Teonanacatl.org

Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

Cadastre-se para virar um membro da comunidade! Após seu cadastro, você poderá participar deste site adicionando seus próprios tópicos e postagens.

  • Por favor, leia com atenção as Regras e o Termo de Responsabilidade do Fórum. Ambos lhe ajudarão a entender o que esperamos em termos de conduta no Fórum e também o posicionamento legal do mesmo.

Desafio de guerreiros

zigg dust

Desligado
Cadastrado
18/11/2008
430
69
Então.. esta trip entrará em bad trips somente porque como quase todas pra mim, foi difícil também.
Em agosto deste ano voltei ao sítio desse meu parceiro porque, estranhamente, me chamou , e não costuma chamar ninguém até lá, está isolado totalmente do mundo e os poucos hermanos que lhe restaram é que levam um pouco do mundo até ele. fique na PAZ.

Sentamo-nos num lugar bem distante da casa. um descampado com uns morros ao Leste, com um sol entre nuvens, mas muito quente sobre nossas cabeças.

O preparado estava a nossa frente: Dois litros do mais puro óleo negro extraterrestre. Só ele e DEUS sabiam o que tinha ali naquela mistura... Ou quem sabe não havia mistura. Apenas o sumo dos mais potentes psilocybes selvagens.

Tomamos e tomamos. Conversamos e fizemos alguns exercícios: mantras e respiração.

Vi que tinhamos tomado tudo e sugeri alguma ganja para relaxar.
Então ele falou. Falou que tinha visto a descrição da minha experiência neste fórum.
Poxa! mas como se esse cara nem mesmo usa internet?
Gelei e ele continuou falando e me acusando. Bem na hora senti os primeiros efeitos de dormência, mas esta, pela tensão, ia muito além do normal...
Me deitei e senti. Senti a grama abaixo de mim e a terra oca por baixo da grama.
Senti a terra se partir, como uma casca de ovo, em diversas rachaduras e meu corpo cair a mil km por hora.
Senti morrer.

Voltei (depois de quanto tempo?) e vi-senti meu hermano como um gigante sentado a minha frente, com um homenzinho numa das mãos. Vi-senti um babuíno do tamanho de um homem sentado a minha esquerda (o animal-de-poder dele).
Meu hermano agora era um neanderthal: sua face era grosseira, sua roupa rasgada era uma pele de animal. O babuíno me olhava e de volta pro neanderthal, muito calmo, mais inteligente que nós dois, acompanhando nossa conversa. Que era um silêncio tenso.
Estava frio, muito frio. Pude sentir o gelo dos Andes, a milhares de kms daqui. Pude sentir uma névoa do morro baixando sobre nós. Tudo tomava uma tonalidade de azul.
Pra minimizar, tentei me lembrar de outras experiências, em que voei como garça sobre um lago no Peru, há oito anos atrás, com o Sol aquecendo minhas costas, meus pulmões, minha respiração e depois, vi as índias apontando pra mim como um homem nu nadando...

Então olhei e vi que o gigantesco neanderthal comia o boneco, o homenzinho em suas mãos.

Me levantei e segui procurando por meu hermano. Ele tinha sumido. Obesevei a paisagem procurando-o. Era lindo e assustador aquele extenso campo com várias poças e arbustos agrestes e imaginei-o a milhares de anos, com tigres dente-de-sabre e tudo mais...

Então vi numa árvore um animal, definitivamente um mamífero, escalando. Não era um macaco, muito menos uma preguiça, mas um animal estranho misto de javali, homem e babuíno.
Quando tentei me aproximar e ele escancarava a boca cheia de dentes afiados e mexia a cabeça. Não era pra eu me aproximar.

Vaguei perdido por algumas horas - tentei encontrar a casa e dormir ou me esconder - e cheguei a um lugar próximo a cerca. Tinha um boneco preso ali e ouvia sempre uns passos sobre folhas secas em volta, como se fosse algum roedor grande pulando sobre as folhas. Me lembrei de um animal que já conhecia, um misto de anta, cachorro e morcego, achei que fosse ele, em formato de canguru ou sei lá o que (sempre vejo esses bichos!). De repente, o boneco começou a tremer. Me agarrei a cerca, mas não tive como pular e fugir.

A náusea era grande. fiquei horas estirado perto da cerca.

Voltei ao boneco. Era eu mesmo, meu cadáver. Mas, sinceramente: não acreditei nessa sugestão da minha mente.

Levantei e vi aquele filho da puta rindo no meio do mato, me olhando. Sai correndo atrás dele e ele saiu correndo também. Queria lhe enfiar a porrada.
Parecíamos descer uma ladeira. Ele cada vez menor lá embaixo.
Senti cansaço, mas corri. Corri até chegar na casa. A mulher dele esperava.
Com raiva, pensei naquilo, mas...

Sentei-me na amurada da varanda e fiquei assim, contemplando o horizonte como um animal enraivecido, durante horas. Esperando.

Nunca mais volto naquela porra!

Ouviu MANO?
 
q trip alucinante mano
lembrei dofilme viagem alucinante
essa foi potente
vc bebeu 1 litro de cogu concentrado!!!??
é muito poder para um espirito só
tu tem colhoes velho!! meus parabens
e seu amigo como foi q ele narrou a dele?
o animal meio homem meiojavali nao era um sarue nao?
 
HAHA! sarue acho que não. Porque tinha braços e pernas. Mas a cada hora lembro diferente dessa visão. Agora acho que pode botar também uma juba de leão aí no bicho...
Sei lá. A mente cria monstros, para ter com o que lutar!

---
Meu amigo deve ter viajado ainda mais do que eu, porque domingo a noite, quando vim embora, ele ainda não tinha voltado.
E ele NÃO relatará sua viagem!

Este foi um "duelo", pelo que sei, e não sei se saí vencedor ou não.
 
Que doidera!!!
 
trips coletivas, egos confluem e se sucumbem, um vai o outro fica e vice versa...
 
Então vi numa árvore um animal, definitivamente um mamífero, escalando. Não era um macaco, muito menos uma preguiça, mas um animal estranho misto de javali, homem e babuíno.
Quando tentei me aproximar e ele escancarava a boca cheia de dentes afiados e mexia a cabeça. Não era pra eu me aproximar.
Era um MORTANDELLO.
Foi assim que eu enlouqueci. aceitei o animal como meu "toten" e ele me aceitou como cavalo.
 
Que trip!
Tem como explicar melhor isso que você disse de ter sido um duelo?
Vocês estavam competindo pelo quê, afinal?
 
Que trip!
Tem como explicar melhor isso que você disse de ter sido um duelo?
Vocês estavam competindo pelo quê, afinal?

Não era pra ser mas, desde o momento em que ele me derrubou lá pro fundo do Hades e eu percebi isso, acabou virando um duelo, uma luta.

---

Prefiro agora ficar longe desse grupo (dos hermanos, que é como eles se chamam entre si) e tenho tentado conduzir umas experiências "solo", de interação apenas com a natureza.

E não me importa se assim eu fôr "o lobo ômega". Cada caminho é um Caminho.

Até!
 
Back
Top