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A Ficha dos Cogumelos Mágicos.

Mago

Cogumelo maduro
Membro Ativo
18/10/2011
514
47
Os cogumelos ou fungos, uma vez que não possuem clorofila, não se alimentam de luz solar como as outras plantas. Em alternativa, funcionam como parasitas de outras plantas e animais ou instalam-se em meios com matéria em decomposição.​
Existem várias espécies diferentes de cogumelos psilocibinos, nome científico atribuído aos cogumelos que contêm Psilocibina e Psilocina (alcalóides activos). A psilocibina é quimicamente semelhante ao LSD e tem a denominação científica de orthophosphoryl-4-hydroxy-n-dimethyltryptamine. No que se refere a cogumelos psilocibinos encontramos espécies como Psilocybe mexicana, Psilocybe caerulescens, Psilocybe (ou Stropharia) cubensis, Pscilocybe wassoni, Stroparia cubensis, entre outras.​
Os cogumelos psicoactivos são todos aqueles que contêm estes ou outro tipo de alcalóides capazes que afectar o Sistema Nervoso Central. Por exemplo, as espécies Amanita muscaria e Amanita pantherina são cogumelos psicoactivos mas não psilocibinos.​
Os cogumelos mágicos, nome pelo qual é mais comummente conhecido este tipo de droga, são substâncias alucinogéneos ou psicadélicas. São geralmente ingeridos crus, secos, cozinhados ou em forma de chá (“Shroon Brew”), sendo que os mais consumidos são os Liberty Cad Mushroom. São uma droga sazonal dado que aparecem sobretudo no Outono, contudo podem ser secos e armazenados, sendo inclusivamente os cogumelos secos aqueles que têm efeitos mais intensos.
Após consumidos, os alcalóides dos cogumelos chegam ao cérebro e bloqueiam os efeitos da serotonina. Não foi encontrada informação sobre a utilização terapêutica dos cogumelos.


Origem

Os cogumelos alucinógenos eram usados no México, Guatemala e Amazonas em rituais religiosos e por curandeiros. Os Maias utilizavam um fungo ao qual chamavam, na língua nahuátl, teonanácatl (a "carne de deus") há já 3500 anos. No seu território foram encontradas figuras de pedra com representações de cogumelos datadas de 1000 a.C. e 500 d.C. Em Oaxaca eram também chamados de nti-si-tho, sendo que nti é um diminuitivo de respeito e carinho e si-tho significa "o que brota".
As primeiras referências ao seu consumo foram encontradas em livros (1502), nos quais era mencionado o uso de cogumelos em rituais nas festas de coroação de Moctezuma, o último imperador Azteca. Os conquistadores espanhóis, não preparados para os efeitos da droga, assustaram-se e proibiram o uso de fungos alucinogéneos e a religião nativa. Foram também encontrados registos do médico do rei espanhol a relatar a ingestão de cogumelos pelos indígenas, por forma a induzir visões de todo o tipo, sendo estes muito apreciados em festas e banquetes. Após a conquista, o consumo de cogumelos com fins rituais e terapêuticos sobreviveu apenas na Serra de Oaxaca.
Provavelmente, o cogumelo alucinogéneo mais popular é o Amanita muscaria, descrito por Lewis Carroll no livro Alice no Pais das Maravilhas. Este cogumelo é usado há mais de 6000 anos, sendo, por vezes, confundido com variedades muito semelhantes mas letais. Os povos primitivos da Sibéria tinham o hábito de armazenar a urina de consumidores de Amanita, usando-a como droga alucinogénea. Isto verificava-se porque as substâncias alucinogéneas deste cogumelo permanecem intactas após a sua passagem pelo organismo.
Durante os anos 70, os cogumelos aparecem também na Europa, sendo inicialmente utilizados em sopa instantânea. Os genuínos cogumelos psilocibina secos só surgiram mais tarde.
O químico suiço Albert Hofmann que descobriu o LSD, foi também o primeiro a extrair psilocibina e psilocina dos cogumelos mágicos. A psilocibina, que é convertida em psilocina pelo organismo humano, é a responsável pelos efeitos alucinógenos da planta.


Efeitos

Os efeitos dos cogumelos parecem estar associados às condições psicológicas e emocionais do consumidor, assim como ao contexto em que esse consumo se verifica. São semelhantes ao LSD mas menos intensos e duradouros.
As primeiras reacções começam por ser de carácter físico: náuseas, dilatação das pupilas, aumento do pulso, da pressão sanguínea e da temperatura. Se ocorrer ansiedade e vertigens, estas deverão desaparecer no período de uma hora. Para além disso, o consumidor poderá sentir um aumento da sensibilidade perceptiva (cores mais intensas, percepção de detalhes) com distorções visuais e sinestesia ou mistura de sensações (os sons têm cor e as cores têm sons), acompanhadas de euforia, sensação de bem-estar, aumento da autoconfiança, grande desinibição e aumento do desejo sexual. Os efeitos alucinogéneos podem acarretar alguma desorientação, ligeira descoordenação motora, reacções paranóicas (bad trips), inabilidade para distinguir entre fantasia e realidade, pânico e depressão.
Os efeitos começam a surgir cerca de 25 a 30 minutos após a ingestão e podem durar até 6 horas.


Riscos

O consumo de cogumelos pode provocar dores no estômago, diarreia, náuseas e vómitos. Pode também piorar problemas a nível de doenças mentais ou mesmo despoletá-las.
Uma outra consequência desta droga poderão ser acidentes originados pela interpretação incorrecta da realidade.
Existem cogumelos venenosos que podem ser muito tóxicos ou até letais. A Amanita é uma droga muito perigosa, sendo actualmente responsável por 90% dos casos fatais de envenenamento por fungos. O uso prolongado desta espécie poderá levar à debilidade mental. Doses excessivas podem provocar delírios, convulsões, coma profundo e morte devido à paragem cardíaca.

Tolerância e Dependência
Os cogumelos não originam tolerância se os consumos forem espaçados (pelo menos 3 dias). Não provocam igualmente dependência física e o potencial de dependência psicológica é reduzido.

Fonte: http://www.psicologia.pt/instrumentos/drogas/ver_ficha.php?cod=cogumelos
 
Achei muito interesante isso pois nas minhas primeiras trips senti muito desconforto como se o corpo rejeitasse o cogumelo ou tivese se acostumando com a substancia sentia meu corpo mexer dos pés a cabeça as lobrigas gritavão...

e eu não estava na trip...rs foram os pos-trip que sentia isso até falei com o morta fiquei com medo mais passou acho que meu corpo acostumou com o fungo...
 
Meio datadas e simplistas as informações do site, não?
 
Sobre drogas o que temos na net as informações são muito simplistas você não acha , vai mais de experiencia para experiencia de pessoa para pessoa ,achei bem informativo se quiser editar, acresentar , apagar fica a vontade:)
 
Deixo abaixo uma pesquisa recente sobre a relação entre os Magic Mushrooms e Neuropsicologia. Claro que, como grande parte das pesquisas em Neurociência, os resultados são ditos sem muita preocupação com as teorias prévias e sem muito pensar a diferença entre uma conclusão revelar algo ou apenas sugerir este mesmo algo.
A versão em inglês pode ser lida aqui:
http://www.bris.ac.uk/news/2012/8180.html

Mecanismo de ação de cogumelos alucinógenos no cérebro...

Exames cerebrais de pessoas sob a influência de psilocibina, o ingrediente ativo dos cogumelos mágicos, forneceram aos cientistas o retrato mais detalhado até agora de como as drogas psicodélicas agem no cérebro.
Os resultados de dois estudos publicados em revistas científicas sugerem que o efeito alucinógeno do cogumelo e das drogas psicodélicas é causado porque a psilocibina provoca alterações na oxigenação e no fluxo de sangue em certas regiões do cérebro.

No primeiro estudo, publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), 30 voluntários saudáveis tiveram psilocibina infundida no sangue, enquanto realizavam um exame de ressonância magnética (MRI) para medir mudanças na atividade cerebral. Os exames mostraram que a atividade diminuiu em regiões centrais do cérebro, áreas que são particularmente bem conectadas com outras áreas.
O segundo estudo, publicado online pelo British Journal of Psychiatry, descobriu que psilocibina reforçou a capacidade dos voluntários de lembrar memórias pessoais, o que sugere que a substância poderia ser útil como adjuvante da psicoterapia.

"Psicodélicos são classificados como drogas de "expansão da mente", já que tem sido comumente assumido que elas trabalham aumentando a atividade cerebral, mas surpreendentemente, descobrimos que a psilocibina realmente causou a diminuição da atividade em áreas que têm conexões mais densas com outras áreas. Essas regiões restringem nossa experiência do mundo. Sabemos agora que a desativação dessas regiões centrais leva a um estado em que o mundo é experimentado como estranho", explica o autor sênior de ambos os estudos, David Nutt, da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

A intensidade dos efeitos relatados pelos participantes, incluindo visões de padrões geométricos, sensações corporais e sentido alterado de tempo e espaço, se correlacionou com uma diminuição da oxigenação e fluxo sanguíneo em certas partes do cérebro.
A função dessas áreas, o córtex pré-frontal medial (mPFC), conhecido por ser hiperativo em pacientes com depressão e o córtex cingulado posterior (PCC), que tem um papel na consciência e auto-identidade.

"A psilocibina foi amplamente utilizada na psicoterapia durante a década de 1950, mas a lógica biológica para sua utilização não tinha sido devidamente investigada até agora. Nossas descobertas apóiam a ideia de que a psilocibina facilita o acesso às memórias e emoções pessoais", observa o autor dos estudos, Robin Carhart-Harris.

Estudos anteriores têm sugerido que a psilocibina pode melhorar o sentimento de bem-estar emocional e até mesmo reduzir a depressão em pessoas com ansiedade."Isto é consistente com nossa conclusão de que a psilocibina diminui a atividade de mPFC, como muitos tratamentos eficazes contra a depressão fazem. Os efeitos precisam ser investigados a fundo, e os nossos estudos foram apenas preliminares, mas estamos interessados em explorar o potencial da psilocibina como uma ferramenta terapêutica", acrescenta Harris.

 
É isso aí Mago, estudos atualizados. Já tem isso em outro tópico, mas desmente o texto deste tópico.
 
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