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Crise Ambiental, Crise de Paradigmas

Clorofila

Cogumelo maduro
Membro Ativo
24/01/2007
844
76

CRISE AMBIENTAL, CRISE DE PARADIGMAS*

Jean Pierre Leroy
Assessor da Fase

Uma reflexão aprofundada sobre os fatores que contribuem para o agravamento da atual crise ambiental nos levaria a dois fatores que são, na verdade, questões de fundo, nossos paradigmas religiosos e filosóficos. A religião ocidental e o racionalismo clássico formador da filosofia moderna são, ambos, discursos que nos afastam de uma relação com a natureza. Antes, justificam sua dominação.

Na passagem bíblica onde se lê “frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai (...) sobre os peixes, as aves, os animais e as plantas”, o livro de Gênesis indicava o caminho que Descartes revisitaria mais de mil e setecentos anos depois. Para o filósofo, somos “mestres e possuidores da natureza”. Hoje, tanto a cultura como a ciência, e o próprio modo de viver urbano, nos afastam profundamente da natureza. Não nos vemos como parte do meio ambiente, mas como seres exteriores a ele. Durante milênios, esse profundo divórcio não trouxe conseqüências drásticas sobre o meio ambiente e sobre a humanidade. Os prejuízos percebidos afetavam apenas o ambiente local e as correspondentes populações.

O segundo fator, propiciado pela afirmação filosófica da nossa superioridade, é representado pelo florescimento do capitalismo mercantil e industrial e suas sucessivas invenções, a começar pela máquina a vapor. Saúdam-se seguidas “revoluções” tecnológicas. A mais recente teria sido a revolução do conhecimento, base de um capitalismo cujo valor agregado se apóia sobre o imaterial.


Se é verdade que o conhecimento por trás do produto é o segredo do valor, o fato é que o processo de produção de objetos continua usando petróleo e minerais em demasia. A produção também é caracterizada por um permanente e excessivo consumo de água e energia. Além disso, a obsolescência rápida é hoje uma estratégia do capitalismo, obviamente para acelerar os ciclos de uso e troca por novos aparelhos. Novos carros, novos computadores e celulares chegam ao mercado num tempo cada vez mais curto. E lá se vão mais recursos naturais, mais lixo e contaminação.

Será que o infortúnio do mundo fará a fortuna do Brasil? O nosso crescimento hoje não fará nossa desgraça amanhã? O mundo (em particular os países industrializados) necessita dos nossos minerais, a começar pela bauxita e pelo ferro. Para ele, produzimos aço, alumínio, celulose, carvão vegetal. Mas, sobretudo, com esses produtos lhe entregamos a energia, a água e o solo que lhe faltam.

A empresa Alcoa começa a extrair bauxita em Juruti, no Baixo Amazonas. Ela quer abrir uma nova fábrica de alumínio, mas isso requer energia. Sem problema: o ministro de Minas e Energia já disse que a hidrelétrica de Belo Monte é um projeto irreversível. O lago que seria formado pela barragem diminuiu de tamanho, mas a vazão durante o verão será muito pouca. Isso sem mencionar que não se levou em conta o aumento do desmatamento das margens dos rios tributários e das nascentes do Xingu, além das mudanças climáticas. Quem vai bancar o custo da incerteza sobre a viabilidade econômica do projeto? Quem acredita que não haverá outras barragens construídas ao longo da bacia no futuro?

Há países que proíbem a instalação de indústrias contaminantes em suas baías. As baías da Guanabara, Sepetiba, de São Marcos em São Luis do Maranhão e outras acolhem sem reserva pólos petroquímicos, fábricas de aço e de alumínio e, amanhã, usinas termoelétricas. É mais barato e mais perto dos portos. Quanto pesam a população e a qualidade de vida diante disso?

Voltemo-nos para os agrocombustíveis e a agropecuária. A permanência do latifúndio, mesmo que reciclado como grande empresa rural, e a arrogância de seus representantes políticos, não deixam esquecer que não é o produtor quem define os rumos da agricultura e quem lucra mais com a produção. A atividade produtiva perdeu há tempo sua centralidade, em proveito das grandes corporações industriais e comerciais que participam do complexo agro-industrial nas áreas de insumos químicos, máquinas, sementes, beneficiamento e comercialização da produção. Elas também se beneficiam da destruição do cerrado e da floresta amazônica. Nem se pode dizer, como o governador do Mato Grosso, que a produção de alimentos justifica a destruição de árvores, pois a especulação financeira sobre os alimentos e sobre o milho norte-americano para etanol comanda boa parte da suposta escassez de alimentos, contribuindo para o encarecimento da comida.

Na verdade, os agrocombustíveis representam um paradoxo. Ditos renováveis, eles permitem satisfazer a boa consciência. Reduziriam as emissões de CO², mas contribuem para manter a mesma matriz de transporte individual e de mercadorias. Satisfazem a boa consciência, mas permitem que o sistema de produção industrial aludido acima continue intato. Dificilmente essa produção escapará da lógica destrutiva. Vale assinalar que a preservação da floresta amazônica seria, segundo cientistas, uma contribuição muito mais importante para o clima do que trocar gasolina e fuel por biocombustível.

Se o problema está na nossa relação com a natureza e no modelo de produção e de consumo capitalista, a solução é mudar os paradigmas filosóficos e econômicos. Mas uma revolução das mentalidades e das sociedades não se decreta. O acompanhamento realista da destruição do território brasileiro e da diminuição gradativa da qualidade de vida (para não falar de populações rurais e tradicionais que desaparecem do mapa por obra do progresso) levaria ao pessimismo, se não fosse a efervescência atual. Todos nós hoje, fora os cínicos, somos ambientalistas, queiramos ou não. Se cada um começa a sentir na sua vida os impactos da crise ambiental, é também na sua vida, localmente, que se pode iniciar novas maneiras de viver e se relacionar com o meio ambiente. Precisamos, enfim, de uma nova maneira de cuidar da própria economia, cujo sentido original, do grego oiko-nomia, significa o cuidado da nossa casa, o planeta em que vivemos.


* Este artigo foi publicado originalmente sob o título O planeta começa em nossa casa, na revista Caros Amigos, edição especial sobre meio ambiente, em junho de 2008.
 
É Cloro, seria necessario uma verdadeira revolução onde seria gerado uma enorme guerra para que se possa reverter essa situação.

O Brasil teria que deixar de ser um país capitalista, cortar as relações internacionais e dar valor ao seu povo.

Os estrangeiros pensam que isso aqui é um parque de diversões cujo o tema é vida na selva ou é essa imagem que eles querem passar ao mundo, tiramos por base seus filmes, que mostram o Brasil rudico, selvagem e pobre, um lugar para se explorar e robar facilmente.

Voce nunca ve um filme estrangeiro mostrando a capital de São Paulo, ou Rio de janeiro, Ou outras grandes capitais de nosso pais!

Isso contribui e muito para que qualquer estrangeiro venha para cá confiante de que podera usurfruir de nossas riquezas naturais, rouba-las e leva-las para fora.

E o pior é que nosso governo atual permite e encoraja esse ato.

A população esta alienada ao fato e só pensa nos lucros!

Não temos uma politica de nacionalismo!

Só alimentamos o capitalis e fixamos o pensamento de "foda-se" esse país é uma merda!

Uma merda que o mundo todo etá de olho e querendo o seu pedaço!

Sendo que na verdade a merda esta no governo, nos homens inescrupulosos que votamos por pura e plena falta de opção e se não votamos, outros votam, quando chegamos nas urnas temos como opção escolher o menos pior!

É muito dificiul mas acho que só venceremos essa batalha quando for criado um partido extremamente nacionalista, integtegro, cujo seus participantes sejam escolhidos a dedo, levando em consideração virtudes como HONESTIDADE, HONRA, PAIXÂO PELO PAIS E O PRINCIPAL DESCENCIA.

Um partido no qual lute para que o sálario dos parlamentares sejam reduzidos a uma merreca, causando assim uma candidatura baseada na boa vontade e não na boa grana que isso vai dar!

O que o Brasil precisa é de boa vontade e nacionalismo só de resto ja temos tudo!!!!!

Paz e luz!
 
utopia utopia utopia!

precisamos da utopia!


nada disso vai acontecer ainda,vai ser diferente,vai haver outras mudancas claro


vamos chegr nisso,milhoes de planetas civilizados ja passaram por isso!

somos um planeta de almas ignorantes destruidoras presas a matéria!expiação pura....


mas nada disso que queremos vai rola assim,alias a base de tudo ja esta na mentalidade filosofica,forma de pensar

vc ve que todos os paises funcionam diferente por sua mentalidade cultural,alguns nao disperdicam agua e etc....

essa eh a raiz,a cabeca!



...temos que cortar as cabeças de todos,para brotar novas....
 
A idéia não é nova, mas o texto está muito bem escrito :pos:

E, na real, não faço a mínima idéia de como essa mudança vai acontecer.
 
O Brasil teria que deixar de ser um país capitalista, cortar as relações internacionais e dar valor ao seu povo.

É muito dificiul mas acho que só venceremos essa batalha quando for criado um partido extremamente nacionalista, integtegro, cujo seus participantes sejam escolhidos a dedo, levando em consideração virtudes como HONESTIDADE, HONRA, PAIXÂO PELO PAIS E O PRINCIPAL DESCENCIA.

Um partido no qual lute para que o sálario dos parlamentares sejam reduzidos a uma merreca, causando assim uma candidatura baseada na boa vontade e não na boa grana que isso vai dar!

O que o Brasil precisa é de boa vontade e nacionalismo só de resto ja temos tudo!!!!!
nacionalismo não é nem nunca será a solução.
o nazismo foi o nacionalismo exarcebado da alemanha... olha o que deu.
concordo que no brasil não existe o sentimento de casa(a nao ser quando é em copa do mundo ou olimpiadas)
mas acreditar no nacionalismo é furada.decencia muito menos, decencia é o que todos politicos pregam hj em dia e sempre pregaram no brasil.
 
É Cloro, seria necessario uma verdadeira revolução onde seria gerado uma enorme guerra para que se possa reverter essa situação.

O Brasil teria que deixar de ser um país capitalista, cortar as relações internacionais e dar valor ao seu povo.

Realmente nosso pais tem uma capacidade imensa de se auto-sustentar, veja só o tamanho de nosso territorio nao precisamos de nada que venha de fora, tanto o Brasil como todos os paises da america do sul deveriam se unir para um bem maior , todos nos temos historias similares, o povo original (indios) tiveram seu territorio roubado , foram mortos, escravizados, catequisados, dizimados e totalmente explorados e ainda somos de todas formas.

E oque fazemos? (me refiro a grande massa popular ignorante brasileira) ao invés de abominar esses CONQUISTADORES simplesmente amamo-os, DESEJANDO sua marcas, muita gente paga o triplo de um produto apenas pela marca e por todo a sensação ilusionista que vem junto. e enquanto pagamos pau pros gringos chingamos nossos IRMÂO argentinos , falamos mal e ridicularizamos os Paraguaios, sendo que estes estão nessa situação devido a uma guerra que foi totalmente manipulada pelos ingleses e que no final só deu lucro a eles.

Deveriamos fechar as fronteiras, mudar toda a estrutura do pais, EDUCAR nosso povo e nos unirmos mais, aqui na america do sul quem sabe futuramente a formação de um só pais SUL AMERICANO.
Ahh mas vcs me dizem: Precisamos deles , não temos tecnologia e blablabla meu é so fazer as coisas funcionarem aqui dentro.
Pô veio mais aquele celular da Sony ericsson é legal: tá então COPIAMOS NA CARA DE PAU MESMO e criamos modelos iguais com nomes diferente tipo um SONY ERICSON ( 1 S a menos) e fariamos isso com tudo qual o problema é so tornar isso legal.

Tentei expressar oque sinto mais ainda fiquei longe doque realmente quis passar, tudo isso que escrevi pra min soa como um lindo sonho. Que mesmo não acontecendo aqui em nosso solo esse dia vai chegar


Um partido no qual lute para que o salario dos parlamentares sejam reduzidos a uma merreca, causando assim uma candidatura baseada na boa vontade e não na boa grana que isso vai dar!

O que o Brasil precisa é de boa vontade e nacionalismo só de resto ja temos tudo!!!!!

Paz e luz!

Realmente acho que um partido totalmete radical não teria dificuldade em eleger candidatos, pense só em toda a galera que vota nulo votando nesses candidatos??? com certeza a longo prazo um partido assim iria se fortalecer e outras ramificações voltadas ao mesmo interesse surgiriam.
 
eu vo dexa como ta...


ta tudo dentro do trilho certo..so nao chegamos ao destino desejado ainda
 
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