- 14/04/2015
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Nesta experiência o aspecto curativo que busquei foi acerca da continuidade de meus estudos, que eu os retome e siga em frente para a carreira que gostaria de ter de fato. E foi muito forte a reflexão que tive sobre o tema. Envolvia a mim, a deixar de ter autocomiseração pelo que deu errado até hoje e lutar pelos sonhos que em 10 anos deixei pra trás. Envolve deixar pra trás alguns traumas dessa última década, o que facilita uma visão positiva pro futuro. Ao invés de ver dificuldades, entender que os obstáculos no caso nada mais são do que requisitos a serem cumpridos - no máximo - e nada que me impeça de chegar onde desejo.
E também houve o começo do retorno de uma crença em mim mesmo, no sentido de ter vindo pra servir a alguma causa maior que eu. Algo que estava totalmente desacreditado de mim mesmo, mas como um sopro me enche não de júbilo e fogo, mas apenas de energia e certa luz a afastar a escuridão. E esse crer em algo maior sempre foi um móvel pra mim em direção ao que fazer profissionalmente, a buscar fazer o bem. Então, posso não salvar o mundo, mas talvez possa sim fazer muito bem no meu canto, em posição de poder oficial. Sem mais acreditar que posso enfrentar tudo e todos sem nunca me desgastar. Posso ter demorado mais de 30 anos pra conhecer meu limite e coincidir com uma crise de pânico que o cogumelo tem curado profundamente, mas também sei que há espaço pra fazer muito bem dentro do que a realidade me deixar não-amarrado para fazer.
Enfim, eu mesmo fiquei surpreso como o som do Pink Floyd trazia pra mim também essas reflexões e comecei a me dar conta do que chamei de "fogueira enteogênica pink-floydiana".
Literalmente, ao som alto de minha liturgia, comecei a sentir como se um redemoinho de fogo subisse a partir das caixas de som e do meu quarto para o infinito do Universo, como as fogueiras de São João, que levam as miasmas dos fieis. A dose no último domingo tinha sido forte, de 42,6 gramas frescas feitas em um chá - que me deram uma pancada absurda de sopetão lá pelos 45 minutos depois da ingestão. Fui jogado na cama, onde iniciei as reflexões e os delírios enquanto ouvia as músicas.
Houve também uma questão emocional muito árdua pra mim de décadas que trouxe nessa experiência e simplesmente deixei os pensamentos virem e serem levados embora pela grande fogueira energética que levava tudo de ruim embora. Tenho sentido mais facilidade em não me afundar em tristeza quando penso nisso.
Bem, nem tenho como expressar a eficácia do cogumelo nessa última experiência para me infundir a força necessária para seguir em frente. Claro, eu direcionei a vontade da experiência a isso desde o começo, mas não imaginava o efeito prático e os pensamentos que poderiam se elaborar.
Por fim, curti um álbum que pouco ouço, do Pink: Atom Heart of Mother. Bem gostoso e me delicio demais com a música Fat Old Sun desse álbum. Depois, terminada a fase espiritual, fui ver Monty Python's Flying Circus e ri muito com aquele humor levemente psicodélico e de vanguarda da década de 70, que até hoje seria "demais" pra passar pro público brasileiro.
E assim tenho observado uma guinada enorme em minha vida psíquica nesse semestre com os cogumelos, em função de conseguir reduzir quase a zero sintomas de pânico e de conseguir me desfazer devagar de nós e pesos, e assim conseguir seguir em frente. E a cada experiência o crescimento é consistente.
E também houve o começo do retorno de uma crença em mim mesmo, no sentido de ter vindo pra servir a alguma causa maior que eu. Algo que estava totalmente desacreditado de mim mesmo, mas como um sopro me enche não de júbilo e fogo, mas apenas de energia e certa luz a afastar a escuridão. E esse crer em algo maior sempre foi um móvel pra mim em direção ao que fazer profissionalmente, a buscar fazer o bem. Então, posso não salvar o mundo, mas talvez possa sim fazer muito bem no meu canto, em posição de poder oficial. Sem mais acreditar que posso enfrentar tudo e todos sem nunca me desgastar. Posso ter demorado mais de 30 anos pra conhecer meu limite e coincidir com uma crise de pânico que o cogumelo tem curado profundamente, mas também sei que há espaço pra fazer muito bem dentro do que a realidade me deixar não-amarrado para fazer.
Enfim, eu mesmo fiquei surpreso como o som do Pink Floyd trazia pra mim também essas reflexões e comecei a me dar conta do que chamei de "fogueira enteogênica pink-floydiana".
Literalmente, ao som alto de minha liturgia, comecei a sentir como se um redemoinho de fogo subisse a partir das caixas de som e do meu quarto para o infinito do Universo, como as fogueiras de São João, que levam as miasmas dos fieis. A dose no último domingo tinha sido forte, de 42,6 gramas frescas feitas em um chá - que me deram uma pancada absurda de sopetão lá pelos 45 minutos depois da ingestão. Fui jogado na cama, onde iniciei as reflexões e os delírios enquanto ouvia as músicas.
Houve também uma questão emocional muito árdua pra mim de décadas que trouxe nessa experiência e simplesmente deixei os pensamentos virem e serem levados embora pela grande fogueira energética que levava tudo de ruim embora. Tenho sentido mais facilidade em não me afundar em tristeza quando penso nisso.
Bem, nem tenho como expressar a eficácia do cogumelo nessa última experiência para me infundir a força necessária para seguir em frente. Claro, eu direcionei a vontade da experiência a isso desde o começo, mas não imaginava o efeito prático e os pensamentos que poderiam se elaborar.
Por fim, curti um álbum que pouco ouço, do Pink: Atom Heart of Mother. Bem gostoso e me delicio demais com a música Fat Old Sun desse álbum. Depois, terminada a fase espiritual, fui ver Monty Python's Flying Circus e ri muito com aquele humor levemente psicodélico e de vanguarda da década de 70, que até hoje seria "demais" pra passar pro público brasileiro.
E assim tenho observado uma guinada enorme em minha vida psíquica nesse semestre com os cogumelos, em função de conseguir reduzir quase a zero sintomas de pânico e de conseguir me desfazer devagar de nós e pesos, e assim conseguir seguir em frente. E a cada experiência o crescimento é consistente.