Jejum: sim, de 9 horas
IMAO: Sim, chá de folhas de maracujá, bastante
Horário da ingestão: 21:00
Primeiros efeitos: 21:15
Sensação de embriaguez: 21:30
21:45: notável diferença na pressão arterial. Não sei se aumentou ou diminuiu, mas fiquei meio tonto
22:00: os efeitos começaram a ficar fortes
22:30: "É BA-TA-TAAAA!" eram as palavra eu esguelava enquanto desabava aos prantos de tanto que eu sobrenaturalmente gargalhava sem dó de mim mesmo (foi muito bom aquilo)! - na parte baixa do acampamento
22:35: no mesmo lugar, depois da última e maior de todas as risadas do mundo, comecei a sentir algo que nunca tinha sentido antes... Parecia que meu pulmão estava derretendo... Eu estava espectorando muito, bastante mesmo, estava quase me afogando no meu próprio muco pulmonar!
Até então eu estava super bem de saúde, não tinha nada. Foi ruim, e provavelmente aconteceu pelo tanto de chá de folhas de maracujá (harmalina) que tomei (foi bastante). Estava sentindo meu corpo inchado, como se fosse explodir, sentia como se estivesse infartando...
Pronto, foi aí que eu morri! O fato de ter aparecido aquele contaminante no meu cultivo me deixou com mais certeza ainda de que eu tinha morrido (envenenado).
??:??: andava com alguma dificuldade.. não conseguia enchergar direito as coisas, tudo estava tão.. tão.. irreal! Eu estava realmente passando mal. Encontrei meu amigo que tinha tomado cerca de 40% menos cogumelos e IMao do que eu, e ele falou: "Cara, não sei o que que eu faço, meu, pra esta brisa passar, to passando mal meu.". Fiquei mais preocupado ainda!
Fui para a parte de cima do acampamento e falei com algumas pessoas que estavam lá. Só conseguia pedir ajuda. Avisei para a moça que não havia comido os cogus ainda para não comer, mas estavam todos muito calmos, como se nada estivesse acontecendo, como se eu não estivesse morrendo! Senti como se estivesse sendo punido por alguma coisa, como se eu tivesse morrido e transportado para o inferno paralelo àquela dimensão.
A cada minuto que se passava, eu tinha mais certeza de que estava morrendo e não conseguia parar de pensar em como seria minha vida se eu sobrevivesse: iria ser polícia, ambulância, sequelas, vergonha, problemas, toda uma gama de contratempos e despazeres em minha vida. Mas o fato de que as pessoas estavam muito calmas enquanto eu só piorava (a crise pulmonar durou uns 15
minutos) só me deixou uma certeza: eu havia morrido em algum lugar do acampamento.
Gente, não é brincadeira, eu tinha certeza ABSOLUTA de que eu tinha morrido. Fiquei muito preocupado com meus amigos, mas já não lembrava mais deles tanto assim... Afinal, eu tinha morrido!
Graças a Deus apareceu uma mulher que eu achava que era um espírito, anjos. Ela e um rapaz. Naquele momento eu fiquei em dúvida se eu tinha morrido ou se o apocalipse tinha chegado, o Juizo final. Enquanto a moça me apoiava para que eu pudesse subir a escada com segurança, eu sentia como se estivesse subindo a escadinha do céu. Chorava muito, mas sem desespero, e ficava perguntando se Deus me perdoa, se eu precisava ajoelhar, se precisava rezar...
Ela me levou para uma pedra, e me sentou enconstado nela, que estava encostada na pedra. Ela segurava minha mão bem forte, me abraçou bem sem me soltar, e dizia se enfermeira. O rapaz falava: "Calma! Eu já fiquei do jeito que você está, é so ter um pouquinho de paciência!".
Me ajudaram me passando muita calma, muita luz, me ajudavam a respirar, me deram água... Eu perguntava se eu tinha desencarnado e a moça dizia: "Não, claro que não, a vida continua!". Quando ela disse isto eu tive mais certeza de tinha morrido. Quanto mais eles falavam que eu estava vivo, mais eu tinha certeza que tinha morrido.
Eu perguntei: "mas por que voces estão fumando? Bebendo?" Eu sentia muito medo, não sabia se eles eram do bem ou do mal. As vezes eu tentava fugir, achando que tinha sido capturado por sádicos demônios mentirosos e maldosos como consequência de meus pseudo-pecados, mas quando eu ameaçava levantar, eles me seguravam forte e me acolhiam novamente.
Engraçado que quando ela me abraçava eu segurava a mão dela e, mesmo me tocando com a outra mão, não sabia qual que era meu braço alí... Quase esqueci meu nome! (esqueci durante um tempinho)
Depois de um tempo, meu choro passou e ela me levou para cima. Tinha medo da fogueira, pois haviam homens alí, tinha medo de ser empalado e assado alí... Teve um momento que, por achar que estava morto, peguei nos seios dela, ou quase isto: "Vocês tem seios?" Queria saber se espíritos tinham seios, e ela disse, se esquivando: "claro!".
Ela me deixou com a namorada do meu amigo que também tinha passado mal, mas ela só tinha comido três cogus, e ele ainda conseguia lembrar quem ele era e que estava vivo.
Ela cuidou de mim que nem a outra moça tinha cuidado. No começo, o meu amigo tinha ficado com ciúmes de mim e quase acontece besteira, mas ele percebeu que eu estava retardado e ajudou a cuidar de mim. Também estava com muito medo de falar ou perguntar alguma coisa, pois haviam pessoas que pareciam bravas comigo.
Estávamos na entrada do acampamento, e as vezes me dava vontade de fugir, pois achava que ela era um demonio que estava me segurando para fazer um churrasquinho de mim, mas eu sabia que seriam duas horas de breu total no meio da floresta, então decidi ficar por medo de que algo pior acontecesse, e de que o que pudesse me acontecer de ruim também acontecesse de forma pior...
Depois de um tempo com ela, eu começei a duvidar um pouco de se tinha morrido ou não, e, achando que ficaria naquele estado para sempre, eu perguntava: "E como será minha vida daqui pra frente? Vou poder estudar? E a faculdade? E meu trabalho? Vou poder arrumar um namorada?" Aliás, no fim deste post vou escrever todas as perguntas que fiz naquele estado, as que conseguir lembrar, claro!
Depois de um tempo, nós levantamos e começamos a caminhar. Às vezes eu me soltava, andava um pouco, parava na frente de alguém e ficava olhando, então ela me pegava de volta e continuávamos a caminhar. Me levaram até minha barraca.
Quando entrei eles fecharam a barraca e foram embora. Lá era meu túmulo. Ficava pensando se eu iria decompor alí. Aliás, já sentia como se estivesse me decompondo. Naquele momento eu achei que nunca tinha vivido em carne de verdade e que minha vida inteira se resumia naquela viagem de cogumelo, como se minha realidade fosse aquilo: uma (minha) consciência suspensa no
espaço, cansada depois de sair de um jogo de video-game chamada :" Minha vida real no planeta Terra".
Depois eu percebi que não estava morto, pois sentia vontade de urinar. Segurei até me sentir um pouco descansado e fui ao banheiro. De lá fui para a cozinha e encontrei meu amigo cabeludo que tinha ingerido uns 4 cogus sem IMao. Lá comecei a ter certeza de que não estava morto e de que o apocalipse não tinha chegado, mas sim de que eu tinha enlouquecido.
Dalí em diante as coisas foram se normalizando. Voltei a sorrir, falei com bastante gente, mas só fui percebir que não tinha enlouquecido quando acordei no dia seguinte.
Foi a experiência mais intensa da minha vida. Foi uma verdadeira trip de cogumelos. Pena que não tinha me preparado para aquilo. Achava que já conhecia o efeito dos cogus, mas não estar preparado deixou a experiência mais rica ainda!!! Como eu teria certeza de que tinha morrido se soubesse que meu ego morreria? Não que eu não soubesse, mas nem me passou pela cabeça naquela hora. Da próxima vez estarei preparado, e nada de IMAOs.
Perguntas à enfermeira:
- É o apocalipse?
- Você é um anjo?
- E meu pai, minha família?
- Por que vocês estão fumando e bebendo? Parem, por favor!
- Você tem seios?
- O que que vai acontecer agora?
- Preciso ajoelhar, rezar?
- Deus me perdoa? (perguntando meio que pedindo também)
- Eu vou pro céu?
- Meus amigos estão bem?
- Eu morri?
- Eu desencarnei?
- Eu desencarnei? (de novo)
Perguntas à namorada do meu amigo:
- O Sol vai voltar? Vai amanhecer amanhã? (achava que era a última noite do mundo)
- Ainda vou poder ter namorada?
- E a faculdade, como vou fazer?
- E o trabalho?
- Outras perguntas que não lembro
Tópico relacionado: Voce ja morreu?
IMAO: Sim, chá de folhas de maracujá, bastante
Horário da ingestão: 21:00
Primeiros efeitos: 21:15
Sensação de embriaguez: 21:30
21:45: notável diferença na pressão arterial. Não sei se aumentou ou diminuiu, mas fiquei meio tonto
22:00: os efeitos começaram a ficar fortes
22:30: "É BA-TA-TAAAA!" eram as palavra eu esguelava enquanto desabava aos prantos de tanto que eu sobrenaturalmente gargalhava sem dó de mim mesmo (foi muito bom aquilo)! - na parte baixa do acampamento
22:35: no mesmo lugar, depois da última e maior de todas as risadas do mundo, comecei a sentir algo que nunca tinha sentido antes... Parecia que meu pulmão estava derretendo... Eu estava espectorando muito, bastante mesmo, estava quase me afogando no meu próprio muco pulmonar!
Até então eu estava super bem de saúde, não tinha nada. Foi ruim, e provavelmente aconteceu pelo tanto de chá de folhas de maracujá (harmalina) que tomei (foi bastante). Estava sentindo meu corpo inchado, como se fosse explodir, sentia como se estivesse infartando...
Pronto, foi aí que eu morri! O fato de ter aparecido aquele contaminante no meu cultivo me deixou com mais certeza ainda de que eu tinha morrido (envenenado).
??:??: andava com alguma dificuldade.. não conseguia enchergar direito as coisas, tudo estava tão.. tão.. irreal! Eu estava realmente passando mal. Encontrei meu amigo que tinha tomado cerca de 40% menos cogumelos e IMao do que eu, e ele falou: "Cara, não sei o que que eu faço, meu, pra esta brisa passar, to passando mal meu.". Fiquei mais preocupado ainda!
Fui para a parte de cima do acampamento e falei com algumas pessoas que estavam lá. Só conseguia pedir ajuda. Avisei para a moça que não havia comido os cogus ainda para não comer, mas estavam todos muito calmos, como se nada estivesse acontecendo, como se eu não estivesse morrendo! Senti como se estivesse sendo punido por alguma coisa, como se eu tivesse morrido e transportado para o inferno paralelo àquela dimensão.
A cada minuto que se passava, eu tinha mais certeza de que estava morrendo e não conseguia parar de pensar em como seria minha vida se eu sobrevivesse: iria ser polícia, ambulância, sequelas, vergonha, problemas, toda uma gama de contratempos e despazeres em minha vida. Mas o fato de que as pessoas estavam muito calmas enquanto eu só piorava (a crise pulmonar durou uns 15
minutos) só me deixou uma certeza: eu havia morrido em algum lugar do acampamento.
Gente, não é brincadeira, eu tinha certeza ABSOLUTA de que eu tinha morrido. Fiquei muito preocupado com meus amigos, mas já não lembrava mais deles tanto assim... Afinal, eu tinha morrido!
Graças a Deus apareceu uma mulher que eu achava que era um espírito, anjos. Ela e um rapaz. Naquele momento eu fiquei em dúvida se eu tinha morrido ou se o apocalipse tinha chegado, o Juizo final. Enquanto a moça me apoiava para que eu pudesse subir a escada com segurança, eu sentia como se estivesse subindo a escadinha do céu. Chorava muito, mas sem desespero, e ficava perguntando se Deus me perdoa, se eu precisava ajoelhar, se precisava rezar...
Ela me levou para uma pedra, e me sentou enconstado nela, que estava encostada na pedra. Ela segurava minha mão bem forte, me abraçou bem sem me soltar, e dizia se enfermeira. O rapaz falava: "Calma! Eu já fiquei do jeito que você está, é so ter um pouquinho de paciência!".
Me ajudaram me passando muita calma, muita luz, me ajudavam a respirar, me deram água... Eu perguntava se eu tinha desencarnado e a moça dizia: "Não, claro que não, a vida continua!". Quando ela disse isto eu tive mais certeza de tinha morrido. Quanto mais eles falavam que eu estava vivo, mais eu tinha certeza que tinha morrido.
Eu perguntei: "mas por que voces estão fumando? Bebendo?" Eu sentia muito medo, não sabia se eles eram do bem ou do mal. As vezes eu tentava fugir, achando que tinha sido capturado por sádicos demônios mentirosos e maldosos como consequência de meus pseudo-pecados, mas quando eu ameaçava levantar, eles me seguravam forte e me acolhiam novamente.
Engraçado que quando ela me abraçava eu segurava a mão dela e, mesmo me tocando com a outra mão, não sabia qual que era meu braço alí... Quase esqueci meu nome! (esqueci durante um tempinho)
Depois de um tempo, meu choro passou e ela me levou para cima. Tinha medo da fogueira, pois haviam homens alí, tinha medo de ser empalado e assado alí... Teve um momento que, por achar que estava morto, peguei nos seios dela, ou quase isto: "Vocês tem seios?" Queria saber se espíritos tinham seios, e ela disse, se esquivando: "claro!".
Ela me deixou com a namorada do meu amigo que também tinha passado mal, mas ela só tinha comido três cogus, e ele ainda conseguia lembrar quem ele era e que estava vivo.
Ela cuidou de mim que nem a outra moça tinha cuidado. No começo, o meu amigo tinha ficado com ciúmes de mim e quase acontece besteira, mas ele percebeu que eu estava retardado e ajudou a cuidar de mim. Também estava com muito medo de falar ou perguntar alguma coisa, pois haviam pessoas que pareciam bravas comigo.
Estávamos na entrada do acampamento, e as vezes me dava vontade de fugir, pois achava que ela era um demonio que estava me segurando para fazer um churrasquinho de mim, mas eu sabia que seriam duas horas de breu total no meio da floresta, então decidi ficar por medo de que algo pior acontecesse, e de que o que pudesse me acontecer de ruim também acontecesse de forma pior...
Depois de um tempo com ela, eu começei a duvidar um pouco de se tinha morrido ou não, e, achando que ficaria naquele estado para sempre, eu perguntava: "E como será minha vida daqui pra frente? Vou poder estudar? E a faculdade? E meu trabalho? Vou poder arrumar um namorada?" Aliás, no fim deste post vou escrever todas as perguntas que fiz naquele estado, as que conseguir lembrar, claro!
Depois de um tempo, nós levantamos e começamos a caminhar. Às vezes eu me soltava, andava um pouco, parava na frente de alguém e ficava olhando, então ela me pegava de volta e continuávamos a caminhar. Me levaram até minha barraca.
Quando entrei eles fecharam a barraca e foram embora. Lá era meu túmulo. Ficava pensando se eu iria decompor alí. Aliás, já sentia como se estivesse me decompondo. Naquele momento eu achei que nunca tinha vivido em carne de verdade e que minha vida inteira se resumia naquela viagem de cogumelo, como se minha realidade fosse aquilo: uma (minha) consciência suspensa no
espaço, cansada depois de sair de um jogo de video-game chamada :" Minha vida real no planeta Terra".
Depois eu percebi que não estava morto, pois sentia vontade de urinar. Segurei até me sentir um pouco descansado e fui ao banheiro. De lá fui para a cozinha e encontrei meu amigo cabeludo que tinha ingerido uns 4 cogus sem IMao. Lá comecei a ter certeza de que não estava morto e de que o apocalipse não tinha chegado, mas sim de que eu tinha enlouquecido.
Dalí em diante as coisas foram se normalizando. Voltei a sorrir, falei com bastante gente, mas só fui percebir que não tinha enlouquecido quando acordei no dia seguinte.
Foi a experiência mais intensa da minha vida. Foi uma verdadeira trip de cogumelos. Pena que não tinha me preparado para aquilo. Achava que já conhecia o efeito dos cogus, mas não estar preparado deixou a experiência mais rica ainda!!! Como eu teria certeza de que tinha morrido se soubesse que meu ego morreria? Não que eu não soubesse, mas nem me passou pela cabeça naquela hora. Da próxima vez estarei preparado, e nada de IMAOs.
Perguntas à enfermeira:
- É o apocalipse?
- Você é um anjo?
- E meu pai, minha família?
- Por que vocês estão fumando e bebendo? Parem, por favor!
- Você tem seios?
- O que que vai acontecer agora?
- Preciso ajoelhar, rezar?
- Deus me perdoa? (perguntando meio que pedindo também)
- Eu vou pro céu?
- Meus amigos estão bem?
- Eu morri?
- Eu desencarnei?
- Eu desencarnei? (de novo)
Perguntas à namorada do meu amigo:
- O Sol vai voltar? Vai amanhecer amanhã? (achava que era a última noite do mundo)
- Ainda vou poder ter namorada?
- E a faculdade, como vou fazer?
- E o trabalho?
- Outras perguntas que não lembro
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