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Andei passeando pela tarde bonita...

L'esprit libre

Cogumelo maduro
Membro Ativo
22/06/2005
173
73
Andei passeando pela tarde bonita, com a expectativa de encontrar algo que eu tivesse interesse legítimo naqueles dias de amenidade e luz suave.

Quando o Sol deixava o lugar para o Céu estrelado, encontrei um colega que me informou de um tipo de festa com violões, álcool barato e fogueira. Sabendo do que se tratava, mas sem ter visto a tal festa, tomei um pedaço de Shiva. Antes do contato com a língua os efeitos já se anunciavam, ao primeiro contato fui tomado por uma euforia sem-limites! Caminhava a passos largos, observava o degrade do céu azul, as árvores já dançavam, o azul respingava a cada estrela que eu identificava. Num período de talvez uma hora apenas andei, um pouco sozinho, outra com colegas. Até que cheguei a tal festa. O local era gramado, meio urbano, havia uma fogueira no centro, muita gente se divertindo aos berros, já havia passado da metade da festa quando cheguei. Encontrei uns conhecidos e fiquei sabendo da possibilidade de alguns cubensis secos, continuava caminhando sem me fixar a alguém ou algo. Consegui 8 cogumelos de uns 15 centímetros cada, confirmei depois medindo com uma régua o tamanho que eles fizeram na minha mão, e mais uns 10 meio amassados. Todos já estavam bastante azulados, colhidos em pasto no dia anterior – era minha primeira experiência com cogumelos que não fossem de cultivo.

Comecei a comer os cogumelos, gosto bem forte, andando por entre as pessoas e logo via um conhecido. Estava eufórico, havia uma malha interligando todos os meus sentidos, se expressando na visão num tom prata-esbranquiçado que vibrava em múltiplas linhas verticais. Comecei a conversar mais, contente e deixando os efeitos fluírem sem pensar neles. Logo tudo tomou aspecto gelatinoso, em contraste com isto, comecei a ver uma luz azul projetada na face das pessoas que me expressavam algo de bom. Essa luz não tinha lugar de onde estivesse vindo e ainda sim estava projetada, seguia em tênues camadas formadas por areia, tinha o formato de um semi-círculo que centralizava o quadro da cabeça das pessoas. Me impressionei mais pela beleza do que pelo fato, mas entendi sem mediações de que se tratava de algo bom. As demais pessoas ganhavam aspecto obscuro, disforme e debilitado. Desviei minha atenção para estes últimos, me deram atenção e fui engraçado com eles. O céu ficava cada vez mais escuro, minha sensação de dimensão era total, estava envolto em Tudo. Eles descobriram pés de mostarda, queriam comer mas ficaram com receio, então fui até lá, o espaço era pequeno, mas parecia que eu havia entrado numa floresta, cada passo eu dava com cautela, cada piscada de olhar uma infinita seqüência de desenhos simples coloridos (azul, verde, vermelho, amarelo) se projetava, num infinito escuro, mas que dava sensação de lugar ao contrário do total preto que parecia de olhos abertos. Havia descoberto um lugar de cheiro puro, mágico mesmo. Lentamente peguei as folhas da planta, um colega se aproximou para afirmar aos descrentes que era uma simples folha comestível. Quando virei as folhas, olhando o lado de cima das minhas mãos, linhas de interconexão com Tudo se expandiram infinitamente traçando a excelsa participação no Todo, as linhas jorravam infinitamente sem movimento! Em absoluto não havia mais tempo, tudo estava parado e tinha existência Total, como a observação de uma imagem de galáxias mostra outro tipo de tempo, que não tem movimento – a eternidade.

Mastiguei uma folha, caindo rolando no chão, rindo de olhos fechados vendo a projeção infinita dos desenhos. Abri os olhos e vi a grama na minha roupa como fios dourados vibrando nesta mesma cor. Tudo vibrava cores específicas. Olhei para as pessoas disformes, o céu ficou vermelho, raios explodiam, a terra se abriu entre minhas pernas, num estrondo que dividiu o mundo em duas partes, até chegar à fogueira: de um lado as pessoas disformes riam tanto por assistir minha diversão, tanto pelo estado que foi projetado nelas, todos riam caídos no chão e um cheiro de vinho barato e notada grama suja por excesso de pisarem, tudo numa visão limpa de um cotidiano de visão saudável; do outro lado três índios sérios sentados, eu estava há uns 10 metros da fogueira, atrás da fogueira um homem careca pintado de vermelho com detalhes em preto batia forte num tambor me incitando. A cada passo que dava via mais perto e nitidamente os seres que lá estavam, a fogueira ganhou uma dimensão de cores sólidas, fluindo eternamente como as linhas azuis.

Os índios me olhavam de maneira severa, me direcionando ao que batia no tambor e faziam o contraste e me impunham uma decisão: ou o lado da vulgaridade, do vinho barato, do prazer licencioso-viciado, ou o lado da decência, dos sentidos límpidos, da verdade. Exigiam de mim uma decisão, cada movimento meu, eu o fazia devagar, mas não letargicamente, mas sim com cautela, ciente de mim mesmo. Dado o anúncio e a lição, os índios se foram com o mundo explodindo novamente em fitas de algum mineral azul-prata caindo, dançando na eternidade. Fui partido ao meio, meu lado esquerdo, que era o lado que estavam as pessoas disformes, ficou-me distante, o que me deixou apreensivo, a gritaria e o cheiro se tornaram imediatamente insuportáveis, saí cambaleando pisando com incerteza, seguindo um colega que entrava para um ambiente fechado, vi nele um ponto seguro. Mais gente ainda estava lá, barulho, muita luz...e daí? Todo o espaço que eu passava ganhava os mais variados tipos de madeira fina com pedras preciosas de todas as cores inscritas, como um balde de tinta jorrando, até que ela passou por debaixo dos meus pés e tomou o lugar todo num imenso rio correndo em madeira líquida e minerais perfeitos!

Meu colega não queria que o ficasse seguindo, então me guiou serenamente como um pastor até uns amigos meus. O ambiente era pequeno demais, minha alteração claro era nítida, mas não sei como eu tinha sido anunciado, todos ficavam me olhando esperando alguma reação estranha, perguntando se eu não queria alguma coisa e insistindo e insistindo, até que fiquei irritado e disse: água! Daí eles pararam de me dar uma atenção tão exagerada e até comemoram por estarem me “ajudando”. Mas logo começaram de novo, não faziam mais nada além de me observar e me perguntar alguma coisa sobre minha condição de saúde, então insisti: - estou bem. Podem ir fazer o que vocês quiserem, só vou ficar parado. Um ou outro se ressentiu com minha dispensa, mas o que eles estavam fazendo era totalmente sem nexo. Assim que consegui esse afastamento, todos eles se tornaram feitos de madeira reta, como tábuas e se moviam como empilhados ou bonecos de madeira. Um sujeito chegou até a porta, falava com voz fina e derrepente tornou-se um guardião egípcio de fala grossa e áspera vestindo uma túnica branca, curta, segurando na cintura um bastão curto. Então percebi o enjaulamento que são a maioria das construções pós-modernas, olhei para as pessoas e sua superfície de madeira e não entendia como elas conseguiam permanecer ali. Disse que precisava sair, mas ainda preocupados um ou dois me acompanhou até o lado de fora.

Daí então não consegui ficar mais sozinho, queria dar seguimento à experiência, mas algo sempre acabava atravessando na minha frente, não por opção, a sensação de duas dimensões opostas pesava em mim. Amanheceu num passo, o que foi um mudança brusca na minha condição, eu precisava me recolher, mas sentia um vazio do lado esquerdo, me perguntaram novamente sobre isto algumas vezes e acabei sendo convencido de que não estava bem. Tive que novamente tentar dissipar isto, o vazio se estendia, então disse vamos andando até o hospital, eu queria qualquer sedativo – na verdade eu queria é sair de lá, mas não queria ir sozinho – mas insistiram tanto que acabei achando que estava mal mesmo, eu disse: - chama a ambulância. Por acaso estava na rua ao lado e chegou em menos que cinco minutos, eu disse tudo que potencialmente poderia estar errado, mas não tinha nada e o sujeito que tinha dado uma risada sarcástica por pensar que eu estava numa debilidade de algum tipo, se surpreendeu com meu organismo mais regulado que o de uma pessoa dita saudável das dietas de corantes e estimulantes. Meus colegas insistiram na necessidade de hospital, então o sujeito disse: - quer um conselho? Vai para casa dormir. Fiquei mais um tempo observando a luz, tranqüilo...

Fui para casa, andando sozinho, livre das neuroses urbanas.

Essa experiência foi fabulosa, os problemas foram apenas um empecilho que impediu a continuação da seqüência, um efeito colateral. A lição que tive foi de extremo valor, a vi da forma mais perfeita. O tempo eterno, as conexões, os minerais e outras matérias...quanta cor na essência de Tudo. Desde esta experiência, as que seguiram diminuíram em quantidade e tem chegado cada uma delas num aumento de proporção que ainda não sei se e como deve servir para além de mim, que não sejam para os que fazem parte/conseguem acessar da minha vivência/dimensão e são influenciados pelas vibrações.

L’esprit
 
Lindo relato L'ESPRIT...
 
Jesus!
Fiquei sem ar!
Mas vc encheu novamente meus pulmoes!
e bem.. shiva é shiva...
no quarto ou na "casa".

Lindo relato mesmo Lespirit.
:D
 
Entao Irmao ,belo Relato, Senti Sua Espiritualidade,as Portas Do
Mundo Magico Se Abriram P Vc ,e Muinto Alem Do Que Vc Podia
Imaginar Nao?.... Tenha Sabedoria, P Vc Nao Se Perder
No Meio Da Mutidao....
.
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Anexos

  • ENTRE NO NOVO MUNDO.bmp
    1.8 MB · Visualizações: 150
Entao Irmao ,belo Relato, Senti Sua Espiritualidade,as Portas Do
Mundo Magico Se Abriram P Vc ,e Muinto Alem Do Que Vc Podia
Imaginar Nao?.... Tenha Sabedoria, P Vc Nao Se Perder
No Meio Da Mutidao....
.
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eu fico com a porta da direita.
amo marcenaria.
e tem uma lotus sagrda bem no corredor da minha oficina!
 
Bem emocionante a descrição!!
mas eu concordo com os indios, vc tem que decidir!!!
abraço
 
NAHMA OM! /\/\/\/\/\/\/\/\/\
NAHMA OM !
/\/\/\/\/\/\/\/\/\
NAHMA OM !/\/\/\/\/\/\/\/\/\
/\/\/\/\/\/\/\/\/\ OM BRAHMAN !
/\/\/\/\/\/\/\/\/\ OM BRAHMAN !
/\/\/\/\/\/\/\/\/\ OM BRAHMAN !
/\/\/\/\/\/\/\/\/\
/\/\/\/\/\/\/\/\/\ OM BRAHMA
/\/\/\/\/\/\/\/\/\ OM VISHNU !
/\/\/\/\/\/\/\/\/\ OM SHIVA !
/\/\/\/\/\/\/\/\/\
/\/\/\/\/\/\/\/\/\ OM BRAHMA !
/\/\/\/\/\/\/\/\/\ OM VISHNU !
/\/\/\/\/\/\/\/\/\ OM SHIVA !
/\/\/\/\/\/\/\/\/\
OM BRAHMA !
OM VISHNU !
OM SHIVA !

NAHMA OM !
NAHMA OM!
NAHMA OM!

OM NAMAH SHIVA !
OM NAMAH SHIVA !
OM NAMAH SHIVA !
SHIVA OM NAMAH !
SHIVA OM NAMAH !
SHIVA OM NAMAH !

SHIVA SENHOR DO UNIVERSO
SHIVA SENHOR DO AMOR
SHIVA SENHOR DA ALEGRIA
SHIVA SENHOR DOS ASCETAS
OM SHIVA !
NAHMA SHIVA !
OM NAMAH SHIVA !
QUE A TUA DANÇA SENHOR SHIVA
CONTAGIE O MEU CAMINHAR
QUE A TUA DANÇA SENHOR SHIVA
CONTAGIE A HUMANIDADE DE ALEGRIA
QUE A TUA DANÇA SENHOR SHIVA
CONTAGIE A HUMANIDADE A MEDITAR
SHIVA, SENHOR, SÁBIO GUERREIRO
CUJA LANÇA É O DANÇAR
NA DANÇA ALEGRE, SENHOR SHIVA !
ENSINA O DISCÍPULO A TRILHAR !
OM NAMAH SENHOR SHIVA !
QUE O DISCÍPULO APRENDA A ENXERGAR !
NA DANÇA ALEGRE DO INFINITO
OM NAMAH SENHOR SHIVA !
ENSINA O DISCÍPULO A ESPERAR !
NA DANÇA ALEGRE DO INFINITO
OM NAMAH SENHOR SHIVA !
ENSINA O DISCÍPULO A CALAR !
NA DANÇA ALEGRE DO INFINITO
OM NAMAH SENHOR SHIVA
ENSINA O DISCÍPULO A FALAR!
OM NAMAH SENHOR SHIVA !
A VIDA DO YOGUIM É O EQUILIBRAR
ABRA OS BRAÇOS MEU YOGUIM
VAMOS, VAMOS, DANÇAR !
A DANÇA DO INFINITO
É SEMPRE UM ETERNO TRILHAR !
DANÇANDO, EQUILIBRANDO,
INSPIRANDO, EXALANDO
MEDITANDO,
MEDITANDO,
MEDITANDO !
OH MEU YOGUIM !
VAMOS, VAMOS CAMINHAR !
DANÇANDO, CANTANDO, SORRINDO E AMANDO
EM MEDITAÇÃO O YOGUIM IRÁ TRANSMUTAR !
INSPIRANDO, EXALANDO,
EQUILIBRANDO E POLARIZANDO
O YOGUIM NADA DEVE TEMER !
O YOGUIM EM SUA BUSCA
É UM GUERREIRO DO GRANDE SER !
NAHMA SHIVA!
NAHMA SHIVA!
NAHMA SHIVA!
OM NAMAH SHIVA !
OM NAMAH SHIVA !
OM NAMAH SHIVA !
SHIVA OM NAMAH !
SHIVA OM NAMAH !
SHIVA OM NAMAH !
OM BRAHMAN !
OM BRAHMA !
OM VISHNU !
OM SHIVA !
OM BRAHMAN !
OM BRAHMA !
OM VISHNU !
OM SHIVA !
OM BRAHMAN !
OM BRAHMA !
OM VISHNU !
OM SHIVA !

OM TRIMURTI !
TRIMURTI OM !
OM TRIMURTI !
TRIMURTI OM !
OM TRIMURTI !
OM !
OM !
OM !

NAHMA !
NAHMA !
NAHMA !
 
Obrigado Swelen...Boca, desejo que estes sejam ares de crescimento!

Fred disse:
Entao Irmao ,belo Relato, Senti Sua Espiritualidade,as Portas Do
Mundo Magico Se Abriram P Vc ,e Muinto Alem Do Que Vc Podia
Imaginar Nao?.... Tenha Sabedoria, P Vc Nao Se Perder
No Meio Da Multidao....

Muito bem dito Fred! Até esta experiência já tinha experienciado muita coisa, determinantes também, mas esta em especial encadeou e desenvolveu todo tipo de coisa que eu já havia acessado/vivido nos experimentos, de um modo "sem palavras" e assim segue.

No perigo da multidão é coisa que não se pode errar.

Obrigado!


VICTOR disse:
Bem emocionante a descrição!!
mas eu concordo com os indios, vc tem que decidir!!!
abraço

É Victor, quando os índios se foram a decisão já tinha sido tomada. Embora haja períodos de ascensão e declínio que não sei se são necessários. Uma pendência para o "lado esquerdo", mas sem perder-me; mesmo que este perigo, acredito, deva ser estirpado, pois nada constrói. São boas direções para o trabalho!


Boa sorte, crescimento e frutos a todos!
 
1 shiva + 18 cogus???

Minha nossa... você é realmente corajoso!!! Até que os efeitos foram pequenos se considerar a "dose"... rsrsrsrs
 
lindo relato. me emocionei com suas visões, os indios, as superficies de pedras preciosas...

e a parte obscura, hein? mundinho poluido esse dos seres humanos... dá pra sacar sua serenidade em apenas observar onde a maioria já teria entrado em panico puro, em meio aos trevosos. é nesses detalhes que a gente saca como é importante a experiencia de voos anteriores para não sucumbir à bads, e sim observá-las de longe, aprendendo com elas.

pena que houve seres humanos indesejaveis para poluir sua trip. os caras-escuras queriam mesmo te impor uma bad, conseguiram te levar pro hospital!

mas temos que lembrar também que o estado de alguém devidamente cogumelado já é um troço feio pra burro, imagina com um acido azeitando a couraça, você devia estar com uma aparencia medonha! os caras ficaram é com medo de você! kkkkk!

e no entanto tudo foi lindo, lindo, lindo.

uma pergunta: no texto não fica claro qual a dosagem de lsd.

acho a decolagem do lsd mais tranquila, sem os medos e angustias do cogumelo. faz tempo que estou planejando uma exp com os dois compostos, seu relato maravilhoso me ajuda muito a definir melhor por onde caminhar, quando for fazer o lance.

abraço...
 
É Victor, quando os índios se foram a decisão já tinha sido tomada. Embora haja períodos de ascensão e declínio que não sei se são necessários. Uma pendência para o "lado esquerdo", mas sem perder-me; mesmo que este perigo, acredito, deva ser estirpado, pois nada constrói. São boas direções para o trabalho!


acho que todos nós aqui temos um "lado esquerdo" bem forte. só o fato de encarar substancias proibidas em dosagens elevadas mostra um forte traço de esquerdismo perigosamente bacantiano nas pessoas que fazem isto. há 500 anos, estariamos todos fritando na fogueira por feitiçaria.

ah! lembrei de uma coisa, esse seu relato precisa uma tarja no começo, algo assim: "crianças, não tentem fazer isto em casa, há serio risco de se machucar, este relato foi feito por um profissional devidamente treinado e com apoio medico hospitalar dando suporte à toda a experiencia"
 
Parabéns L'Espirit

Já li diversas vezes seu relato. É algo que nos tira o fôlego, ficando apreensivo em frente a tela, pra saber o que vai acontecer com nosso personagem.

Pelo visto, foi uma tripp e tanto. Intensa e inesquecível.

E é isso aí irmão, pena que o setting não tenha sido um tanto mais tranquilo, sem outros fatores para lhe tirar a concentração.

Não me imagino ingerindo cogumelos com uma turma grande, ou numa festa. Não sei o que aconteceria. Os próprios amigos dizendo que vc precisa de hospital, é algo horripilante de se ouvir durante a tripp. Porém vc teve o controle, e é isso que deve ser. Perder o medo, saber que tem o controle. Se não fosse essa sua capacidade, talvez iria agonizar numa bad tripp.

Parabéns amigo, e segue sempre com coragem e paz no coração!!

paz e muita luz!!
 
você é muito doido, misturar lsd com cogumelos, onda poderosa. kkkkkkk
 
1 shiva + 18 cogus???

Minha nossa... você é realmente corajoso!!! Até que os efeitos foram pequenos se considerar a "dose"... rsrsrsrs

:?:O que você considera "efeitos altos/grandes"? :?:

lindo relato. me emocionei com suas visões, os indios, as superficies de pedras preciosas...

e a parte obscura, hein? mundinho poluido esse dos seres humanos... dá pra sacar sua serenidade em apenas observar onde a maioria já teria entrado em panico puro, em meio aos trevosos. é nesses detalhes que a gente saca como é importante a experiencia de voos anteriores para não sucumbir à bads, e sim observá-las de longe, aprendendo com elas.

pena que houve seres humanos indesejaveis para poluir sua trip. os caras-escuras queriam mesmo te impor uma bad, conseguiram te levar pro hospital!

mas temos que lembrar também que o estado de alguém devidamente cogumelado já é um troço feio pra burro, imagina com um acido azeitando a couraça, você devia estar com uma aparencia medonha! os caras ficaram é com medo de você! kkkkk!

e no entanto tudo foi lindo, lindo, lindo.

uma pergunta: no texto não fica claro qual a dosagem de lsd.

abraço...

Você sentiu minha experiência, repito: lindo, lindo, lindo! foi isto aí mesmo. De fato as experiências anteriores possibilitaram esta experiência.

Não poderíamos deixar que os imúndos tomassem para eles nossa espécie. Se há descrença, não é contra o "ser humano", mas sim aversão a um tipo de humano degradador e negador da vida. Acredito que somente quando se acreditar no humano, enquanto humano, é que será possível a elevação do espírito à divindade!

"A vida é uma fonte de alegria, mas onde quer que a canalha vá beber, todas as fontes estão envenenadas.

Agrada-me tudo o que é limpo; mas não posso ver as bocarras grotescas e a sede dos impuros.

Lançaram as suas vistas para o fundo do poço; agora reflete-se do fundo o seu odioso sorriso.

Envenenaram a água santa com a sua concupiscência; e ao chamar alegria aos seus torpes sonhos, até envenenaram as palavras.

A chama indigna-se quando eles põem ao fogo os seus úmidos corações; o próprio espírito ferve e fumega quando a canalha se abeira do fogo.

A fruta mela-se e torna-se enjoativa nas suas mão; o seu olhar é vento abrasador que seca a árvore de fruto.

E mais de um dos que se apartaram da vida, tão somente se apartaram da canalha; que queiram repartir com a canalha a água, a chama e o fruto.

E mais de um que se retirou ao deserto para lá sofrer a sede com os animais selvagens, fê-lo para se não sentar junto da cisterna em companhia de imundos cameleiros.

E mais de um que avançava como exterminador e como saraivada pelos campos de semeadura, só queria pôr o pé na boca da canalha para lhe tapar o gasnete.

E o que mais me perturba não era saber que até a vida se encontra necessitada de inimizade, de morte, e de cruzes de mártires; mas tão somente me perguntei um dia, e a pergunta quase me sufocava:

Que? Teria a vida também necessidade da canalha?

As fontes envenenadas, os fogos pestilentos, os sonhos maculados, os vermes no pão da vida, são coisas necessárias?

Não era o ódio, mas o nojo o que me devorava a vida! Ai! muitas vezes chegou a enfastiar-me o engenho, o ver que também a canalha era engenhosa!

E voltei costas aos dominadores assim que vi o que hoje chamam dominar, traficar e regatear em matérias de poder... com a canalha!

E permaneci entre os povos como estrangeiro, e com os ouvidos cerrados, a fim de que fossem coisas estranhas para mim a linguagem do seu tráfico e o seu regatear pelo poder.

E apertando as narinas atravessei com desalento todo o ontem e o hoje; na verdade, o ontem e o hoje empestam a populaça de pena.

Como um válido que ficou surdo, cego e mudo, assim vivi muito tempo, para não viver com a canalha do poder, da pena e dos prazeres.

Dificilmente e com cautela o meu espírito subiu escadas; as esmolas da alegria foram a sua consolação; a vida do cego deslisava apoiada num báculo.

Que me sucedeu, então? Como me curei da aversão? Quem rejuvenesceu meus olhos? Como remontei às alturas onde já há canalha sentada à beira das fontes?

A minha própria aversão me deu asas e forças que pressentiam os mananciais? Na verdade tive que voar ao mais alto para tornar a encontrar a fonte da alegria.

Ó! encontrei-a, meus amigos! Aqui, no mais alto brota para mim a fonte de alegria! E há uma vida em que se pode beber sem a canalha!

Fonte da alegria, quase brotas com demasiada violência! E amiúde esvazias a taça em vez de a encher!

Ainda tenho que aprender a aproximar-me de ti mais moderadamente; o meu coração acorre ao teu encontro com demasiada pressa: este coração onde arde o meu estio, o breve, ardente, melancólico e venturoso estio. Como anela pela sua frescura o meu coração estival!

Passou a aflição da minha primavera! Passaram os malignos corpos de neve em pleno junho! Já sou interessante estival e tarde de estio!

Um estio nas maiores alturas, com frescos mananciais e ditosa tranqüilidade. Ó! Vinde, amigos meus! seja ainda mais ditosa esta tranqüilidade!

Porque esta é a nossa altura e nossa pátria; e nossa mansão é demasiado elevada e escarpada para todos os impuros e para a sede dos impuros.

Lançai, pois, os vossos puros olhares à fonte da minha alegria, meus amigos!

Como poderia turvar-se? Sorrir-vos-á com a sua preguiça.

Nós outros, solitários, construímos o nosso ninho na árvore do futuro; as águias nos trarão no bico o sustento.

E de certo não será um sustento de que possam participar os impuros! Porque os impuros julgariam que devoravam fogo e que as fauces se lhes abrasavam.

Não preparamos aqui, em verdade, moradias para os impuros! A vossa ventura pareceria glacial aos seus corpos e aos seus espíritos!

E nós queremos viver por cima deles como ventos fortes, vizinhos das águias, vizinhos do sol; assim vivem os ventos fortes.

E à semelhança do vento, quero soprar entre eles um dia e cortar a respiração ao seu espírito; assim o quer o meu futuro."


ah! lembrei de uma coisa, esse seu relato precisa uma tarja no começo, algo assim: "crianças, não tentem fazer isto em casa, há serio risco de se machucar, este relato foi feito por um profissional devidamente treinado e com apoio medico hospitalar dando suporte à toda a experiencia"

AHAHAHHAHAHAHHAHAHAHAH! Muito bom! Estes experimentos são muito sérios mesmo. Chega certo ponto de desenvolvimento que se tem alguma clareza daquilo que já se "pode" aventurar de forma séria.

Parabéns L'Espirit

Já li diversas vezes seu relato. É algo que nos tira o fôlego, ficando apreensivo em frente a tela, pra saber o que vai acontecer com nosso personagem.

Pelo visto, foi uma tripp e tanto. Intensa e inesquecível.

E é isso aí irmão, pena que o setting não tenha sido um tanto mais tranquilo, sem outros fatores para lhe tirar a concentração.

Não me imagino ingerindo cogumelos com uma turma grande, ou numa festa. Não sei o que aconteceria. Os próprios amigos dizendo que vc precisa de hospital, é algo horripilante de se ouvir durante a tripp. Porém vc teve o controle, e é isso que deve ser. Perder o medo, saber que tem o controle. Se não fosse essa sua capacidade, talvez iria agonizar numa bad tripp.

Parabéns amigo, e segue sempre com coragem e paz no coração!!

paz e muita luz!!

Bem notado suas afirmações!

Então, essa "capacidade de controle" é algo muito sutil, que não está na certeza, está no simples tudo É. Um tipo de condição "mental" que vai se exercitando na vida cotidiana e nos experimentos, pela via da afirmatividade dos acontecimentos - o que dissipa as tensões e torna tudo existente sem a dúvida.


pegaso disse:
uma pergunta: no texto não fica claro qual a dosagem de lsd.

acho a decolagem do lsd mais tranquila, sem os medos e angustias do cogumelo. faz tempo que estou planejando uma exp com os dois compostos, seu relato maravilhoso me ajuda muito a definir melhor por onde caminhar, quando for fazer o lance.

você é muito doido, misturar lsd com cogumelos, onda poderosa. kkkkkkk

Do LSD a dose foi 1 selo.

Essa combinação é maravilhosa. Aparantemente parece algo estranho, mas um se associa ao outro de uma maneira espantosa, não se torna uma experiência de duas coisas ao mesmo tempo, mas sim um cresce com outro e expandindo sem-limites o poder do outro em perfeita sincronia, "num corpo só".

Eu estava pronto para este tipo de experiência, não faltou preparo, ainda que eu farei experimentos mais focados, menos suscetíveis a ser atravessado por corpos "estranhos".

Abraços!
shiva-blotter-art.jpg
 
Parabéns l'sprit essas experiencias não são para qualquer um, pra falar a verdade tenho ate medo de chegar a essas proporções sendo porque tenho notado em minhas viagens que cada vez que elas acabam estou mudado para sempre, mais louco naturalmente depois da brisa e apenso que devemos ir devagar e digerir o processo pra proxima experiencia pq quanto mais vc conhece do universo pareçe que vc tem mais responsa e isso é uma coisa que temos que carregar conosco e usar para melhorar essa bola azul chamada terra , claro que cada um sabe sua dose ow ao menos nossos "xamãs" no astral sabem o quanto é bom para nós a cada decolagem!

hare krishna. ' .
 
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