- 14/04/2015
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Foi realmente muito bom tanto (1) tomar cogumelo pela primeira vez acompanhado de alguém, no caso, da minha mulher; quanto (2) estar no meio da natureza durante a experiência psicodélica. Para essa situação, minha mulher preparou um chá adoçado com mel de 10,3 gramas de cogumelos secos no dia anterior à viagem a Valença, no interior do Rio de Janeiro. Lá, ficaríamos em uma pousada próxima a uma cachoeira, e eu estava animado com a ideia, porque finalmente faria o que eu tinha programado para fazer nas férias: cogumelos na natureza.
Bem, agora às experiências:
Primeiro dia - viagem com interação social + natureza
Coloquei então para cada um no primeiro dia (19/10) uma dose que estimei em torno de 1,5-2,5 gramas seco. Mas nós chegamos na cachoeira já muito tarde, quase escurecendo. Logo tomamos nossas garrafinhas em que tínhamos dividido a quantidade de chá pra cada um igualmente. Em poucos minutos começamos a sentir os efeitos, e ventava frio. Não ficamos muito tempo sentados à beira da piscina natural formada pela cachoeira e logo fomos pro carro, onde colocamos Pink Flod para tocar, com Dark Side of the Moon.
E assim a onda vinha, e o som também. Logo todas as aleatoriedades surgiam na minha mente, perturbações. Lá fora parecia muito escuro. A luz do rádio do carro iluminava demais para a gente poder curtir a escuridão lá fora e cobrimos. Ainda assim, escuro demais. Qualquer um podia se aproximar, eu ficava preocupado. Pensava no tema do filme cult que havia visto dois dias antes, o fantástico e extremamente reflexivo Irreversible, e daí imaginava que alguém iria vir e querer fazer mal à minha mulher.
Mas eventualmente eu relaxava e me deixava ir no som, nos pensamentos, nas imagens aleatórias de pessoas que vinham em minha direção, de prédios, mais pessoas, sorrisos, cidade... à volta do carro em lampejos parecia que eu estava vendo uma rua. Eu falava sobre isso pra minha mulher, que me narrava que estava vendo fractais quando fechava os olhos.
Reparei em um momento que quis me bater uma onda energética braba, intensa, tensa, do tipo "ranger de dentes"... Mas eu reparava como minha esposa estava tranquila, de boa... E a boa energia da minha esposa também viajando me tranquilizou e me fez ter pela primeira vez uma viagem de cogumelo suave em dose relativamente alta, apesar de estar com bastante confusão mental. Eu via que ela não tinha nada disso, e então eu meio que me convencia que era coisa da minha cabeça, que podia ficar de boa. Achei muito interessante como a interação social tornou a viagem mais leve para mim. É diferente de você usar e a outra pessoa não: quando ela usou comigo a primeira vez, nossa comunicação durante o efeito se tornou possível .
Percebo agora, enquanto escrevo, que isso me ajudou a ficar mais quieto e tranquilo na experiência de arrebatamento em alta dose que tive poucos dias após voltarmos da cachoeira.
Bem, de volta à experiência, houve um momento muito engraçado, em que rimos daquele vocal feminino bem longo feito durante uma das músicas de Dark Side of Moon... :roflmao: Achei muito legal que ela me falou que também se amarra em ouvir Pink Flod durante psicodelia .
Por fim, houve um momento de susto, em que uma moto passou atrás da gente. Estava tudo um breu, então o farol dela de passagem pelo retrovisor foi como uma explosão na minha vista em pleno pico dos efeitos. É que a cachoeira fica num local muito isolado, mais de 30 minutos em estradas de terra bem perdidas, mas tem dois sítios por perto. Enfim, como eu tava previamente paranoico, saí do carro de sopetão e fui verificar, daí retornei ao carro mas ainda fiquei aflito um tempo. Simplesmente estava escuro e frio lá fora, pelo que me sentia à mercê, pois o vidro não permitiria ver ninguém se aproximar. Mas, era melhor ficar ali dentro, afinal, era tudo preocupação excessiva minha e estava bem frio lá fora.
No entanto, minha mulher me fazia me sentir tão bem, com uma onda tão boa, que eu me deixei levar e então até essa preocupação sumiu.
Foi quando ocorreu uma briga e uma DR :notworth:. E vou dizer, a adrenalina ou sei lá o que liberada durante a discussão foi suficiente pro pico sumir e a gente entrar numa aterrizagem certa, de volta pra Terra. Ainda ficaríamos sob efeitos por mais algumas horas, o suficiente para eu continuar sem dirigir. Aliás, sobre isso, fiquei feliz com minha disciplina: só tomei cogumelos nos dois dias após chegar no lugar certo, e só saí dirigindo cerca de 8 horas depois, já tranquilo pra isso.
As últimas horas deste primeiro dia foram as horas mais apaixonantes que já tive na minha vida , ao som das músicas sobre amor do CD Nativus do Natiruts. E com a mesma paixão e encanto foram as últimas horas da trip do dia seguinte .
Segundo dia - viagem com natureza + interação social
Já no segundo dia, o sol abriu!
Nós nem almoçamos, pra não encher o estômago, e fomos pra cachoeira, ainda no meio da tarde. Dessa vez conseguiríamos curtir realmente a cachoeira, o céu, a natureza... Era dia, e estava quente .
Chegamos, tomamos o dobro da dose do dia anterior, e em alguns minutos já estávamos com efeitos. Minha mulher normalmente prefere ficar mais sossegada do que eu, e ficou deitada na pedra ao lado da piscina natural da cachoeira. Já eu, não me aguentava parado, levantei e fui andar. Foi então que identifiquei que meu primeiro contato (não a primeira experiência com efeitos psicodélicos sensíveis) me deu sim um efeito, pois eu fico realmente agitado se tiver como me mover. E inclusive vi que era melhor me mover que ficar parado e sentir o bod load que a psilocibina provoca. Além disso, os pensamentos ficavam menos caóticos com a atividade corporal.
Bem, durante o pico, minha mulher ficou praticamente parada lá, e eu só a admirava. Então eu andava pra lá, pra cá, olhava plantas, corria de um lado pro outro com os braços abertos, me sentia bem, me sentia como uma criança feliz. Fui na fonte da cachoeira (onde ela foi mais tarde) e fiquei abismado com sua beleza. Foi, enfim, uma viagem muito diferente e mais leve da que eu costumava ter com cogumelos!
Notei que definitivamente eu atribuo qualidades orgânicas aos efeitos psicodélicos da psilocibina. Inicialmente, ver a água da cachoeira me dava nojo, porque parecia que eu via o funcionamento das entranhas de algum ser vivo. A água seria um líquido corpóreo passando pelas pedras, que são a parede de algum órgão. Posteriormente, durante essa correria, eu parei pra me questionar: "ora, porque você acha que coisas orgânicas são nojentas?", e a partir daí parei de sentir nojo, pelo menos nesse dia.
Foi então que sentei na parte de cima da cachoeira - nada arriscado, é um local bem tranquilo e seguro. Ali resolvi fumar uma cannabis como um momento especial de contemplação, mesmo tendo fumado cerca de 8 durante as duas experiências. Levei os backs já apertados, porque senão dificultaria muito a vida deste cristão. Aliás, é aquela regra pela qual tudo que se planeje fazer durante uma trip deve estar o quanto mais simplificado possível de se fazer.
Sei que foi no fim da tarde desse dia, em que estávamos sobre as pedras acima da cachoeira, que finalmente tive o efeito sinestésico que queria contemplando a natureza sob um psicodélico. Ao longe, ao ver a natureza e as árvores, conseguia sentir a velosidade das folhas, ou uma sensação próxima a isso. Não era como o LSD, que leva a um prazer estético contemplativo. O cogumelo me trazia uma sensação mais emocional de prazer estético, era mais uma emoção que uma contemplação. Muito bom.
Aí, em certo momento, resolvemos subir um pico relativamente baixo e ver de longe três montanhas bem distantes, lá do alto, quase no fim do entardecer. Foi lindo de ver . Ao longe, em uma montanha, bezerros corriam como se fossem cachorrinhos rápidos e ágeis. Em outra, o verde vivo de uma plantação de eucaliptos enormes. No meio, mais outra montanha, com suas variações de verde. Cada ângulo que olhávamos era uma visão diferente, e à direita, lá embaixo, a cachoeira que estávamos. Pena que esquecemos de levar a máquina fotográfica ou celular quando subimos no pico.
Descemos, encantados com tudo que vimos, felizes. Tinha terminado o pico da psicodelia há um bom tempo e nós nos comunicávamos muito bem, como sempre. Em breve entraríamos no carro, onde então eu ligaria o som de novo e teríamos nossas longas conversas de horas, até que todo efeito estivesse terminado e eu pudesse dirigir, para finalmente irmos atrás de um restaurante com algo bem gostoso pra comermos .
Mas, antes de entrarmos no carro, eu mergulhei uma última vez na cachoeira e fiquei um tempão lá embaixo da queda d`água. Nossa! Aquilo foi libertador!!! Me senti batizado pela própria natureza .
Também em meio à natureza pude escutar vozes na minha mente, e identificá-las como as vozes que escutava quando estava na cidade e fumava maconha. Como resultado, ao menos nessa semana desde que voltei, não tenho mais escutado nada. Aliás, não se trata só de escutar... Eu fui pra cachoeira uma pessoa, lá o cogumelo me limpou e eu voltei outra. Agora não se trata só de não ouvir, como eu disse, mas de que todo meu corpo e emocional estão tranquilos e bem, não mais preocupados nem paranoicos.
Realmente, uma experiência que me trouxe equilíbrio, amor e cura - essa de tomar cogumelos na natureza .
Ocorreu um imprevisto com o consumo acidental de cerca de 1/3 do chá por uma pessoa da minha família, e daí perdi o controle exato das doses que tomaríamos nos dois dias em que ficaríamos na pousada. Em relação à pessoa que tomou, eu lhe disse tranquilamente o que era (chá de cogumelo). Depois consegui lhe fazer abaixar os efeitos da psilocibina com um ansiolítico. Foi uma situação muito desagradável, mas serviu para que víssemos o tanto de cuidado que devemos ter. Foi realmente um golpe de azar que ela tenha tomado, porque o chá só ficaria na geladeira da casa da minha avó (que ficava no meio do caminho pra pousada em Valença) por uma noite. Ocorre que todos tinham ido dormir, mas ela levantou e foi caçar coisa pra tomar no fundo da geladeira, onde minha mulher tinha escondido a garrafa só até a manhã seguinte... Enfim, terminou tudo certo. Mas acho relevante passar essa experiência porque a partir de agora não coloco mais chá na geladeira com a garrafa simplesmente descoberta, mesmo que escondida lá no fundo. É preciso colocar algum sinal, envolver em alumínio, enfim... Ou simplesmente nunca colocar na geladeira, colocar no congelador, porque congelado ninguém bebe.
Bem, agora às experiências:
Primeiro dia - viagem com interação social + natureza
Coloquei então para cada um no primeiro dia (19/10) uma dose que estimei em torno de 1,5-2,5 gramas seco. Mas nós chegamos na cachoeira já muito tarde, quase escurecendo. Logo tomamos nossas garrafinhas em que tínhamos dividido a quantidade de chá pra cada um igualmente. Em poucos minutos começamos a sentir os efeitos, e ventava frio. Não ficamos muito tempo sentados à beira da piscina natural formada pela cachoeira e logo fomos pro carro, onde colocamos Pink Flod para tocar, com Dark Side of the Moon.
E assim a onda vinha, e o som também. Logo todas as aleatoriedades surgiam na minha mente, perturbações. Lá fora parecia muito escuro. A luz do rádio do carro iluminava demais para a gente poder curtir a escuridão lá fora e cobrimos. Ainda assim, escuro demais. Qualquer um podia se aproximar, eu ficava preocupado. Pensava no tema do filme cult que havia visto dois dias antes, o fantástico e extremamente reflexivo Irreversible, e daí imaginava que alguém iria vir e querer fazer mal à minha mulher.
Mas eventualmente eu relaxava e me deixava ir no som, nos pensamentos, nas imagens aleatórias de pessoas que vinham em minha direção, de prédios, mais pessoas, sorrisos, cidade... à volta do carro em lampejos parecia que eu estava vendo uma rua. Eu falava sobre isso pra minha mulher, que me narrava que estava vendo fractais quando fechava os olhos.
Reparei em um momento que quis me bater uma onda energética braba, intensa, tensa, do tipo "ranger de dentes"... Mas eu reparava como minha esposa estava tranquila, de boa... E a boa energia da minha esposa também viajando me tranquilizou e me fez ter pela primeira vez uma viagem de cogumelo suave em dose relativamente alta, apesar de estar com bastante confusão mental. Eu via que ela não tinha nada disso, e então eu meio que me convencia que era coisa da minha cabeça, que podia ficar de boa. Achei muito interessante como a interação social tornou a viagem mais leve para mim. É diferente de você usar e a outra pessoa não: quando ela usou comigo a primeira vez, nossa comunicação durante o efeito se tornou possível .
Percebo agora, enquanto escrevo, que isso me ajudou a ficar mais quieto e tranquilo na experiência de arrebatamento em alta dose que tive poucos dias após voltarmos da cachoeira.
Bem, de volta à experiência, houve um momento muito engraçado, em que rimos daquele vocal feminino bem longo feito durante uma das músicas de Dark Side of Moon... :roflmao: Achei muito legal que ela me falou que também se amarra em ouvir Pink Flod durante psicodelia .
Por fim, houve um momento de susto, em que uma moto passou atrás da gente. Estava tudo um breu, então o farol dela de passagem pelo retrovisor foi como uma explosão na minha vista em pleno pico dos efeitos. É que a cachoeira fica num local muito isolado, mais de 30 minutos em estradas de terra bem perdidas, mas tem dois sítios por perto. Enfim, como eu tava previamente paranoico, saí do carro de sopetão e fui verificar, daí retornei ao carro mas ainda fiquei aflito um tempo. Simplesmente estava escuro e frio lá fora, pelo que me sentia à mercê, pois o vidro não permitiria ver ninguém se aproximar. Mas, era melhor ficar ali dentro, afinal, era tudo preocupação excessiva minha e estava bem frio lá fora.
No entanto, minha mulher me fazia me sentir tão bem, com uma onda tão boa, que eu me deixei levar e então até essa preocupação sumiu.
Foi quando ocorreu uma briga e uma DR :notworth:. E vou dizer, a adrenalina ou sei lá o que liberada durante a discussão foi suficiente pro pico sumir e a gente entrar numa aterrizagem certa, de volta pra Terra. Ainda ficaríamos sob efeitos por mais algumas horas, o suficiente para eu continuar sem dirigir. Aliás, sobre isso, fiquei feliz com minha disciplina: só tomei cogumelos nos dois dias após chegar no lugar certo, e só saí dirigindo cerca de 8 horas depois, já tranquilo pra isso.
As últimas horas deste primeiro dia foram as horas mais apaixonantes que já tive na minha vida , ao som das músicas sobre amor do CD Nativus do Natiruts. E com a mesma paixão e encanto foram as últimas horas da trip do dia seguinte .
Segundo dia - viagem com natureza + interação social
Já no segundo dia, o sol abriu!
Nós nem almoçamos, pra não encher o estômago, e fomos pra cachoeira, ainda no meio da tarde. Dessa vez conseguiríamos curtir realmente a cachoeira, o céu, a natureza... Era dia, e estava quente .
Chegamos, tomamos o dobro da dose do dia anterior, e em alguns minutos já estávamos com efeitos. Minha mulher normalmente prefere ficar mais sossegada do que eu, e ficou deitada na pedra ao lado da piscina natural da cachoeira. Já eu, não me aguentava parado, levantei e fui andar. Foi então que identifiquei que meu primeiro contato (não a primeira experiência com efeitos psicodélicos sensíveis) me deu sim um efeito, pois eu fico realmente agitado se tiver como me mover. E inclusive vi que era melhor me mover que ficar parado e sentir o bod load que a psilocibina provoca. Além disso, os pensamentos ficavam menos caóticos com a atividade corporal.
Bem, durante o pico, minha mulher ficou praticamente parada lá, e eu só a admirava. Então eu andava pra lá, pra cá, olhava plantas, corria de um lado pro outro com os braços abertos, me sentia bem, me sentia como uma criança feliz. Fui na fonte da cachoeira (onde ela foi mais tarde) e fiquei abismado com sua beleza. Foi, enfim, uma viagem muito diferente e mais leve da que eu costumava ter com cogumelos!
Notei que definitivamente eu atribuo qualidades orgânicas aos efeitos psicodélicos da psilocibina. Inicialmente, ver a água da cachoeira me dava nojo, porque parecia que eu via o funcionamento das entranhas de algum ser vivo. A água seria um líquido corpóreo passando pelas pedras, que são a parede de algum órgão. Posteriormente, durante essa correria, eu parei pra me questionar: "ora, porque você acha que coisas orgânicas são nojentas?", e a partir daí parei de sentir nojo, pelo menos nesse dia.
Foi então que sentei na parte de cima da cachoeira - nada arriscado, é um local bem tranquilo e seguro. Ali resolvi fumar uma cannabis como um momento especial de contemplação, mesmo tendo fumado cerca de 8 durante as duas experiências. Levei os backs já apertados, porque senão dificultaria muito a vida deste cristão. Aliás, é aquela regra pela qual tudo que se planeje fazer durante uma trip deve estar o quanto mais simplificado possível de se fazer.
Sei que foi no fim da tarde desse dia, em que estávamos sobre as pedras acima da cachoeira, que finalmente tive o efeito sinestésico que queria contemplando a natureza sob um psicodélico. Ao longe, ao ver a natureza e as árvores, conseguia sentir a velosidade das folhas, ou uma sensação próxima a isso. Não era como o LSD, que leva a um prazer estético contemplativo. O cogumelo me trazia uma sensação mais emocional de prazer estético, era mais uma emoção que uma contemplação. Muito bom.
Aí, em certo momento, resolvemos subir um pico relativamente baixo e ver de longe três montanhas bem distantes, lá do alto, quase no fim do entardecer. Foi lindo de ver . Ao longe, em uma montanha, bezerros corriam como se fossem cachorrinhos rápidos e ágeis. Em outra, o verde vivo de uma plantação de eucaliptos enormes. No meio, mais outra montanha, com suas variações de verde. Cada ângulo que olhávamos era uma visão diferente, e à direita, lá embaixo, a cachoeira que estávamos. Pena que esquecemos de levar a máquina fotográfica ou celular quando subimos no pico.
Descemos, encantados com tudo que vimos, felizes. Tinha terminado o pico da psicodelia há um bom tempo e nós nos comunicávamos muito bem, como sempre. Em breve entraríamos no carro, onde então eu ligaria o som de novo e teríamos nossas longas conversas de horas, até que todo efeito estivesse terminado e eu pudesse dirigir, para finalmente irmos atrás de um restaurante com algo bem gostoso pra comermos .
Mas, antes de entrarmos no carro, eu mergulhei uma última vez na cachoeira e fiquei um tempão lá embaixo da queda d`água. Nossa! Aquilo foi libertador!!! Me senti batizado pela própria natureza .
Também em meio à natureza pude escutar vozes na minha mente, e identificá-las como as vozes que escutava quando estava na cidade e fumava maconha. Como resultado, ao menos nessa semana desde que voltei, não tenho mais escutado nada. Aliás, não se trata só de escutar... Eu fui pra cachoeira uma pessoa, lá o cogumelo me limpou e eu voltei outra. Agora não se trata só de não ouvir, como eu disse, mas de que todo meu corpo e emocional estão tranquilos e bem, não mais preocupados nem paranoicos.
Realmente, uma experiência que me trouxe equilíbrio, amor e cura - essa de tomar cogumelos na natureza .
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