Teonanacatl.org

Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

Cadastre-se para virar um membro da comunidade! Após seu cadastro, você poderá participar deste site adicionando seus próprios tópicos e postagens.

  • Por favor, leia com atenção as Regras e o Termo de Responsabilidade do Fórum. Ambos lhe ajudarão a entender o que esperamos em termos de conduta no Fórum e também o posicionamento legal do mesmo.

Inoculação, e "lag time"

Trismegisto

Hifa
Membro Ativo
25/01/2016
66
14
46
Rio de Janeiro
Boa tarde pessoal,
Procurei no fórum (Talvez minha busca não tenha sido tão eficiente)´sobre a taxa de inoculação do substrato.
Vão algumas perguntas que vão me ajudar.

Como vocês calculam a taxa de inoculação?
Alguém faz contagem de esporos?

Vi que a maioria injeta 1ml em cada canto nos pontes o que da uns 4 mls de solução.
Dai entram questões como viabilidade e quantidade de esporos, logicamente que (Nesses casos) inoculação a mais deve ser bem vinda (over pitching) para evitar o (Lagtime) tempo de desenvolvimento do fungo.

Mais uma pergunta, vocês descartam os copos com toda e qualquer contaminação?

Abraços
 
Talvez minha busca não tenha sido tão eficiente

Essa alternativa de busca pode ser interessante caso ache que sua pesquisa não está tão eficiente:
https://teonanacatl.org/threads/pesquisando-no-fórum-método-alternativo.9214/

Dai entram questões como viabilidade e quantidade de esporos

Essa questão de quantidade de esporo é relativo demais para se tentar buscar um numero preciso de quantos esporos é de fato necessário. Depende da idade do seu carimbo, da genética dentre outros detalhes...

logicamente que (Nesses casos) inoculação a mais deve ser bem vinda (over pitching) para evitar o (Lagtime) tempo de desenvolvimento do fungo.

Não tão logico assim... Deve entender que cada esporo origina um micélio monocariotico que irá disputar com outros micélios monocarioticos para formar pares dicarioticos que por essa vez esses micélios dicarioticos irão disputar os nutrientes para se reproduzir formando basidiomas (cogumelos).
Quanto mais esporo você injeta maior é essa disputa entre esses micélios para os nutrientes disponiveis.
Na questão pratica, quanto menos esporo melhor, pois será um ambiente com menos disputa de nutriente e assim micélios dicarioticos ficarão livres para se reproduzir (formar cogumelos que é o que interessa).

A questão do tempo é real. Com mais esporos a colonização será mais acelerada pelo motivo citado acima (disputa por nutrientes) mas uu consigo um cultivo muito melhor injetando menos esporos do que um cultivo com muitos esporos.

Esse post tambem pode ser interessante:
https://teonanacatl.org/threads/uma-seringa-de-esporos-escura-nem-sempre-é-uma-seringa-de-qualidade.9442/
 
Mais uma pergunta, vocês descartam os copos com toda e qualquer contaminação?
Depende da contaminação. Os copos com bolores são caso perdido. Os micélios de bolores colonizam muito mais rápido que micélio de Cubensis, e este não sobrepõe a área ocupada pelo contaminante, portanto logo o copo será tomado por bolor e inviabilizado. Pequenos focos de desenvolvimento bacterial podem ser superados pelo micélio de cubensis facilmente, é apenas uma questão de observação.
 
O cultivo de cogumelos (especialmente os psicoativos) é bem mais "artesanal" que o de leveduras para cerveja.

Que eu saiba ninguém faz cálculos ou contagens, ou mesmo estimativas, da quantidade de esporos por ml. Creio que nem seja tão relevante, especialmente porque diferente das culturas de leveduras comerciais, que oferecem cepas determinadas com viabilidade razoavelmente conhecida, os carimbos de esporos de psicoativos são totalmente artesanais e tanto a genética, quanto a concentração de esporos no carimbo, quanto a viabilidade destes são bastante variáveis.

No geral é como já foi dito, vale a máxima de que mais é menos. Faz-se seringas com a menor quantidade de esporos raspada do carimbo, e injeta-se a menor quantidade de líquido que se conseguir em cada ponto (geralmente cerca de 0,25 ml em 3 ou 4 pontos ao redor do copo).

Eu tenho o mau costume de continuar incubando os bolos com contaminantes, mas apenas para fins de observação (com o copo lacrado). O melhor é descartá-los bem longe do local de cultivo.
 
Salaam, mais uma coisa que desconhecia, acreditava que estes shop's online comercializavam cepas manipuladas. Sobre essa última afirmação, bate com umas praticas que tenho. Geralmente eu preparo um mosto pequeno e deixo num canto da casa para observar como está o ambiente na questão da contaminação.

É uma boa prática pra saber como seu ambiente está populado.

Abraço
 
Back
Top