- 11/08/2021
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Olá, pessoal.
Sou pesquisador na área de saúde mental e passei a me interessar pela psilocibina e outros entógenos depois que meu pai teve um AVC.
Assim que ele ficou estabilizado e iniciou toda aquele cardápio básico de tratamentos para recuperação (fono, fisio, TO, etc.), passei a pesquisar o que mais poderia ser feito por ele. Que tratamentos estavam por aí, ainda que em estudos?
Cheguei em estudos sobre as possibilidades de neurogênese dos cogumelos. Mas com muito medo. Faço parte daquela geração que achava que o sujeito tomava LSD e ia se jogar do alto do primeiro edifício que aparecesse (rs).
Mas quanto mais lia, mais entendia que existia alguma coisa muito importante aí. Relatos de pessoas que diziam ter se curado de depressão, ansiedade, PTS, DDAH...
Não dava pra deixar passar em branco. Conversei com alguns médicos sobre o assunto, mas as respostas eram sempre variações de "nunca ouvi falar" e "não sei nada sobre o assunto".
Como eu mesmo sofria de depressão e DDAH há mais de 10 anos, acumulando nesse período (infelizmente) uma ampla experiência em medicamentos, resolvi experimentar o Psilocybe cubensis e ver no que dava.
Há cerca de 6 meses, encomendei alguns comprimidos num site aparentemente confiável e, morrendo de medo, experimentei minhas primeiras 100mg- a ideia era de testar a microdosagem.
BAM!
Não existe uma definição adequada, hoje, do que seja uma microdose. Não sei se eu era mais ou menos sensível à psilocibina. O que eu sei é que o efeito foi incrível. Na primeira dosagem. Eu nunca tinha encontrado uma medicação com esse efeito, e olha que de medicação eu entendo.
Nesse primeiro dia, senti uma felicidade que, sinceramente, nem lembrava que existia. Coisas que me causaram ansiedade extrema durante anos deixaram, de uma hora pra outra, de ter um peso emocional enorme. Fobias desapareceram.
Claro que depois disso, virei fã e estudioso do assunto. A primeira vontade foi de contar pra todo mundo. A segunda, de parar de tomar remédios (coisa que fiz na sequência, mas não recomendo porque sei o quanto eles são fundamentais em muitos casos).
Não experimentei dar o cubensis para o meu pai ainda, já que ele tem um problema sério de arritmia cardíaca, e além disso tem melhorado razoavelmente com as terapias tradicionais. Mas tenho dado uma dose de 900mg de Juba de Leão para ele diariamente. Ajudou? Não sei, mas a melhora que ele tem apresentado está muito acima da média para uma lesão do tamanho da dele e para pessoas da sua faixa etária. Espero que o estudo dos entógenos caminha cada vez mais na direção de soluções novas para saúde mental. Nós, humanidade, estamos precisando disso. Apesar disso, sei que serão anos ainda para que os estudos sejam capazes de remover o estigma dos psicodélicos na sociedade. Então, para quem não quer esperar, como eu, resta arriscar, experimentar e trocar experiências.
Após alguns meses fazendo o protocolo do Paul Stamet:
No entanto, percebi que tomar a "microdose" (na minha opinião, microdose não existe: estamos falando mais de uma "pequena dose", já que o ideal é que a pessoa sinta, sim, alguns efeitos) 4 dias por semana, com 3 dias de intervalo, criou uma tolerância que fez com que eu aumentasse a dose para 700mg por dose para ter efeitos semelhantes. Isso me preocupou um pouco, e decidi fazer uma dose maior, de 1g, uma vez por semana. Planejo fazer uma "dose heróica" assim que conseguir planejar isso melhor.
Enfim, é isso. Tem sido muito interessante ler os relatos aqui e queria agradecer todos que compartilham suas experiências.
Muito obrigado, tenho certeza que vocês estão ajudando muitas pessoas como eu.
Sou pesquisador na área de saúde mental e passei a me interessar pela psilocibina e outros entógenos depois que meu pai teve um AVC.
Assim que ele ficou estabilizado e iniciou toda aquele cardápio básico de tratamentos para recuperação (fono, fisio, TO, etc.), passei a pesquisar o que mais poderia ser feito por ele. Que tratamentos estavam por aí, ainda que em estudos?
Cheguei em estudos sobre as possibilidades de neurogênese dos cogumelos. Mas com muito medo. Faço parte daquela geração que achava que o sujeito tomava LSD e ia se jogar do alto do primeiro edifício que aparecesse (rs).
Mas quanto mais lia, mais entendia que existia alguma coisa muito importante aí. Relatos de pessoas que diziam ter se curado de depressão, ansiedade, PTS, DDAH...
Não dava pra deixar passar em branco. Conversei com alguns médicos sobre o assunto, mas as respostas eram sempre variações de "nunca ouvi falar" e "não sei nada sobre o assunto".
Como eu mesmo sofria de depressão e DDAH há mais de 10 anos, acumulando nesse período (infelizmente) uma ampla experiência em medicamentos, resolvi experimentar o Psilocybe cubensis e ver no que dava.
Há cerca de 6 meses, encomendei alguns comprimidos num site aparentemente confiável e, morrendo de medo, experimentei minhas primeiras 100mg- a ideia era de testar a microdosagem.
BAM!
Não existe uma definição adequada, hoje, do que seja uma microdose. Não sei se eu era mais ou menos sensível à psilocibina. O que eu sei é que o efeito foi incrível. Na primeira dosagem. Eu nunca tinha encontrado uma medicação com esse efeito, e olha que de medicação eu entendo.
Nesse primeiro dia, senti uma felicidade que, sinceramente, nem lembrava que existia. Coisas que me causaram ansiedade extrema durante anos deixaram, de uma hora pra outra, de ter um peso emocional enorme. Fobias desapareceram.
Claro que depois disso, virei fã e estudioso do assunto. A primeira vontade foi de contar pra todo mundo. A segunda, de parar de tomar remédios (coisa que fiz na sequência, mas não recomendo porque sei o quanto eles são fundamentais em muitos casos).
Não experimentei dar o cubensis para o meu pai ainda, já que ele tem um problema sério de arritmia cardíaca, e além disso tem melhorado razoavelmente com as terapias tradicionais. Mas tenho dado uma dose de 900mg de Juba de Leão para ele diariamente. Ajudou? Não sei, mas a melhora que ele tem apresentado está muito acima da média para uma lesão do tamanho da dele e para pessoas da sua faixa etária. Espero que o estudo dos entógenos caminha cada vez mais na direção de soluções novas para saúde mental. Nós, humanidade, estamos precisando disso. Apesar disso, sei que serão anos ainda para que os estudos sejam capazes de remover o estigma dos psicodélicos na sociedade. Então, para quem não quer esperar, como eu, resta arriscar, experimentar e trocar experiências.
Após alguns meses fazendo o protocolo do Paul Stamet:
No entanto, percebi que tomar a "microdose" (na minha opinião, microdose não existe: estamos falando mais de uma "pequena dose", já que o ideal é que a pessoa sinta, sim, alguns efeitos) 4 dias por semana, com 3 dias de intervalo, criou uma tolerância que fez com que eu aumentasse a dose para 700mg por dose para ter efeitos semelhantes. Isso me preocupou um pouco, e decidi fazer uma dose maior, de 1g, uma vez por semana. Planejo fazer uma "dose heróica" assim que conseguir planejar isso melhor.
Enfim, é isso. Tem sido muito interessante ler os relatos aqui e queria agradecer todos que compartilham suas experiências.
Muito obrigado, tenho certeza que vocês estão ajudando muitas pessoas como eu.