Certamente este é o tipo de filme que merece ser revisto algumas vezes ao longo da vida.
Acabei de revê-lo, pela quinta vez talvez, pois acho que ainda era muito imaturo e jovem da ultima vez que pude aprecia-lo.
É incrível a capacidade que uma alegoria bem construída tem de nunca envelhecer e sempre fornecer novas visões sobre algo que sempre esteve lá.
A maneira cíclica como esse filme expõe vida e morte é algo realmente próximo das experiências enteógenas mais profundas.
A dança eterna entre esses dois elementos recebe um suporte maravilhoso na obra com cenários de tirar o fôlego sempre focando em uma paleta de cores dourada/âmbar. A trilha sonora definitivamente não fica para trás ao conseguir capturar todos os sentimentos que se encontram naquele momento ao um ponto quase sinestésico.
Enfim, é um filme que, por minha própria experiência, vale a pena ser visto em diversos momentos diferentes da vida ^^
Me senti a cada minuto na pele do fantasma, imaginando aquela vida pós-morte. Depois passei mais de uma semana me sentindo estranho, meio absorto, não sei explicar.
Eu não sou muito fã de filme lentos, mas esse me ganhou, tem uma coisa imersiva nele muito forte. Quando fui recomendar para um amigo (que provavelmente não viu), eu só consegui descrever o filme como uma grande meditação. E é mesmo, uma grande meditação sobre a vida e a morte.