- 14/04/2015
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Pra começar, não é uma combinação muito boa. Quando o chá começa a bater, a sensação de estufamento do estômago é enorme devido à pizza. E cogumelos em regra não são ideais pra se assistir a filmes. E isso mesmo com a dosagem tendo sido de um chá de 13,9 gramas frescas de abortos de MDK, dividido ainda para mim e minha esposa - o que rende cerca de 7 gramas frescas (ou equivalente a 0,7 g secas) para cada um. Mesmo com a pizza, foi suficiente pra dar uma tonteada na aceleração, e basicamente minha mente em certo momento ficou tão conectada em problemas pessoais que não acompanhei a terça parte pro final do filme, apesar de não ter perdido o andamento da história e ter achado muita graça.
Então, durante a aceleração, um pouco de incômodo pra ver, na primeira meia-hora. Depois assistir ao filme ficou realmente mais divertido, com quase nenhum realce nos visuais, mas a falta de atenção da minha parte não foi muito legal. Além do que, comédias que possuem catarse (ou seja, que possuem conflito antes do alívio, conforme o modelo de narrativa predominante desde o livro Don Quixote de la Mancha, criador de tal modelo) têm momentos tensos e tristes, e isso não é divertido quando as emoções estão potencializadas por um psicodélico.
Finalmente, quais filmes vimos? Primeiro, Alice através do Espelho, que se mostrou bem engraçado, mas ao fim ainda bem que não estava com sinestesia na hora da textura de uma ferrugem que tudo consumia, suficiente pra me incomodar. Achei que podia ter curtido mais os destaques nos visuais, mas minha TV de 30" distante na parede do quarto não permite curtir todos os detalhes visuais destas obras. Terminado este filme, ainda estávamos sob efeito nítido da dosagem fraca, mas agora bem mais tranquilos - apesar de que da metade do filme pra frente não havia mais incômodo, exceto eu com dificuldade de não pensar sobre coisas da minha vida que atrapalhava de ver. Ainda não era hora de nada que não fosse engraçado, então colocamos em seguida Esquadrão Suicida, e achamos muita graça mesmo. Na hora do "conflito antes da catarse" o efeito já tava tão tranquilo que nem me incomodou. Neste filme, só restava o relaxamento do cogumelo e rimos muito, em especial minha esposa.
Sobre o momento da dosagem, por volta das 21:30 h, eu tomei uma cerveja antes da pizza, e ela uma ice. O chá foi ingerido logo após o primeiro pedaço de pizza que cada um comeu, por sugestão minha - a ideia era garantir uma viagem fraca, e o álcool contrabalançaria a lenta absorção pelo estômago cheio. Deu certo, mas mal acabamos de comer o primeiro pedaço, não dava pra botar mais nada pra dentro.
Depois do primeiro filme, voltei a tomar algumas cervas, e ela mais uma ice, e fomos até o fim da noite, relaxados com nosso sábado a noite, já pela madrugada. Por fim, um momento de amor aconteceu, antes de retornamos a ver a série Black Mirror - que jamais veria sob psicodelia. E hoje passamos um domingo excelente juntos.
Foi um programa de sábado a noite tranquilo, relaxante, bom e barato para um período de crise econômica - bem como para qualquer período.
Pena que esperava ter curtido mais as texturas de Alice através do Espelho, mas foi bastante engraçado, e a surpresa do segundo filme ser tão legal pra rir foi melhor ainda.
Então, durante a aceleração, um pouco de incômodo pra ver, na primeira meia-hora. Depois assistir ao filme ficou realmente mais divertido, com quase nenhum realce nos visuais, mas a falta de atenção da minha parte não foi muito legal. Além do que, comédias que possuem catarse (ou seja, que possuem conflito antes do alívio, conforme o modelo de narrativa predominante desde o livro Don Quixote de la Mancha, criador de tal modelo) têm momentos tensos e tristes, e isso não é divertido quando as emoções estão potencializadas por um psicodélico.
O melhor tipo de comédia a se assistir sob psicodelia são as do tipo pastelão novas (como O Âncora - A Lenda de Ron Burgundy), nonsense (como o filme Mais um Verão americano e sua série-prequência Wet Hot American Summer: First Day of Camp), cult propriamente psicodélicas (como Medo e Delírio em Las Vegas), certas comédias dessa nova geração comediante norte-americana (como Anjos da Lei 2 ou mais ainda Segurando as Pontas - que apresentam inclusive finais redundantes e repetitivos, para desacelerar o doidão), e outras que não possuam "crise + catarse" em qualquer momento da história.
Momentos de crise ou de tristeza, típicos de 99% dos filmes em todos os estilos e que possuem a função de anteceder à catarse da narrativa (alívio da crise na identificação do leitor/expectador) só são quebradas em algumas comédias. E estas, pra mim, são as melhores para se ver sob psicodelia: uma narrativa constante e ininterrupta sem qualquer profundidade emocional, sem chamar sentimentos de tristeza, medo, ou abandono, nem revolta. Apesar de que o filme Uma Aventura Lego consegue ter uma crise, mas chamar apenas sentimentos bons de paternidade a envolvendo - então devem ter outras exceções.
Momentos de crise ou de tristeza, típicos de 99% dos filmes em todos os estilos e que possuem a função de anteceder à catarse da narrativa (alívio da crise na identificação do leitor/expectador) só são quebradas em algumas comédias. E estas, pra mim, são as melhores para se ver sob psicodelia: uma narrativa constante e ininterrupta sem qualquer profundidade emocional, sem chamar sentimentos de tristeza, medo, ou abandono, nem revolta. Apesar de que o filme Uma Aventura Lego consegue ter uma crise, mas chamar apenas sentimentos bons de paternidade a envolvendo - então devem ter outras exceções.
Finalmente, quais filmes vimos? Primeiro, Alice através do Espelho, que se mostrou bem engraçado, mas ao fim ainda bem que não estava com sinestesia na hora da textura de uma ferrugem que tudo consumia, suficiente pra me incomodar. Achei que podia ter curtido mais os destaques nos visuais, mas minha TV de 30" distante na parede do quarto não permite curtir todos os detalhes visuais destas obras. Terminado este filme, ainda estávamos sob efeito nítido da dosagem fraca, mas agora bem mais tranquilos - apesar de que da metade do filme pra frente não havia mais incômodo, exceto eu com dificuldade de não pensar sobre coisas da minha vida que atrapalhava de ver. Ainda não era hora de nada que não fosse engraçado, então colocamos em seguida Esquadrão Suicida, e achamos muita graça mesmo. Na hora do "conflito antes da catarse" o efeito já tava tão tranquilo que nem me incomodou. Neste filme, só restava o relaxamento do cogumelo e rimos muito, em especial minha esposa.
Sobre o momento da dosagem, por volta das 21:30 h, eu tomei uma cerveja antes da pizza, e ela uma ice. O chá foi ingerido logo após o primeiro pedaço de pizza que cada um comeu, por sugestão minha - a ideia era garantir uma viagem fraca, e o álcool contrabalançaria a lenta absorção pelo estômago cheio. Deu certo, mas mal acabamos de comer o primeiro pedaço, não dava pra botar mais nada pra dentro.
Depois do primeiro filme, voltei a tomar algumas cervas, e ela mais uma ice, e fomos até o fim da noite, relaxados com nosso sábado a noite, já pela madrugada. Por fim, um momento de amor aconteceu, antes de retornamos a ver a série Black Mirror - que jamais veria sob psicodelia. E hoje passamos um domingo excelente juntos.
Foi um programa de sábado a noite tranquilo, relaxante, bom e barato para um período de crise econômica - bem como para qualquer período.
Pena que esperava ter curtido mais as texturas de Alice através do Espelho, mas foi bastante engraçado, e a surpresa do segundo filme ser tão legal pra rir foi melhor ainda.
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