhos de chocolate e descansei um pouco, pois tinha muitas coisas pra fazer ainda no meu parquinho de diversões da cabeça, mas a continuação é outra história..
Muita energia boa a vcs criadores!!!
 
Que isso?! Que gosto de infância. =D
 
tah meio confuso o post, mas foi massa tudo se transformar daquele jeito.. e infância tem gosto de autoconfiança..
Good trips com muito espírito aventureiro!
 
achei maravilhoso esse relato , e me identifiquei em alguma parte dele...
so para os raros...
 
muito bom teu relato... realmente deu a impressão que tu tava relatando a trip de dentro dela, e não de fora, como a maioria as pessoas costuma fazer...
e a parte dos montes de grama que era o indio, fez eu me lembrar da minha trip, onde eu ficava pulando gritando e rindo, desviando dos porcos-espinho (arbustos gramíneos)... mas de era de noite e dava pra jurar que tava cheio deles! :LOL:
 
que relato criativo, valeu
já desci muito morro em carro de papelao, me trouxe uma boa recordaçao da minha vida de humano
 
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