- 18/10/2011
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Enquanto crianças, fascinam-nos como abrigos de fadas e duendes; mais tarde, continuam a seduzir-nos como deliciosas iguarias. O biólogo Jorge Nunes revela o mundo dos cogumelos silvestres e conta-nos como o património micológico português tem vindo a ser progressivamente delapidado.
Os cogumelos silvestres encontram-se um pouco por todo o lado, sendo mais comuns nas florestas e nos prados. Quase esquecidos durante grande parte do ano, com a chegada das primeiras chuvas, estes curiosos organismos voltam a brotar do manto de folhas mortas e a merecer a nossa atenção. À cata deles surge sazonalmente uma multidão incógnita de apanhadores que os vai saqueando sem qualquer respeito pela propriedade alheia, pelas mais elementares regras de colheita e pelas normas básicas de segurança alimentar que recomendam um adequado conhecimento das espécies comestíveis e venenosas, o que, como têm demonstrado as inúmeras notícias que se repetem anualmente, nem sempre acontece. Enquanto uns os colhem indiscriminadamente, outros há que lhes têm medo e se recusam a tocar-lhes ou a comê-los.
Embora para a maioria das pessoas os cogumelos não passem de pequenas flores coloridas, na verdade, por detrás das suas curiosas formas e atraentes cores, escondem-se fascinantes seres vivos, que pouco ou nada têm a ver com as plantas, às quais eram associados até há bem pouco tempo.
Desde a Antiguidade que as diferenças dos cogumelos (e dos fungos em geral) relativamente às restantes espécies vegetais foram salientadas por alguns naturalistas, como Teofrasto (370–287 a.C.), que os considerava “plantas imperfeitas”, uma vez que não apresentavam raízes, folhas, flores ou frutos. Com o passar dos séculos, as evidências dessas dissemelhanças foram-se acentuando e avolumaram-se, em resultado dos trabalhos de vários investigadores, nomeadamente do sueco Elias Fries (1794–1878), considerado o pai da micologia, a ciência que estuda os fungos. No entanto, só em 1969 é que Whittaker propôs a separação, já demasiado óbvia, das plantas e dos fungos em dois reinos distintos: Plantae e Fungi. Este reino à parte inclui membros tão diversos como os cogumelos, as leveduras (usadas, por exemplo, no fabrico do pão e na fermentação de vários produtos alimentares, como o vinho e a cerveja) e os bolores (tão bem conhecidos das donas-de-casa e utilizados na produção de antibióticos, como a famigerada penicilina).
Ao contrário das plantas, que são capazes de produzir o seu próprio alimento através da fotossíntese, os fungos, tal como os animais, não conseguem fazê-lo, pelo que precisam de o obter no meio onde vivem. Uma outra diferença relativamente às plantas é o facto de as células fúngicas possuírem paredes celulares com quitina em vez de celulose (um dos principais constituintes das paredes celulares dos vegetais).
Flores ou frutos? eu diria fungos hehe
O que habitualmente designamos por “cogumelo” é na realidade a pequena parte visível de uns curiosos seres subterrâneos que podem atingir vários quilómetros de comprimento, constituindo os maiores organismos vivos da actualidade. O verdadeiro corpo do fungo, geralmente desconhecido da maioria das pessoas, é constituído por um emaranhado de filamentos escondidos no solo, que compõem no seu conjunto o chamado “micélio”, sendo os cogumelos as suas extremidades reprodutoras, denominadas em linguagem científica por “carpóforos”.
Desengane-se quem possa pensar que eles começam a brotar com as primeiras chuvas de Outono para saciar as requintadas exigências gastronómicas dos humanos. Essas estruturas, onde afinal não moram quaisquer criaturas mágicas, desempenham uma importante função na reprodução do próprio fungo, que, através delas, consegue dispersar os seus preciosos esporos. Estes são células resistentes que podem viajar para muito longe até encontrarem as condições ideais e germinarem, originando novos indivíduos.
Um típico cogumelo do campo, por exemplo, produz cerca de seis biliões de esporos, que podem ser libertados a uma média de cem milhões por hora. Mas existem outras espécies ainda mais profícuas, em que um único cogumelo pode produzir mais de 700 biliões de esporos, que, por terem dimensões microscópicas, são facilmente disseminados pela mais suave brisa através dos quatro cantos do mundo.
Consoante o substrato que utilizam para se fixarem, os cogumelos podem classificar-se em saprófitos, parasitas e micorrizais. Os saprófitos, que vivem sobre a matéria orgânica em decomposição (geralmente folhas, árvores, cadáveres e fezes de animais), desempenham um papel essencial no ciclo de nutrientes. Os parasitas, como o próprio nome indica, parasitam outros seres vivos (animais e plantas), alimentando-se dos nutrientes que absorvem dos seus hospedeiros. Quanto aos micorrizais, são aqueles que subsistem em relação simbiótica (entreajuda com benefício mútuo) com as raízes de algumas plantas (geralmente árvores, como castanheiros, bétulas, pinheiros e carvalhos, entre outros). Neste caso, as plantas (que são seres autotróficos com capacidade de produzir o seu próprio alimento através da fotossíntese) fornecem ao fungo os nutrientes orgânicos (seiva elaborada), e estes, devido ao modo como o micélio se liga às raízes, conferem às plantas a capacidade de expandirem o seu sistema radicular, aumentando a superfície de absorção de água e sais minerais.
Embora se conheçam cerca de 70 mil espécies de fungos, apenas uma pequena parte origina cogumelos como estruturas reprodutoras. No entanto, a sua enigmática beleza e exotismo atraíram desde tempos imemoriais a atenção do homem (a primeira referência a conhecimentos micológicos data de 1200 a.C.), que cedo lhes descobriu importantes propriedades medicinais e culinárias.
Assalto aos cogumelos
Em muitas zonas rurais de Portugal, a apanha de cogumelos silvestres é uma tradição arreigada, sendo uma prática que se repete ano após ano durante o Outono e o Inverno. Antigamente, em tempos de crise económica, estas dádivas da natureza, também conhecidas como “carne dos pobres”, devido ao seu aspecto e sabor a carne quando convenientemente confeccionadas, constituíram valiosos suplementos alimentares para as populações famintas. Porém, parece que cada vez mais esta “carne dos pobres” tem vindo a converter-se em “carne dos ricos”. Na actualidade, já não são apenas as gentes de parcos recursos económicos que valorizam os cogumelos; desde há muito que estes cativaram as classes mais abastadas com os seus odores e paladares inebriantes, constituindo iguarias dignas dos mais requintados menus.
O gostinho da floresta
O mais curioso é que, mesmo com o advento da biotecnologia e com os notáveis desenvolvimentos na produção industrial de cogumelos, continua a ser necessário recorrer à mãe-natureza para encontrar os espécimes mais apetitosos. Na verdade, as espécies cultivadas nunca foram muito apreciadas pelos gastrónomos mais distintos, pois estão longe de possuir a fragrância e o sabor deliciosos que caracterizam as suas congéneres silvestres.
O fracasso do cultivo de muitas espécies selvagens parece explicar-se, entre outras razões, pelo facto de esses cogumelos viverem em simbiose, formando micorrizas, com determinadas plantas de porte arbóreo, o que dificulta a sua lavoura. Assim, apesar dos consideráveis avanços tecnológicos, a recolha de determinadas espécies bravias continua a ser a única forma de fornecer os restaurantes mais requintados e exigentes, que preferem os exemplares selvagens.
A procura crescente e desenfreada de cogumelos na natureza obrigou vários países europeus a tomar medidas que passaram pela criação de uma legislação que regulamentasse o sector, garantindo uma apanha sustentável das espécies micológicas. Dado que Portugal ficou à margem desse processo de preservação dos cogumelos – sem regulamentação e sem fiscalização sobre a apanha e comercialização –, tornou-se, no decurso dos últimos anos, um destino tentador para os apanhadores e comerciantes de cogumelos silvestres.
Como se não bastasse a falta de legislação, uma outra razão parece ter contribuído para o crescente interesse nos cogumelos lusos: o acidente na central nuclear de Chernobil, ocorrido em 26 de Abril de 1986. Esse acontecimento de má memória afectou um grande número de países europeus, com a contaminação radioactiva dos seus cogumelos. Assim, pelo facto de Portugal se localizar bem longe dessa catástrofe ambiental, os nossos cogumelos rapidamente receberam a confiança dos clientes europeus, levando a que a sua colheita tenha disparado repentinamente. Em poucos anos, esta prática assumiu proporções inquietantes, podendo considerar-se, em algumas regiões do país, quase como um atentado ambiental, tendo em conta a forma desregrada como tem sido realizada.
Na preparação deste trabalho, revisitei a Beira Baixa e estive à conversa com duas ex-apanhadoras que conheci em Outubro de 2004, quando as entrevistei a propósito de uma outra reportagem sobre esta matéria. Se na altura já se queixavam de que o intermediário a quem vendiam o produto da safra estava a enriquecer à custa delas e que era “cada vez mais difícil encontrar os cogumelos mais valiosos”, agora fiquei a saber que deixaram definitivamente essa ocupação sazonal. “Não foi por vontade própria”, confidenciaram-me, até porque o pouco dinheiro que ganhavam com os cogumelos somado às parcas pensões rurais “ajudava a pagar as sardinhas, o queijo, o café e o açúcar” que traziam semanalmente da vila. A decisão ficou a dever-se única e exclusivamente a uma razão: “Já não há cogumelos para apanhar!”, afirmaram consternadas.
Pitéus apetecíveis
Em vários países, designadamente em França e Itália, algumas espécies de cogumelos já suplantaram o prestígio do famoso caviar, sendo presença habitual nos restaurantes mais sublimes, onde alguns exemplares podem atingir várias centenas de euros. Por cá, embora os cogumelos ainda não tenham atingido o prestígio parisiense, algumas espécies, de sabor suave e de odor inebriante, não deixam ninguém indiferente. Os espécimes mais afamados que brotam espontaneamente em solo lusitano são, entre muitos outros para os quais não faltam receitas, das mais tradicionais até às mais criativas e requintadas, os míscaros (Boletus edulis), salteados em azeite e alho; os míscaros amarelos (Tricholoma equestre), muito bons guisados; os gasalhos (Macrolepiota procera), deliciosos assados só com sal e azeite ou fritos de cebolada; os rapazinhos (Cantharellus cibarius), dos melhores que podemos colher e adaptados a vários tipos de preparação culinária; as sanchas (Lactarius deliciosus), muito boas grelhadas ou guisadas; os absós (Amanita caesarea), excelentes em cru, para fazer molhos e até em sobremesas; as pantorras (Morchella vulgaris), que, ao contrário dos restantes cogumelos comestíveis, surgem apenas na Primavera e são deliciosas estufadas ou recheadas no forno; e os línguas-de-boi (Fistulina hepatica), que podem ser grelhados, estufados ou guisados.
Tal como acontece com muitos outros organismos, também no caso dos cogumelos as pessoas só atribuíram nomes vulgares aqueles que poderiam ter interesse para o homem, quer pelas suas qualidades culinárias ou medicinais, quer pela sua toxicidade. É muito importante não esquecer que os nomes comuns não são de fiar, pois variam muito de região para região, sendo algumas espécies distinguíveis apenas por especialistas. No caso da espécie Macrolepiota procera (bom comestível) é conhecida por "roque", em Chaves, por "frade", em Freixo de Espada à Cinta, por "centieiro" e "gasalho", na zona do Douro, por "róculo", no Mogadouro, por "marifusa", em Miranda do Douro, por "cogordo", em Monção, e por "gasalho", na Beira Baixa. O mesmo acontece com várias outras espécies, como a Cantharellus cibarius (excelente comestível), que é conhecida por "rapazinhos" em Chaves e por "crista de galo" na região do Gerês; a Lactarius deliciosus (bom comestível) é designada por "sancha" em Chaves, "cardela" na zona do Mogadouro e "telheira" em muitas outras regiões do país; a Tricholoma equestre (bom comestível) é conhecida por "tortulho" em Chaves, "níscaro" em Ovar, "serrobecas" ou "sinchos" na zona de São Pedro do Sul e "míscaros" na Beira Baixa.
Apanha insustentável
Portugal tem sido uma verdadeira galinha-dos-ovos-de-ouro para empresas nacionais e estrangeiras, que colectam a “matéria-prima” para deleite da clientela hollywoodiana de restaurantes chiques por toda a Europa. Assiste-se assim a uma crescente procura para exportação e para consumo interno, dado que os portugueses também têm vindo a (re)descobrir este “manjar dos deuses”.
Contudo, esta insensata delapidação do património micológico português não se deve unicamente à ausência de legislação, mas resulta principalmente de uma grande falta de informação e sensibilização das populações, que têm ficado à mercê de interesses económicos oportunistas. Mesmo sabendo que a maior fatia dos lucros tem ido parar às mãos dos intermediários, que acabam por vender os cogumelos no estrangeiro por três ou quatro vezes mais do que pagam aos colectores, estes não conseguem resistir à tentação de reforçarem os seus módicos rendimentos familiares. Perante o assédio, a única preocupação dos colectores tem sido somente o peso da colheita: quanto mais pesada, melhor!
Uma vez que se trata de um produto da terra que é colhido livremente, fica exclusivamente à consciência de cada apanhador a quantidade recolhida, o tamanho e estádio de desenvolvimento dos exemplares e o modo como são arrancados. Bastaria
criar um código de conduta e sensibilizar e (in)formar adequadamente as populações para se começar a inverter esta situação. Torna-se urgente esclarecer os colectores, ensinando-os a rentabilizar de forma equilibrada um novo recurso biológico que, apesar de renovável, exige alguns cuidados para evitar a sua rápida extinção.
Neste caso, ao contrário do que acontece com muitas outras espécies de fauna e flora, a preservação dos cogumelos silvestres não passa por proibir a apanha, mas por realizá-la de forma adequada e em conformidade com as características peculiares do ciclo de vida de cada fungo. A apanha sustentável significa garantir, em primeiro lugar, o cumprimento do objectivo reprodutor a que se destinam os cogumelos, após o que podem servir, sem qualquer problema, para deleite dos caprichos gastronómicos humanos. Assim, para recolher convenientemente os cogumelos, é necessário atentar em alguns preceitos que, além de permitirem a necessária segurança alimentar dos apreciadores micológicos, protegerão as espécies que vão rareando:
• Apanhar apenas as espécies que se conhecem bem, as quais devem ser consumidas ou conservadas de imediato;
• Nunca misturar espécies desconhecidas com exemplares para alimentação, pois pode ocorrer contaminação através de esporos ou exsudados venenosos;
• Devem colectar-se os cogumelos cortando-os, evitando destruir o micélio que está debaixo da terra, garantindo assim a manutenção do espécime nos anos vindouros;
• A recolha deve ser efectuada preferencialmente para cestos de vime, de modo a permitir que os esporos escapem para a terra, o que possibilitará a sua dispersão;
• Os exemplares envelhecidos e muito jovens são impróprios para consumo, pelo que não devem ser apanhados, de modo a permitir a propagação dos seus esporos;
• Nunca aceitar ou comer cogumelos que não tenham sido colhidos ou confeccionados por um conhecedor fidedigno.
Cuidado com os venenosos!
As pessoas inexperientes em micologia devem evitar a apanha de cogumelos, pois a existência de várias espécies venenosas e até mortais, que se confundem facilmente com as suas congéneres comestíveis, exige muita prudência. Além disso, é preciso ter muito cuidado com as crendices populares relativas à toxicidade dos cogumelos, pois quase todas são falsas e acreditar nelas pode ser meio caminho andado para um envenenamento ou até para a morte. Seguem-se alguns exemplos que não são de fiar: um cogumelo venenoso faz embaciar a prata e faz enegrecer o alho; se o “chapéu” do cogumelo já foi comido por lesmas ou por outro animal pode ser digerido com segurança pelo homem; as espécies com anéis não são perigosas; qualquer cogumelo seco é seguro, devido ao facto de as toxinas perderem a sua toxidade durante a desidratação; os cogumelos que crescem na madeira não são mortais; os sintomas de envenenamento surgem imediatamente após a ingestão. Tudo isto, repete-se, são ideias falsas e perigosas.
Convém lembrar que a toxicidade dos cogumelos é uma característica genética das espécies, pelo que só um conhecimento profundo de micologia poderá permitir distinguir com segurança as espécies comestíveis, que podem ser utilizadas como inesquecíveis manjares, das perigosas, que poderão tornar-se comida de risco. Mesmo assim, não deve haver excesso de confiança, pois a utilização maciça de substâncias altamente tóxicas (como pesticidas, fungicidas e insecticidas) pode levar a que os fungos supostamente comestíveis que surgem em zonas poluídas se tornem perigosos para a saúde humana. De igual modo, fungos que cresçam em áreas onde existe muito tráfego rodoviário ou grande incidência de poluição industrial podem também tornar-se venenosos, mesmo que em condições normais sejam espécies comestíveis. Isto fica a dever-se ao facto de, nesses locais, os fungos actuarem como esponjas e concentrarem nos seus tecidos elevadas quantidades de poluentes que os tornam verdadeiros cocktails venenosos.
Em Portugal, existem várias espécies venenosas, das quais um pequeno grupo é considerado mortal:
Psalliota xanthoderma: o seu cheiro desagradável a fenol e a iodo é a melhor forma de o distinguir do Psalliota campester (bom comestível).
Amanita muscaria: provoca uma intoxicação com consequências psíquicas e pode confundir-se com o Amanita caesarea (excelente comestível).
Amanita pantherina: provoca intoxicação do tipo atropinóide e pode confundir-se com o Amanita rubescens (bom comestível).
Amanita phalloides: é mortal e pode confundir-se com o Tricholoma equestre e com o Russula virescens (bons comestíveis).
Amanita verna e Amanita virosa: são mortais e podem confundir-se com o Lepiota procera (bom comestível).
Cortinarius orellanus e Cortinarius phoeniceus: são mortais.
Pleurotus olearius: causa graves perturbações intestinais e pode confundir-se com o Cantharellus cibarius (excelente comestível).
Hypholoma fasciculare: é mortal.
Tricholoma sejunctum e Tricholoma sulfureum: são venenosos e podem confundir-se com o Tricholoma equestre (bom comestível).
Caça aos Chicken of the Woods
Chicken of the Woods é um outro grande silvestres das espécies de cogumelos para o começo forrageiras. É relativamente fácil de identificar, e não tem veneno sósias. Além do mais, Chicken of the Woods tem a textura eo sabor do frango real, tornando-se um excelente substituto da carne para vegetarianos e veganos. Chicken of the Woods são encontrados na primavera com a queda na maioria das áreas. Olhe para estes se sobrepõem, laranja, cogumelos-de-prateleira como em árvores vivas e mortas, nomeadamente carvalhos. Há duas espécies de cogumelos frango. Cincinato Laetiporus tem uma parte inferior de cor creme, enquanto sulphureus Laetiporus tem um lado de baixo amarelo e também é conhecido como a Plataforma de enxofre. O cogumelo de frango com o lado branco é geralmente considerado o mais saboroso dos dois. Cincinato Laetiporus geralmente cresce acima de raízes na base de carvalhos, enquanto sulphureus Laetiporus cresce diretamente sobre a madeira. Como com todos os forrageamento, a forma mais segura de saber como encontrar Chicken of the Woods é ir caçar com um especialista antes de sair por conta própria. Há alguns comestíveis, cogumelos-de-prateleira, como que os novatos às vezes confundem com Frango da Mata, como croceus Hapalopilus, Inonotus e berkeleyi Bondarzewia. Embora estas espécies polypore não são venenosas, tem gosto de madeira. Chicken of the Woods são mais saborosos quando são muito frescos. Olhe para o soft, palco, aveludada carnuda e evitar mais velhos, os cogumelos frágil.Se uma laje do cogumelo encaixar como giz e úmido quando você quebrá-lo fora da árvore, é muito velho para comer. A melhor maneira de cozinhar a galinha dos Bosques é cortar os lobos de carne em tiras de 1,2 cm de largura e cozinhá-los como você faria com pedaços de frango. Substituto este cogumelo em qualquer receita que chama de frango, tofu, tempeh, seiten, ou cogumelos silvestres (mas note que este cogumelo grosso demora mais para cozinhar do que as variedades mais delicada).
Caça aos pleurotos selvagens
Um dos mais saborosos cogumelos na estação agora é o cogumelo ostra. Você pode caçar para esta variedade comum de cogumelo da primavera ao outono (e mesmo durante o aquecimento, chuvas fortes durante o Inverno). Se a caça de cogumelo não é sua coisa, você pode olhar para as variedades cultivadas em mercados dos fazendeiros ou dos mercados asiáticos. Você pode também crescer a sua própria pleurotos em casa usando kits. pleurotos podem ser encontrados em troncos de árvores vivas e mortas e troncos. Eles são bastante fáceis de identificar, mas muito cuidado com sósias, como a ostra laranja mock e Lentinus suportar. Estes sósias não são perigosos, mas podem ser arborizado ou sabor desagradável. Como com todos os forrageamento, a forma mais segura de saber como encontrar cogumelos ostra é para ir caçar com um especialista antes de sair por conta própria. pleurotos têm uma textura mastigável e um sabor delicado e doce. Usá-los em qualquer receita que chama de “cogumelos selvagens”, como estes vegan torrado tacos de cogumelos selvagens. Eu escolhi a minha ostra refogue os cogumelos no azeite com alho, cebolinha, flocos de pimenta, eo squash pan patty primeiro da temporada. Delicioso!
Boletus edulis
Boletus Edulis
Boletus Edulis em Caixa
DescriçãoA superfície esporífera da parte inferior do chapéu, quando o cogumelo é adulto, é formada por uma camada de tubos macia e esponjosa, geralmente amarela ou verde-azeitona e que é fácil de soltar. Os cogumelos dotados de poros igualmente visíveis na superfície inferior do chapéu distinguem-se dos anteriores pela dificuldade ou impossibilidade de soltar a camada de poros geralmente incrustada na carne do chapéu.Mais InformaçõesEntre os cogumelos dotados de tubos debaixo do chapéu, encontram-se os mais populares cogumelos comestíveis.HabitatQuase todas as espécies vivem em estreita comunhão com diferentes espécies arbóreas, pelo que se encontram unicamente nos bosques ou nos montes junto das árvores.
Amanita Ceasarea
DescriçãoChapéu vermelho-laranja vivo, liso com brilho, por vezes com um fragmento branco do véu geral. Pé, lâminas e anel amarelos. Volva branca em caso na base do pé.Mais InformaçõesExcelente comestível, muito apreciada na Roma antiga. Carne amarela perto da Cutícula. Esporos brancos.HabitatDebaixo das folhosas, ao sul do Loire. Em portugal encontra-se nas matas de carvalhos e castanheiros Amanita PonderosaDescriçãoChapéu: jovem tem a forma de batata, depois, ao rasgar a vulva aparece o chapéu que pode medir dentre 6 a 12 cms. Tem uma cutícula seca, grossa, facilmente separável da carne, machada de terra, ao princípio branca, depois rosa e finalmente ocre suj seu aspecto geral é forte e maciço. Laminas. No início brancas e depois como todo o cogumelo tornam-se rosa. Pé: Robusto, branco com tonalidades rosa e oco. Anel poço definido e fugaz. Vulva grossa, persistente muito grande em forma de cálice com margem irregular, branca manchada de terra. Carne: Branca que ao cortar-se toma tonalidades rosa..
Marasmius Oreades
DescriçãoChapéu: de pardo-alaranjado a pardo-averrnelhado, convexo e ligeiramente umbonado quando velho; até 15 cm de diâmetro. Lâminas: cremes, bastante espaçadas, sinuadas em torno do pé. Pé: alto e esbelto, de cor mais pálida do que a do chapéu. Carne: suave e de cheiro a serradura.Mais InformaçõesQuase sempre em colónias ou círculos de bruxas, em prados e na orla dos bosques, entre a erva. Ainda que muitas vezes considerado como comestível, é muito pouco saboroso.HabitatEm círculos de bruxas, na orla dos bosques, em parques e jardins.
ASTRAEUS HYGROMETRICUS
Nao são comestiveis embora sejam considerados medicinais.
BOLETUS ERYTHROPUS
AGROCYBE AEGERITA
PLEUROTHUS OSTREATUS
Estes são a primeira colheita da época. No mesmo tronco estavam estes dois exemplares e embora houvesse mais árvores da mesma espécie ao redor, não havia mais nada. Esperamos mais algum tempo a ver se começam a surgir outras espécies, especialmente a Amanita caesarea.
COGUMELOS QUE APARECEM NO OUTONO
Após alguns pedidos, elucidamos em que altura do ano algumas especies de cogumelos comestiveis aparecem.
Queremos contudo dizer também que algums especies que normalmente aparecem mais no Outono, também podem aparecer na Primavera e vice versa, contudo em menor numero.
COGUMELOS DO OUTONO
- Amanitas Caesarea
- Boletus (pinicola, edulis, aereus, aestivalis, badius, etc,)
- Lactarius Deliciosus
- Macrolepiotas Procera (vulgarmente conhecidos como pucaras, frades, gasalhos, etc.)
- Tricholoma Equestre (miscaros amarelo)
- Tricholoma portentosus (miscaro branco)
- Russulas sp (diversas especies, mas é preciso conhecer, embora nenhuma seja mortal)
- Agrocybe Aegerita
- Pleurothus Ostreatus
AMANITA MUSCARIA
PLEUROTHUS OSTREATUS
TRICHOLOMA EQUESTRE (MÍSCARO AMARELO)
Os famosos míscaros amarelos que muita gente come, mas nós não o fazemos. ( Segundo estudos feitos em diversos países europeus, este cogumelo tem uma toxina que se vai acumulando no organismo e comida em demasia pode provocar a paralisia dos músculos... logo, o coração.
LACTARIUS DELICIOSUS
MACROLEPIOTA PROCERA
MACROLEPIOTA PROCERA
COGUMELOS - EM QUE ALTURA DO ANO SURGEM
Após alguns pedidos, elucidamos em que altura do ano algumas especies de cogumelos comestiveis aparecem.
Queremos contudo dizer também que algums especies que normalmente aparecem mais no Outono, também podem aparecer na Primavera e vice versa, contudo em menor numero.
COGUMELOS DO OUTONO
- Amanitas Caesarea
- Boletus (pinicola, edulis, aereus, aestivalis, badius, etc,)
- Lactarius Deliciosus
- Macrolepiotas Procera (vulgarmente conhecidos como pucaras, frades, gasalhos, etc.)
- Tricholoma Equestre (miscaros amarelo)
- Tricholoma portentosus (miscaro branco)
- Russulas sp (diversas especies, mas é preciso conhecer, embora nenhuma seja mortal)
- Agrocybe Aegerita
- Pleurothus Ostreatus
Há mais, mas creio que estas especies já são o suficiente para apanharem e deliciarem-se com estas iguarias.
AMANITA CAESAREA
Depois da chuvinha que caiu, já começaram a brotar os nossos amigos fungos. Esta espécie é considerada um excelente comestível, na opinião de alguns o melhor cogumelo.
Na época dos Imperadores romanos só eles podiam deliciar-se com esta iguaria, havendo mesmo castigos para quem fosse apanhado a consumi-los. Apanhem e deliciem-se também.
Os cogumelos silvestres encontram-se um pouco por todo o lado, sendo mais comuns nas florestas e nos prados. Quase esquecidos durante grande parte do ano, com a chegada das primeiras chuvas, estes curiosos organismos voltam a brotar do manto de folhas mortas e a merecer a nossa atenção. À cata deles surge sazonalmente uma multidão incógnita de apanhadores que os vai saqueando sem qualquer respeito pela propriedade alheia, pelas mais elementares regras de colheita e pelas normas básicas de segurança alimentar que recomendam um adequado conhecimento das espécies comestíveis e venenosas, o que, como têm demonstrado as inúmeras notícias que se repetem anualmente, nem sempre acontece. Enquanto uns os colhem indiscriminadamente, outros há que lhes têm medo e se recusam a tocar-lhes ou a comê-los.
Embora para a maioria das pessoas os cogumelos não passem de pequenas flores coloridas, na verdade, por detrás das suas curiosas formas e atraentes cores, escondem-se fascinantes seres vivos, que pouco ou nada têm a ver com as plantas, às quais eram associados até há bem pouco tempo.
Desde a Antiguidade que as diferenças dos cogumelos (e dos fungos em geral) relativamente às restantes espécies vegetais foram salientadas por alguns naturalistas, como Teofrasto (370–287 a.C.), que os considerava “plantas imperfeitas”, uma vez que não apresentavam raízes, folhas, flores ou frutos. Com o passar dos séculos, as evidências dessas dissemelhanças foram-se acentuando e avolumaram-se, em resultado dos trabalhos de vários investigadores, nomeadamente do sueco Elias Fries (1794–1878), considerado o pai da micologia, a ciência que estuda os fungos. No entanto, só em 1969 é que Whittaker propôs a separação, já demasiado óbvia, das plantas e dos fungos em dois reinos distintos: Plantae e Fungi. Este reino à parte inclui membros tão diversos como os cogumelos, as leveduras (usadas, por exemplo, no fabrico do pão e na fermentação de vários produtos alimentares, como o vinho e a cerveja) e os bolores (tão bem conhecidos das donas-de-casa e utilizados na produção de antibióticos, como a famigerada penicilina).
Ao contrário das plantas, que são capazes de produzir o seu próprio alimento através da fotossíntese, os fungos, tal como os animais, não conseguem fazê-lo, pelo que precisam de o obter no meio onde vivem. Uma outra diferença relativamente às plantas é o facto de as células fúngicas possuírem paredes celulares com quitina em vez de celulose (um dos principais constituintes das paredes celulares dos vegetais).
Flores ou frutos? eu diria fungos hehe
O que habitualmente designamos por “cogumelo” é na realidade a pequena parte visível de uns curiosos seres subterrâneos que podem atingir vários quilómetros de comprimento, constituindo os maiores organismos vivos da actualidade. O verdadeiro corpo do fungo, geralmente desconhecido da maioria das pessoas, é constituído por um emaranhado de filamentos escondidos no solo, que compõem no seu conjunto o chamado “micélio”, sendo os cogumelos as suas extremidades reprodutoras, denominadas em linguagem científica por “carpóforos”.
Desengane-se quem possa pensar que eles começam a brotar com as primeiras chuvas de Outono para saciar as requintadas exigências gastronómicas dos humanos. Essas estruturas, onde afinal não moram quaisquer criaturas mágicas, desempenham uma importante função na reprodução do próprio fungo, que, através delas, consegue dispersar os seus preciosos esporos. Estes são células resistentes que podem viajar para muito longe até encontrarem as condições ideais e germinarem, originando novos indivíduos.
Um típico cogumelo do campo, por exemplo, produz cerca de seis biliões de esporos, que podem ser libertados a uma média de cem milhões por hora. Mas existem outras espécies ainda mais profícuas, em que um único cogumelo pode produzir mais de 700 biliões de esporos, que, por terem dimensões microscópicas, são facilmente disseminados pela mais suave brisa através dos quatro cantos do mundo.
Consoante o substrato que utilizam para se fixarem, os cogumelos podem classificar-se em saprófitos, parasitas e micorrizais. Os saprófitos, que vivem sobre a matéria orgânica em decomposição (geralmente folhas, árvores, cadáveres e fezes de animais), desempenham um papel essencial no ciclo de nutrientes. Os parasitas, como o próprio nome indica, parasitam outros seres vivos (animais e plantas), alimentando-se dos nutrientes que absorvem dos seus hospedeiros. Quanto aos micorrizais, são aqueles que subsistem em relação simbiótica (entreajuda com benefício mútuo) com as raízes de algumas plantas (geralmente árvores, como castanheiros, bétulas, pinheiros e carvalhos, entre outros). Neste caso, as plantas (que são seres autotróficos com capacidade de produzir o seu próprio alimento através da fotossíntese) fornecem ao fungo os nutrientes orgânicos (seiva elaborada), e estes, devido ao modo como o micélio se liga às raízes, conferem às plantas a capacidade de expandirem o seu sistema radicular, aumentando a superfície de absorção de água e sais minerais.
Embora se conheçam cerca de 70 mil espécies de fungos, apenas uma pequena parte origina cogumelos como estruturas reprodutoras. No entanto, a sua enigmática beleza e exotismo atraíram desde tempos imemoriais a atenção do homem (a primeira referência a conhecimentos micológicos data de 1200 a.C.), que cedo lhes descobriu importantes propriedades medicinais e culinárias.
Assalto aos cogumelos
Em muitas zonas rurais de Portugal, a apanha de cogumelos silvestres é uma tradição arreigada, sendo uma prática que se repete ano após ano durante o Outono e o Inverno. Antigamente, em tempos de crise económica, estas dádivas da natureza, também conhecidas como “carne dos pobres”, devido ao seu aspecto e sabor a carne quando convenientemente confeccionadas, constituíram valiosos suplementos alimentares para as populações famintas. Porém, parece que cada vez mais esta “carne dos pobres” tem vindo a converter-se em “carne dos ricos”. Na actualidade, já não são apenas as gentes de parcos recursos económicos que valorizam os cogumelos; desde há muito que estes cativaram as classes mais abastadas com os seus odores e paladares inebriantes, constituindo iguarias dignas dos mais requintados menus.
O gostinho da floresta
O mais curioso é que, mesmo com o advento da biotecnologia e com os notáveis desenvolvimentos na produção industrial de cogumelos, continua a ser necessário recorrer à mãe-natureza para encontrar os espécimes mais apetitosos. Na verdade, as espécies cultivadas nunca foram muito apreciadas pelos gastrónomos mais distintos, pois estão longe de possuir a fragrância e o sabor deliciosos que caracterizam as suas congéneres silvestres.
O fracasso do cultivo de muitas espécies selvagens parece explicar-se, entre outras razões, pelo facto de esses cogumelos viverem em simbiose, formando micorrizas, com determinadas plantas de porte arbóreo, o que dificulta a sua lavoura. Assim, apesar dos consideráveis avanços tecnológicos, a recolha de determinadas espécies bravias continua a ser a única forma de fornecer os restaurantes mais requintados e exigentes, que preferem os exemplares selvagens.
A procura crescente e desenfreada de cogumelos na natureza obrigou vários países europeus a tomar medidas que passaram pela criação de uma legislação que regulamentasse o sector, garantindo uma apanha sustentável das espécies micológicas. Dado que Portugal ficou à margem desse processo de preservação dos cogumelos – sem regulamentação e sem fiscalização sobre a apanha e comercialização –, tornou-se, no decurso dos últimos anos, um destino tentador para os apanhadores e comerciantes de cogumelos silvestres.
Como se não bastasse a falta de legislação, uma outra razão parece ter contribuído para o crescente interesse nos cogumelos lusos: o acidente na central nuclear de Chernobil, ocorrido em 26 de Abril de 1986. Esse acontecimento de má memória afectou um grande número de países europeus, com a contaminação radioactiva dos seus cogumelos. Assim, pelo facto de Portugal se localizar bem longe dessa catástrofe ambiental, os nossos cogumelos rapidamente receberam a confiança dos clientes europeus, levando a que a sua colheita tenha disparado repentinamente. Em poucos anos, esta prática assumiu proporções inquietantes, podendo considerar-se, em algumas regiões do país, quase como um atentado ambiental, tendo em conta a forma desregrada como tem sido realizada.
Na preparação deste trabalho, revisitei a Beira Baixa e estive à conversa com duas ex-apanhadoras que conheci em Outubro de 2004, quando as entrevistei a propósito de uma outra reportagem sobre esta matéria. Se na altura já se queixavam de que o intermediário a quem vendiam o produto da safra estava a enriquecer à custa delas e que era “cada vez mais difícil encontrar os cogumelos mais valiosos”, agora fiquei a saber que deixaram definitivamente essa ocupação sazonal. “Não foi por vontade própria”, confidenciaram-me, até porque o pouco dinheiro que ganhavam com os cogumelos somado às parcas pensões rurais “ajudava a pagar as sardinhas, o queijo, o café e o açúcar” que traziam semanalmente da vila. A decisão ficou a dever-se única e exclusivamente a uma razão: “Já não há cogumelos para apanhar!”, afirmaram consternadas.
Pitéus apetecíveis
Em vários países, designadamente em França e Itália, algumas espécies de cogumelos já suplantaram o prestígio do famoso caviar, sendo presença habitual nos restaurantes mais sublimes, onde alguns exemplares podem atingir várias centenas de euros. Por cá, embora os cogumelos ainda não tenham atingido o prestígio parisiense, algumas espécies, de sabor suave e de odor inebriante, não deixam ninguém indiferente. Os espécimes mais afamados que brotam espontaneamente em solo lusitano são, entre muitos outros para os quais não faltam receitas, das mais tradicionais até às mais criativas e requintadas, os míscaros (Boletus edulis), salteados em azeite e alho; os míscaros amarelos (Tricholoma equestre), muito bons guisados; os gasalhos (Macrolepiota procera), deliciosos assados só com sal e azeite ou fritos de cebolada; os rapazinhos (Cantharellus cibarius), dos melhores que podemos colher e adaptados a vários tipos de preparação culinária; as sanchas (Lactarius deliciosus), muito boas grelhadas ou guisadas; os absós (Amanita caesarea), excelentes em cru, para fazer molhos e até em sobremesas; as pantorras (Morchella vulgaris), que, ao contrário dos restantes cogumelos comestíveis, surgem apenas na Primavera e são deliciosas estufadas ou recheadas no forno; e os línguas-de-boi (Fistulina hepatica), que podem ser grelhados, estufados ou guisados.
Tal como acontece com muitos outros organismos, também no caso dos cogumelos as pessoas só atribuíram nomes vulgares aqueles que poderiam ter interesse para o homem, quer pelas suas qualidades culinárias ou medicinais, quer pela sua toxicidade. É muito importante não esquecer que os nomes comuns não são de fiar, pois variam muito de região para região, sendo algumas espécies distinguíveis apenas por especialistas. No caso da espécie Macrolepiota procera (bom comestível) é conhecida por "roque", em Chaves, por "frade", em Freixo de Espada à Cinta, por "centieiro" e "gasalho", na zona do Douro, por "róculo", no Mogadouro, por "marifusa", em Miranda do Douro, por "cogordo", em Monção, e por "gasalho", na Beira Baixa. O mesmo acontece com várias outras espécies, como a Cantharellus cibarius (excelente comestível), que é conhecida por "rapazinhos" em Chaves e por "crista de galo" na região do Gerês; a Lactarius deliciosus (bom comestível) é designada por "sancha" em Chaves, "cardela" na zona do Mogadouro e "telheira" em muitas outras regiões do país; a Tricholoma equestre (bom comestível) é conhecida por "tortulho" em Chaves, "níscaro" em Ovar, "serrobecas" ou "sinchos" na zona de São Pedro do Sul e "míscaros" na Beira Baixa.
Apanha insustentável
Portugal tem sido uma verdadeira galinha-dos-ovos-de-ouro para empresas nacionais e estrangeiras, que colectam a “matéria-prima” para deleite da clientela hollywoodiana de restaurantes chiques por toda a Europa. Assiste-se assim a uma crescente procura para exportação e para consumo interno, dado que os portugueses também têm vindo a (re)descobrir este “manjar dos deuses”.
Contudo, esta insensata delapidação do património micológico português não se deve unicamente à ausência de legislação, mas resulta principalmente de uma grande falta de informação e sensibilização das populações, que têm ficado à mercê de interesses económicos oportunistas. Mesmo sabendo que a maior fatia dos lucros tem ido parar às mãos dos intermediários, que acabam por vender os cogumelos no estrangeiro por três ou quatro vezes mais do que pagam aos colectores, estes não conseguem resistir à tentação de reforçarem os seus módicos rendimentos familiares. Perante o assédio, a única preocupação dos colectores tem sido somente o peso da colheita: quanto mais pesada, melhor!
Uma vez que se trata de um produto da terra que é colhido livremente, fica exclusivamente à consciência de cada apanhador a quantidade recolhida, o tamanho e estádio de desenvolvimento dos exemplares e o modo como são arrancados. Bastaria
criar um código de conduta e sensibilizar e (in)formar adequadamente as populações para se começar a inverter esta situação. Torna-se urgente esclarecer os colectores, ensinando-os a rentabilizar de forma equilibrada um novo recurso biológico que, apesar de renovável, exige alguns cuidados para evitar a sua rápida extinção.
Neste caso, ao contrário do que acontece com muitas outras espécies de fauna e flora, a preservação dos cogumelos silvestres não passa por proibir a apanha, mas por realizá-la de forma adequada e em conformidade com as características peculiares do ciclo de vida de cada fungo. A apanha sustentável significa garantir, em primeiro lugar, o cumprimento do objectivo reprodutor a que se destinam os cogumelos, após o que podem servir, sem qualquer problema, para deleite dos caprichos gastronómicos humanos. Assim, para recolher convenientemente os cogumelos, é necessário atentar em alguns preceitos que, além de permitirem a necessária segurança alimentar dos apreciadores micológicos, protegerão as espécies que vão rareando:
• Apanhar apenas as espécies que se conhecem bem, as quais devem ser consumidas ou conservadas de imediato;
• Nunca misturar espécies desconhecidas com exemplares para alimentação, pois pode ocorrer contaminação através de esporos ou exsudados venenosos;
• Devem colectar-se os cogumelos cortando-os, evitando destruir o micélio que está debaixo da terra, garantindo assim a manutenção do espécime nos anos vindouros;
• A recolha deve ser efectuada preferencialmente para cestos de vime, de modo a permitir que os esporos escapem para a terra, o que possibilitará a sua dispersão;
• Os exemplares envelhecidos e muito jovens são impróprios para consumo, pelo que não devem ser apanhados, de modo a permitir a propagação dos seus esporos;
• Nunca aceitar ou comer cogumelos que não tenham sido colhidos ou confeccionados por um conhecedor fidedigno.
Cuidado com os venenosos!
As pessoas inexperientes em micologia devem evitar a apanha de cogumelos, pois a existência de várias espécies venenosas e até mortais, que se confundem facilmente com as suas congéneres comestíveis, exige muita prudência. Além disso, é preciso ter muito cuidado com as crendices populares relativas à toxicidade dos cogumelos, pois quase todas são falsas e acreditar nelas pode ser meio caminho andado para um envenenamento ou até para a morte. Seguem-se alguns exemplos que não são de fiar: um cogumelo venenoso faz embaciar a prata e faz enegrecer o alho; se o “chapéu” do cogumelo já foi comido por lesmas ou por outro animal pode ser digerido com segurança pelo homem; as espécies com anéis não são perigosas; qualquer cogumelo seco é seguro, devido ao facto de as toxinas perderem a sua toxidade durante a desidratação; os cogumelos que crescem na madeira não são mortais; os sintomas de envenenamento surgem imediatamente após a ingestão. Tudo isto, repete-se, são ideias falsas e perigosas.
Convém lembrar que a toxicidade dos cogumelos é uma característica genética das espécies, pelo que só um conhecimento profundo de micologia poderá permitir distinguir com segurança as espécies comestíveis, que podem ser utilizadas como inesquecíveis manjares, das perigosas, que poderão tornar-se comida de risco. Mesmo assim, não deve haver excesso de confiança, pois a utilização maciça de substâncias altamente tóxicas (como pesticidas, fungicidas e insecticidas) pode levar a que os fungos supostamente comestíveis que surgem em zonas poluídas se tornem perigosos para a saúde humana. De igual modo, fungos que cresçam em áreas onde existe muito tráfego rodoviário ou grande incidência de poluição industrial podem também tornar-se venenosos, mesmo que em condições normais sejam espécies comestíveis. Isto fica a dever-se ao facto de, nesses locais, os fungos actuarem como esponjas e concentrarem nos seus tecidos elevadas quantidades de poluentes que os tornam verdadeiros cocktails venenosos.
Em Portugal, existem várias espécies venenosas, das quais um pequeno grupo é considerado mortal:
Psalliota xanthoderma: o seu cheiro desagradável a fenol e a iodo é a melhor forma de o distinguir do Psalliota campester (bom comestível).
Amanita muscaria: provoca uma intoxicação com consequências psíquicas e pode confundir-se com o Amanita caesarea (excelente comestível).
Amanita pantherina: provoca intoxicação do tipo atropinóide e pode confundir-se com o Amanita rubescens (bom comestível).
Amanita phalloides: é mortal e pode confundir-se com o Tricholoma equestre e com o Russula virescens (bons comestíveis).
Amanita verna e Amanita virosa: são mortais e podem confundir-se com o Lepiota procera (bom comestível).
Cortinarius orellanus e Cortinarius phoeniceus: são mortais.
Pleurotus olearius: causa graves perturbações intestinais e pode confundir-se com o Cantharellus cibarius (excelente comestível).
Hypholoma fasciculare: é mortal.
Tricholoma sejunctum e Tricholoma sulfureum: são venenosos e podem confundir-se com o Tricholoma equestre (bom comestível).
Caça aos Chicken of the Woods
Chicken of the Woods é um outro grande silvestres das espécies de cogumelos para o começo forrageiras. É relativamente fácil de identificar, e não tem veneno sósias. Além do mais, Chicken of the Woods tem a textura eo sabor do frango real, tornando-se um excelente substituto da carne para vegetarianos e veganos. Chicken of the Woods são encontrados na primavera com a queda na maioria das áreas. Olhe para estes se sobrepõem, laranja, cogumelos-de-prateleira como em árvores vivas e mortas, nomeadamente carvalhos. Há duas espécies de cogumelos frango. Cincinato Laetiporus tem uma parte inferior de cor creme, enquanto sulphureus Laetiporus tem um lado de baixo amarelo e também é conhecido como a Plataforma de enxofre. O cogumelo de frango com o lado branco é geralmente considerado o mais saboroso dos dois. Cincinato Laetiporus geralmente cresce acima de raízes na base de carvalhos, enquanto sulphureus Laetiporus cresce diretamente sobre a madeira. Como com todos os forrageamento, a forma mais segura de saber como encontrar Chicken of the Woods é ir caçar com um especialista antes de sair por conta própria. Há alguns comestíveis, cogumelos-de-prateleira, como que os novatos às vezes confundem com Frango da Mata, como croceus Hapalopilus, Inonotus e berkeleyi Bondarzewia. Embora estas espécies polypore não são venenosas, tem gosto de madeira. Chicken of the Woods são mais saborosos quando são muito frescos. Olhe para o soft, palco, aveludada carnuda e evitar mais velhos, os cogumelos frágil.Se uma laje do cogumelo encaixar como giz e úmido quando você quebrá-lo fora da árvore, é muito velho para comer. A melhor maneira de cozinhar a galinha dos Bosques é cortar os lobos de carne em tiras de 1,2 cm de largura e cozinhá-los como você faria com pedaços de frango. Substituto este cogumelo em qualquer receita que chama de frango, tofu, tempeh, seiten, ou cogumelos silvestres (mas note que este cogumelo grosso demora mais para cozinhar do que as variedades mais delicada).
Caça aos pleurotos selvagens
Um dos mais saborosos cogumelos na estação agora é o cogumelo ostra. Você pode caçar para esta variedade comum de cogumelo da primavera ao outono (e mesmo durante o aquecimento, chuvas fortes durante o Inverno). Se a caça de cogumelo não é sua coisa, você pode olhar para as variedades cultivadas em mercados dos fazendeiros ou dos mercados asiáticos. Você pode também crescer a sua própria pleurotos em casa usando kits. pleurotos podem ser encontrados em troncos de árvores vivas e mortas e troncos. Eles são bastante fáceis de identificar, mas muito cuidado com sósias, como a ostra laranja mock e Lentinus suportar. Estes sósias não são perigosos, mas podem ser arborizado ou sabor desagradável. Como com todos os forrageamento, a forma mais segura de saber como encontrar cogumelos ostra é para ir caçar com um especialista antes de sair por conta própria. pleurotos têm uma textura mastigável e um sabor delicado e doce. Usá-los em qualquer receita que chama de “cogumelos selvagens”, como estes vegan torrado tacos de cogumelos selvagens. Eu escolhi a minha ostra refogue os cogumelos no azeite com alho, cebolinha, flocos de pimenta, eo squash pan patty primeiro da temporada. Delicioso!
Boletus edulis
Boletus Edulis
Boletus Edulis em Caixa
DescriçãoA superfície esporífera da parte inferior do chapéu, quando o cogumelo é adulto, é formada por uma camada de tubos macia e esponjosa, geralmente amarela ou verde-azeitona e que é fácil de soltar. Os cogumelos dotados de poros igualmente visíveis na superfície inferior do chapéu distinguem-se dos anteriores pela dificuldade ou impossibilidade de soltar a camada de poros geralmente incrustada na carne do chapéu.Mais InformaçõesEntre os cogumelos dotados de tubos debaixo do chapéu, encontram-se os mais populares cogumelos comestíveis.HabitatQuase todas as espécies vivem em estreita comunhão com diferentes espécies arbóreas, pelo que se encontram unicamente nos bosques ou nos montes junto das árvores.
Amanita Ceasarea
DescriçãoChapéu vermelho-laranja vivo, liso com brilho, por vezes com um fragmento branco do véu geral. Pé, lâminas e anel amarelos. Volva branca em caso na base do pé.Mais InformaçõesExcelente comestível, muito apreciada na Roma antiga. Carne amarela perto da Cutícula. Esporos brancos.HabitatDebaixo das folhosas, ao sul do Loire. Em portugal encontra-se nas matas de carvalhos e castanheiros Amanita PonderosaDescriçãoChapéu: jovem tem a forma de batata, depois, ao rasgar a vulva aparece o chapéu que pode medir dentre 6 a 12 cms. Tem uma cutícula seca, grossa, facilmente separável da carne, machada de terra, ao princípio branca, depois rosa e finalmente ocre suj seu aspecto geral é forte e maciço. Laminas. No início brancas e depois como todo o cogumelo tornam-se rosa. Pé: Robusto, branco com tonalidades rosa e oco. Anel poço definido e fugaz. Vulva grossa, persistente muito grande em forma de cálice com margem irregular, branca manchada de terra. Carne: Branca que ao cortar-se toma tonalidades rosa..
Marasmius Oreades
DescriçãoChapéu: de pardo-alaranjado a pardo-averrnelhado, convexo e ligeiramente umbonado quando velho; até 15 cm de diâmetro. Lâminas: cremes, bastante espaçadas, sinuadas em torno do pé. Pé: alto e esbelto, de cor mais pálida do que a do chapéu. Carne: suave e de cheiro a serradura.Mais InformaçõesQuase sempre em colónias ou círculos de bruxas, em prados e na orla dos bosques, entre a erva. Ainda que muitas vezes considerado como comestível, é muito pouco saboroso.HabitatEm círculos de bruxas, na orla dos bosques, em parques e jardins.
ASTRAEUS HYGROMETRICUS
Nao são comestiveis embora sejam considerados medicinais.
BOLETUS ERYTHROPUS
AGROCYBE AEGERITA
PLEUROTHUS OSTREATUS
Estes são a primeira colheita da época. No mesmo tronco estavam estes dois exemplares e embora houvesse mais árvores da mesma espécie ao redor, não havia mais nada. Esperamos mais algum tempo a ver se começam a surgir outras espécies, especialmente a Amanita caesarea.
COGUMELOS QUE APARECEM NO OUTONO
Após alguns pedidos, elucidamos em que altura do ano algumas especies de cogumelos comestiveis aparecem.
Queremos contudo dizer também que algums especies que normalmente aparecem mais no Outono, também podem aparecer na Primavera e vice versa, contudo em menor numero.
COGUMELOS DO OUTONO
- Amanitas Caesarea
- Boletus (pinicola, edulis, aereus, aestivalis, badius, etc,)
- Lactarius Deliciosus
- Macrolepiotas Procera (vulgarmente conhecidos como pucaras, frades, gasalhos, etc.)
- Tricholoma Equestre (miscaros amarelo)
- Tricholoma portentosus (miscaro branco)
- Russulas sp (diversas especies, mas é preciso conhecer, embora nenhuma seja mortal)
- Agrocybe Aegerita
- Pleurothus Ostreatus
AMANITA MUSCARIA
PLEUROTHUS OSTREATUS
TRICHOLOMA EQUESTRE (MÍSCARO AMARELO)
Os famosos míscaros amarelos que muita gente come, mas nós não o fazemos. ( Segundo estudos feitos em diversos países europeus, este cogumelo tem uma toxina que se vai acumulando no organismo e comida em demasia pode provocar a paralisia dos músculos... logo, o coração.
LACTARIUS DELICIOSUS
MACROLEPIOTA PROCERA
MACROLEPIOTA PROCERA
COGUMELOS - EM QUE ALTURA DO ANO SURGEM
Após alguns pedidos, elucidamos em que altura do ano algumas especies de cogumelos comestiveis aparecem.
Queremos contudo dizer também que algums especies que normalmente aparecem mais no Outono, também podem aparecer na Primavera e vice versa, contudo em menor numero.
COGUMELOS DO OUTONO
- Amanitas Caesarea
- Boletus (pinicola, edulis, aereus, aestivalis, badius, etc,)
- Lactarius Deliciosus
- Macrolepiotas Procera (vulgarmente conhecidos como pucaras, frades, gasalhos, etc.)
- Tricholoma Equestre (miscaros amarelo)
- Tricholoma portentosus (miscaro branco)
- Russulas sp (diversas especies, mas é preciso conhecer, embora nenhuma seja mortal)
- Agrocybe Aegerita
- Pleurothus Ostreatus
Há mais, mas creio que estas especies já são o suficiente para apanharem e deliciarem-se com estas iguarias.
AMANITA CAESAREA
Depois da chuvinha que caiu, já começaram a brotar os nossos amigos fungos. Esta espécie é considerada um excelente comestível, na opinião de alguns o melhor cogumelo.
Na época dos Imperadores romanos só eles podiam deliciar-se com esta iguaria, havendo mesmo castigos para quem fosse apanhado a consumi-los. Apanhem e deliciem-se também.