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Experimento

MarceloPSC

Cogumelo maduro
Cadastrado
15/05/2009
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(O texto a seguir trata-se de uma obra de ficção)

Experimento

Certo dia um cultivador assíduo de cogumelos, ao se deparar com um pote contaminado em sua estufa de crescimento questionou-se a seguinte problemática: Como seria pratico se os cogumelos se desenvolvessem tão rápido e fossem tão competitivos que não permitisse que outra colônia de microorganismos se desenvolvesse no pote.
Na noite desse mesmo dia, enquanto dormia, teve um sonho e recebeu uma revelação...
Começou um projeto ousado, o objetivo era desenvolver uma espécie de cogumelo resistente a contaminações! Nosso caro amigo só não tinha idéia de onde iria chegar.

Segue o relato de seu experimento:
A principio tentou cruzar espécies que sabidamente eram relatadas na literatura como as mais resistentes e de rápido crescimento. Depois de um tempo e tendo esse hibrido em mãos preparou inúmeros potes de vidro de 600 ml cada, com substrato feito a partir de mistura de diversos grãos, comprados em diferentes mercados, a fim de ter em mãos um substrato com a maior gama possível de contaminantes. Preparou uma seringa para colonizá-los, a partir do carimbo do hibrido, tomando medidas mínimas de higiene, e esterilizou precariamente os potes e efetuou a inoculação em local com correntes de ar. O objetivo era provocar pequenas contaminações. Dos inúmeros potes inoculados, alguns poucos conseguiram desenvolver tímidas colônias de micélios de PSCH (cogumelo hibrido) em meio aos grandes números de contaminantes. Os pequenos pontos brancos, foram coletados, isolados em agar e multiplicados em potes, dessa vez devidamente esterilizados, frutificados e coletados esporos. A partir desses esporos foi repetido todo processo de contaminação, isolamento, crescimento, frutificação e obtenção de novos esporos, o processo foi repetido, repetido, repetido...
Depois do primeiro ano foi observado que em alguns potes, algumas colônias conseguiam se desenvolver mais em meio aos contaminantes, essas foram sendo eleitas para entrar no processo de contaminação e propagação, cruzadas e reintroduzidas no processo.
Com mais dois anos foi observado que as colônias que sobreviviam em meio aos contaminantes estavam ficando maiores, as mesmas eram isoladas, cruzadas e incorporadas ao procedimento inicial do experimento.

Após cinco anos de experimentação foi obtida a primeira leva de potes totalmente tomada pelos micélios de PSCH, sem sinais aparentes de contaminantes. Ao chegar nesso ponto, nosso “cultivador cientista” percebeu que estava na hora de dar mais um passo. Dessa vez ele não esterilizou os potes antes da inoculação, e dos inúmeros potes inoculados apenas em um pequeno grupo surgiram tímidas colônias de PSCH, pequenos pontos brancos que prontament foram coletados, isolados, propagados e coletado esporos.

O processo continuou sendo repetido e as tímids colônias foram conseguindo se instalar em mais e mais potes, e ao longo de mais alguns anos foram se tornando maiores.
Nessa altura, outro fator chamou a atenção de nosso cultivador, a potência do PSCH. Achou muito perigoso ser cobaia em seu próprio experimento, então resolveu utilizar-se de camundongos para isso. Os cogumelos foram avidamente aceitos pelos roedores, e nosso cultivador passou a analisar suas reações. Em seu experimento observou que sua espécie em desenvolvimento chegava a ser uma vez e meia mais forte que a espécie original. E por fim concluiu que “não era tóxico.

O experimento prosseguia enquanto isso, e ao passar de oito anos conseguiu o primeiro pote não esterilizado totalmente colonizado pelo PSCH. Passou mais um tempo estabilizando-o, pois em alguns potes ainda surgiam contaminantes, mas depois de dois anos finalmente chegou ao seu objetivo inicial, poderia dizer até que foi além! Possuía em mãos uma espécie de cogumelo de crescimento rápido (colonizava um pote de 600ml em 5 dias), extremamente competitiva (mesmo sendo inoculada em um pote não esterilizado não dava chances para contaminantes) e de potência inigualável! Com boa produção, gerando de 13 a 27 flush, com total de 300 a 500 cogumelos por case de dois litros. Cogumelos com cerca de 30 cm de altura e chapéu de 19 cm de diâmetro, variam do amarelo dourado ao marrom claro e possuem duas faixas brancas características em seu chapéu.
A essa espécie foi dado o nome de “recife coast”ou “PSCR”.

Segue o modo de cultivo utilizado:

Bastava seguir os procedimentos tradicionais.. so que sem tomar nenhuma medida de higiene!

Depois colocar pra frutificar e ser feliz!

“Essa pequena obra de ficção foi concebida após o retorno de uma “lombra” muito louca, por um grupo de bons amigos apreciadores de cogumelos mágicos e dedicada a todos aqueles que como nós tiveram grandes problemas no começo do cultivo, mas que não desistiram, foram a luta e hoje desfrutam dos louros de sua perseverança.”

Por Marcelo Santos.
 
Caramba comecei a ler... Chorei!! Seria muito bom se essa espécie existisse de fato.

Pode ser bom da uma editada, derrepente alguem le rapidamente e não entende direito. Mas achei bem criativo... Será que é possivel criar algo assim?!

Cara vc mora em Recife? Sou de Olinda, tb cultivo cogumelos, não conheço ninguem por aqui que cultive e aprecie cogumelos. Vamos nos encontrar pra trocar ideias. Tem chovido bastante esses dias, [MODERADO]

Abraço, parabens pela criatividade.
 
De fato acho que fui muito "terrorista" na narrativa... huahuahuahuahu É q eu tinah acabado de estudar pra uma prova de patologia clínica huahuahuauh acabei me empolgando :D

Claro rafa, bora marcar, tenho prova essa semana e tou de férias! Bora trocar umas ideias.
me manda um email (marceloamorc@hotmail.com)
 
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