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Artigo História Social do LSD no Brasil, Primeiros Usos Medicinais e Começo da Repressão

onofremartelo

Hifa
Membro Ativo
26/11/2019
64
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História social do LSD no Brasil: os primeiros usos medicinais e o começo da repressão.

Tese de Doutorado.
Autor: JÚLIO DELMANTO.
Orientador: Dr. Henrique Soares Carneiro.
Ano: 2018.
Páginas: 295.

Resumo: Depois de apresentar as origens históricas da contracultura, no Brasil e nos Estados Unidos, e contextualizar um pouco das relações entre os integrantes destes movimentos e o uso de drogas, sobretudo maconha e ácido lisérgico, esse trabalho traça, através principalmente da análise de trajetórias individuais que se cruzam de uma forma ou de outra, uma história social da chegada do LSD ao Brasil. O trabalho investiga, com profundidade, o primeiro processo judicial por tráfico e porte da substância, iniciado em janeiro de 1970, em São Paulo, estudando a trajetória dos principais réus, a repercussão midiática, os relatos feitos a posteriori e as formas de ação da polícia e da justiça, em um momento em que não só a ditadura militar vivia sua fase mais violenta, após o AI-5, como também vigorava a lei de drogas mais dura que o país já teve. Analisando os autos de dito processo, e também uma ampla variedade de outras fontes, orais e documentais, apresenta-se como se desenrolou o começo da repressão ao LSD no Brasil, e recupera-se também como foi a chegada da substância ao país, que se deu pela via medicinal na virada dos anos 1950 para os 1960.
 

Anexos

  • História Social do LSD no Brasil, Primeiros Usos Medicinais e Começo da Repressão.pdf
    2.8 MB · Visualizações: 19
Última edição:
Obrigado pela contribuição, baixei o arquivo pra sabadão ler com calma, o assunto é minha matéria favorita.
 
Adicionando outro trabalho do mesmo autor aqui.

Camaradas Caretas: Drogas e esquerda no Brasil após 1961.

Dissertação de Mestrado.
Autor: JÚLIO DELMANTO.
Orientador: Dr. Henrique Soares Carneiro.
Ano: 2013.
Páginas: 332.

Resumo: Enquadradas arbitrariamente no mesmo termo generalizante “drogas”, diversas substâncias psicoativas de diferentes efeitos e tradições foram proibidas a partir do começo do século XX – por conta de interesses morais, econômicos e políticos justificados por um questionável discurso defensor da “saúde pública”. A proibição destas substâncias não incidiu sobre seus possíveis efeitos danosos e trouxe consigo uma série de outros problemas, como violência do crime e do Estado, corrupção, criminalização da pobreza, encarceramento em massa, ingerência imperial sobre territórios desejados e ingerência estatal sobre a vida privada dos cidadãos. Mesmo assim, com algumas exceções, a questão não ocupou lugar de destaque nos programas e na atuação das organizações de esquerda no Brasil, que invariavelmente ignoraram esta questão, quando não se posicionaram favoravelmente ao proibicionismo. Inspiradas em ideais de hierarquia, disciplina e sacrifício militante, e considerando o uso de psicoativos majoritariamente pela chave explicativa da “fuga da realidade”, estas organizações tiveram pouca sensibilidade para propor outros meios que não o repressivo e o penal para se lidar com problemas decorrentes do abuso no uso de drogas, e menos vezes ainda para lidar com formas alternativas de exploração das “tecnologias de si”, como definiu Michel Foucault. Além de traçar um panorama das origens da proibição das drogas e seus efeitos, este trabalho investiga que tipo de tratamento foi dado pela esquerda à questão das drogas após 1961 – ano tanto da aprovação da Convenção Única sobre Narcóticos, da ONU, quanto dos primeiros rompimentos com o PCB, processo que representou uma reconfiguração na esquerda brasileira.
 

Anexos

  • Camaradas Caretas, Drogas e Esquerda no Brasil após 1961.pdf
    2.5 MB · Visualizações: 3
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