- 14/04/2015
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Putz, bora lá praqueles relatos em que eu regredi alguns anos em minha disciplina em tomar os Santos. Nem só de luzes é feito o caminho da Luz, afinal.
Quase 2 horas da madruga desde fatídico domingo 5 de Abril do ano 2020 da desgraça de Nosso Senhor que veio pra Terra ser pregado na cruz. Estava eu bêbado, bem bêbado, mas muito bêbado, bem bêbado mesmo, tipo, muito, entende? Resolvi, na hora de dormir, que ao invés de dormir ia encarar logo a trip de cogumelo de hoje. Sentia que seria bem profunda e iniciar de sopetão ia tornar mais fácil passar pelo turbilhão de êxtase enteogênico, já que tinha chegado o domingo da experiência quinzenal de toda forma.
E mandei pra dentro 2,1 gramas secas de Ecuador. Esperei uns 20 ou 40 minutos, e mande mais 1 grama pra dentro, para potencializar os efeitos que já sentia. Eu sabia que sentiria os efeitos sem o adicional de 1 grama, mas queria com a dosagem extra só pra garantir. E aí, pra garantir mais ainda, mais um tempo depois, já com poucas condições de redosar, ainda comi mais 1 grama! Total de cogumelos comidos em uma hora: 4,1 gramas! E dessa forma que fiz, teria uma viagem com picos se entremeando de cada dosagem, o que me manteria em êxtase mais fluente.
Enfim, marquei o horário e joguei nas mãos dos Cogumelos. Com a playlist básica criada, Pink Floyd, de Meddle até Division Bell, mais de 6 horas de música, pra marcar o tempo da trip. E foi muito bom eu ter posto músicas com as quais estou absurdamente acostumado a estar sob êxtase. Isso porque a dosagem foi o suficiente pra minha noção de tempo sumir, como se fossem dois paredões se fechando sobre mim, ao invés de ser um fluxo contínuo. Mas eu então jogava a necessidade de saber o tempo no lixo: eu simplesmente me entregava à potência do que sabia que tinha tomado. Abria mão dos conceitos de controle de percepção, e o setting familiar me ajudava a me entregar.
Ah, e uma regra autoimposta pra essa experiência valer enteogenicamente: não dormir, até o fim de todas as 6 horas e músicas do Pink. Isso deu mais de 6 horas. E foi importante para gerar algumas reflexões e tornar a coisa útil: "agora fica acordado, seu dé-môin!!!". Assim, na medida em que as horas se passavam, ao invés de sentir vontade de endoidar, eu só queria dormir, porque eu já tinha vindo de uma bebedeira forte. Comecei às 2, fui deitar após as 9 da manhã, retransformado.
Tive algumas coisas sobre meu corpo que soube lidar bem durante o pico. Percepções sobre minha bexiga e sistema urinário, que por horas enxia logo por causa da cervejada, e outras coisas. Fiquei feliz por saber lidar com essa autoconsciência de uma certa questão de saúde sem entrar em paranoia. Apenas estava lá e eu tinha que lidar durante a trip, mas nada demais. Um excelente autocontrole e felizmente a prática enteogênica prévia me fez navegar bem sob efeitos que me faziam esquecer "o que e onde e quando o que?", pro qual eu não ligava.
Na música Confortably Numb fui e acendi um pequeno baseado, hábito que abandonei mas que estava com alguns aqui. Em toda a experiência fiz isso uma vez e porque ordenado pela intuição de meus Guias Espirituais. Pouco antes tinha sentido os espíritos que reencarnariam a partir desse meu trabalho insano. Quando sentei na sala pra fumar, pude sentir vários campos de futebol de espíritos prontos pra reencarnar ao fim de The Wall: são os filhos da quarentena. kkkkk Povo em casa, sabe como é, sem nada pra fazer, tão fazendo é muito filho.
Viva a quaresma e a carne!!!
Enfim, em êxtase por horas com as músicas, com algumas reflexões aqui e ali, em interação com meu corpo e com o som, que coloquei bem alto, nesta virada de sábado pra domingo, afinal! Cada detalhe de cada onda sonora passava pelo meu corpo, e as explosões pink-floydianas me dominavam por diversas vezes, como há tempos não sentia, em ondas de delírio extasiante.
O que aprendi? Que processos mentais mais profundos já ocorrem em mim de novo, com a redução dos remédios que criam tolerância cruzada. Mas que tomar cogumelos com a consciência limpa (sóbrio) leva a uma potencialização muito maior de benefícios enteogênicos. Afinal, eu estava cansado demais para poder ir buscar dentro de mim respostas para questões. Eu apenas fiz uma baita maratona de persistência, enquanto pensamentos e percepções vinham. Tudo era muito bom, sim. Mas, se for pra buscar um trabalho de melhoria interna, o melhor mesmo é dormir, acordar bem, e então tomar os Santos.
Mas como acordei? Me sentindo fantástico!
Quase 2 horas da madruga desde fatídico domingo 5 de Abril do ano 2020 da desgraça de Nosso Senhor que veio pra Terra ser pregado na cruz. Estava eu bêbado, bem bêbado, mas muito bêbado, bem bêbado mesmo, tipo, muito, entende? Resolvi, na hora de dormir, que ao invés de dormir ia encarar logo a trip de cogumelo de hoje. Sentia que seria bem profunda e iniciar de sopetão ia tornar mais fácil passar pelo turbilhão de êxtase enteogênico, já que tinha chegado o domingo da experiência quinzenal de toda forma.
E mandei pra dentro 2,1 gramas secas de Ecuador. Esperei uns 20 ou 40 minutos, e mande mais 1 grama pra dentro, para potencializar os efeitos que já sentia. Eu sabia que sentiria os efeitos sem o adicional de 1 grama, mas queria com a dosagem extra só pra garantir. E aí, pra garantir mais ainda, mais um tempo depois, já com poucas condições de redosar, ainda comi mais 1 grama! Total de cogumelos comidos em uma hora: 4,1 gramas! E dessa forma que fiz, teria uma viagem com picos se entremeando de cada dosagem, o que me manteria em êxtase mais fluente.
Enfim, marquei o horário e joguei nas mãos dos Cogumelos. Com a playlist básica criada, Pink Floyd, de Meddle até Division Bell, mais de 6 horas de música, pra marcar o tempo da trip. E foi muito bom eu ter posto músicas com as quais estou absurdamente acostumado a estar sob êxtase. Isso porque a dosagem foi o suficiente pra minha noção de tempo sumir, como se fossem dois paredões se fechando sobre mim, ao invés de ser um fluxo contínuo. Mas eu então jogava a necessidade de saber o tempo no lixo: eu simplesmente me entregava à potência do que sabia que tinha tomado. Abria mão dos conceitos de controle de percepção, e o setting familiar me ajudava a me entregar.
Ah, e uma regra autoimposta pra essa experiência valer enteogenicamente: não dormir, até o fim de todas as 6 horas e músicas do Pink. Isso deu mais de 6 horas. E foi importante para gerar algumas reflexões e tornar a coisa útil: "agora fica acordado, seu dé-môin!!!". Assim, na medida em que as horas se passavam, ao invés de sentir vontade de endoidar, eu só queria dormir, porque eu já tinha vindo de uma bebedeira forte. Comecei às 2, fui deitar após as 9 da manhã, retransformado.
Tive algumas coisas sobre meu corpo que soube lidar bem durante o pico. Percepções sobre minha bexiga e sistema urinário, que por horas enxia logo por causa da cervejada, e outras coisas. Fiquei feliz por saber lidar com essa autoconsciência de uma certa questão de saúde sem entrar em paranoia. Apenas estava lá e eu tinha que lidar durante a trip, mas nada demais. Um excelente autocontrole e felizmente a prática enteogênica prévia me fez navegar bem sob efeitos que me faziam esquecer "o que e onde e quando o que?", pro qual eu não ligava.
Na música Confortably Numb fui e acendi um pequeno baseado, hábito que abandonei mas que estava com alguns aqui. Em toda a experiência fiz isso uma vez e porque ordenado pela intuição de meus Guias Espirituais. Pouco antes tinha sentido os espíritos que reencarnariam a partir desse meu trabalho insano. Quando sentei na sala pra fumar, pude sentir vários campos de futebol de espíritos prontos pra reencarnar ao fim de The Wall: são os filhos da quarentena. kkkkk Povo em casa, sabe como é, sem nada pra fazer, tão fazendo é muito filho.
Viva a quaresma e a carne!!!
Enfim, em êxtase por horas com as músicas, com algumas reflexões aqui e ali, em interação com meu corpo e com o som, que coloquei bem alto, nesta virada de sábado pra domingo, afinal! Cada detalhe de cada onda sonora passava pelo meu corpo, e as explosões pink-floydianas me dominavam por diversas vezes, como há tempos não sentia, em ondas de delírio extasiante.
O que aprendi? Que processos mentais mais profundos já ocorrem em mim de novo, com a redução dos remédios que criam tolerância cruzada. Mas que tomar cogumelos com a consciência limpa (sóbrio) leva a uma potencialização muito maior de benefícios enteogênicos. Afinal, eu estava cansado demais para poder ir buscar dentro de mim respostas para questões. Eu apenas fiz uma baita maratona de persistência, enquanto pensamentos e percepções vinham. Tudo era muito bom, sim. Mas, se for pra buscar um trabalho de melhoria interna, o melhor mesmo é dormir, acordar bem, e então tomar os Santos.
Mas como acordei? Me sentindo fantástico!
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