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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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O universo de espelhos.

Bunda

Hifa
Cadastrado
06/04/2014
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Há quase exatos cinco meses atrás relatei aqui minha primeira experiência com cogumelos, que foi também minha primeira experiencia com enteogenos ou qualquer alucinógeno. Durante este tempo tive alguns contatos com outras plantas e substâncias, mas venho aqui deste vez para finalmente relatar a segunda experiencia que tive com cubensis.

Aconteceu em torno de um mês após o primeiro contato. (Relato da 1ª exp: https://teonanacatl.org/threads/preparo-para-a-primeira-expêriencia.10014/)

Numa noite de quarta ou quinta-feira eu estava com os cogumelos que adquiri pela internet há dias guardados em casa, pois não havia separado tempo para preparar a experiência mas estava muito ansioso e claro, me afobei e decidi ingeri-los naquela mesma noite, o dobro da primeira dose hehe. Fervi então um chá de camomila que eu tinha preparado e misturei os cogus à ele, 6g secos que deixei descansar por em torno de 15 minutos. Coei e servi na xícara, pedi por sabedoria e bebi tudo de uma vez, já estava frio e o gosto era péssimo e assim que bebi tudo comecei a arrotar e sentir o gosto de cogumelos, que diferente da primeira vez, rapidamente me causou náuseas, mas tranquilo segurei legal e tentei relaxar. Tudo já deitado na minha cama e em companhia de minha noiva (contava com que ela adormecesse em seguida).
Como da primeira vez comecei a sentir os efeitos, tudo começou a se mexer e "respirar", mas desta vez veio rapido, em torno de 20 minutos ou 15 após a ingestão eu já estava sentindo os efeitos plenos que obtivera no primeiro contato.
Primeiro veio uma onda engraçada, comecei a rir de tudo e os efeitos claramente começavam a vir mais intensos do que da ultima vez. Minha esposa estava com o celular em mãos me mostrando vídeos engraçados, mas pra mim não faziam sentido nenhum, eu olhava pra um cachorro fazendo palhaçada e me perguntava porque diabos um cachorro esta fazendo uma coisa idiota destas? Se fosse um humano tudo bem mas um cachorro!? E apenas ria e ria.
Foi quando passei a me concentrar no meu estado. Tinha um buquê de rosas sobre a mesa e eu comecei a fita-los e elas naturalmente se viraram para mim e me fitaram também, neste momento pedi papel para minha esposa para que eu pudesse escrever uma ideia que havia me passado pela cabeça, mas quando tentei escrever foi que percebi que os efeitos estavam ficando realmente intensos, tudo começou a se destorcer muito e eu não conseguia focar meus olhos em nada, percebia que era minha visão que se distorcia, pelo padrão que ocorriam as distorções.
Foi neste momento então que comecei a entrar em outra realidade, ou melhor, foi neste momento que despertei. Era o único sentimento que eu tinha, que antes eu era cego e agora estava acordado e via tudo. Uma onda de realidade tomou conta de mim e eu percebia tudo que estava ao alcance dos meus sentidos, como se tivesse ocupado tudo, tudo que eu via, tudo que eu sentia, tudo que eu ouvia. Na minha pele eu via todas as divisões, as marcas que temos como digitais na pele inteira, e assim todos os outros objetos, tudo detalhado, via as divisões das faixas de luz, era fácil ver exatamente onde a luz terminava e começava a escuridão. Minha noiva apagou as luzes e eu tentei dormir junto com ela, mas não sei nem porque eu fechei os olhos, não mudou nada.
Comecei a ter um tipo de expansão da consciência, me senti totalmente consciente da minha localização sobre a Terra, perdido no espaço e de repente, eu comecei a ter medo de cair. Comecei então a procurar por aquela onda de assimilações que eu tive na outra experiencia, tentar direcionar a coisa para aquele lado, mas nada adiantou. Tudo era uma lucidez pura, intensa, extremamente material, física e eu comecei a ficar com muita ansiedade. "E agora, vim até aqui mas não há nada para olhar!" Tudo era um forte suspiro de realidade, como se eu tivesse caído de cabeça exatamente naquele ponto que eu tentei esconder por tanto tempo dentro da mim, a verdade nua e crua. Comecei então a ter diversos insights, minha mãe morta com vermes no rosto, muitas imagens que vinham na minha cabeça. Eu via a carne se abrindo para mim, um homem se rasgando com uma faca e exibindo a ferida diante de mim, e eu via aquilo de uma forma que parecia que eu entrava pelo ferimento "dele" e me via desta forma também, via alguém me esfaqueando e eu lhe exibindo meu ferimento silenciosa e desesperadamente, como se eu puxasse com as duas mãos a ferida aberta. Mas ele não via, só eu via, eu era o único que podia ver a profundidade daquele sofrimento, daquela dor, daquela exposição. Era como um show de horror, o pavor e o sofrimento eram exibidos como se fosse uma peça de drama.
Foi então que comecei a sentir o peso da minha própria carne, a qual sou tão apegado, ela própria começou a me sufocar, eu sentia como que se tivesse fazer todos os processos do meu corpo voluntariamente, sentia meu intestinos, meu estomago e pulmões se contraindo, se contorcendo. Era como se eu visse a absorção de tudo no meu corpo, todas as transformações, todas aquelas imagens bonitas que eu via nos livros, mas não era como neles, ERA CARNE PURA, uma interação carnal inexplicável. Sons começaram a ficar claros na minha cabeça, eu ouvia circuitos do meu cerebro, sentia as informações sendo transmitidas e pior, sentia que estavam falhando, meu cérebro estava pifando, tudo se tornava mais lento e o pavor apenas não digo que era insuportável porque estou aqui agora. Uma agonia e um pavor absolutos tomaram conta de mim, de forma que no momento não parecia ser possível sentir mais pavor do que eu sentia. Eu descobri que meu maior medo era o medo de sentir medo, e ele se tornou aterrorizantemente real, tudo era medo e horror, eu estava realmente passando por aquilo que eu temia tanto, o medo. Comecei a pensar que estava morrendo, e de fato sentia que estava morrendo, meu cérebro parando e tinha a sensação de estar derretendo por dentro e foi quando não podia ficar pior que eu aceitei, ali naquele momento, a morte. Não tinha nada o que eu pudesse fazer senão aceitar, então fiquei bem quieto e esperei.

Aqui é onde divido, dando incio ao que eu considero a segunda parte da experiência

Fiquei ali parado por algum tempo e então me senti um pouco melhor, decidi ir para o banheiro ficar debaixo do chuveiro, o que eu sempre faço quando estou na bad. Levantei, mal conseguia parar de pé, parecia que eu tinha 20m de altura e meus pés tinham ficado ligeiramente grandes demais para o meu corpo, pareciam pés de gigante, mas segui em frente fazendo esforço para não enrolar as pernas. Entrei no banheiro acendi a luz, tranquei a porta e sentei no vaso, fiquei bem feliz nessa hora porque ao contrario do que eu pensava ter ocorrido, eu não tinha me mijado nas calças, estava apenas suando muito e devido ao meu olfato aguçado eu sentia um cheiro parecido com o cheiro de urina, ganhei ai de barbada minha experiência "urinatória" mais estranha da minha vida, eu senti a urina percorrer todo o caminho para fora do meu corpo. Tirei então toda a roupa, entrei logo embaixo do chuveiro e sentei no chão.
Comecei então por alguma motivo sentir uma grande familiaridade com o banheiro, vinham pensamentos na minha cabeça dizendo que eu sempre estivera dentro daquele banheiro, sempre sonhava uma vida e voltava para aquele banheiro, e nesse ritmo uma sensação estranha foi tomando conta de mim.

Me senti eterno e sozinho e lembrei que tudo que eu havia passado até ali EU MESMO HAVIA CRIADO, eu me via dentro de um enorme universo de espelhos e tudo era eco do meu pensamento, me via em posição de meditação como se fosse uma entidade hindu, com roupas estranhas e tudo (sei muito pouco sobre hinduísmo), mas não era eu, era como se eu tivesse assumido uma forma ancestral, como se retornasse a origem da existência, não era eu, mas tudo. E eu estava viajando, de pernas cruzadas e mãos sobre os joelhos, girando aleatoriamente em um universo, com todos os meus pensamentos se refletindo infinitamente, num paradoxo, tudo era a mesma coisa refletida infinitas vezes e esse universo era estável, era apenas a existência em si e nada mais. Mas eu estava muito sozinho, todos aqueles reflexos de mim mesmo muitas vezes me entretinham, mas no fim tudo voltava à essência da existência, do somente ser. Foi então que algo me iluminou de repende e eu lembrei que não estava só, porque eu havia me dividido e cedido minha própria energia para ter uma companhia, esta completamente independente de mim, não era apenas mais um reflexo, era o oposto do meu ser, mas nós havíamos nos separado e tudo que eu queria era reencontra-la. Para encontra-la bastava apenas me levantar e atravessar a porta, para então sermos eternamente um só, mas para perceber isso eu demorei, aos poucos foi vindo a minha mente: "mas peraí, eu nunca estive só, basta atravessar a porta!", uma alegria me invadiu e eu me tranquilizei: "Mas porque vou encontra-la agora se posso eternamente ficar aqui me deliciando da expectativa de encontra-la", e isso era um grande prazer, pois tudo se criava em função desta distancia, de uma desestabilização ou "desconsciência" da existência como um todo, desta atração e quando eu me reencontrasse, isso teria fim, mas seríamos um só novamente. Tudo ia ser Uno. Como se todo o universo estivesse em um processo de auto compreensão para se tornar um novamente, o que nunca deixou de ser. E cada consciência e toda evolução contribuía para isso
Me senti então como uma cano, como um canalizador, que apenas se ajustava a determinadas frequências de energia, parecia que eu estava respirando água, no momento tinha plena certeza de estar, e de alguma forma a água passava por dentro de mim como se me ocupasse por completo. Comecei a sentir um tipo de orgasmo, um prazer muito intenso, como um orgasmo cósmico. Aquilo durou por muito tempo e cada vez que eu pensava em me levantar para atravessar a porta, eu sentia vontade de ficar ali infinitamente. Em dado momento tive plena certeza de falar todas as línguas que o ser humano criou, na minha cabeça a fala tinha se tornado algo extremamente simples, eu enxergava as palavras, entendia elas, via a origem delas, claramente a fala era uma forma de organizar os pensamentos para transmiti-los em palavras, era uma tipo de código, eu comecei a dizer várias palavras, na minha cabeça eram línguas saindo fluentemente (não faço a minima ideia ser era ou não era de fato, mas no momento eu não tinha sombra de dúvidas, não que eu tivesse aprendido a falar as linguas, era apenas muito simples de entender, era fácil, ridículo.Tive também a sensação de lembrar de tudo que eu havia passado, e tudo que havia se passado na Terra. Era como olhar pra traz e enxergar os colonizadores pisando na America pela primeira vez, era um vislumbre dos tempos, um mundo em que imaginar já tornava tudo real.
Então a força foi baixando e eu finalmente tive convicção para levantar, todas as outras eu pensava: "a não, só mais um pouquinho, está tão gostosinho" (sim coisas estranhas assim).
Então levantei e foi como despertar de um sonho, passei pela porta e não me lembro de mais nada, só que acordei tarde no outro dia.






Obrigado irmãos por esta oportunidade de compartilhar minha experiência. Estou feliz por ter compartilhado finalmente, demorei muito tempo pois tive muito o que aprender desta experiência que mudou minha vida, após a mesma tive mais 2 exp com cogumelos que não foram tão gritantes porque as interpretei como uma lição por ter feito outra experiencia sem ter concluído a anterior, realmente faltava muito para refletir, vez que outra ainda me lembro de partes que tinha esquecido, ou nunca havia me recordado.
A primeira vez que tive informações sobre cogumelos foi por este fórum e busquei-os por mim mesmo e até o momento não conhecia pessoas que se interessassem pelo assunto. De la pra cá conheci algumas, mas ainda tenho muito poucos para compartilhar e muito menos alguém com mais experiencia que eu para pedir conselhos, se isso é bom ou ruim, ainda vou descobrir hehe

Muito amor pra todos vocês, paz e iluminação!

Esta experiencia além do que está relatado aqui, também acabou por desestruturar todo tipo de segurança que eu tinha em relação a minha existência. Fui criado em uma família religiosa (cristã) e hoje apesar de ver muitas coisas como sinceras e quem sabe verdadeiras, não tenho mais como me apoiar nas minhas antigas crenças na hora que o pau pega, e isso deu início a um processo que eu ainda estou passando de reestruturar tudo que eu tinha por realidade e consciência. Ultima mente estou perdido na minha cabeça, mas sem maiores complicações, agora está tudo certo, no inicio estava foda, tive bastante depressão.
Pra falar a verdade estou bem surtado depois dessa, mas idaí? EUHEUHEUH
Melhor que ser normal! (tem coisa mais anormal do que ser normal?)

E também não afirmo que o que eu vi seja a verdade, tento nem ligar pra isso, foi o que eu vi e só. O resto ainda estou por ver.
 
Última edição:
Bela exp! Consegui sentir daqui a responsa!

Eu iria escrever alguns pontos sobre sua exp, mas na verdade não compensa! Tá muito auto-explicativa!

Parabéns.
 
Pô irmão, comenta o que tiver pra falar. Eu to mais perdido que cego em tiroteio, parece que todos aqui tem um conhecimento oculto e só eu que não sei nada ueheuheuheuh
Qualquer ideia que me derem pra eu refletir está de bom tamanho!
E obrigado pela paciência de ler tudo :)
 
A sensação do corpo faz parte, e o que vem depois disso é ficar sem o corpo. Convém fazer jejum antes da experiência, assim você sente menos os "processos internos" e fica mais fácil dirigir a trip para outras coisas.

A projeção de você mesmo em vários deve ter sido bastante interessante. Meio "Uma Noite Alucinante" :roflmao:

No mais você vislumbrou o conhecido sentimento do

"É ISSO!"

que só os cogumelos proporcionam igual. :D

O "É Isso" é aquele momento da trip que traz a resposta para tudo... Línguas - é isso! Tristeza - é isso! Alegria - é isso! Aquela idéia que é muito legal, mas você não sabe o nome nem como nem quando nem como escreve, já sabia ontem mas acha que vai descobrir amanhã - é isso!!! :roflmao:

Paz e luz!
 
O que eu senti foi mais ou menos que nós todos somos o próprio universo compreendendo a si mesmo, evoluindo para ser consciente de si como um só novamente.
E todos nós somos reflexos de nós mesmos, tu é eu e eu sou tu. Nisso eu fiquei numa solidão absoluta e um sentimento de eterno.

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Mais ou menos assim: quando nascemos nós ganhamos este corpo material e nele desenvolvemos uma consciência independente ou individual, porque materialmente falando mesmo, nos separamos. O que quero dizer é que se não houvesse tempo e espaço, seríamos um só, o que acredito que já fomos antes. Veja só, imagine que eramos um só, sem tempo e espaço, então alguma manifestação aconteceu ou alguma expansão/explosão (bigbang), então toda matéria se separou e entrou em processo de expansão, passando então a desenvolver consciências individuais, a evolução que temos aqui, que tem como propósito tornar o universo consciente de si um dia será uma só novamente. Essa foi a resposta que eu encontrei para esse questionamento que deixei aqui: https://teonanacatl.org/threads/evolução.10332/
O universo sempre foi uma consciência, mas como só ele é, então só ele também pode não ser, é o paradoxo. Disseram por aí que o universo está se expandindo não é? (tempo é movimento, ou seja, expansão da máteria = tempo) Bom então uma hora ou outra toda matéria vai se encontrar e manifestar uma consciência única, nossa consciência não é fruto da organização da matéria do nosso corpo? (a matéria do nosso cérebro se organizou da forma exata para manifestar a consciência que temos agora) Uma nova organização então poderia gerar uma nova consciência. Se não existir tempo e espaço, então tudo se une e se torna um só.

Tudo começou com o paradoxo do ser, agora é tempo de não sermos um, mas logo vai ser de novo. Se a existência é uma só, ela tem de ser e não ser.

O sentimento é esse mesmo que tu falou irmão Salaam'aleik, eu compreendendo dentro de mim, sempre soube mas não consigo explicar, não é um tipo de informação que possa ser organizado em palavras.
E valeu pela dica! Realmente faz sentido, eu sentia meus órgãos trabalhando para digerir a comida e não era muito agradável.
 
Última edição:
Caralho, hinduísmo é pesado mesmo ein.
O texto na verdade é só uma analogia do ato sexual, com uma conotação machista e cheia de putaria velada. Obviamente escrito por uma mulher ocidental submissa, muito diferente das que são apresentadas nos textos hindus de verdade. No popular: uma foda bem dada, e com amor. No final ela engole.

E o hinduísmo é bem mais pesado que isso...
 
Nós que já morremos o saudamos!

Não há muito o que eutender, é mais sentir, durante muitas e muitas luas.

Leitura interessante, valeu!


Ps. a Rosa na mesa, que toque sutil.
 
Mano, se tiver alguma fonte interessante sobre hinduismo, poderia me passar hehe. Algum livro de introdução, qualquer coisa mesmo, eu gostaria de saber mais. O texto só foi interessante por me introduzir essa ideia, foi engraçado, porque eu tinha acabado de tatuar um sri yantra na minha mão, e o mano que tava tatuando me largo essa ideia, que o sri yantra representa shiva e shakti, ai fui procurar algo e deu nisso.
 
Basicamente as leituras recomendadas são duas - O Mahabharata (épico do qual faz parte a Bhagavad Gita) e o Ramayana (outro épico).

Eu acho que não tem fonte melhor sobre hinduísmo que os próprios textos. Mas apesar das histórias serem interessantes, ler os textos originais (ou quase) é tão divertido quanto ler a Bíblia (ou menos). Se fosse um livro só ainda seria fácil, mas só o Mahabharata tem 18 volumes, umas 10.000 páginas no original. E não é fácil encontrar boas traduções ou resumos (nada que seja fácil e divertido de ler).

Mas nesse tópico aqui no fórum tem um pouco sobre a organização geral dos textos e cultura hindus: Hinduísmo

O mais interessante é o quanto alguns dos conceitos se assemelham perfeitamente ao que se experimenta numa trip de cogumelos...
 
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