- 01/07/2018
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Vejo isso ser muito discutido mas no fórum não tem um lugar específico sobre esse assunto. O pessoal da MAPS conta com um time de psicologos, pelo que entendi, em relação a integração da experiência.
O que é isso pra vocês?
Se tiver algum link sobre o assunto, agradeço. (Estou pra ler alguns livros que contém essa info, mas queria discutir aqui).
Pra mim tem a ver com o que a gente entende sobre o que aconteceu, o que foi pensado etc. e como isso se relaciona com a gente. Mas é bastante subjetivo isso, não é? Acho muito difícil mensurar ou qualificar essa integração.
Neste sentido, comigo sempre acontece uma coisa: vejo tantas imagens e passo por tantas coisas que é tão difíficl lembrar depois. Poderia ser bom conseguir lembrar pra talvez ajudar nessa ideia de integração.
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Informações retiradas de livros e considerações dos usuários do Teonanacatl. Todas informações baseadas na "Integração da Experiência. (Em construção).
Citações do "Psychedelic Workbook"
Intenções x Expectativas
Abandone as expectativas: Um ponto chave ao trabalhar com psicodélicos é se libertar de todas as expectativas, e invés disso, concentrar nas intenções. As expectativas criam anexos à experiência para que ela aconteça de uma determinada maneira e produza um resultado específico. Isso então cria um um espaço para a decepção e pode fazer com que você perca as oportunidades que surgem e que não foram planejadas. Uma frase comum no trabalho psicodélico é "você não obtém a experiência que deseja, você obtém a experiência que precisa". Abordar a sua experiência com humildade e abertura para tudo aquilo que surja é a chave.
Processo de Integração
1º Passo - RECEBER - Leve em considerção as informações da experiência psicodélica antes, durante e depois (através das suas percepções, auto-reflexões, conversas, ideias e conhecimentos emergentes, mensagens recebidas e intuição).
2º Passo - PROCESSO - Crie um espaço físico e psicológico para introspecção, para contemplar e sentir o que tudo isso significa (intuitivamente, racionalmente, prática, personal, social e espiritual).
3º Passo - AÇÂO - Coloque as descobertas e idéias em ação; implementar, aplicar e integrar novas mudanças (formar novas perspectivas, esclarecer problemas, expandir horizontes, escolher hábitos mais saudáveis, agir com integridade).
4º Passo - DESPRENDIMENTO - Identifique o que não serve mais, o que a experiência destacou e revelou? (Deixe de lado a dúvida, abandone atitudes negativas, relaxe as defesas, abandone os maus hábitos).
5º Passo - PRÁTICA - Repita e reforce suas novas crenças e hábitos. (Estabeleça rotinas matinais, âncoras diárias, responsabilidades semanais, novos padrões, siga com as boas práticas).
Algumas citações que retirei do livro "Como mudar sua mente - Michael Pollan", sobre a integração da experiência.
[...] Uma questão fundamental que a ciência dos compostos psicodélicos nem começou a responder é se as novas conexões neurais que essas substâncias tornam possíveis permanecem de alguma forma, ou se voltam ao status quo anterior assim que a droga deixa o organismo. As conclusões do laboratório de Roland Griffiths de que a experiência psicodélica leva a mudanças de longo prazo em traços da personalidade relativos à abertura levanta a possibilidade de que alguns tipos de aprendizado acontecem enquanto o cérebro é reorganizado e que isso de alguma forma perdura. Aprender implica o estabelecimento de novos circuitos neurais; esses circuitos se tornam mais fortes quanto mais são exercitados. O destino de longo prazo das novas conexões formadas durante a experiência psicodélica — se elas se revelarão duráveis ou evanescentes — talvez dependa de nos lembrarmos delas e, na verdade, de exercitá-las após o término da experiência. (Isso pode ser simples como relembrar o que experimentamos, reforçar isso durante o processo de integração ou usar a meditação para reencenar o estado alterado de consciência.)
[...] Todos falam da importância de guias psicodélicos bem treinados — “certificados” — e da necessidade de ajudar as pessoas a integrarem suas experiências poderosas para dar sentido a elas e torná-las úteis. Quanto a isso, Tony Bossis parafraseia o estudioso de religião (e voluntário do experimento da Sexta-feira Santa) Huston Smith: “Uma experiência espiritual por si só não é uma vida espiritual.” A integração é essencial para dar sentido à experiência, seja dentro ou fora do contexto médico. Ou ela continuará sendo só uma experiência com drogas.
[...] Talvez o documento mais útil do website sejam as “Diretrizes para viajantes e guias”.I As diretrizes representam um compêndio de meio século de conhecimento e sabedoria acumulados sobre a melhor forma de abordar a viagem psicodélica, seja como participante ou como guia. Elas tratam do básico em termos de cenário e ambiente; preparação física e mental para a sessão; possíveis interações medicamentosas; a importância de formular uma intenção; o que esperar durante uma experiência, boa ou ruim; os estágios da viagem; o que pode dar errado e como lidar com material assustador; a importância suprema da “integração” pós-sessão; e assim por diante.
O que é isso pra vocês?
Se tiver algum link sobre o assunto, agradeço. (Estou pra ler alguns livros que contém essa info, mas queria discutir aqui).
Pra mim tem a ver com o que a gente entende sobre o que aconteceu, o que foi pensado etc. e como isso se relaciona com a gente. Mas é bastante subjetivo isso, não é? Acho muito difícil mensurar ou qualificar essa integração.
Neste sentido, comigo sempre acontece uma coisa: vejo tantas imagens e passo por tantas coisas que é tão difíficl lembrar depois. Poderia ser bom conseguir lembrar pra talvez ajudar nessa ideia de integração.
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Informações retiradas de livros e considerações dos usuários do Teonanacatl. Todas informações baseadas na "Integração da Experiência. (Em construção).
Citações do "Psychedelic Workbook"
Intenções x Expectativas
Abandone as expectativas: Um ponto chave ao trabalhar com psicodélicos é se libertar de todas as expectativas, e invés disso, concentrar nas intenções. As expectativas criam anexos à experiência para que ela aconteça de uma determinada maneira e produza um resultado específico. Isso então cria um um espaço para a decepção e pode fazer com que você perca as oportunidades que surgem e que não foram planejadas. Uma frase comum no trabalho psicodélico é "você não obtém a experiência que deseja, você obtém a experiência que precisa". Abordar a sua experiência com humildade e abertura para tudo aquilo que surja é a chave.
Processo de Integração
1º Passo - RECEBER - Leve em considerção as informações da experiência psicodélica antes, durante e depois (através das suas percepções, auto-reflexões, conversas, ideias e conhecimentos emergentes, mensagens recebidas e intuição).
2º Passo - PROCESSO - Crie um espaço físico e psicológico para introspecção, para contemplar e sentir o que tudo isso significa (intuitivamente, racionalmente, prática, personal, social e espiritual).
3º Passo - AÇÂO - Coloque as descobertas e idéias em ação; implementar, aplicar e integrar novas mudanças (formar novas perspectivas, esclarecer problemas, expandir horizontes, escolher hábitos mais saudáveis, agir com integridade).
4º Passo - DESPRENDIMENTO - Identifique o que não serve mais, o que a experiência destacou e revelou? (Deixe de lado a dúvida, abandone atitudes negativas, relaxe as defesas, abandone os maus hábitos).
5º Passo - PRÁTICA - Repita e reforce suas novas crenças e hábitos. (Estabeleça rotinas matinais, âncoras diárias, responsabilidades semanais, novos padrões, siga com as boas práticas).
Algumas citações que retirei do livro "Como mudar sua mente - Michael Pollan", sobre a integração da experiência.
[...] Uma questão fundamental que a ciência dos compostos psicodélicos nem começou a responder é se as novas conexões neurais que essas substâncias tornam possíveis permanecem de alguma forma, ou se voltam ao status quo anterior assim que a droga deixa o organismo. As conclusões do laboratório de Roland Griffiths de que a experiência psicodélica leva a mudanças de longo prazo em traços da personalidade relativos à abertura levanta a possibilidade de que alguns tipos de aprendizado acontecem enquanto o cérebro é reorganizado e que isso de alguma forma perdura. Aprender implica o estabelecimento de novos circuitos neurais; esses circuitos se tornam mais fortes quanto mais são exercitados. O destino de longo prazo das novas conexões formadas durante a experiência psicodélica — se elas se revelarão duráveis ou evanescentes — talvez dependa de nos lembrarmos delas e, na verdade, de exercitá-las após o término da experiência. (Isso pode ser simples como relembrar o que experimentamos, reforçar isso durante o processo de integração ou usar a meditação para reencenar o estado alterado de consciência.)
[...] Todos falam da importância de guias psicodélicos bem treinados — “certificados” — e da necessidade de ajudar as pessoas a integrarem suas experiências poderosas para dar sentido a elas e torná-las úteis. Quanto a isso, Tony Bossis parafraseia o estudioso de religião (e voluntário do experimento da Sexta-feira Santa) Huston Smith: “Uma experiência espiritual por si só não é uma vida espiritual.” A integração é essencial para dar sentido à experiência, seja dentro ou fora do contexto médico. Ou ela continuará sendo só uma experiência com drogas.
[...] Talvez o documento mais útil do website sejam as “Diretrizes para viajantes e guias”.I As diretrizes representam um compêndio de meio século de conhecimento e sabedoria acumulados sobre a melhor forma de abordar a viagem psicodélica, seja como participante ou como guia. Elas tratam do básico em termos de cenário e ambiente; preparação física e mental para a sessão; possíveis interações medicamentosas; a importância de formular uma intenção; o que esperar durante uma experiência, boa ou ruim; os estágios da viagem; o que pode dar errado e como lidar com material assustador; a importância suprema da “integração” pós-sessão; e assim por diante.
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