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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Da ingenuidade coletiva.

brunomg

Cogumelo maduro
Membro Ativo
25/06/2006
314
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Sejamos mais honestos para nós mesmos, olhemos, sem a malícia e o espírito ruim do "Homem de Realidade", para nossa própria cara, em assumir nossa ignorância em saber o que é "História" o que é "Atualidade"...

Imaginemos quão irônica é existência dos Aristocrátas que acreditam na "Realidade dos Fatos":

"Desconsiderar o pre-conceito na apreciacão do valor". Pensam com tom de "excelência", e riem-se....

Essa não é a capacidade da qual, supostamente, orgulham-se os Homem da sua Justiça, e da neutralidade com que avaliam o que existe "de fato" ?

Persigamos, porém, essa Justiça, vejamos quão Justo somos com isso, perguntando-nos então primeiro: "Até que ponto devo desconsiderar a Memória e a Avaliações de toda a Civilização Atual, ante a História dos Acontecimentos contada por eles ?"

Deste modo colocamos em cheque, antes de qualquer coisa, a veracidade do Historiador.

Não é justa tal desconfiança ? Não é fato que ainda não existiamos quando esses que acreditamos ter sido Homens - grandes Heróis da História -, percorreram sua epopéia ?

Teriam sido mesmo Grandes, e mister, teriam existido como Homens ? Não eram eles, ja naquele tempo, partes de um outro Organismo Histórico, tal como os vemos hoje ?

E quem poderia nos garantir, que nós mesmos, os "Atuais", existimos de fato ? E que não somos também partes, partes que compoe um outro Homem, que ainda não existe ?
 
QUe diferença faz se o fato ocorreu ONTEM ou há 2 mil anos atrás se a midia que o traz até nós é corrompida e manipulada na FONTE?
 
A história é contada pelos vencedores, ou dominadores.
Imagine por um momento que a Alemanha nazista tivesse vencido a guerra, a propaganda em massa nazista tornaria suas ideologias uma "coisa boa". O Estados Unidos vende a ideia de seu "American way of life", se os americanos tivessem perdido a guerra a ideologia nazista estaria na midia e achariamos normal.

Não há um unico conhecimento humano que não possa ter sido manipulado, cabe a nós distinguir o que agregar a nosso ser, e não comprar qualquer ideia que "pareça boa".

A realidade é uma só, é a qual estamos inseridos, a qual somos individuos, interagimos com essa realidade e com outros individios inseridos. Porem nossa mente é capaz de criar realidades relativas, muitas vezes mais tentadoras do que aquela onde habitamos, na realidade relativa só há um individuo, não há interação que gerem sentimentos reais, o dono dessa realidade é que seleciona o que entra nesse mundo, e o que não entra e é aqui que reside o perigo: Sabemos o que realmente queremos? Será que julgamos o que entra pela percepção e julgamento proprio ou atraves de conceitos e pre-conceitos sociais/religiosos/cientificos/filosoficos/historicos/etc?????

Abração!!!!
 
Não existe um só conhecimento, assim como também não existe uma só versão da história, e por isso mesmo, não ha sequer uma "prova real" de que ela tenha existido.
A construção histórica é tão somente um ramo da epistemologia, e a epistemologia nesse sentido significa não mais que criação humana e o encadeamento lógico de qualquer coisa que chama-se "conhecimento", ou "conhecimento histórico".

Porém isso poderia nos precipitar no erro de constituir a realidade apenas de partes subjetivas, de fato, a realidade é composta por partes subjetivas de homens "objetivos", e nessa construção, a hierarquia não se deduz da determinação de um pelo outro, mas sim da justaposição que a subjetividade de todos os homens encontram-se na história dos acontecimentos.

Esse modo de considerar a história, a história crítica, é o que aproxima mais a compreensão e uma Justa composição do Ser, em todos os seus aspectos.
 
Não há um unico conhecimento humano que não possa ter sido manipulado, cabe a nós distinguir o que agregar a nosso ser, e não comprar qualquer ideia que "pareça boa".

Porem nossa mente é capaz de criar realidades relativas, muitas vezes mais tentadoras do que aquela onde habitamos

se as realidades que a gente cria são relativas, o que seria verdadeiramente a realidade absoluta???

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O Mito da Caverna
Platão
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.

Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.

Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.

Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.

Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
Libertado e conhecedor do mundo, o priosioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.

Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.
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como acreditar, se o que nós vemos quase sempre são apenas sombras?
 
se as realidades que a gente cria são relativas, o que seria verdadeiramente a realidade absoluta???

Onde voce existe? Onde voce se alimenta? Onde está o seu corpo, cuja cabeça e corpo produz uma mente? Onde voce realmente VIVE?
Cabe somente a voce responder a sua pergunta, e não a mais ninguem.

como acreditar, se o que nós vemos quase sempre são apenas sombras?
Eu já havia lido o mito da caverna, porem eu vejo de uma forma um pouco diferente.
Se vemos sombras é porque não viramos a cabeça para olhar no sentido da luz, quem restringe o individuo é o proprio individuo (algumas vezes coloca pra dentro coisas externas, como conceitos e pre-conceitos que o restringem).
Na minha opnião esse é o poder e os grilhões que aprisionam os homens. Se você acreditar que ve apenas sombras, se sentirá impotente e nunca verá a luz.
Afinal é voce quem governa a sua vida ou permite que outros a governem?


Abraços, paz e luz.
 
Se vemos sombras é porque não viramos a cabeça para olhar no sentido da luz, quem restringe o individuo é o proprio individuo (algumas vezes coloca pra dentro coisas externas, como conceitos e pre-conceitos que o restringem).
Essas coisas externas são o ALVO da mmudança radical.
Trabalhando isso - fechando-se para o que o mundo tenta embutir em você, todas as outras questoes estao resolvidas.
Só entra em MIM o que EU deixa entrar.
 
Essas coisas externas são o ALVO da mmudança radical.
Trabalhando isso - fechando-se para o que o mundo tenta embutir em você, todas as outras questoes estao resolvidas.
Só entra em MIM o que EU deixa entrar.

Quase todas, pois mesmo assim, se a pessoa for individualista e egoísta o que irá entrar nem sempre será o que faz bem e traz paz interior.
Quando conseguimos fazer esse "filtro" a próxima coisa a ser trabalhada é o juízo utilizado para realizar a "filtragem".
E isso é o que tem me deixando louco, e deixado meus amigos furiosos comigo... :confused::confused::confused:
 
Quase todas, pois mesmo assim, se a pessoa for individualista e egoísta o que irá entrar nem sempre será o que faz bem e traz paz interior.
Quando conseguimos fazer esse "filtro" a próxima coisa a ser trabalhada é o juízo utilizado para realizar a "filtragem".
E isso é o que tem me deixando louco, e deixado meus amigos furiosos comigo... :confused::confused::confused:
Resgate a sua essencia.
Se seus amigos nao gostarem dela - problema unico e exclusivo deles.
pode ter certeza que amigos nao querem dizer NADA nessa busca pessoal.
Nao é egoísmo isso, é foco.
Se você resgata o contatato direto com sua essencia e a utiliza como principal filtro julgador em suas açoes, pode ter certeza que além de SE mudar, o mundo inteiro muda ao seu redor.
:D


Encaixotem os livres
Desenfetem os cantos
Estruprem as mulheres
Brutalizem os homens
Despedacem os fracos
Enfeitem a moda
Sodomizem as crianças
Escravizem os velhos
Fabriquem as armas
Destruam as casas
Façam render a guerra
escolham o heróis

E queimem as bruxas
Deixa queimar
Queimem as bruxas
Quem vai queimar?

Empurrem conselhos
Forneçam as drogas
Engilam a comida
Desfarcem bem a culpa
Protejam a igreja
Pedoem os pecados
Condenem os feitiços
Decidam quem vai morrer
Contaminem a escola
Violentem os virgens
Aprisionem os livros
Escrevam a história

E queimem as bruxas
Deixa queimar
Queimem as bruxas
Quem vai queimar?

Quem ordena a execução
Não acende a fogueira
(pai rogai por nós)
Que ordena a execução
Não acende a fogueira
(pai rogai por nós)
Quem ordena a execução
Não acende a fogueira
(pai rogai por nós)
Quem ordena a execução
Não acende a fogueira

E queimem as bruxas
Deixa queimar
Queimem as bruxas
Deixa queimar
Queimem as bruxas
Deixa queimar
Queimem as bruxas
Quem vai queimar?
Deixa
 
Esse conhecido fenomeno "preconceito" hoje, nada mais é do que parte dessa estruturação com que o homem vem exagerando: lembrar o passado e projetar ao futuro com duas incógnitas.

Essa é a atividade que o homem vem realizando naturalmente e esquecendo-se de uma só coisa: essa coisa é aquilo que ja não é mais passado e nem chegou a ser futuro ainda; que coisa é essa ? Um "presente" entulhado de informação, que ainda faz dessa distinção dos tempos - futuro e passado - uma forma de dividir a si mesmo também, como um ser "além do seu próprio tempo": alguém capaz de se projetar, profetizar ou idealizar o próprio destino; Ou como um "ser antigo e sábios", o clássico filósofo, que coopera lentamente para um "processo universal" de evolução, seja la de onde tenha vindo ou para onde vá isso que evolui, o que importa para eles é o seu meio, justamente porque acha seu "meio" aquilo que existe de mais inquestionável na sua existência: "O que É não precisa nem de uma origem e nem de um fim" - dizem esses seres tardios...

Cuidado!! Alerta para essas duas resistências que impedem a Vida de se propagar com excelência, essas são duas forças contrárias a aplicação da Vontade sobre novas fronteiras do universo, essas são duas doxas das quais, se se bobiar, passa-se a vida toda, como num piscar de olhos, aprisionado num só dogma. E só por isso, deve maior atenção do que qualquer outras necessidades, e isso não exclui a de sobreviver...
 
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