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Longevidade dos Carimbos

Psilocibec

Cogumelo maduro
Membro Ativo
17/03/2008
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Saudações comunidade, estou curioso para saber por quanto tempo um carimbo continua viável.

Estou tentando germinar esporos de 2006 e não obtive sucesso, nem com seringas tampouco com inoculação direta em trigo e bolos PF cremogemados.

Dei uma pesquisada e encontrei algumas informações da biblioteca e alguns relatos de companheiros cultivadores aqui do fórum:

Quanto tempo um carimbo é viável?
Por vários anos se mantido em local fresco, escuro e seco.

Quanto tempo uma seringa é viável?
Se mantida na geladeira, uma seringa é viável sem muita perda de sua viabilidade por cerca de seis meses, porém seringas de mais de dois anos e meio ou mais foram relatadas como sendo ainda viáveis.

Tá certo q é sonho, tudo mais, mas os esporos morrem se ficarem guardados por mais de 2 anos.

Eu mesmo ganhei um print de Gt com data de 12/2004.... estamos em 2006, jah devia estar inviável já. Como eu num sou experiente, mandei o print pra um amigo cultivador, este num conseguiu cultivar com esse print: resultado, depois de um tempo, realmente os esporos são inviáveis.

O tempo de viabilidade dos esporos depende tbm da forma ocm que eles foram guardados, em condições X, etc.
Esse negócio de viabilidade é muito discutida e ainda, infelizmente, não se tem nada muito bem comprovado. Uma coisa é certa, qto mais velho é o carimbo mais tempo ele terá de ficar para re-hidrate.
dentro de um sarcófago que nao me lembro o nome, existiam esporos de um fungo de mais de 3 mil anos que GERMINAVAM dentro dos pulmoes de quem ousasse invadir a tumba. vários pesquisadores e caçadores de tesouro morreram na empreitada acreditando-se tratar da maldiçao descrita nas paredes do sarcófago.só foi descoberto no final da década de 80 o motivo real das pessoas morrerem, um fungo desolador.
OBS nao eram esporos de PC. jah ouvi dizerem que a vida ultil do esporo seria algo entre 6 meses e 3 anos. meu print mais velho a germinar foi um print de 4 meses. além disso nunca fiz testes.
Morta, se eu não me engano esse sarcófago é o das pirâmedes do egito.

Eu tenho um print de 2 anos que germinou.
Quais as experiências de vocês?? Quantos anos pode durar um carimbo?:confused:
 
Última edição por um moderador:
Guardo os carimbos dentro de saquinhos PP.
Basta colocar o carimbo seco e dobrado em alumínio dentro do saquinho PP passar uma régua metálica por cima empurrando o ar para fora e lacrar com a ponta do ferro de soldar.

Creio que guardar somente no alumnio ou papel manteiga, reduz a vida útil pois os esporos ficam expostos as condições do ar: seco ou úmido.

Eu tenho carimbo de 2007 (THAI, PESA, e muitos outras raças).
Utilizo sempre que necessário e coloniza.
 
Também é aconselhável não armazenar perto de rede elétrica
(computador, tv, etc).
Também já consegui frutificar um carimbo de 2 anos.
 
Um carimbo de 3 anos de TAZ CREMOGENADO by psilocibec acabou de germinar.
vamos ver se frutifica.
(ps - agorinha mesmo, tinha olhado a CL hj cedinho e nao tinha germinado nada.)
 
Tenho usado pra conservar melhor meus carimbos o método de selar à vácuo naquela food saver que anuncia na TV-Polishop. Fica bem selado e tem surtido efeito. Consegui guardar em Jan/2007 e ainda estão frutificando que é uma beleza.
 
A uns meses atrás tentei cultivar com carimbos de 2007 e 2008 e os resultados não foram bons. Obtive uma taxa de uns 50% de germinação porém a colonização foi muito lenta e todos potes que germinaram estagnaram sem colonizar 100%. Conservo meus carimbos em ziplock com silica gel.
 
Mauricio, tens fotos desse processo de vedação do saco de pp?Sou meio anta, entendo melhor o processo vendo hehehe.As fotos de como tu faz o carimbo me foram muito esclarecedoras...Desde já obrigada!
 
Recentemente inoculei uns carimbos da Pro-Fungos de 2006. Utilizei milho como substrato. Dos 8 copos que tentei, em apenas um deles o micelio começou a crescer (porém lentamente). Após 3 semanas ele mostrou sinais de contaminação, então decidi passar para o out.
 
Recentemente inoculei uns carimbos da Pro-Fungos de 2006. Utilizei milho como substrato. Dos 8 copos que tentei, em apenas um deles o micelio começou a crescer (porém lentamente). Após 3 semanas ele mostrou sinais de contaminação, então decidi passar para o out.

Quanto mais velhos vão ficando, mais necessário será a dedicação. Seja via CL ou placas. Claro, a segunda opção é preferível, principalmente para resgatar/isolar um micélio saudável. :)
 
Quanto mais velhos vão ficando, mais é necessário dedicar-se. Seja via CL ou placas. Claro, a segunda opção é melhor. Principalmente para resgatar/isolar um micélio saudável. :)
Concordo plenamente. A intenção do post era mesmo mostrar que carimbos com até 6 anos ainda podem germinar se forem tratados adequadamente. No meu caso, acho que deveria ter hidratado por mais tempo.
 
Uma alternativa para guardar esporos

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAXDwAD/conservacao-microrganismos
3.4- SECAGEM
A técnica consiste em uma suspensão do microrganismo que é derramada sobre carregadores como areia, lama, solo, carvão ativado, grãos de trigo, esferas de vidro, grânulos gelatinosos ou sintéticos, papel-filtro, entre outros. Esses carregadores são bons devido a grande superfície e a capacidade de absorver parte da umidade para então serem secos à temperatura ambiente ou em aquecimento de 36-40ºC. A secagem também pode ser feita na presença de algum composto hidrofílico como a sílica-gel e o petóxido de fósforo.
O método de preservação em tubos contendo solo ou areia estéril foi idealizado e empregado por muito tempo para a conservação de bactérias. Teve também aceitação ampla em diversos laboratórios para conservação de fungos comercialmente importantes. As técnicas para o preparo de culturas em solo são basicamente duas.
A primeira consiste na inoculação de um pequeno volume de solo seco e estéril ou areia estéril, com pequena quantidade de suspensão de esporos do fungo que se deseja manter, seguindo-se a imediata secagem. Essa técnica não permite o crescimento do fungo e preserva os conídios ou esporos inicialmente introduzidos no solo.
Essa é a técnica mais comumente empregada por quem usa este método e foi descrita por Greane & Fred em trabalho publicado em 1934. Inicialmente inoculase cerca de 5 gramas de solo rico em matéria orgânica, previamente autoclavado por 1 hora a 121° C, com 1 mL de uma suspensão concentrada de esporos, seguido pela secagem do material a temperatura ambiente. O armazenamento é feito à temperatura ambiente ou em refrigerador.
A segunda técnica consiste na utilização de um volume de inóculo em solo umedecido e previamente esterilizado por autoclavagem, seguido de um período de incubação. Esta técnica possibilita, para fungos, o crescimento, preservando as células propagativas e de resistência (clamidósporos esclerócios, etc) além do micélio, provenientes da germinação do inóculo inicial.
São obtidos resultados mais satisfatórios quando o solo possui de 20 a 25% de capacidade de retenção de água. Para a determinar esse valor de capacidade de retenção de água do solo pode-se colocar uma porção de solo em um funil contendo um cone de papel-filtro umedecido e adiciona-se água até que uma gota d’água se forme na ponta do cone de papel. A quantidade de água adicionada ao solo corresponde aproximadamente à capacidade de retenção de água desse tipo de solo.
Entre os tipos de solo que têm sido utilizados para a preservação de microrganismos estão a turfa e a argila. Também se pode utilizar uma combinação de solo e areia na proporção de 1:1, atingindo-se resultados satisfatórios.
A preservação em papel-filtro pode ser feita utilizando tiras de papel de filtro de 0,5 x 2,0 cm previamente esterilizadas. Elas são imersas em suspensão microbiana e postas a secar em ambiente fechado contendo sílica-gel e armazenadas em geladeira.
Também se pode fazer a secagem em sílica-gel. Esse método consiste em pequenos frascos de vidro com tampas metálicas que são parcialmente preenchidos com sílica-gel purificada, de malha 6-2 mesh, previamente esterilizada pelo calor, seca a 130ºC por 3 horas e resfriadas em congelador. A suspensão de esporos é misturada com 5% de leite desnatado é adicionada à sílica gel em quantidade suficiente para umedecer ¾ da sílica gel dos frascos. Os frascos são então colocados por 20 minutos em banho frio, para evitar efeitos do desprendimento de calor. Como a sílica-gel libera calor quando em contato com a água ou suspensões aquosas há a necessidade de resfriamento em banho de gelo para evitar danos aos microrganismos. Após, os frascos são guardados a temperatura ambiente. Para recuperar as culturas, alguns poucos cristais de sílica são assepticamente removidos e colocados em meio de cultura propício ao desenvolvimento microbiano.
As vantagens dos métodos de secagem são o longo período de preservação (em média de 5 ou mais anos); as modificações morfológicas ou fisiológicas são reduzidas ou praticamente eliminadas, pois são utilizados formas de resistência como esporos; a obtenção de inóculo por longos períodos, necessitando fazer somente a repicagem de pequenas porções de solo quando se necessita reativar a cultura; e a manutenção da capacidade esporulação do microrganismo.
No entanto, as desvantagens envolvem a utilização desse método somente para um número reduzido de microrganismos (aqueles que têm a capacidade de produzir esporos resistentes ou outras formas de resistência), a dificuldade de se perceber contaminações que muitas vezes só são notadas quando durante a repicagem.
Os fungos que já foram preservados por essa técnica são de gêneros anamórficos ou mitospóricos (Alternaria, Aspergillus, Fusarium, Penicillium, Rhizoctonia, Septoria, Verticillium). Várias espécies de actinomicetos e leveduras também já forma conservadas dessa forma.
 
Última edição por um moderador:
ja ouvi historia de carimbo de 30 anos sendo ressussitado!vai saber ne?nao me lembro onde exatamente , mas foi aqui pelo forum mesmo...
 
ja ouvi historia de carimbo de 30 anos sendo ressussitado!vai saber ne?nao me lembro onde exatamente , mas foi aqui pelo forum mesmo...


Tem uma história dessas sobre o SG-30 (veja no guia de raças).

Mas eu sou meio São Tomé com essa história ...
 
é... realmente, não é que eu "desacredito", mas... bem que o lançador do sg-30 poderia trazer uns dados mais concretos, algo mais científico. Eles simplesmente escrevem uma história e jogam na internet. Fica meio no ar mesmo.
 
Uma pena o artigo não falar da qualidade ou tipo do solo (granulação, ph, tipo de materia orgânica).
Eu mesmo estou experienciando dificuldades com um carimbo de 2 anos guardado dentro de um zip-lock longe de calor e umidade.
editado: agora que vi que pulei uma linha "Entre os tipos de solo que têm sido utilizados para a preservação de microrganismos estão a turfa e a argila."
 
Desculpa reviver o tópico, mas o pessoal q se lembra de mim vai gostar de uma novidade: Doei uma seringa pra um amigo meu, era PESA, a seringa estava na geladeira desde 2006, e está colonizando a cultura dele hj, em 2013.
 
Desculpa reviver o tópico, mas o pessoal q se lembra de mim vai gostar de uma novidade: Doei uma seringa pra um amigo meu, era PESA, a seringa estava na geladeira desde 2006, e está colonizando a cultura dele hj, em 2013.

se tiver umas fotos ia ser bom, é um bom exemplo, e se tratando de seringas, interessante.
 
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