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esse mundo é real?

ATOR

Cogumelo maduro
Cadastrado
21/01/2015
17
40
27
"será que eu sou real?.
será que você é real???
nosso cérebro cria tudo,ele é o responsável pelo que vemos,sentimos,ouvimos,pensamos,agimos,acreditamos,etc...
mas é mais que curioso que só o ser humano tenha a capacidade de "se ver no espelho" de olhar pra si mesmo e saber que você é de fato VOCÊ,ou não.
quem garanti que isso tudo não passa de uma grande ilusão,que no mesmo momento que você morrer saberá o segredo da vida,pois a unica chance de provar que tudo isso não é real é se você deixar de existir nesse mundo,até la ficarei com a pulga atrás da orelha,afinal qual é o segredo da vida????algo tao complexo como a humanidade não deve ser apenas uma coincidência,mas ao mesmo tempo talvez ela seja uma coincidência,de algo maior que rege todo os planetas e universos.
uma coisa pra mim é mais que certa
VIVEMOS UMA MENTIRA."


--ator aquiiiii hehe,faz tempo que não posto nada,então resolvi pegar esse textinho q li no 55chan
dissertem sobre :

tomei um chá de pans no dia 10/03/2015,(dia do meu niver haha),e criei uma teoria que somos um ser que reencarna em todos os animais da terra,ou seja,um dia eu serei um macaco ou um cachorro,até um fungo magico,quem sabe kkkkk,logico sao só ideias que me vieram,mas é curioso pensar sobre o que é SER HUMANO
 
Última edição por um moderador:
Existe um diálogo bem famoso, perguntaram à um mestre – Mestre como é a iluminação? - e ele respondeu - Quando sinto fome, como, quando sinto sono, durmo – e o discípulo disse - Mas isso é o que todo mundo faz - e ele disse – Não, não é. As pessoas sentam para comer pensando em outra coisa, em suas perdas passadas, se terão comida amanhã, ganhos futuros, dificuldades, ou até na unha encravada que dói e não aproveitam, não comem realmente. As pessoas que vão dormir, deitam e pensam em qualquer coisa e não dormem bem, demoram para dormir porque estão ansiosas, preocupadas, realmente não dormem. Eu quando sinto fome, como. Quando sinto sono, durmo. Podemos estender isso para qualquer atividade da vida. Para tomar banho, fazer amor, pegar uma criança no colo, abraçar um amigo. Se você estiver completamente dentro daquilo que você está fazendo, você está vivendo de verdade, está vivo, os outros não estão vivos realmente, não estão acordados, estão dormindo um sonho qualquer de depressão, de ansiedade, angustia ou de tristeza e até o desejo de que a vida fosse diferente do que é nesse momento.

Mas essa é a vida que você tem e esse momento é tudo o que você realmente tem. Nós nos perdemos nos sonhos do ego, em todas as coisas que estão anexadas ao nosso eu, nossos impulsos e desejos, nosso carma que nos trouxe para cá. Nossos desejos de reconhecimento, nossos desejos de cargos, desejos de glória e fama. “Kodo Sawaki Roshi” disse que “o pior vício do ser humano é o desejo de fama”, então, há poder e coisas que nem são materiais, mas pelas quais os homens estão dispostos a fazer tudo.

http://www.daissen.org.br/hp/index.php?id=0&s=textos&txt_id=175
 
"será que eu sou real?.
será que você é real???
nosso cérebro cria tudo,ele é o responsável pelo que vemos,sentimos,ouvimos,pensamos,agimos,acreditamos,etc...
mas é mais que curioso que só o ser humano tenha a capacidade de "se ver no espelho" de olhar pra si mesmo e saber que você é de fato VOCÊ,ou não.
quem garanti que isso tudo não passa de uma grande ilusão,que no mesmo momento que você morrer saberá o segredo da vida,pois a unica chance de provar que tudo isso não é real é se você deixar de existir nesse mundo,até la ficarei com a pulga atrás da orelha,afinal qual é o segredo da vida????algo tao complexo como a humanidade não deve ser apenas uma coincidência,mas ao mesmo tempo talvez ela seja uma coincidência,de algo maior que rege todo os planetas e universos.
uma coisa pra mim é mais que certa
VIVEMOS UMA MENTIRA."
Aqui está um video do professor da USP de Filosofia/direito o qual admiro bastante.
Resume muito bem este post.

 
q video show,queria ter visto antes,mudou totalmente minha forma de pensar,esse fórum cada dia me ensina mais.
 
eu já aceitei que tudo isso criado aqui só exsite pq estou vivo
se nao estivesse vivo nem vc nem o user que habita aqui e ali não estaria aqui
então o real sou eu e não vc, vc nasceu pq estou vivo e consciente disso
parece loucura contaminada mas isso sou eu
 
Eu quando sinto fome, como. Quando sinto sono, durmo. Podemos estender isso para qualquer atividade da vida. Para tomar banho, fazer amor, pegar uma criança no colo, abraçar um amigo. Se você estiver completamente dentro daquilo que você está fazendo, você está vivendo de verdade, está vivo, os outros não estão vivos realmente, não estão acordados, estão dormindo um sonho qualquer de depressão, de ansiedade, angustia ou de tristeza e até o desejo de que a vida fosse diferente do que é nesse momento.
:)

Show o que você pôs em questão, @Ecuador, me lembrou muito o livro O Poder do Agora, na qual o autor escreve muito bem sobre isso... Nós não vivemos o agora, nós realmente não sentimos o agora. Sobrevivemos para projetar o futuro (sendo que o mesmo não existe) e vivemos realmente ele. Nas delusões, nas expectativas, nas criações. Acho que só vamos saber o verdadeiro significado de conexão com a natureza, quando contemplarmos o agora e tirarmos dele o melhor que se pode... Aceitar o que é, como é.
 
Assistindo um vídeo certa vez que mencionou Descartes.. Eu percebi como não temos certeza de praticamente nada... tudo o que percebemos do mundo exterior vem dos nossos sentidos e da interpretação que nosso cérebro nos dá. Mas nossos sentidos são falhos; por exemplo as ilusões de ótica. Você pode ser enganado pelos seus sentidos... O vermelho que você vê pode ser diferente do vermelho que outra pessoa vê.
Nós pensamos, então sabemos que existimos... mas de que forma existimos? O que é a existência?
Somos apenas uma simulação ultra realista num computador de tecnologia tão avançada que nem podemos compreender? :cautious::coffee:
 
Cada dia me convenço mais sobre a certeza da verdade e quanto mais penso que avanço nesse sentido mais perdido fico, acredito que o homem está tão distante de Deus que essa verdade vai demorar muito a ser compreendida, vivemos uma grande ilusão tangidos por uma suposta compreensão dos fatos.
 
Nós pensamos, então sabemos que existimos... mas de que forma existimos? O que é a existência?
Estava prestes a criar outro tópico quando achei este aqui abordando um assunto similar;
Me prolongando um pouco mais nessa ideia minha... sigam-me os bons! :p

Imagine um jogo ou simulação realista, com personagens programados de forma a interagir com o mundo virtual;
Podemos classificar aquele mundo do jogo como uma realidade? De certa forma é uma 'realidade virtual'... Podemos dizer que esta realidade ocupa um espaço físico? (pergunta retórica)
Agora vamos avançar mais e imaginar um futuro onde seja possível criar cenários enormes e incrivelmente detalhados neste simulador...
Poderíamos diferenciar, mesmo assim, a simulação da vida real.
E se a tecnologia fosse tão mais avançada que fosse possível que este mundo virtual seja um mini 'universo' feito de "átomos" virtuais, e cheio de leis físicas que regem o funcionamento como um todo? E que os personagens deste cenário evoluam com o passar do tempo, e todas as formas de vida tenham intrincados sistemas de funcionamento, como nós... E tudo possa interagir, de forma as vezes imprevisível, como acontece na nossa realidade.
Já me prolonguei demais, acho que vocês já entenderam, enfim... Imagine que esse universo possa funcionar sozinho, sem intervenção.

A tecnologia pra isso parece ser impraticável, mas imagine se em algum momento no futuro distante essa tecnologia fosse possível... Em certo momento alguém do nosso mundo hipotético inventaria um tipo de microscópio potente o bastante para observar estes átomos virtuais, e dizer "Olha, estas são as menores partículas que compõem este universo!"
Os habitantes deste universo virtual poderiam ainda criar jogos eletrônicos, que pra eles seriam virtuais, enquanto a realidade deles seria real, sem sombra de dúvidas. Mas nós saberíamos que ele foram criados.
Então, apesar de este cenário hipotético não conter as partículas subatômicas, o que faz aquele universo menos real que o nosso?

Poderíamos admitir aquele universo como real, mudando nossa concepção do que é "real"?
Ou não, e assim debateríamos que não existe um consenso sobre o que é uma realidade...?

woah-dude-thumb.jpg
Enfim, tudo isso são ideias,opiniões minhas.. espero que faça sentido.
 
Numa experiência recente que tive com 3 papéis de LSD, maconha e Salvia Divinorum, eu vi claramente que isso que chamamos de realidade é uma ilusão. É como se tudo fosse um faz-de-conta, um teatro que a gente tá encenando. Sabem quando a gente tá vendo um filme, e no filme há uma cena que é a gravação de um filme dentro do filme que estamos vendo (mas a gente ainda não sabe e acha que faz parte da realidade do filme), aí aparece o diretor e fala "corta", e então descobrimos que era apenas uma encenação que faz parte do filme? Então, foi exatamente essa a sensação que tive, como se aparecesse alguém e dissesse "corta" e toda a minha realidade revelasse sua falsidade e se desmontasse como se fosse um cenário de novela. Mas como sei que isso não é assunto do fórum não vou me estender mais, só relatei mesmo porque achei pertinente ao tema do tópico.

Quem se interessar e tiver um tempo livre, recomendo a leitura dos dois primeiros capítulos desse livro do Bertrand Russell:
http://charlezine.com.br/wp-content/uploads/Os-Problemas-da-Filosofia-Russell.pdf
 
eu já aceitei que tudo isso criado aqui só exsite pq estou vivo
se nao estivesse vivo nem vc nem o user que habita aqui e ali não estaria aqui
então o real sou eu e não vc, vc nasceu pq estou vivo e consciente disso
parece loucura contaminada mas isso sou eu
Isso se chama solipsismo, é além de uma visão filosófica, um tipo de síndrome dissociativa.
A outra idéia, de que nada é real (nem mesmo si próprio), é chamada de niilismo.

Ambas síndromes/idéias, quando realmente se acredita nelas, são sintomas de transtorno de despersonalização. Então quem se identifica com este tópico, já saiba do que se trata. Principalmente, se a sensação é persistente fora da trip.

E a quem ainda não se identifica, recomendo parar de pensar nessas coisas... Antes que seja tarde :LOL:

Agora um poema:

Is this the real life?
Or is this just fantasy?
Caught in a landslide
No escape from reality

:whistle:
 
A outra idéia, de que nada é real (nem mesmo si próprio), é chamada de niilismo.

Não sei se essa é uma definição que se encaixa bem no conceito de niilismo. Os niilistas, apesar de negarem os conceitos políticos, sociais e religiosos vigentes não parecem questionar a existência da realidade em si.

Além disso a idéia de que vivemos em uma espécie de mundo ilusório ou não real é bem mais antiga. Séculos e séculos antes da formação da formalização do conceito filosófico de niilismo, que é de origem ocidental (européia), os budistas já ensinavam que nada tem existência intrínseca.

"Todos os fenômenos são desprovidos de existência intrínseca. Aqui estamos falando de shunyata, vacuidade. Quando dizemos todos os fenômenos, isso inclui todas as coisas, até mesmo o Buddha, a iluminação ou o caminho. Os buddhistas definem fenômeno como algo que possui características e que seja um objeto percebido por um sujeito. É a ignorância que toma o objeto como algo externo e faz com que ignoremos a verdade daquele fenômeno. A verdade do fenômeno é o que denominamos shunyata, vacuidade, o que dá a entender que ele não possui uma essência que exista verdadeiramente."

https://teonanacatl.org/threads/budismo.5003/page-17#post-160221



eu já aceitei que tudo isso criado aqui só exsite pq estou vivo
se nao estivesse vivo nem vc nem o user que habita aqui e ali não estaria aqui
então o real sou eu e não vc, vc nasceu pq estou vivo e consciente disso
parece loucura contaminada mas isso sou eu

Isso se chama solipsismo,

Já o solipsismo realmente parece se encaixar bem com a visão expressa pelo @Mexicouts. :D
 
Última edição:
"será que eu sou real?.
será que você é real???
Essas perguntas são aquelas clássicas perguntas sem resposta: "o que é o universo?", "de onde viemos?", "para onde vamos?", "esse mundo é real?" etc. A filosofia não tem as respostas, a ciência também não. Não tem resposta.

algo tao complexo como a humanidade não deve ser apenas uma coincidência,mas ao mesmo tempo talvez ela seja uma coincidência,de algo maior que rege todo os planetas e universos.
Complexidade, no sentido geral da palavra, é algo totalmente subjetivo. Eu não acho o ser humano nem um pouco complexo, tanto que, mesmo com nossa capacidade e ferramentas extremamente limitadas, já temos vasto conhecimento sobre nós mesmos. Pra falar a verdade, acho os seres humanos até bem previsíveis, mas vai de cada um.
 
Esse mesmo sentimento de desconfiança sobre a natureza da realidade (ou síndrome dissossiativa :unhas:) foi e é muito importante na minha caminhada espiritual.
Negar para afirmar!
 
Essas perguntas são aquelas clássicas perguntas sem resposta: "o que é o universo?", "de onde viemos?", "para onde vamos?", "esse mundo é real?" etc. A filosofia não tem as respostas, a ciência também não. Não tem resposta.
Do ponto de vista de psicologia, essas perguntas são bastante relevantes, sim... Ter dúvida sobre a realidade é diferente de questionar sobre o que as coisas são, de onde vêm e para onde irão. Enquanto a pessoa em geral aceita que o Universo existe e que talvez não haja uma resposta para o porquê, duvidar da realidade tem um impacto direto na vida da maioria que sofre disso.

No sofrimento por uma conclusão a que não se chega (sobre a realidade), o que vem em seguida raramente será ter uma vida funcional. Quem sofre de despersonalização tende a:
  • não fazer nada, pois não há porque fazê-lo,
  • fazer tudo em excesso, pois as consequências também "não são reais", ou
  • suicídio, pois a dúvida consome e causa sofrimento.
Diferente das outras perguntas sobre a vida, a dúvida sobre a realidade tem uma resposta muito objetiva: SIM, é real.
Uma possível conclusão (a duras penas) de quem tem esse tipo de dúvida, principalmente o solipsismo, é decidir (escolher) que o restante NÃO existe, apenas a si próprio. E esse tipo de psicose leva normalmente a:
  • a crença de que todo o resto, ou partes do resto, são criados pela própria mente;
  • decorrente do item acima, a falta de empatia com outras pessoas e coisas, ou uma empatia seletiva a aquilo que se acredita ter "criado" e que seja visto como virtuoso (o que normalmente exclui pessoas);
  • problemas sociais (quando não crimes) decorrentes dessa falta de empatia pelo sofrimento alheio.
A diferença entre a filosofia e psicologia, nesse caso, é o efeito que isso tem sobre o indivíduo. É diferente seguir um raciocínio filosófico, ou contemplar a impermanência budista, de realmente acreditar que o que está ali, e se tem por chão, na verdade não existe.
Mesmo com o conhecimento das várias e diferentes filosofias que tentam explicar esse tipo de coisa, uma pessoa despersonalizada irá sofrer com isso, pelo simples fato de que essa ausência de realidade e sentido nas coisas será constante, mesmo quando não se pensa nela.

Não sei se, talvez, as idéias filosóficas / budistas decorram da observação do fenômeno psicológico... Mas o contrário não parece ser verdadeiro, enquanto a vivência da despersonalização não depende de se conhecer esse tipo de filosofia. Talvez os filósofos originais sofressem disso?
 
Talvez os filósofos originais sofressem disso?

Creio que os quadros patológicos são bem diferentes das propostas filosóficas ou religiosas. Inclusive no ponto de características emocionais, como empatia.
 
A psicologia, por mais interessante que seja, não sai da análise de um ou mais indivíduos, seus comportamentos, e padronização deles.
A filosofia é mais abrangente. De certo, é menos invasiva e profunda no que concerne à auto-análise. Mas é complicado compara-las no mesmo discurso.
Dizer que esse mundo é real pode ser apenas um indício do seu ego querendo se apegar à qualquer coisa que torne sua vida válida.
Real ou irreal são bem definidos e diferenciados pela psicologia. Mas para a filosifia, que não olha apenas para indivíduos, mas para o todo, a realidade é apenas uma palavra.
Psicologia é analisar folhas. Filosofia é analisar a árvore inteira.
Na minha opinião, crer que tudo isso não é real, ou ter menor empatia pelos outros, e etc., são apenas características. E descrevem uma personalidade bem diferente daquilos que estamos mais acostumados a ver, ou desejar, mas não torna a pessoa um ser sem personalidade, como a própria palavra (despersonalização) leva a entender.
 
ter menor empatia pelos outros, e etc., são apenas características

Ter menor empatia é uma característica algo ... importante.

Psicopatas, por exemplo, demonstram pouca ou nenhuma empatia. E aí, mesmo sabendo o que é certo é o que é errado, nos vários níveis em que esses conceitos podem ser discutidos, podem seguir suas vontades e praticar atos danosos a outros sem serem incomodados pela empatia, e sem sentir culpa.

Agora, que a psicologia não veja o todo é um ponto discutível. E, quando confrontados com tal opinião, psicólogos e terapeutas sempre podem retrucar com o ponto de vista de que se conhecer é o mais importante e leva ao conhecimento do todo. Mas realmente é complicado compará-las no mesmo discurso.

"Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo."
 
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