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Sem efeito

Castor

Hifa
Cadastrado
05/03/2019
3
8
49
Amigos

Sou novato, mas as minhas experiências com desidratados foram muito boas (de 3 a 5g). Foram muito boas mesmo.

O problema é que a minha esposa tomou a mesma dose que eu e não "sentiu" nada, apenas uma sonolência.

Fiquei surpreso na última. Foram 5g e nada para ela (para mim foi ótimo).

Estou lendo bastante a respeito e sei que cada pessoa tem uma dose ideal, mas isso é comum? Alguém pode ser """imune""" a

Ficamos em um quarto quase escuro, bem relaxados. Não bebemos nem usamos outros produtos. A única coisa foi uma porção de batata frita.

Achei que com 5g os efeitos seriam certos.

Agradeço
 
Hipótese 1: Se ela toma algum medicamento que inibe o efeito, como o @Tucum observou acima;

Hipótese 2: Resistência psíquica.
Existem relatos de pessoas que não percebem efeitos de psicodélicos mesmo em doses moderadas/altas, e isso foi interpretado pelos terapeutas/investigadores que fizeram o registro, como um mecanismo de defesa.

Um mergulho psicodélico (que implica em expansão da consciência, emergência de conteúdos psíquicos inconscientes, ou mesmo de memórias) pode ser doloroso demais, ou mesmo ameaçador para algumas pessoas, daí a própria psiqué se protege, não "envergando" para os efeitos da substância.

Se for esse o caso, melhor respeitar a defesa. De qlq maneira pode ser uma boa a pessoa entrar em uma terapia ou algo do tipo.
 
Turma

Obrigado pelas resposta

É muito estranho. Ela não toma nenhum medicamento e não apresentou nenhum sinal dos efeitos (tipo perda de consciência ou alucinações ou "brisa"). Ela diz sentir uma "moleza", só isso. Acho que pode ser o subconsciente dela que queira me proteger, pois ela ficou a noite toda "tomando conta de mim" (como se fosse necessário).

Tudo bem, não consideramos isso um fracasso ou algo do tipo, só achei estranho a resistência dela, afinal 4~5 gramas era para uma "viagem" mais profunda. A noitado foi muito boa. Não temos nada a reclamar.

Vou continuar pesquisando casos de resistência como o dela.


Grato pela atenção
 
Bom dia.
Ela já era uma entusiasta em psicodélicos antes ou foi a primeira vez?
Vários relatos de 1º experiencia diziam não ter sentido nada, pois não se sabia o que esperar e a expectativa atrapalhava o processo.
Antes de pensar em resistência eu diria para pensar na qualidade do cogumelo e no método de armazenamento deles.
Mas sem saber como foi preparado é difícil criar hipóteses.
Não sei se foi o caso, mas diria que pra testar se existe resistência o primeiro passo deveria ser o cultivo próprio do psilocybe e acompanhar todas as etapas para garantir que não haja perda de produto ativo e nem outras adversidades sobre o teor de psilocibina->psilocina.
 
Ela não toma nenhum medicamento e não apresentou nenhum sinal dos efeitos (tipo perda de consciência ou alucinações ou "brisa"). Ela diz sentir uma "moleza", só isso. Acho que pode ser o subconsciente dela que queira me proteger, pois ela ficou a noite toda "tomando conta de mim" (como se fosse necessário).

"Perda de consciência" é algo que não rola... agora, expansão da consciência demais, rsrs.

Então uma vez fui tomar cogu com uma prima minha, era a primeira vez dela e eu tomei apenas 1g pq minha intenção era ficar atenta, prestando atenção nela, cuidando e tal.

Acabou que n senti nada durante 4h.... pensei que foi por ter tomado uma quantidade pequena pq estou acostumada a doses maiores. Mas depois dessas 4h, quando ela estava "voltando", ela me disse uma coisa muito importante, que mexeu comigo... dai pra diante me permiti uma introspecção que não havia permitido até então, e a força do cogu veio como se eu tivesse tomado a 30min (com o frio q eu costumava ter e tal). Foi meio bizarro hehe.

Vários relatos de 1º experiencia diziam não ter sentido nada, pois não se sabia o que esperar e a expectativa atrapalhava o processo.

Pode ter mt a ver tb. As vezes galera espera um visual tipo dmt e tal... mas cogu é outra vibe.
 
A tal da “imunidade dos novatos” pode realmente beirar o sobrenatural aos olhos de alguém com uma sensibilidade normal. Quando eu morava no Peru, presenciei várias vezes pessoas (sempre americanos ou europeus) “reclamarem” ao xamã por não sentirem ou sentirem muito pouco efeito após tomarem ayahuasca que, na minha opinião, seria suficiente para derrubar um cavalo ou um boi. Eu não acreditaria se não tivesse visto com meus próprios olhos essas pessoas tomando. Não tenho a menor dúvida que essa explicação dada acima é perfeita:

Existem relatos de pessoas que não percebem efeitos de psicodélicos mesmo em doses moderadas/altas, e isso foi interpretado pelos terapeutas/investigadores que fizeram o registro, como um mecanismo de defesa.

Um mergulho psicodélico (que implica em expansão da consciência, emergência de conteúdos psíquicos inconscientes, ou mesmo de memórias) pode ser doloroso demais, ou mesmo ameaçador para algumas pessoas, daí a própria psiqué se protege, não "envergando" para os efeitos da substância.

O fato das pessoas “imunes” serem sempre novatos e geralmente levarem um estilo de vida distante da “força da natureza” (ou seja, gente oriunda de sociedades muito “civilizadas”, como por exemplo grandes cidades), apenas reforça esta explicação. Isto também explica porque em certas tradições iniciáticas (tipo algumas culturas que usam peiote no México ou iboga na África) é absolutamente imprescindível que o primeiro contato com a substância seja numa quantidade absurdamente grande (se analisado desde uma perspectiva “ocidental”).
 
A tal da “imunidade dos novatos” pode realmente beirar o sobrenatural aos olhos de alguém com uma sensibilidade normal. Quando eu morava no Peru, presenciei várias vezes pessoas (sempre americanos ou europeus) “reclamarem” ao xamã por não sentirem ou sentirem muito pouco efeito após tomarem ayahuasca que, na minha opinião, seria suficiente para derrubar um cavalo ou um boi. Eu não acreditaria se não tivesse visto com meus próprios olhos essas pessoas tomando. Não tenho a menor dúvida que essa explicação dada acima é perfeita:



O fato das pessoas “imunes” serem sempre novatos e geralmente levarem um estilo de vida distante da “força da natureza” (ou seja, gente oriunda de sociedades muito “civilizadas”, como por exemplo grandes cidades), apenas reforça esta explicação. Isto também explica porque em certas tradições iniciáticas (tipo algumas culturas que usam peiote no México ou iboga na África) é absolutamente imprescindível que o primeiro contato com a substância seja numa quantidade absurdamente grande (se analisado desde uma perspectiva “ocidental”).

Irmão eu não sei que ayhuasca é essa. Pq nosso Daime aqui pode botar segunda risca que não tem UM que não sinta . Muito pelo contrário... se serve um copo cheio ve é muita gente nas amarelas. Eu tomo cogumelo e Daime desde novo, nunca vi isso que vocês estao falando, pelo contrário, já tive é que segurar onda de muita gente !
Vamos sempre com calma , que com a força da natureza não se brinca. Não tem um que seja grande perto dela, se a gente acha que quem tá dominando é a gente, logo vem uma lição de humildade, porque a natureza é soberana, e é ela quem domina a todos nós.
 
Irmão eu não sei que ayhuasca é essa. Pq nosso Daime aqui pode botar segunda risca que não tem UM que não sinta . Muito pelo contrário... se serve um copo cheio ve é muita gente nas amarelas. Eu tomo cogumelo e Daime desde novo, nunca vi isso que vocês estao falando, pelo contrário, já tive é que segurar onda de muita gente !
Vamos sempre com calma , que com a força da natureza não se brinca. Não tem um que seja grande perto dela, se a gente acha que quem tá dominando é a gente, logo vem uma lição de humildade, porque a natureza é soberana, e é ela quem domina a todos nós.

Concordo plenamente com a questão da lição de humildade... não tem como escapar dessa parte quando se trata de plantas de poder. Mas quanto ao assunto em questão, fui fardado do daime por vários anos, no início dos anos 2000. É claro que cada igreja e cada linhagem é um caso (tem o daime da barquinha, diferentes graus de apuração, daime pra trabalho de cura de são miguel, plantas que podem se acrescentar, aqueles daimes apuradíssimos que mandam pras igrejas do japão etc. etc. etc.), mas de uma maneira geral no daime se utiliza uma ayahuasca mais suave que no xamanismo peruano. Dois pequenos exemplos (para não dizer que é apenas algo baseado numa opinião pessoal) são os fatos de que no daime se serve mais de uma vez a bebida e há quem consiga até manter a coordenação para tocar acordeom, enquanto dificilmente uma pessoa com uma sensibilidade normal conseguiria sequer ficar sentada numa cadeira depois de tomar essas ayahuascas a que me referi no meu post (e muito menos cogitar ingerir mais da bebida). É claro que entra na questão uma série de considerações relativas à fé, ao fato do daime ser um ritual que funciona com base na energia coletiva (algo similar a um dessea rituais indígenas do xingu, como se evidencia no bailado e no feitio), mas foi só mesmo pra exemplificar fora de um perspectiva subjetiva. Por tudo isso, vou sublinhar o que eu já disse: não acreditaria se não houvesse visto com meus próprios olhos as pessoas tomando. Ainda assim, não é demais dizer que só vi isso acontecer com, digamos, uma em cada trezentas pessoas (e sempre americanos ou europeus, o que me leva a pensar que é a distância de um estilo de vida natural o que leva a essa resistência psicológica toda). Geralmente os estrangeiros que procuram o daime já são pessoas com interesse na atividade enteógena (seja por uma questão de cura ou interesse “psiconáutico”), e não simples turistas que “caem de pára-quedas” na cerimônia sem nunca haver ouvido falar de plantas de poder. O que acontece é que no Peru é comum agentes de turismo que nunca tomaram ayahuasca levarem estrangeiros a xamãs que servem ayahuasca braba como se fosse um passeio numa roda gigante ou um bungee-jump (e pro xamã tanto fez tanto faz, pois, afinal, ayahuasca é uma medicina e faz bem pra quem a usa). Curiosamente, essas pessoas que são pegas de surpresa ocasionalmente têm essa “barreira mental de concreto”. Um mero cidadão comum e normal (tipo eu) depois de tomar essas ayahuascas não quer ver ayahuasca nem pintada na frente por um bom tempo... fica só aquela veneração pela força, pela beleza e pela ultrasupermagnanimidade da bebida, mas nem vontade de chegar perto tão cedo! :ROFLMAO:
 
Concordo plenamente com a questão da lição de humildade... não tem como escapar dessa parte quando se trata de plantas de poder. Mas quanto ao assunto em questão, fui fardado do daime por vários anos, no início dos anos 2000. É claro que cada igreja e cada linhagem é um caso (tem o daime da barquinha, diferentes graus de apuração, daime pra trabalho de cura de são miguel, plantas que podem se acrescentar, aqueles daimes apuradíssimos que mandam pras igrejas do japão etc. etc. etc.), mas de uma maneira geral no daime se utiliza uma ayahuasca mais suave que no xamanismo peruano. Dois pequenos exemplos (para não dizer que é apenas algo baseado numa opinião pessoal) são os fatos de que no daime se serve mais de uma vez a bebida e há quem consiga até manter a coordenação para tocar acordeom, enquanto dificilmente uma pessoa com uma sensibilidade normal conseguiria sequer ficar sentada numa cadeira depois de tomar essas ayahuascas a que me referi no meu post (e muito menos cogitar ingerir mais da bebida). É claro que entra na questão uma série de considerações relativas à fé, ao fato do daime ser um ritual que funciona com base na energia coletiva (algo similar a um dessea rituais indígenas do xingu, como se evidencia no bailado e no feitio), mas foi só mesmo pra exemplificar fora de um perspectiva subjetiva. Por tudo isso, vou sublinhar o que eu já disse: não acreditaria se não houvesse visto com meus próprios olhos as pessoas tomando. Ainda assim, não é demais dizer que só vi isso acontecer com, digamos, uma em cada trezentas pessoas (e sempre americanos ou europeus, o que me leva a pensar que é a distância de um estilo de vida natural o que leva a essa resistência psicológica toda). Geralmente os estrangeiros que procuram o daime já são pessoas com interesse na atividade enteógena (seja por uma questão de cura ou interesse “psiconáutico”), e não simples turistas que “caem de pára-quedas” na cerimônia sem nunca haver ouvido falar de plantas de poder. O que acontece é que no Peru é comum agentes de turismo que nunca tomaram ayahuasca levarem estrangeiros a xamãs que servem ayahuasca braba como se fosse um passeio numa roda gigante ou um bungee-jump (e pro xamã tanto fez tanto faz, pois, afinal, ayahuasca é uma medicina e faz bem pra quem a usa). Curiosamente, essas pessoas que são pegas de surpresa ocasionalmente têm essa “barreira mental de concreto”. Um mero cidadão comum e normal (tipo eu) depois de tomar essas ayahuascas não quer ver ayahuasca nem pintada na frente por um bom tempo... fica só aquela veneração pela força, pela beleza e pela ultrasupermagnanimidade da bebida, mas nem vontade de chegar perto tão cedo! :ROFLMAO:


É meu irmão, ai só tu chegando mais pra tomar um Daime aqui com a gente ! :)

Espero que tu vá querer voltar depois ! Rs
 
Última edição:
É meu irmão, ai só tu chegando mais pra tomar um Daime aqui com a gente ! :)

Espero que tu vá querer voltar depois ! Rs

Qual é o centro de vocês, mano? Eu sou paranaense e tô passando uns dias na minha terrinha, acho até que amanhã vou ir na concentração no Céu do Paraná, mas é mais mesmo porque tô devendo uma visita aos meus amigos. Nos últimos anos tenho preferido tomar essas medicinas sozinho na natureza. De qualquer jeito, onde há essas medicinas, irradia energia equilibrada... Quem sabe se algum dia eu estiver passando pelo seu Estado eu faço uma visita... Um grande abraço!
 
Qual é o centro de vocês, mano? Eu sou paranaense e tô passando uns dias na minha terrinha, acho até que amanhã vou ir na concentração no Céu do Paraná, mas é mais mesmo porque tô devendo uma visita aos meus amigos. Nos últimos anos tenho preferido tomar essas medicinas sozinho na natureza. De qualquer jeito, onde há essas medicinas, irradia energia equilibrada... Quem sabe se algum dia eu estiver passando pelo seu Estado eu faço uma visita... Um grande abraço!

Sou do rj, tamo junto ! Abraço!
 
Sou do rj tb.
Tou tentando abrir uma conversa contigo mais nao aceita.
Tmj
 
Eu não sei mandar mensagem, tentei aqui e não achei como faz ...
Você ainda é membro novo, você só pode enviar e receber MP's depois que atingir 50 msgs e 25 reações positivas quando você se tronar membro ativo.
 
Olá, @Castor.

Achei que com 5g os efeitos seriam certos.

Então, não existem "efeitos certos" pra quem nunca teve efeitos. Até que a pessoa tenha a primeira viagem (seja com 1g, seja com 5g, seja com 10g), ele não sentirá nada. Por alguma razão, psicodélicos possuem uma "chave" que enquanto não virar a pessoa não sente nada; mas uma vez que a mente da pessoa vire essa chave, passará a sentir todos os psicodélicos.

Isso é muito comum com a tal da erva, pra fazer um paralelo. Tem gente que fuma, fuma, fuma, não sente nada. Até que um dia fuma e sente. E aí passa a sempre sentir sempre que fumar.

Mesma coisa com psicodélicos. :)
 
Amigos

Sou novato, mas as minhas experiências com desidratados foram muito boas (de 3 a 5g). Foram muito boas mesmo.

O problema é que a minha esposa tomou a mesma dose que eu e não "sentiu" nada, apenas uma sonolência.

Fiquei surpreso na última. Foram 5g e nada para ela (para mim foi ótimo).

Estou lendo bastante a respeito e sei que cada pessoa tem uma dose ideal, mas isso é comum? Alguém pode ser """imune""" a

Ficamos em um quarto quase escuro, bem relaxados. Não bebemos nem usamos outros produtos. A única coisa foi uma porção de batata frita.

Achei que com 5g os efeitos seriam certos.

Agradeço

Acredito que a falta de efeito possa estar relacionada ao uso constante de cogumelos, pois a tolerância pode gerar esse efeito, então meu conselho é ficar em abstinência por mais de 15 dias e pedir orientação a alguém que conhece se você realmente coletou cogumelos enteógenos, Caso tudo isso não seja suficiente talvez utilizar panaeolus cyanescens seja uma alternativa, pois seu efeito é mais forte. Mas eu concordo com vários colegas que dizem que se deve tomar muito cuidado com as forças da natureza, então cuidado caro amigo. E durante o consumo evite alimentos gordurosos é melhor consumí-los com omelete e suco natural de abacaxi, pois os alcalóides indólicos são lipossolúveis e tendem a se acumular em lipídios, além de aumentar o enjoo e causar dor de barriga.
 
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