- 01/05/2007
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(me desculpem se o tópico estiver na parte errada - sintam-se livres para movê-lo)
Conheço duas pessoas que, como eu, tiveram experiências com psilocibina e com ayahuasca (acredito que, nesse caso, a substância predominante seja o DMT, mas me corrijam se eu estiver errada). Como não pode deixar de ser, estávamos conversando sobre as diferenças e semelhanças entre as experiências trazidas por ambas. Para o Terence Mackenna, psilocibina (é assim que traduz?) trazia percepções parecidas, mas era menos potente que o DMT (um dos meus amigos concorda). Pra mim, no entanto, há grandes diferenças, e nada supera o cogú.
A diferença, do meu ponto de vista, está basicamente na fluidez da experiência: com o DMT, é como enxergar mecanismos secretos no universo que de repente se revelam sem você esperar. A noção de um universo múltiplo fica bem clara, às vezes de forma brutal (de repente uma árvore faz "puf" e no lugar aparece uma serpente ultra-segmentada, quase um construto, mais que uma criatura, digamos, biológica). É uma coisa quase cyberpunk, ficção científica.
Já a psilocibina nunca traz a idéia de segmentação (pra mim, pelo menos), mas de integração. O universo se revela não necessariamente múltiplo, mas fluido. A sensação de dissolução do ego, de si mesmo, é bem maior. Os fractais estão lá, como no MT, mas apresentam-se como ondas em tudo o que se vê (tanto que a palavra que vem é "mandala", não "fractal"), e não como mecanismos.
Acho que não consegui explicar direito, isso. Mas queria saber se alguém já teve experiências com ambas as substâncias, se já comparou, e quais as conclusões.
Em tempo, esse é meu segundo post aqui - o primeiro foi de apresentação. Espero não fazer feio
Conheço duas pessoas que, como eu, tiveram experiências com psilocibina e com ayahuasca (acredito que, nesse caso, a substância predominante seja o DMT, mas me corrijam se eu estiver errada). Como não pode deixar de ser, estávamos conversando sobre as diferenças e semelhanças entre as experiências trazidas por ambas. Para o Terence Mackenna, psilocibina (é assim que traduz?) trazia percepções parecidas, mas era menos potente que o DMT (um dos meus amigos concorda). Pra mim, no entanto, há grandes diferenças, e nada supera o cogú.
A diferença, do meu ponto de vista, está basicamente na fluidez da experiência: com o DMT, é como enxergar mecanismos secretos no universo que de repente se revelam sem você esperar. A noção de um universo múltiplo fica bem clara, às vezes de forma brutal (de repente uma árvore faz "puf" e no lugar aparece uma serpente ultra-segmentada, quase um construto, mais que uma criatura, digamos, biológica). É uma coisa quase cyberpunk, ficção científica.
Já a psilocibina nunca traz a idéia de segmentação (pra mim, pelo menos), mas de integração. O universo se revela não necessariamente múltiplo, mas fluido. A sensação de dissolução do ego, de si mesmo, é bem maior. Os fractais estão lá, como no MT, mas apresentam-se como ondas em tudo o que se vê (tanto que a palavra que vem é "mandala", não "fractal"), e não como mecanismos.
Acho que não consegui explicar direito, isso. Mas queria saber se alguém já teve experiências com ambas as substâncias, se já comparou, e quais as conclusões.
Em tempo, esse é meu segundo post aqui - o primeiro foi de apresentação. Espero não fazer feio