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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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Amanita Muscaria - Uma descriçao NAO influenciada pela mídia:

Mortandello

O tal do mortan
Cultivador confiável
01/11/2005
7,008
98
Mauá - ABC - SP
Amanita Muscaria

Esse cogumelo, originário do Hemisfério Norte, é bastante conhecido na Europa e na América do Norte.

No Brasil, foi constatado pela primeira vez na região metropolitana em Curitiba - PR pelo botânico A. Cervi, da Universidade Federal do Paraná, em 1982. Nessa ocasião, a introdução desse cogumelo no Brasil foi atribuída a importação de sementes de Pinus de regiões onde ele é nativo.

Os esporos do fungo teriam sido trazidos em mistura com as sementes importadas. Posteriormente, o cogumelo foi também encontrado no Rio Grande do Sul e, mais recentemente (1984) em São Paulo na região de Itararé, em associação micorrízica com Pinus pseudostrobus.

Descrição do Cogumelo A. muscaria

Morfologicamente, este fungo é um bom exemplo de Agaricales. Apresenta volva, estipe, anel, píleo, escamas residuais do velum e lâminas bem desenvolvidas na face inferior do píleo. Seu basidiocarpo, bem desenvolvido, pode atingir mais de 20 cm de altura e até 20 cm de diâmetro de píleo ou chapéu. A coloração do píleo varia do vermelho escarlate ao vermelho alaranjado, podendo apresentar, quando ainda jovem, uma fase na qual predomina a coloração verde amarelada. Píleo com 8 a 24 cm de diâmetro, em forma de ovo, quando jovem, e convexo, chato, plano ou ligeiramente côncavo, quando maduro. Superfície amarela pálida a laranja avermelhada ou mesmo escarlate. Usualmente salpicado com numerosas verrugas ou excrescências brancas ou amarelo pálidas que, algumas vezes, ficam dispostas em círculos concêntricos; margens pronunciadamente estriadas ou cristadas; branco carnoso ou amarelo pálido logo abaixo da cutícula ou camada superior vivamente colorida.

Lamelas, cerca de 20 por cm linear e 8-15 mm de largura, livres ou ligeiramente decorrentes em rugas ou cristas estreitas brancas ou amarelo pálidas.
Estipe com 10 a 20 cm de comprimento e 1 a 2 cm de espessura ou diâmetro na extremidade superior; a parte basal do estipe é mais espessa para formar um bulbo, envolvido por anéis irregularmente rompidos brancos ou amarelo pálidos.
Anéis no terço superior do estipe, brancos, macios, a princípio salientes, mas depois tornando-se secos e inconspícuos.
Volva algumas vezes bem definida, mas, freqüentemente, tornando-se inconspícua ou não evidente com a idade, aparecendo, entretanto, apenas como anéis na parte inferior bulbosa do estipe.
Frutificações solitárias ou em grupos e, freqüentemente, dispostas em forma de anéis sob várias árvores coníferas, na Europa e Estados Unidos.
No Brasil, este cogumelo tem sido associado somente com plantas do gênero Pinus.

Algumas espécies de Amanita são comestíveis - A. cesarea (Fr.) Mlady, A. ovoidea (Bull.:Fr.) Quil., A. valens Gilbert., A. giberti Beaus. etc. - mas o gênero é notório pelos seus representantes venenosos, sendo alguns mortais. Entretanto, segundo alguns autores, 90 a 95% das mortes ocorridas na Europa como resultado de micetismo -- nome dado ao envenenamento por cogumelos -- foram atribuídos a uma única espécie de Amanita, ou seja, A. phalloides (Vaill.:Fr.), espécie conhecida popularmente como "taça da morte" (death cup) ou ainda por "taça verde da morte" (Green death cup). Esta espécie possui um píleo ou "chapeu" de coloração verde oliva, com cerca de 12 cm de diâmetro e 10 a 15 cm de altura no estipe. O problema de envenenamento com A. phalloides é que, por vezes, isento de cor e volva pouco definida, este cogumelo pode ser facilmente confundido com Amanita mappa (Batsch) Pers. ou mesmo com Agaricus campestris L. selvagens, que são espécies saborosas que não apresentam princípios tóxicos.

As espécies venenosas de Amanita contêm compostos ciclopeptídicos conhecidos como amatoxinas e phallotoxinas, altamente tóxicos e mortais, para os quais inexistem antídotos eficientes.
Até mesmo o emprego de hemodiálise na remoção do envenenamento por espécies de Amanita é questionável, desde que o processo remove substâncias com peso molecular 300 D, ou menos, enquanto as amatoxinas e amanitinas tem um peso molecular de 900, podendo ainda tornarem-se complexadas com moléculas ainda muito maiores, como certas proteínas.

A maioria dos fungos Amanita não possui qualquer sabor especial que os identifique e suas toxinas têm um período latente para manifestação bastante longo, permitindo sua completa absorção pelo organismo antes de que qualquer medida de tratamento ou desintoxicação tenha sido adotada.

As toxinas atuam, predominantemente, no fígado e a morte, no caso dos Amanitas contendo princípios letais, ocorre por coma hepático, sem que haja terapêutica específica. Além de A. phalloides, A. virosa e A. pantherina (DC.) Secr., que são tóxicos, A. verna (Bull.) Pers. é o grande responsável nos Estados Unidos pelas mortes por intoxicação que ocorrem no país, sendo por isso denominado vulgarmente "Destroying Angel", ou seja, "Anjo destruidor".

Estas espécies não foram, entretanto, ainda encontradas no Brasil e, como não existe entre nós a tradição de coleta de cogumelos no campo para fins de alimentação, como ocorre na Europa e algumas outras áreas do globo, o risco de envenenamento é menor.

O famoso cogumelo branco e vermelho amanita muscaria é muito comum no Oeste norte americano, na Europa, Sibéria e Ásia, onde pode ser encontrado no solo, por baixo dos pinheiros, espruces, abetos, vidoeiros e carvalhos.

Estes fungos crescem solitários, dispersos, densamente, ou em grandes anéis nas orlas das florestas. Encontram-se freqüentemente em pinheirais ao longo das costas ou das auto-estradas. O amanita é historicamente o enteógeno mais usado no mundo inteiro.

É utilizado há milhares de anos por xamãs e curandeiros na Ásia, África, Europa e Américas, sobretudo para propósitos religiosos tais como curas, profecias, invocação de espíritos, comunicação com antepassados e percepção da imortalidade divina.

Tem sido sugerido que este cogumelo esteve presente no despontar das religiões principais (senão de todas), e aparece simbolizado em muitos contos populares e textos de alquimia. Também era utilizado para recreação e por guerreiros para obterem coragem para as batalhas. A substância ativa mais importante do amanita é o muscimol, enquanto que nos outros cogumelos alucinógenos as substâncias ativas são normalmente a psilocibina ou a psilocina. As substâncias ativam-se ao secar o cogumelo.

Efeitos
O cogumelo amanita é de consumo difícil porque os efeitos são grandemente imprevisíveis. Os efeitos podem ser divinos, terríveis, ou completamente ausentes. Os efeitos positivos sentem-se freqüentemente apenas após várias utilizações.

Devido à sua imprevisibilidade, este cogumelo recomenda-se apenas a utilizadores enteógenos avançados, preferivelmente com alguma experiência com cogumelos psilocibinos.
A alteração de consciência pode demorar 5 a 10 horas e começa após meia-hora a 2 horas. Muitos relatórios de alteração de consciência mencionam náuseas e suores como efeitos iniciais. Com freqüência também podes adormecer durante algumas horas e ter sonhos vívidos.
Quando acordas as visões começam realmente, e provavelmente sentir-te-ás muito energético e empolgado.

Uso
Todas as partes do amanita são psicoativas, mas a pele com os pontos brancos e a parte diretamente por baixo desta são consideradas as mais fortes.
  • Esmigalha os cogumelos secos até se tornarem pó, junta com alguns copos de água, e deixa ferver em lume brando por uma hora.
  • Bebe com ou sem os resíduos do cogumelo, de estômago vazio. Começa com metade do líquido e espera 2 horas pelo efeito.Se então não sentires nada podes beber metade do líquido restante, e repetir após outra hora.
  • Os ingredientes ativos permanecem na tua urina.
  • Algumas pessoas dizem que estes são ainda mais fortes.
  • Por isso, se tiveres coragem suficiente, pode beber a tua primeira urina após o consumo do amanita para intensificar e prolongar os efeitos. Para isto deves esvaziar a bexiga antes de comer os cogumelos.

Como dosar o amanita:
Alteração de consciência suave: 1 - 5 gramas
Alteração de consciência média: 5 - 10 gramas
Alteração de consciência forte: 10 - 30 gramas
Avisos
Pode ter uma experiência miraculosa e extraordinária com o amanita, mas existem algumas regras que deves seguir!
  1. Se comer este cogumelo pela primeira vez, comece com uma dose muito leve (uma pequena cabeça). Cada pessoa poderá ter reações diferentes.
  2. Para pessoas que não têm qualquer experiência com cogumelos mágicos, recomenda-se fortemente que comecem por tomar os psilocibos cubensis ou os copelandia cyanescens.
  3. Depois de ingerido, este cogumelo pode causar uma forte náusea. Esta desaparecerá completamente quando as substâncias psicoativas começarem a funcionar.
  4. Não uses este cogumelo se estiver deprimido, ansioso, ou triste. O agário das moscas intensifica os teus sentimentos.
  5. Certifica-te de que alguém sóbrio, preferivelmente experiente, está por perto para evitar qualquer acidente.
  6. Não misture cogumelos com álcool ou medicamentos.
Obs.: Eu pessoalmente não concordo com alguns dos aspectos apresentados, porém não deixa de ser um ótimo artigo IMPARCIAL do ponto de vista psicodélico.

aproveitando o embalo:: PARA OS PORTUGUESES:

À Lupa
b.n. CICE nº 9 (Inverno 2004/2005)
Amanita
Amanitas num pinhal de Pinus nigra
Nome Científico
- Amanita muscaria
Nome Vulgar - Mata-moscas ou Amanita
Habitat - Presente em quase todos os tipos de bosques de folhosas e florestas de resinosas, denotando preferência por solos ácidos. Bastante comum em zonas de média montanha, mais rara nas zonas mais baixas.
Descrição - Fungo que apresenta um chapéu de 10-20cm, globoso quando jovem, adquirindo gradualmente uma forma convexa e finalmente quase plana. Cutícula húmida, brilhante, de cor vermelho vivo, laranja-avermelhado ou laranja--amarelado, facilmente destacável do chapéu, coberta por escamas pequenas, brancas ou amareladas, dispostas concentricamente e que se desprendem com facilidade. Margem plana a ligeiramente convoluta, inteira a algo estriada. Lâminas livres, numerosas e apertadas, de coloração esbranquiçada ou tenuemente amarelada. Esporada de cor branca. Pé cilíndrico, largo, branco, bolboso, com a superfície um pouco flocosa, que se desprende facilmente do chapéu. Anel presente, apical, membranoso, amplo, branco, ornamentado com escamas brancas a amareladas. Volva presente, aderida, formada por várias camadas de escamas com disposição concêntrica e justapostas na base do pé e de cor branca. Carne compacta, branca, excepto por debaixo da cutícula onde se apresenta com tons mais ou menos alaranjados. Odor e sabor suaves.
Biologia - Espécie que apresenta corpos frutíferos, crescendo isolados ou formando grupos algo numerosos. Frutifica desde finais do Verão até ao princípio do Inverno, tornando-se mais fugaz com as primeiras geadas. Estabelece micorrizas tanto com folhosas como com resinosas. Espécie bastante polimorfa, isto é, com características variáveis em resposta a variações ambientais e ecológicas.

Amanita muscaria
Toxixidade
- Cogumelo não comestível, tóxico mas não mortal como, erradamente, se crê. Apresenta propriedades alucinogénicas ou psicotrópicas que se devem à presença de muscinol e ácido iboténico na sua constituição. Os sintomas deste tipo de intoxicações são semelhantes ao de uma intoxicação alcoólica: confusão, dificuldades na fala e visão, agitação, euforia, indiferença, terminando com um sono de 10 a 15 horas. É confundido, muitas vezes, com Amanita caesarea, um dos melhores cogumelos comestíveis. Esta confusão ocorre com exemplares de ambas as espécies muito jovens ou muito velhos. No entanto, Amanita caesarea distingue-se com relativa facilidade pela sua volva saciforme (em forma de saco) e pelos tons amarelo-ouro das lâminas e do pé.

Curiosidades - O nome “muscaria” é reflexo das suas propriedades insecticidas, pois os insectos que poisam sobre ele podem ficar temporariamente paralisados.
 
Última edição por um moderador:
Esse lance de beber a urina me lembrou aquele filme "Water World"...:D
 
Puts Grilo, Boca Exelente Contribuicao, Eu Fico Cada Vez Mais Apaixonado Pelos Amanitas....
 
Recentemente encontrei a especie Amanita Muscaria próximo de Gonçalves, sul de MG em um bosque de pinheiros...
 
aqui em Palmas-PR existe uma grande quantidade de pinus..
minha segunda experiencias com eles vieram de lá
na cidade onde moro Pato-branco-PR tb há esporos dos vermelinhos
um camarada esta com eles preparadinhos pro ritual..só está esperando a hr certa..
é isso ai galera..vamos compartilhar os locais onde os nossos sagrados amanitas se encontram
 
ta caro pra vagabundo
pra quem eh serio ta de graca.

kkkk ... ta porra ...kkk .... ai morta ...gosto do teu estilo... kkkkkkk
Thegallaxy poe a grana de gasolina e vai procura então ... kkkk

num creio que comprar seja a melhor maneira ... mais espero que fike cada vez mais caro pra num banalizar ...

quem é ...é ... quem num é ... cabelo avoa.... kkkkk
 
Todos os anos nesta época aparecem os cogumelos em frente a minha casa, são lindos, ano passado apareceram uns totalmente branquinhos! Pena que durammenos de 3 dias.
 
Todos os anos nesta época aparecem os cogumelos em frente a minha casa, são lindos, ano passado apareceram uns totalmente branquinhos! Pena que durammenos de 3 dias.

Cuidado com cogumelos branquinhos Amanndah , podem ser muito venenosos e te MATAR inclusive...
 
Todos os anos nesta época aparecem os cogumelos em frente a minha casa, são lindos, ano passado apareceram uns totalmente branquinhos! Pena que durammenos de 3 dias.

Hey, fique só olhando pra eles hein! Tire algumas fotos, ou até mesmo faça um ensaio sensual.

Nada de utilizar cogumelos desconhecidos, como disse o nosso amigo Insider.
 
Sobre a questão de comprar ou não, de ser caro ou não. Temos que entender que o Amanita só surge em lugares frios, eu que moro em Fortaleza/CE não tenho a menor chance de acha-los rs só me resta comprar mesmo.
Sobre preço, são caros sim, mas são baratos. É pq o conceito de caro e de barato vai depender muito. Pra mim, diante dos benefícios, é barato. Pois não teria condições de cultiva-los. O Amanita não se cultiva como o Psilocybe Cubensis, o Amanita precisa do Pinho ou floresta de carvalhos pra o micélio se entrosar nas raízes e assim gerar seu fruto.
Por tanto, em terras quentes como a minha, continuo meus cultivos do amado Psilocybe Cubensis e comprando os Amanitas dos irmãos que moram em terras frias.
 
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