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Alemã conta como vive sem dinheiro há 16 anos após doar tudo que tinha

Ecuador

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22/12/2007
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Outra forma de encarar a vida e o dinheiro? Ou uma forma de se livrar das preocupações associadas?

http://noticias.uol.com.br/ultimas-...heiro-ha-16-anos-apos-doar-tudo-que-tinha.htm

10/07/2012 - 05h40​
Alemã conta como vive sem dinheiro há 16 anos após doar tudo que tinha​




Você se atreveria a se desfazer de suas posses mais valiosas e enfrentar a vida sem um tostão no bolso? Foi precisamente isso que a alemã Heidemarie Schwermer fez há 16 anos. Ela disse à BBC que este estilo de vida só lhe trouxe felicidade.

Cansada da vida que levava como professora e psicoterapeuta, e preocupada com a quantidade de pessoas sem-teto que via em seu país, ela decidiu se lançar na aventura de viver sem dinheiro.
Schwermer, de 69 anos, tinha previsto que a experiência se prolongaria por um ano, mas pouco depois de começar, percebeu que não conseguiria voltar atrás. "Foi uma grande libertação", diz, lembrando como deu de presente tudo o que tinha, incluindo seu apartamento. "O melhor é a sensação de abertura. Não sei o que acontecerá à noite, nem na manhã do dia seguinte. Não sinto medo, e sim uma grande curiosidade."​

No início, Schwermer começou trocando coisas: oferecia seus serviços - desde limpar casas até ajudar as pessoas com problemas pessoais - em troca de teto e comida. Agora ela diz que não se trata exatamente de trocar, mas simplesmente de compartilhar. "Dou o que quero dar e me dão o que eu preciso", explica. Deste modo, ela supre as necessidades mais básicas. A roupa que veste é dada pelas pessoas com quem convive e os gastos restantes - desde a comida e o transporte - são pagos por seus anfitriões.​

O que ela lhes dá é de ordem espiritual. "Não são coisas materiais, e sim a minha presença. Muita gente tem problemas ou está sozinha. Eu os escuto e os ajudo a pensar sobre o que querem fazer com suas vidas."​

De conversa em conversaNa prática funciona mais ou menos assim: Schwermer recebe convites de pessoas de diferentes lugares do mundo que a querem receber e seus anfitriões enviam a passagem para que ela possa chegar lá.​

Organizações, instituições e grupos também a convidam a dar palestras e seminários sobre seu modo de vida particular. Para isso é preciso ter muitos amigos, ou pelo menos muitos convites, mas ela tem todas estas coisas de sobra.​

Graças a uma entrevista que deu a uma emissora de rádio anos atrás, o nome da ex-professora tornou-se conhecido na Alemanha. Outras entrevistas na televisão e diversas matérias em jornais e revistas popularizaram ainda mais sua imagem e seu projeto.​

O interesse por Schwermer cresceu até se transformar em três livros que ela escreveu - cujos lucros, como era de se esperar, ela doou a organizações de caridade e terceiros - e no documentário Living without money (Vivendo sem dinheiro, em tradução livre), que já foi exibido em 30 países.​

Alguns sustentam que ela é um "parasita" e que não lhe falta dinheiro porque vive com o que é dos outros. Muitos moradores de rua também não conseguem se identificar com uma mulher de classe média que não tem nada porque simplesmente não quer.​

"É verdade que são os outros que ganham salários para pagar o que eu como, mas eu também trabalho todos os dias. Faço coisas para as pessoas. No mundo ocidental há muitas pessoas que se sentem isoladas, e eu as ajudo com minha presença. Posso ser uma mãe, uma irmã, uma amiga, o que precisarem", defende-se a alemã. "Quem diz isso é porque vive no velho sistema, mas tudo vai mudar."
E quando chegar a velhice? O que acontecerá quando sua companhia deixe de ser uma ajuda e um consolo para transformar-se em um fardo?​

"A velhice? Mas eu já sou muito velha! A verdade é que não penso nessas coisas. Quando o problema se apresentar, a solução também se apresentará", conclui Schwermer, rindo.​
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Muito sabia a alemã, dessa vida não se leva nada!

Essa histórinha me lembrou a de um velejador brasileiro que é mais ou menos assim:

O velejador deu a volta no mundo em alguns anos, ele não conseguia dormir nem 4 horas por noite por causa do balanço em alto mar, comia só comida enlatada e comida de guerra de astronauta por ser muito calorica, ele ficou quase um ano em alto mar dando varias paradas em lugares paradisíacos, um belo dia quando ele voltou pra casa ele não sabia porque tinha tanta coisa dentro de casa e não prescisava de nada daquilo para realmente viver, então ele fez doações de tudo que ele tinha, para ele não fazia mais sentido ter tanta tralha dentro de casa, então começou viver só com a natureza bela e sabia e disse ele que quando isso aconteceu ele começou viver a vida de verdade nua e crua...​
 
Me lembrou o filme In to the Wild, aonde o cara tenta fazer o mesmo(OTIMA SOUND TRACK PRO CERTO), mas no final acaba se envenenando por algma planta que come por engano.

Recomendo o filme a todos, otimo pra refletir... mas viver sem dinheiro MESMO acho meio utopico, muito dificil sustentar uam comunidade sem a dependencia de dinheiro hoje em dia, infelizmente...
 
Me lembrou o filme In to the Wild, aonde o cara tenta fazer o mesmo(OTIMA SOUND TRACK PRO CERTO), mas no final acaba se envenenando por algma planta que come por engano.

Que eu lembre, neste filme, foi um cogumelo venenoso que o matou, não?

Mas falando especificamente desta mulher.. ela é muito corajosa.. eu mesmo, tenho muito vontade de largar tudo e sair conhecendo o mundo todo, seus cantos mais diversificadamente únicos e, também por isso, lindos. Como eu pagaria por isso tudo? Sei lá.. trabalhando um pouquinho em cada lugar.. trocando.. mas principalmente sabendo viver com o mínimo de coisas materiais. Mas eu não consigo me desprender.. não só por medo, mas também porque a Babilônia se apresenta à mim com muitas coisas que eu acho que não conseguiria viver sem.. coisas que acho essenciais.. mas que na verdade não são. Poderia listá-las, mas são tão puramente materiais que tenho vergonha.
 
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