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Dosagem de Amanita Muscaria e diferenças entre Estipe e Chapéu.

Simper

Esporo
Cadastrado
12/12/2023
2
1
Inicio-me no Fórum com uma dúvida a respeito da dosagem inicial para o Amanita Muscaria desidratado.
Passei por duas experiências recentes e iniciáticas bem sucedidas com o Psilocybe Cubensis, a partir de orientação afeita à maioria das orientações que encontrei por aqui. A saber: de 1,5g até 3g do P. Cubensis desidratado.
Em relação ao A. Muscaria, qual a recomendação?
Outra dúvida relacionada: qual a diferença entre apenas a estipe desidratada e apenas o chapéu? Encontrei estas diferenças entre produtos ofertados para compra.
Abraços e muito obrigado!
 
Nunca provei amanitas, mais pelo fato de que amigos que comeram me falaram que a trip com amanitas só é "verdadeira" quando você encontra os cogumelos na natureza.

Em questão de dosagem o que mais escutei até hoje é que amanita é sempre uma surpresa.
Uma mesma dosagem pode não ter efeito ou te levar pra outro universo.
E que o pileo é mais concentrada.

Mas assim como o cubensis, que você achou 1,5 a 3g como dosagem, isso está muito diferente da dosagem que eu tomo.

Acho que para ambos cogumelos a regra é a mesma, se você precisa perguntar quanto tomar, então precisa tomar o mínimo possível.
Trips e experiências cogumelos são muito pessoais, inclusive a dosagem.

Mas será que é a melhor opção? Ir pulando de substância em substância tentando encontrar algo que está procurando?

Ou mesmo muitas pessoas tem a ideia de "conhecer" os efeitos de substâncias psicotrópicas apenas por curiosidade. Mas consumir algumas vezes realmente é conhecer?

Pra mim é estranho catalogar experiência com cogumelos como "bem sucedidas", imagino que seja sobre não ter badtrip e se sentir bem com os efeitos.

Se teve pouca experiência com cubensis, não é melhor explorar um por vez?
Na minha própria opinião, amanita depende de mais conhecimento e prática como "psiconauta" para aguentar os efeitos dele, pelo menos nas trips mais pesadas e o sentimento inicial da ingestão.

As vezes a possibilidade de comprar facilmente pela internet aumenta a facilidade de pular de galho em galho, mas não sei é a melhor forma de ter contato com enteogenos.

Assumo que a busca por outra espécie de cogumelo é derivada do sentimento de não ter encontrado o que procura no cubensis. O problema é que sempre vai ficar procurando na internet substâncias novas.

Acho que minha ideia é como... Perder a virgindade com uma prostituta. Não tem nada moralmente errado na percepção objetiva. Mas a melhor experiência acontece construindo pela própria capacidade e até sorte.
Eu consigo entender se você tiver 60 anos e ainda ser virgem.
Mas se é novo parece muito mais "humano" esperar a chance ou se esforçar para dar certo, procurando nos melhores locais (perto de pinheiros).

A experiência pode parecer a mesma, mas será que realmente é?
Talvez seja. Talvez não. Talvez seja até melhor ou pior.
 
Nunca provei amanitas, mais pelo fato de que amigos que comeram me falaram que a trip com amanitas só é "verdadeira" quando você encontra os cogumelos na natureza.

Em questão de dosagem o que mais escutei até hoje é que amanita é sempre uma surpresa.
Uma mesma dosagem pode não ter efeito ou te levar pra outro universo.
E que o pileo é mais concentrada.

Mas assim como o cubensis, que você achou 1,5 a 3g como dosagem, isso está muito diferente da dosagem que eu tomo.

Acho que para ambos cogumelos a regra é a mesma, se você precisa perguntar quanto tomar, então precisa tomar o mínimo possível.
Trips e experiências cogumelos são muito pessoais, inclusive a dosagem.

Mas será que é a melhor opção? Ir pulando de substância em substância tentando encontrar algo que está procurando?

Ou mesmo muitas pessoas tem a ideia de "conhecer" os efeitos de substâncias psicotrópicas apenas por curiosidade. Mas consumir algumas vezes realmente é conhecer?

Pra mim é estranho catalogar experiência com cogumelos como "bem sucedidas", imagino que seja sobre não ter badtrip e se sentir bem com os efeitos.

Se teve pouca experiência com cubensis, não é melhor explorar um por vez?
Na minha própria opinião, amanita depende de mais conhecimento e prática como "psiconauta" para aguentar os efeitos dele, pelo menos nas trips mais pesadas e o sentimento inicial da ingestão.

As vezes a possibilidade de comprar facilmente pela internet aumenta a facilidade de pular de galho em galho, mas não sei é a melhor forma de ter contato com enteogenos.

Assumo que a busca por outra espécie de cogumelo é derivada do sentimento de não ter encontrado o que procura no cubensis. O problema é que sempre vai ficar procurando na internet substâncias novas.

Acho que minha ideia é como... Perder a virgindade com uma prostituta. Não tem nada moralmente errado na percepção objetiva. Mas a melhor experiência acontece construindo pela própria capacidade e até sorte.
Eu consigo entender se você tiver 60 anos e ainda ser virgem.
Mas se é novo parece muito mais "humano" esperar a chance ou se esforçar para dar certo, procurando nos melhores locais (perto de pinheiros).

A experiência pode parecer a mesma, mas será que realmente é?
Talvez seja. Talvez não. Talvez seja até melhor ou pior.
Olá Texugo!

Agradeço a atenção, a resposta, considerações e aconselhamentos.

A pergunta sobre o quanto tomar é mesmo na perspectiva de uma recomendação de dosagem, visto que no Fórum aparecem em várias discussões esta orientação, porém apenas para o Psilocybe. Acho importante ouvir pessoas mais experientes quanto à esta "média", para ter uma base objetiva que permita avanços subjetivos, singulares e pessoais.

O uso da expressão ou adjetivação "bem sucedida" para as duas experiências que tive a oportunidade de vivenciar - e que penso em relatar nos diários aqui no Fórum - envolve um contexto de trajetória de busca existencial, espiritual e filosófica. Em específico, após a defesa de um mestrado em Saúde Mental estudando um filósofo brasileiro espiritualista, fui orientado por um antropólogo e teólogo membro da banca que pudesse experimentar a Ayhauasca. Li uma série de textos e assisti a videos sobre o Daime e o uso do DMT. Neste caminho encontrei-me com um amigo e membro deste fórum, com longa experiência em LSD (substância que o filósofo, referencial teórico de meu estudo, havia se utilizado) e com cogumelos. Há cerca de 3 anos e meio que vim preparando o encontro de condições propícias para uma experiência "programada" (sobre este termo me refiro especialmente ao texto do Tupy que me apresentou o conceito de "setting" conforme Thimoty Leary). Enfim, o "sucesso" da experiência, é importante mesmo ressaltar, foi verbalizado neste contexto. Entretanto, a conclusão quanto a "não ter badtrip" está em partes correta, sobretudo quando nos aproximamos daquele livro do Huxley chamado "Céu e Inferno". Na infância/início da adolescência tive alguns tantos episódios de intenso sofrimento psíquico, associados ao delírio e ao que diagnosticaram na época como "terror noturno". Estes momentos se aproximam muito de uma descrição contida no livro, sobre o "inferno". Na experiência pessoal deste último sábado, pude vivenciar proximidades com aqueles episódios, sentindo os efeitos de forma diametralmente oposta, mais receptiva, "corajosa" e tranquila. Parte do "bem sucedido" diz respeito a isso também.

No sábado e domingo, participei de um curso sobre o cultivo de cogumelos comestíveis. Na exposição teórica, alguns minutos foram dedicados ao uso medicinal, donde foi mencionado o Amanita. Na noite de ontem, descobri vendedores da variedade desidratada na Internet e, junto à curiosidade acerca dos efeitos, veio a dúvida da dosagem.

Ah! Tenho compreendido também que o Amanita não é tão seguro quanto o Psilocybe, exigindo maior caminhada, encontros e cuidado.

Sentindo-me grato pela oportunidade de reflexão e partilha, despeço-me por hora.

Terno abraço!
 
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