[23/08/2013]
Comi cinco deles, com mel para ajudar a descer. Fiquei tonto uns 20 minutos depois. Uma tontura esquisita como se eu tivesse bebido foi ficando cada vez mais forte, até que eu não conseguia andar direito.
Meu estômago começou a agir estranho, não era dor, era esquisito como se eu estivesse com fome, mas não era igual. Senti-me feliz, leve e aquecido. Sentei no chão e senti um leve cheiro metálico, tive a sensação de que respirava mais facilmente.
Comecei a pensar nas pessoas que eu conhecia acometeu - me grande empatia por elas, tentava ver o mundo a seus olhos e parecia que meus problemas com elas já não eram tão importantes. Tomei ciência da minha condição e tentei me levantar dando risada dos movimentos estúpidos que estava fazendo no processo.
Passei na cozinha e peguei um copo de água, o gosto estava me incomodando um pouco. Fui até meu quarto e deitei na minha cama, sentia como se lentamente, cada músculo do meu corpo fosse se desligando em um processo de relaxamento total. Abri meus braços e fechei meus olhos por um momento, tinha sensação que eu não tinha mais peso, como se a gravidade da Terra estivesse desligada temporariamente.
Quando abri meus olhos novamente notei os traços projetados pela lâmpada no teto. Linhas que serpenteavam em arco como em uma dança, trocavam de cor ao os observar, entre âmbar e verde claro. Encarei meus livros na estante por um momento, suas cores me chamaram a atenção. Pensei na quantidade gigantesca de conhecimento que as pessoas tinham guardado em um período tão curto de tempo e na capacidade que todos nós temos de aprender tanta coisa diferente. As luzes estavam agora parando, meus olhos começaram a arder ligeiramente e os fechei. Ainda era capaz de perceber alguma luminosidade, coloquei meu braço esquerdo por cima deles e a escuridão tomou minha visão.
Tinha a sensação de que estava em um grande quarto escuro, e que pontos de roxo fluorescente brilhavam e dançavam ao redor de meu campo de visão, seus espectros pareciam se afastar dando a impressão que a sala crescia ao acompanhar o movimento.
Abri meus olhos novamente e meu quarto parecia ter dobrado de tamanho, via meu armário e a estante de livros distorcida em um estranho formato oval.
Levantei meus braços e observei um pouco assustado que minhas mãos pareciam ter dedos a mais, contei cada dos dez ainda com a impressão da conta não bater com a realidade, mas desisti depois de notar que eles também pareciam mais longos do que o normal. Comecei a brincar com a visão de minha nova mão “alien”, fazendo truques de ótica perto do meu olho.
Sob nenhuma motivação em particular decidi tomar banho. No banheiro, ao me despir, parei para observar meu rosto no espelho, passei a mão em minha barba por fazer, não sei descrever o tato que tive neste momento. Mal dava pra notar a cor do meu olho, parecia uma bola preta e brilhante no fundo branco, apenas uma pequena camada de avelã clara era visível. Entrei sob a ducha de água quente, me sentindo mais relaxado do que jamais estive em toda vida. Lentamente comecei a perceber cada som que existia no banheiro, escutava cada gota que caía sobre mim ou no chão, como se eu estivesse escutando cada um dos instrumentos de uma sinfonia de milhares. Sou amante de clássicos então me sentei no chão para escutar tal música.
Notei que o rejunte dos azulejos pareciam ter criado um estranho tom azulado. Percebi que já tinha ficado ali por tempo demais quando observei minha mão toda enrugada (agora os dedos extras tinham sumido). Desliguei a água e peguei a toalha, cobri meu rosto com ela e virei na direção da luminária do banheiro. Neste momento, com a luz atravessando a toalha, testemunhei o “micromundo” de centenas de fibras e fiapos da toalha, traçados em padrão quase perfeito. Pude observar eles absorvendo as gotas que caiam do meu cabelo e meu rosto.
Sequei-me completamente e parei novamente para me observar no espelho. Sentia-me outra pessoa, completamente relaxado e diferente. Dai em diante o efeito foi passando. Voltei para a cama e tive a melhor noite de sono em anos.
Essa foi minha 1ª vez. Não faço ideia do tempo que se passou, sei apenas que sou incapaz de transcrever os detalhes como eu queria. Sim eu estava sozinho, sou meio irresponsável mesmo. Tento me lembrar de mais detalhes mas tudo parece meio confuso. Para alguém já foi parecido? Futuramente vou aumentar a dose aos poucos, mas antes preciso achar um doido pra me vigiar.
Comi cinco deles, com mel para ajudar a descer. Fiquei tonto uns 20 minutos depois. Uma tontura esquisita como se eu tivesse bebido foi ficando cada vez mais forte, até que eu não conseguia andar direito.
Meu estômago começou a agir estranho, não era dor, era esquisito como se eu estivesse com fome, mas não era igual. Senti-me feliz, leve e aquecido. Sentei no chão e senti um leve cheiro metálico, tive a sensação de que respirava mais facilmente.
Comecei a pensar nas pessoas que eu conhecia acometeu - me grande empatia por elas, tentava ver o mundo a seus olhos e parecia que meus problemas com elas já não eram tão importantes. Tomei ciência da minha condição e tentei me levantar dando risada dos movimentos estúpidos que estava fazendo no processo.
Passei na cozinha e peguei um copo de água, o gosto estava me incomodando um pouco. Fui até meu quarto e deitei na minha cama, sentia como se lentamente, cada músculo do meu corpo fosse se desligando em um processo de relaxamento total. Abri meus braços e fechei meus olhos por um momento, tinha sensação que eu não tinha mais peso, como se a gravidade da Terra estivesse desligada temporariamente.
Quando abri meus olhos novamente notei os traços projetados pela lâmpada no teto. Linhas que serpenteavam em arco como em uma dança, trocavam de cor ao os observar, entre âmbar e verde claro. Encarei meus livros na estante por um momento, suas cores me chamaram a atenção. Pensei na quantidade gigantesca de conhecimento que as pessoas tinham guardado em um período tão curto de tempo e na capacidade que todos nós temos de aprender tanta coisa diferente. As luzes estavam agora parando, meus olhos começaram a arder ligeiramente e os fechei. Ainda era capaz de perceber alguma luminosidade, coloquei meu braço esquerdo por cima deles e a escuridão tomou minha visão.
Tinha a sensação de que estava em um grande quarto escuro, e que pontos de roxo fluorescente brilhavam e dançavam ao redor de meu campo de visão, seus espectros pareciam se afastar dando a impressão que a sala crescia ao acompanhar o movimento.
Abri meus olhos novamente e meu quarto parecia ter dobrado de tamanho, via meu armário e a estante de livros distorcida em um estranho formato oval.
Levantei meus braços e observei um pouco assustado que minhas mãos pareciam ter dedos a mais, contei cada dos dez ainda com a impressão da conta não bater com a realidade, mas desisti depois de notar que eles também pareciam mais longos do que o normal. Comecei a brincar com a visão de minha nova mão “alien”, fazendo truques de ótica perto do meu olho.
Sob nenhuma motivação em particular decidi tomar banho. No banheiro, ao me despir, parei para observar meu rosto no espelho, passei a mão em minha barba por fazer, não sei descrever o tato que tive neste momento. Mal dava pra notar a cor do meu olho, parecia uma bola preta e brilhante no fundo branco, apenas uma pequena camada de avelã clara era visível. Entrei sob a ducha de água quente, me sentindo mais relaxado do que jamais estive em toda vida. Lentamente comecei a perceber cada som que existia no banheiro, escutava cada gota que caía sobre mim ou no chão, como se eu estivesse escutando cada um dos instrumentos de uma sinfonia de milhares. Sou amante de clássicos então me sentei no chão para escutar tal música.
Notei que o rejunte dos azulejos pareciam ter criado um estranho tom azulado. Percebi que já tinha ficado ali por tempo demais quando observei minha mão toda enrugada (agora os dedos extras tinham sumido). Desliguei a água e peguei a toalha, cobri meu rosto com ela e virei na direção da luminária do banheiro. Neste momento, com a luz atravessando a toalha, testemunhei o “micromundo” de centenas de fibras e fiapos da toalha, traçados em padrão quase perfeito. Pude observar eles absorvendo as gotas que caiam do meu cabelo e meu rosto.
Sequei-me completamente e parei novamente para me observar no espelho. Sentia-me outra pessoa, completamente relaxado e diferente. Dai em diante o efeito foi passando. Voltei para a cama e tive a melhor noite de sono em anos.
Essa foi minha 1ª vez. Não faço ideia do tempo que se passou, sei apenas que sou incapaz de transcrever os detalhes como eu queria. Sim eu estava sozinho, sou meio irresponsável mesmo. Tento me lembrar de mais detalhes mas tudo parece meio confuso. Para alguém já foi parecido? Futuramente vou aumentar a dose aos poucos, mas antes preciso achar um doido pra me vigiar.