- 11/12/2019
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Decidi fazer a experiência num domingo, havia acabado de chegar na casa de minha sogra e fui começar os preparos - eu tinha comprado 3g de cogumelos desidratados, então macerei eles num copo e dividi em 3 doses; separei minha 1g da noite. Subi ao quarto, minha caixa de som já estava a postos, desliguei o celular e o coloquei Chet Baker pra tocar.
Misturei os cogumelos com água, tomei e deitei na cama com os olhos fechados, sentia que a música não era o clima que eu queria, então coloquei Eloy, o disco Silent Cries and Mighty Echoes - no primeiro refrão veio uma vontade incrível de chorar, então eu simplesmente deixei rolar e chorei, avisei pra minha namorada que estava tudo bem e que eu estava chorando porque aquilo era muito bonito e que eu sentia ressuscitar em mim o amor pela a música - eu comecei a desabafar falando que por muito tempo a minha paixão pela a música tinha sido apagada (sou músico) e que reencontrar o gosto pela a música era me reencontrar
O assunto encerrou e eu voltei a "viajar" com olhos fechados. Era como se eu fosse um lugar muito obscuro e nesse momento estava sentindo como se estivesse sendo tragado por um buraco-negro. Esse pico passou eu decidi depois tomar água, a Bárbara levantou para pegar um copo e sua silhueta tinha um aspecto espectral
O diálogo sucedeu e entramos numa questão mais existencial e o sofrimento humano era o assunto, a essa altura eu tinha dito a mim mesmo e a Bárbara (minha namorida) que eu perdoaria todas as pessoas que me fizeram mal, e também me perdoaria por ter falto mal a outras pessoas - surgiu em mim uma sensação que se eu morresse naquele instante tudo teria valido a pena e paradoxalmente estava me sentindo muito vivo!
Resolvi levantar, mas me sentia bem zonzo, e fui ao banheiro. No banheiro fui arrebatado por uma força que encheu meu peito e eu pensei: Isso é Deus ou é o Amor?
Ainda deitado e de olhos fechados às vezes sentia um certo incômodo que se traduzia em uma visão de olhos fechados como se fossem galhos, ou algo assim
Eu sentia um amor extremo pela minha namorada e pela minha mãe, às vezes quando passava a mão na Bárbara era como se eu sentisse o que ela estava sentindo
Passado esses picos, me sentia extremamente sóbrio - era como se eu tivesse "consciência além do controle do ego". Tinha lido isso um dia atrás e conseguia entender o que significava
Nesse estágio de "super-consciência", a Bárbara dizia que não parecia que eu estava sóbrio, estava mais sóbrio que nunca!
Tive vontade de mandar uma mensagem para minha mãe e dizer que amava ela, mas só fiz tempos um pouco mais tarde já que não queria ligar o celular aquela hora pra não estragar a viagem.
Em um dado momento a Bárbara tinha feito uma pose, e parecia um quadro e eu ri disso
e olhos fechados de novo, eu via uma mulher com um saia preta longa cheia de textura e movimento
Como se eu estivesse olhando de baixo para a cima
Depois de 3 horas, me sentia muito lúcido. Tinha colocado algumas músicas e de novo chorei, mas dessa vez foi com Canções de Beurin do Cálix
Chorei ao lembrar do meu pai relatando as experiências que ele teve com cogumelos também - pensava como era incrível como ele descrevia a estrutura de uma viagem psicodélica. Me sentia também como um homem ancestral que fazia o uso de cogumelos para fins de imersão e auto-transcendência. Entendia a história de Jesus descendo ao inferno e subindo aos céus, me parecia uma jornada psicodélica. Entendia que o sacrifício era necessário a glória. Depois me deu fome, comemos comida japonesa e a onda foi passando aos poucos. Depois de comer a tontura havia passado, eu cantarolava pela a casa um trecho de uma música que tinha escutado numa novela
Foi tudo dentro do controle e aprendi muito - espero que curtam o relato! Valeu pessoal!
Misturei os cogumelos com água, tomei e deitei na cama com os olhos fechados, sentia que a música não era o clima que eu queria, então coloquei Eloy, o disco Silent Cries and Mighty Echoes - no primeiro refrão veio uma vontade incrível de chorar, então eu simplesmente deixei rolar e chorei, avisei pra minha namorada que estava tudo bem e que eu estava chorando porque aquilo era muito bonito e que eu sentia ressuscitar em mim o amor pela a música - eu comecei a desabafar falando que por muito tempo a minha paixão pela a música tinha sido apagada (sou músico) e que reencontrar o gosto pela a música era me reencontrar
O assunto encerrou e eu voltei a "viajar" com olhos fechados. Era como se eu fosse um lugar muito obscuro e nesse momento estava sentindo como se estivesse sendo tragado por um buraco-negro. Esse pico passou eu decidi depois tomar água, a Bárbara levantou para pegar um copo e sua silhueta tinha um aspecto espectral
O diálogo sucedeu e entramos numa questão mais existencial e o sofrimento humano era o assunto, a essa altura eu tinha dito a mim mesmo e a Bárbara (minha namorida) que eu perdoaria todas as pessoas que me fizeram mal, e também me perdoaria por ter falto mal a outras pessoas - surgiu em mim uma sensação que se eu morresse naquele instante tudo teria valido a pena e paradoxalmente estava me sentindo muito vivo!
Resolvi levantar, mas me sentia bem zonzo, e fui ao banheiro. No banheiro fui arrebatado por uma força que encheu meu peito e eu pensei: Isso é Deus ou é o Amor?
Ainda deitado e de olhos fechados às vezes sentia um certo incômodo que se traduzia em uma visão de olhos fechados como se fossem galhos, ou algo assim
Eu sentia um amor extremo pela minha namorada e pela minha mãe, às vezes quando passava a mão na Bárbara era como se eu sentisse o que ela estava sentindo
Passado esses picos, me sentia extremamente sóbrio - era como se eu tivesse "consciência além do controle do ego". Tinha lido isso um dia atrás e conseguia entender o que significava
Nesse estágio de "super-consciência", a Bárbara dizia que não parecia que eu estava sóbrio, estava mais sóbrio que nunca!
Tive vontade de mandar uma mensagem para minha mãe e dizer que amava ela, mas só fiz tempos um pouco mais tarde já que não queria ligar o celular aquela hora pra não estragar a viagem.
Em um dado momento a Bárbara tinha feito uma pose, e parecia um quadro e eu ri disso
e olhos fechados de novo, eu via uma mulher com um saia preta longa cheia de textura e movimento
Como se eu estivesse olhando de baixo para a cima
Depois de 3 horas, me sentia muito lúcido. Tinha colocado algumas músicas e de novo chorei, mas dessa vez foi com Canções de Beurin do Cálix
Chorei ao lembrar do meu pai relatando as experiências que ele teve com cogumelos também - pensava como era incrível como ele descrevia a estrutura de uma viagem psicodélica. Me sentia também como um homem ancestral que fazia o uso de cogumelos para fins de imersão e auto-transcendência. Entendia a história de Jesus descendo ao inferno e subindo aos céus, me parecia uma jornada psicodélica. Entendia que o sacrifício era necessário a glória. Depois me deu fome, comemos comida japonesa e a onda foi passando aos poucos. Depois de comer a tontura havia passado, eu cantarolava pela a casa um trecho de uma música que tinha escutado numa novela
Foi tudo dentro do controle e aprendi muito - espero que curtam o relato! Valeu pessoal!