- 14/04/2015
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Na verdade, este tópico irá tratar resumidamente de diversas experiências. Algumas inclusive que estão sendo relatadas como não relatadas... De fato, dado o contexto da minha caminhada no fórum pelo relato das minhas 100 primeiras experiências com cogumelos, até caberia abrir um tópico só pras não-relatáveis, dado o contexto com os outros relatos e a fundamentação de não relatar por motivos espirituais, seria um "relato" por alto.
O objetivo de tantos relatos é mostrar a lenta progressão de um usuário irresponsável até a maturidade (será?) de um enteogenista.
Os Relatos Apagados pelo Tempo (xp 42 e 43)
Pois é, foi vontade de Deus mesmo. Ano passado publiquei dois relatos, um sobre uma experiência na natureza com meu irmão (xp 42), que foi meu retorno à natureza na cachoeira. Este foi mais tranquilo. E teve o relato de uma experiência em que busquei certa cura (xp 43), mas a voz do cogumelo me direcionou então ao tratamento com a medicina tradicional, psiquiatria mesmo, que venho seguindo desde então - e hoje já posso retomar os mágicos, no viés espiritual (e bioquímico) de minha futura cura. Este tópico deu mais o que falar, em especial por posições extremistas de alguns queridos colegas de fórum.
Dito isto, entendo que terem sido apagadas pelo problema que deu no fórum que ficou fora do ar no começo do ano significam que elas não eram pra existir, então fica apenas o registro de relatos que foram apenas para serem lidos e debatidos por alguns, e agora devem ficar no passado.
Três Experiências Sociais (xp 45, 46 e 48)
Foram minhas primeiras caças ao cogumelo, e foram bem sucedidas!
Foram também as duas únicas experiências em que não tive controle absoluto sobre a dosagem. Me baseei apenas na experiência do caçador antigo, na primeira vez; e depois na segunda já tinha mais noção um pouco. Tomamos frescos, mas caso fosse comum para mim a caça, eu sempre procuraria secar totalmente os cogumelos para ter controle da dosagem. No entanto, sabia que seriam experiências de nível 1.
Ah, e cogumelo caçados são realmente bem menos potentes do que os cultivados.
Foi a primeira vez na vida de cogumeleiro que saí do local onde estava e fui andar com os outros dois amigos. Mas antes, verifiquei como estava a estabilização dos efeitos nível 1 suave depois de 2-3 horas, também pensei no local em que estava, balneário no Espírito Santo que é meu paraíso, e fora de estação, sem qualquer carro pelas ruas, sem pessoas que pudessem me incomodar, etc. Aprovada a chance de ir caminhar sem percalços, chegamos à beira do mar, onde pude curtir minha respiração em êxtase um pouco.
Apesar da vibe boa, o que tenho a dizer sobre uso social com não-enteogenistas é que não se pode esperar nenhuma seriedade da experiência. E digo também que rola pouca "crença" em quem tem experiência sistematizada e conhecimento sobre os santos. Eu dizia: "os efeitos são de 6 horas", e lá pela quarta hora eles diziam, "ah, já passou", pra em 5 minutos depois dizerem: "ih, voltou". Aí eu falava: "nunca foi embora, vocês que não notam". E enquanto eles ficavam se achando num ir e vir dos efeitos, eu permanecia em constante prazer e relaxamento.
Rolou música. Rolou papo engraçado. Rolou após as 6 horas, cerveja e erva. Foi das últimas vezes em que fumei de erva, pois abandonei este hábito definitivamente, com o apoio do cogumelo, em uma das experiências não relatadas, abaixo. Mas fica aqui a ressalva. Adeus pra :fumar:, adeus. Salve a Deusa, que nos traz os cogumelos.
E outra coisa, tentar explicar na segunda fez, que foi 48h depois da primeira, que o chá estava fazendo menos efeito porque ainda tínhamos tolerância, era o mesmo que dizer nada. O mito de que eu "errei a mão no chá" se consolidava... :notworthy: Enquanto o conceito "avançado" de tolerância não era bem aceito...
Então, cogumeleiros que possuem conhecimento sobre psilocibina... apenas curtam se forem usar doses baixas e sociais com amigos, e deixe que falem a besteira que quiserem, que quem não leva a sério o cogumelo, também não se dispõe a aprender com ele.
Inclusive, foi a viagem que mais me mostrou que só se cura com cogumelos quem se dispõe a ter seriedade com eles. Senão pode tomar a vida inteira, que vai continuar sendo como é, sem melhorar como pessoa. E tais exemplos apenas se multiplicam, apesar da possibilidade de arrebatamento pelos meninos santos, estes são bem raros. Sem ritualização, não há força santa, cura, superação, melhoria, elevação, nada...
Mas há bons momentos de alegria quando perto de queridos amigos.
As Primeiras Experiências não Relatadas (xp 44 e 47)
Bem, por razões espirituais...
Apenas a segunda experiência fiz um relato oral a uma amiga minha.
Bailados dos Urubus (xp 49)
Bem, em relato curto, foi a segunda experiência em que apliquei um longo ritual de 6 dias, em que apenas no último dia tomo o sacramento e fico 6 horas em local isolado, à beira do mar, sob efeito, em meditação e interação com a natureza. Faz parte esta experiência das que não posso relatar, exceto sobre os urubus.
Primeiro, que ao ficar deitado por 5 minutos, já vinham sobrevoar minha cabeça. Na outra vez, eu até gritava com eles: "tô vivo!!!". Desta vez não. E houve um momento em que fui andar pelas pedras e vi dois urubus namorando (esfregando os pescoços), e quando me viram um deles se abriu todo. Eu apenas respeitei o espaço deles, e fiz um desvio. Achei interessante interagir melhor, pensei como os urubus também estão ligados ao ciclo da morte, como os cogumelos. E de alguma forma eu sentia atraí-los mais que o comum.
Talvez por me conectar à morte e ao renascimento com a experiência, em certo momento disse: "me desculpem se exalo morte".
Enfim, diversas coisas aconteceram, mas o momento mais impressionante foi o bailado dos urubus sobre a minha cabeça, em que diversos, muitos deles voaram, e pareciam formar casais sobre mim, em franco namoro à vida sobre a minha cabeça, num momento em que exatamente comecei a cantar o quarto ponto de Umbanda que fazia parte do meu ritual, e que naquele momento resolvi cantar novamente - e ao fim do canto, terminaram o bailado. h:
Ao olhar pra cima, fiquei encantado vendo aquelas aves, agora novamente aves e não apenas devoradoras de carniças, demonstrando para mim que o ciclo espiritual se completava. Um sinal de sincronicidade diferente do que se costuma ver. Voaram, e ao fim do ponto, pousaram, como casais, distantes de mim.
Um presente inesperado da natureza interagindo comigo. Um exemplo de leveza e de limpeza da vida, num símbolo tão inusitado.
O objetivo de tantos relatos é mostrar a lenta progressão de um usuário irresponsável até a maturidade (será?) de um enteogenista.
Os Relatos Apagados pelo Tempo (xp 42 e 43)
Pois é, foi vontade de Deus mesmo. Ano passado publiquei dois relatos, um sobre uma experiência na natureza com meu irmão (xp 42), que foi meu retorno à natureza na cachoeira. Este foi mais tranquilo. E teve o relato de uma experiência em que busquei certa cura (xp 43), mas a voz do cogumelo me direcionou então ao tratamento com a medicina tradicional, psiquiatria mesmo, que venho seguindo desde então - e hoje já posso retomar os mágicos, no viés espiritual (e bioquímico) de minha futura cura. Este tópico deu mais o que falar, em especial por posições extremistas de alguns queridos colegas de fórum.
Dito isto, entendo que terem sido apagadas pelo problema que deu no fórum que ficou fora do ar no começo do ano significam que elas não eram pra existir, então fica apenas o registro de relatos que foram apenas para serem lidos e debatidos por alguns, e agora devem ficar no passado.
Três Experiências Sociais (xp 45, 46 e 48)
Foram minhas primeiras caças ao cogumelo, e foram bem sucedidas!
Foram também as duas únicas experiências em que não tive controle absoluto sobre a dosagem. Me baseei apenas na experiência do caçador antigo, na primeira vez; e depois na segunda já tinha mais noção um pouco. Tomamos frescos, mas caso fosse comum para mim a caça, eu sempre procuraria secar totalmente os cogumelos para ter controle da dosagem. No entanto, sabia que seriam experiências de nível 1.
Ah, e cogumelo caçados são realmente bem menos potentes do que os cultivados.
Foi a primeira vez na vida de cogumeleiro que saí do local onde estava e fui andar com os outros dois amigos. Mas antes, verifiquei como estava a estabilização dos efeitos nível 1 suave depois de 2-3 horas, também pensei no local em que estava, balneário no Espírito Santo que é meu paraíso, e fora de estação, sem qualquer carro pelas ruas, sem pessoas que pudessem me incomodar, etc. Aprovada a chance de ir caminhar sem percalços, chegamos à beira do mar, onde pude curtir minha respiração em êxtase um pouco.
Apesar da vibe boa, o que tenho a dizer sobre uso social com não-enteogenistas é que não se pode esperar nenhuma seriedade da experiência. E digo também que rola pouca "crença" em quem tem experiência sistematizada e conhecimento sobre os santos. Eu dizia: "os efeitos são de 6 horas", e lá pela quarta hora eles diziam, "ah, já passou", pra em 5 minutos depois dizerem: "ih, voltou". Aí eu falava: "nunca foi embora, vocês que não notam". E enquanto eles ficavam se achando num ir e vir dos efeitos, eu permanecia em constante prazer e relaxamento.
Rolou música. Rolou papo engraçado. Rolou após as 6 horas, cerveja e erva. Foi das últimas vezes em que fumei de erva, pois abandonei este hábito definitivamente, com o apoio do cogumelo, em uma das experiências não relatadas, abaixo. Mas fica aqui a ressalva. Adeus pra :fumar:, adeus. Salve a Deusa, que nos traz os cogumelos.
E outra coisa, tentar explicar na segunda fez, que foi 48h depois da primeira, que o chá estava fazendo menos efeito porque ainda tínhamos tolerância, era o mesmo que dizer nada. O mito de que eu "errei a mão no chá" se consolidava... :notworthy: Enquanto o conceito "avançado" de tolerância não era bem aceito...
Então, cogumeleiros que possuem conhecimento sobre psilocibina... apenas curtam se forem usar doses baixas e sociais com amigos, e deixe que falem a besteira que quiserem, que quem não leva a sério o cogumelo, também não se dispõe a aprender com ele.
Inclusive, foi a viagem que mais me mostrou que só se cura com cogumelos quem se dispõe a ter seriedade com eles. Senão pode tomar a vida inteira, que vai continuar sendo como é, sem melhorar como pessoa. E tais exemplos apenas se multiplicam, apesar da possibilidade de arrebatamento pelos meninos santos, estes são bem raros. Sem ritualização, não há força santa, cura, superação, melhoria, elevação, nada...
Mas há bons momentos de alegria quando perto de queridos amigos.
As Primeiras Experiências não Relatadas (xp 44 e 47)
Bem, por razões espirituais...
Apenas a segunda experiência fiz um relato oral a uma amiga minha.
Bailados dos Urubus (xp 49)
Bem, em relato curto, foi a segunda experiência em que apliquei um longo ritual de 6 dias, em que apenas no último dia tomo o sacramento e fico 6 horas em local isolado, à beira do mar, sob efeito, em meditação e interação com a natureza. Faz parte esta experiência das que não posso relatar, exceto sobre os urubus.
Primeiro, que ao ficar deitado por 5 minutos, já vinham sobrevoar minha cabeça. Na outra vez, eu até gritava com eles: "tô vivo!!!". Desta vez não. E houve um momento em que fui andar pelas pedras e vi dois urubus namorando (esfregando os pescoços), e quando me viram um deles se abriu todo. Eu apenas respeitei o espaço deles, e fiz um desvio. Achei interessante interagir melhor, pensei como os urubus também estão ligados ao ciclo da morte, como os cogumelos. E de alguma forma eu sentia atraí-los mais que o comum.
Talvez por me conectar à morte e ao renascimento com a experiência, em certo momento disse: "me desculpem se exalo morte".
Enfim, diversas coisas aconteceram, mas o momento mais impressionante foi o bailado dos urubus sobre a minha cabeça, em que diversos, muitos deles voaram, e pareciam formar casais sobre mim, em franco namoro à vida sobre a minha cabeça, num momento em que exatamente comecei a cantar o quarto ponto de Umbanda que fazia parte do meu ritual, e que naquele momento resolvi cantar novamente - e ao fim do canto, terminaram o bailado. h:
Ao olhar pra cima, fiquei encantado vendo aquelas aves, agora novamente aves e não apenas devoradoras de carniças, demonstrando para mim que o ciclo espiritual se completava. Um sinal de sincronicidade diferente do que se costuma ver. Voaram, e ao fim do ponto, pousaram, como casais, distantes de mim.
Um presente inesperado da natureza interagindo comigo. Um exemplo de leveza e de limpeza da vida, num símbolo tão inusitado.
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