Ctrl+S colegas,
Venho relatar minha última experiência ocorrida em outubro desse ano com 10g do amigo cubensis desidratado.
Havia realizado uma experiência anterior com cerca de 6~8g desidratados em meio à mata onde entrei em uma espiral de introspecção e conversando com o cara que está na minha mente mas não sou eu*.
Pois bem, havia recaído ao ciclo cotidiano de acordar -> fingir que trabalho -> ficar depressivo por não fazer/ter feito nada -> baseado/alcool/joguinho -> dormir; Estava enrolando, dentre dias 'ótimos' e propícios para a experiência e ainda deixava ela para 'depois', em uma dada terça-feira onde estava mais depressivo/para baixo que o habitual e ruim do estomago(similar a primeira experiência) pensei 'Por que não?!' e lá fui.
Uma vez que adquire-se a experiência do que esperar e das fases da experiência, após ingerir in natura, em jejum de 18h, baixei as janelas e me recolhi na escuridão possível de meu quarto, mentalmente anotei de tentar utilizar o Lemon TEK na próxima experiência para sofrer menos da ansiedade de 'estou subindo'.
Começam os efeitos e 'a subida' onde , de olhos abertos, percebia que toda a realidade é formada por pequenas "bolinhas" similares à desse quadro:
Em certos momentos desliguei a música que me acompanhava - mas mantive os fones para evitar barulhos da cidade - e um grande som de mata foi se ampliando com uma clareza cristalina, me entreguei fechando os olhos e me vi subindo/passando/acelerando por meio de um grande vórtex azul, com o coração disparado e tentando captar o máximo de informação que a experiência propiciava me deparei em uma sala similar as 'waiting rooms' do DMT. Este local possuía muitos 'smileys' me olhando em suas colunas, tal qual uma enorme gama de símbolos religiosos , similar a isso: .
Me intui a progredir alem deste estágio e o que houve foi que fui 'lançado' em um grande universo/imensidão de fractais, como se fosse - ao menos isso foi o que compreendi no momento - os alicerces/estruturas do universo/realidade, muito parecido com essa figura:
Tive o impulso de abrir os olhos e me sentar na posição de lotus de frente ao espelho de meu guardaroupa que cobre todo meu corpo - ainda estava no escuro - , peguei o celular na função lanterna e lancei luz de baixo para cima em meu rosto e o mesmo foi se transformando na espécie de um 'homem/macaco/homem das cavernas' e mentalmente pude conversar sobre aspectos da minha vida com a persona que via refletida, em indagações de meu íntimo acerca do processo e do caminho traçado até então 'ouvi' de resposta um "Avance". Com esse comando 'recebido' meu rosto foi sendo 'folheado' por diferentes rostos, de diferentes épocas, de diferentes sexos (similar a cena de Game of Thrones onde a Arya vai 'folheando' seu rosto durante o treinamento com os homens sem rosto), meu coração acelerava de ansiedade e do vislumbre de estar presente a algo fantástico, pois enquanto era 'folheado' esses rostos e personas eu de certa forma os conhecia, eles tinham uma parte de mim da mesma forma como eu carrego uma parte deles, o último rosto era o meu exato rosto onde entendi que a experiência havia acabado, porém, um forte zumbido estridente tomou conta de minha cabeça/ouvidos - como se estivesse sendo sintonizado em uma frequência distinta, e nesse instante ao olhar meu rosto junto ao espelho eu vi isso:
E não mais temia e estava ansioso, pois, da mesma forma que havia entendido as frações dos outros habitando em mim eu percebi que eu estava uno com o 'Todo' e o todo estava uno comigo. Dessa vez, aos prantos voltei a me deitar de olhos fechados , devo ter esbarrado no processo no celular e por alguma razão - não faz parte de minha 'playlist trip' - começou a tocar o Dark side of the moon, pensei em tirar de imeditado com medo de arruinar a experiência mas o pensamento não conseguia concretizar a ação. Nesse instante, cada respiração dada eu 'sentia' cada molécula do ar respirado , e quão mais foco colocava nessa percepção eu sentia me afastando cada vez mais, eu sabia que estava ali deitado porém minha 'mente/consciência' estava em outro plano, era como se eu percebesse a mim mesmo em terceira pessoa e se afastando novamente, até que me vi nesse imenso 'pier' astral, como se estivesse em um grande mirante em meio a estrelas, nébulas e galáxias, e esse mirante era formado por grandes pilares e colunas 'cravejado' de símbolos religiosos:
Ao fundo, em meio esse horizonte 'estelar' avistei , ao longe, e de um tamanho de escala planetar, Shiva
Fui tomado por uma sensação de 'presença do sagrado' onde o corpo físico, o qual continuava sentindo normalmente, foi tomado por um estado vibracional , como se uma corrente elétrica de baixa voltagem estivesse percorrendo todo o sistema nervoso de meu corpo. Neste estado de graça, apenas pude 'me curvar' em reverência ao que os olhos de minha mente me mostravam, Shiva direcionou o olhar a mim com seu sorriso misterioso, fui tomado da mais absoluta e prounda Paz , incapaz de ser descrita e compreendida por meros 5 sentidos.
Com isso, minha mente retornou aonde meu corpo estava, na cama, e novamente aos prantos consigo perceber - algo que nunca tinha percebido - a música e a letra do Dark side of the moon que havia sido acidentalmente iniciado antes desta ultima etapa, e foi justamente este trecho da Brain Damage:
The lunatic is in my head
The lunatic is in my head
You raise the blade, you make the change
You re-arrange me 'til I'm sane
You lock the door
And throw away the key
There's someone in my head but it's not me*
O lunático está em minha cabeça
O lunático está em minha cabeça
Você ergue a lâmina, você faz a mudança
Você me rearranja até eu ficar são
Você tranca a porta e joga a chave fora
Há alguém em minha cabeça, mas não sou eu*
Sendo esse último o grande momento "ta-da" fazendo uma ponte íncrivel para o 'diálogo' comigo mesmo na experiência da mata, anterior a essa, a qual relatei brevemente acima.
Passada a experiência tive o grande 'tapa' do ensinamento, sobre a deprê que estava no começo e na vida antes de tudo, onde aos prantos tive o choque de realidade de no final, ser apenas um 'comum' e que 'não adianta ficar triste e chorando pelos cantos pois ninguém terá pena de você, não adianta erguer as mãos para o céu esperando uma intervenção e dádiva pronta, levante e faça acontecer'.
É isto, como bônus deixo aqui um "desenho" que fiz no final da experiência, de um 'polvo' estelar que me acompanhou e via formado dentre o espaço vazio das estrelas:
Obrigado e até a próxima!
Venho relatar minha última experiência ocorrida em outubro desse ano com 10g do amigo cubensis desidratado.
Havia realizado uma experiência anterior com cerca de 6~8g desidratados em meio à mata onde entrei em uma espiral de introspecção e conversando com o cara que está na minha mente mas não sou eu*.
Pois bem, havia recaído ao ciclo cotidiano de acordar -> fingir que trabalho -> ficar depressivo por não fazer/ter feito nada -> baseado/alcool/joguinho -> dormir; Estava enrolando, dentre dias 'ótimos' e propícios para a experiência e ainda deixava ela para 'depois', em uma dada terça-feira onde estava mais depressivo/para baixo que o habitual e ruim do estomago(similar a primeira experiência) pensei 'Por que não?!' e lá fui.
Uma vez que adquire-se a experiência do que esperar e das fases da experiência, após ingerir in natura, em jejum de 18h, baixei as janelas e me recolhi na escuridão possível de meu quarto, mentalmente anotei de tentar utilizar o Lemon TEK na próxima experiência para sofrer menos da ansiedade de 'estou subindo'.
Começam os efeitos e 'a subida' onde , de olhos abertos, percebia que toda a realidade é formada por pequenas "bolinhas" similares à desse quadro:
Em certos momentos desliguei a música que me acompanhava - mas mantive os fones para evitar barulhos da cidade - e um grande som de mata foi se ampliando com uma clareza cristalina, me entreguei fechando os olhos e me vi subindo/passando/acelerando por meio de um grande vórtex azul, com o coração disparado e tentando captar o máximo de informação que a experiência propiciava me deparei em uma sala similar as 'waiting rooms' do DMT. Este local possuía muitos 'smileys' me olhando em suas colunas, tal qual uma enorme gama de símbolos religiosos , similar a isso: .
Me intui a progredir alem deste estágio e o que houve foi que fui 'lançado' em um grande universo/imensidão de fractais, como se fosse - ao menos isso foi o que compreendi no momento - os alicerces/estruturas do universo/realidade, muito parecido com essa figura:
Tive o impulso de abrir os olhos e me sentar na posição de lotus de frente ao espelho de meu guardaroupa que cobre todo meu corpo - ainda estava no escuro - , peguei o celular na função lanterna e lancei luz de baixo para cima em meu rosto e o mesmo foi se transformando na espécie de um 'homem/macaco/homem das cavernas' e mentalmente pude conversar sobre aspectos da minha vida com a persona que via refletida, em indagações de meu íntimo acerca do processo e do caminho traçado até então 'ouvi' de resposta um "Avance". Com esse comando 'recebido' meu rosto foi sendo 'folheado' por diferentes rostos, de diferentes épocas, de diferentes sexos (similar a cena de Game of Thrones onde a Arya vai 'folheando' seu rosto durante o treinamento com os homens sem rosto), meu coração acelerava de ansiedade e do vislumbre de estar presente a algo fantástico, pois enquanto era 'folheado' esses rostos e personas eu de certa forma os conhecia, eles tinham uma parte de mim da mesma forma como eu carrego uma parte deles, o último rosto era o meu exato rosto onde entendi que a experiência havia acabado, porém, um forte zumbido estridente tomou conta de minha cabeça/ouvidos - como se estivesse sendo sintonizado em uma frequência distinta, e nesse instante ao olhar meu rosto junto ao espelho eu vi isso:
E não mais temia e estava ansioso, pois, da mesma forma que havia entendido as frações dos outros habitando em mim eu percebi que eu estava uno com o 'Todo' e o todo estava uno comigo. Dessa vez, aos prantos voltei a me deitar de olhos fechados , devo ter esbarrado no processo no celular e por alguma razão - não faz parte de minha 'playlist trip' - começou a tocar o Dark side of the moon, pensei em tirar de imeditado com medo de arruinar a experiência mas o pensamento não conseguia concretizar a ação. Nesse instante, cada respiração dada eu 'sentia' cada molécula do ar respirado , e quão mais foco colocava nessa percepção eu sentia me afastando cada vez mais, eu sabia que estava ali deitado porém minha 'mente/consciência' estava em outro plano, era como se eu percebesse a mim mesmo em terceira pessoa e se afastando novamente, até que me vi nesse imenso 'pier' astral, como se estivesse em um grande mirante em meio a estrelas, nébulas e galáxias, e esse mirante era formado por grandes pilares e colunas 'cravejado' de símbolos religiosos:
Ao fundo, em meio esse horizonte 'estelar' avistei , ao longe, e de um tamanho de escala planetar, Shiva
Fui tomado por uma sensação de 'presença do sagrado' onde o corpo físico, o qual continuava sentindo normalmente, foi tomado por um estado vibracional , como se uma corrente elétrica de baixa voltagem estivesse percorrendo todo o sistema nervoso de meu corpo. Neste estado de graça, apenas pude 'me curvar' em reverência ao que os olhos de minha mente me mostravam, Shiva direcionou o olhar a mim com seu sorriso misterioso, fui tomado da mais absoluta e prounda Paz , incapaz de ser descrita e compreendida por meros 5 sentidos.
Com isso, minha mente retornou aonde meu corpo estava, na cama, e novamente aos prantos consigo perceber - algo que nunca tinha percebido - a música e a letra do Dark side of the moon que havia sido acidentalmente iniciado antes desta ultima etapa, e foi justamente este trecho da Brain Damage:
The lunatic is in my head
The lunatic is in my head
You raise the blade, you make the change
You re-arrange me 'til I'm sane
You lock the door
And throw away the key
There's someone in my head but it's not me*
O lunático está em minha cabeça
O lunático está em minha cabeça
Você ergue a lâmina, você faz a mudança
Você me rearranja até eu ficar são
Você tranca a porta e joga a chave fora
Há alguém em minha cabeça, mas não sou eu*
Sendo esse último o grande momento "ta-da" fazendo uma ponte íncrivel para o 'diálogo' comigo mesmo na experiência da mata, anterior a essa, a qual relatei brevemente acima.
Passada a experiência tive o grande 'tapa' do ensinamento, sobre a deprê que estava no começo e na vida antes de tudo, onde aos prantos tive o choque de realidade de no final, ser apenas um 'comum' e que 'não adianta ficar triste e chorando pelos cantos pois ninguém terá pena de você, não adianta erguer as mãos para o céu esperando uma intervenção e dádiva pronta, levante e faça acontecer'.
É isto, como bônus deixo aqui um "desenho" que fiz no final da experiência, de um 'polvo' estelar que me acompanhou e via formado dentre o espaço vazio das estrelas:
Obrigado e até a próxima!
