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Aqui discutimos micologia amadora e enteogenia.

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McKenna (de: Xamanismo Celta)

Ankardo

Cogumelo maduro
Membro Ativo
16/01/2017
533
47
32
Reação genuína ao ler toda essa discussão:

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Na minha humilde opinião, a ideologia só vai atrapalhar você.
Ninguém entende o que está acontecendo.
Nem budistas. Nem cristãos. Nem cientistas do governo.
Nem ... você sabe. Ninguém! ... entende o que está acontecendo. Então, esqueça a ideologia.
Elas traem. Elas limitam. Elas te desviam.
Apenas lide com os dados brutos e confie em si mesmo.
Ninguém é mais esperto do que você. E se eles forem?
De que serve a compreensão deles?
As pessoas andam por aí dizendo:
"Bem, eu não entendo física quântica, mas em algum lugar alguém entende isso".
Essa não é uma atitude muito útil em relação à observação das idéias da física quântica.
Informe-se. O que significa informar a si mesmo?
Significa transcender e desconfiar da ideologia.
Vá para a experiência direta.
O que você pensa quando enfrenta a cachoeira?
O que você pensa quando faz sexo?
O que você pensa quando toma psilocibina?
Tudo o resto é boato não confirmado, inútil, provavelmente mentira.
Então, liberte-se da ilusão da cultura. Assuma a responsabilidade pelo que pensa e pelo que faz.

Terence Mckenna.
 
Última edição:
As ideias de Terence Mckenna devem ser vistas então com o mesmo cuidado que ele recomenda em relação às outras. Não sigam nem as palavras de Terence Mckenna ... ;)

Para mim o grande risco de qualquer abordagem dessas é que a pessoa descarta as experiências anteriores dos seres humanos que podem ajudá-la. Na verdade, a pessoa pensa que descarta. Mas, bem, eu acho que elas estão lá, no inconsciente dela, nas relações com os outros humanos etc. E a pessoa acha que está recebendo isso e aquilo, mas no fundo nem percebe o que a está influenciando.

Também, o que Terence Mckenna sabia sobre o cristianismo, budismo ou outra tradição para dizer que eles não entendem o que está acontecendo? Essa impressão dele é baseada em quê? Ele seguiu e treinou em algum caminho desses durante anos, com dedicação? Ou é só impressão que ele teve nas experiências dele? E se ele estiver errado?

Será que Terence Mckenna chegou a algum lugar com a escolha dele? É um escritor com ideias interessantes, mas, talvez seja só isso.
 
As ideias de Terence Mckenna devem ser vistas então com o mesmo cuidado que ele recomenda em relação às outras. Não sigam nem as palavras de Terence Mckenna ... ;)

Para mim o grande risco de qualquer abordagem dessas é que a pessoa descarta as experiências anteriores dos seres humanos que podem ajudá-la. Na verdade, a pessoa pensa que descarta. Mas, bem, eu acho que elas estão lá, no inconsciente dela, nas relações com os outros humanos etc. E a pessoa acha que está recebendo isso e aquilo, mas no fundo nem percebe o que a está influenciando.

Também, o que Terence Mckenna sabia sobre o cristianismo, budismo ou outra tradição para dizer que eles não entendem o que está acontecendo? Essa impressão dele é baseada em quê? Ele seguiu e treinou em algum caminho desses durante anos, com dedicação? Ou é só impressão que ele teve nas experiências dele? E se ele estiver errado?

Será que Terence Mckenna chegou a algum lugar com a escolha dele? É um escritor com ideias interessantes, mas, talvez seja só isso.


Eu gosto desse texto...

Para mim a mensagem que passa é que não se deve acreditar em nada de forma cega, o bom é acreditar no que o teu conhecimento permite.

Eu já fui em sinagoga, já fui em mesquita (xiita e sufi), já fui em centro espírita, já fui em retiro budista, já fui em culto de crente, fui em alguns rituais que tinham consumo de ayahuasca (CNSC), culto evangélico, conversei com mórmons, conversei com rastas, conversei com ateus, conversei com testemunhas de jeová, sou criado como católico.

Li todo o Dogma e ritual da alta magia do Eliphas Levi.

E depois de toda essa peregrinação por todo esse espectro religioso, eu percebi que eu não me encaixo em nenhuma, respeito todas e acredito que se a tua crença te faz feliz já é o suficiente.
 
E depois de toda essa peregrinação por todo esse espectro religioso, eu percebi que eu não me encaixo em nenhuma, respeito todas e acredito que se a tua crença te faz feliz já é o suficiente.


É importante sentir conexão com a tradição. Mas também é importante, no sentido técnico, treinar. Quer dizer, não é com uma visita ou duas que a pessoa vai conseguir avaliar se aquele caminho é adequado para ela.

É preciso praticar para conhecer. Falar com as pessoas e não somente ler. Sem um conhecimento ou formação eu acho bem difícil pegar a essência da história. Muita coisa que eu li, achei legal e tal, até achei que tinha entendido bastante, mudou completamente de aspecto quando conversei com uma pessoa com experiência naquela questão. A grosso modo é como uma profissão. Quem se torna médico ou engenheiro lendo? Há pouquíssimos autodidatas realmente destacados nesse ou naquele campo, mas não é essa a norma, muito pelo contrário. E mesmo os autodidatas acabam encontrando a sua turma, onde se beneficiam das interações pessoas e aprendem coisas que não conseguiram nos livros.

Felicidade é um conceito volúvel. Se pensarmos bem há pessoas por aí com ideias totalmente equivocadas sobre, e não estou me referindo a você, que não conheço, mas ao quadro geral que vejo. Há pessoas que acham que a felicidade vem do dinheiro, ou do poder, ou de enganar os outros, ou de variadas sensações agradáveis. E assim realmente são felizes durante um tempo, até mesmo a vida toda, com essas fontes de felicidade. Mas, é essa a felicidade a se almejar?
 
É importante sentir conexão com a tradição. Mas também é importante, no sentido técnico, treinar. Quer dizer, não é com uma visita ou duas que a pessoa vai conseguir avaliar se aquele caminho é adequado para ela.

É preciso praticar para conhecer. Falar com as pessoas e não somente ler. Sem um conhecimento ou formação eu acho bem difícil pegar a essência da história. Muita coisa que eu li, achei legal e tal, até achei que tinha entendido bastante, mudou completamente de aspecto quando conversei com uma pessoa com experiência naquela questão. A grosso modo é como uma profissão. Quem se torna médico ou engenheiro lendo? Há pouquíssimos autodidatas realmente destacados nesse ou naquele campo, mas não é essa a norma, muito pelo contrário. E mesmo os autodidatas acabam encontrando a sua turma, onde se beneficiam das interações pessoas e aprendem coisas que não conseguiram nos livros.

Felicidade é um conceito volúvel. Se pensarmos bem há pessoas por aí com ideias totalmente equivocadas sobre, e não estou me referindo a você, que não conheço, mas ao quadro geral que vejo. Há pessoas que acham que a felicidade vem do dinheiro, ou do poder, ou de enganar os outros, ou de variadas sensações agradáveis. E assim realmente são felizes durante um tempo, até mesmo a vida toda, com essas fontes de felicidade. Mas, é essa a felicidade a se almejar?

Fui bem simplista na minha resposta, tentei não ir mais a fundo no assunto, pois a complexidade desse assunto é infinita e os aspectos que levam a crença e a felicidade e assim por diante são regidos por inúmeras coisas.

A ideia que eu queria passar é que, se estás feliz com sua religião, ótimo.

Uma coisa que não gosto de ver é as pessoas ficarem desconfortáveis com a crença alheia, aqui no fórum já vi inúmeras vezes acontecer de pessoas puxarem esse assunto e ficar esse debate de quem sabe mais, ai que entra o texto do Terence, foi o que eu lembrei, ninguém sabe de nada, ninguém tem provas inegáveis do que irá acontecer, então que cada um acredite no que lhe trazer mais conforto e respeite as escolhas dos outros.
 
Assim como o Ankardo eu apreciei o texto. Embora eu não exerça como profissão, tenho formação superior em Teologia Cristã. Não me considero Cristão.

Já fiz o curso apenas por interesse, mas um interesse diferente: sempre acreditei que diferentes crenças são apenas interpretações válidas sobre aquilo que está além do que podemos "provar", numa visão mais científica. Dado esse ponto de partida em comum a todas as crenças, decidi me especializar em uma - poderia ter sido qualquer uma, mas dada nossa herança cultural Cristã, considerei que mesmo uma formação acadêmica contemplando outras religiões não me ofereceria uma visão real da coisa, na medida que apenas alguém inserido em tais contextos ao longo de uma vida toda, ou ao menos décadas, tiraria o melhor proveito.

Meu objetivo não era entender religião em específico, mas tentar compreender melhor a relação entre o ser humano e a religião, essa busca constante em se apoiar em idéias, muitas vezes reconfortantes, de que há algum tipo de justiça e administração que transcendam nossa realidade. Estudei pra entender o humano, não o outro lado.

Dado todo esse meu contexto, me encontro atualmente sob a opinião de que, a não ser para coisas práticas muito fundamentadas no "mundo físico" (leia-se medicina, direito, etc) o restante é de fato uma questão de gosto e de querer ter uma opinião, sendo que tudo neste aspecto sempre será subjetivo, atrelado a cada pessoa e seu contexto. Logo, o que Mckenna falou, ao menos para isso que citei como "além do mundo físico", faz muito sentido. Agora, assim como para com os outros, a mim vale o mesmo fato: toda essa opinião nada mais é do que subjetiva.

Abraços fraternos!
 
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