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Décima Experiência 5g - Cubensis - EXP. TRANSCENDENTAL

felipeleox

Esporo
Cadastrado
20/12/2021
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Ao longo das nove experiência anteriores, busquei muitas informação através de livros, artigos, documentários, relatos pessoais e etc., sempre com o objetivo de entender melhor como as substâncias interagem dentro de nossos corpos e quais os contextos de uso ao longo dos tempos. A curiosidade sobre os efeitos de uma dose mais alta sempre estiveram em meus pensamentos.

Até então a maior dosagem que havia experimentado era de 4g, e não havia sido necessariamente uma experiência "boa". Pensei muito sobre ela para tentar melhorar o "Set & Setting" de uma futura dosagem de 5g.

Justamente por não ter ideia de como seria, pensava em tomar essa dose num dia sozinho em casa, sem minha esposa.
Eis que ela tirou uma semana de férias do serviço e fez uma viagem para visitar a família. Passei a semana toda sozinho (apenas com os cachorros), e acabei planejando ter a experiência no sábado 05/03/22.

Ao longo da semana pensei muito sobre o que eu faria durante a trip, em que cômodo da casa ficaria, quais músicas escutaria... Até que tudo foi se encaminhando para um bom planejamento.



Aqui vale uma contextualização:

A mais de 10 anos eu tenho interesse pela sonoridade da música clássica indiana, especialmente pelo Sitar:

Lá pelos 16 anos de idade, ao escutar o instrumento nos discos dos Beatles e apresentações do Ravi Shankar, me veio na memória um quadro do programa Castelo Rá-Tim-Bum que assistia quando criança na TV Cultura: "passarinhos" que viviam no lustre do castelo mostravam algum instrumento musical, sendo um deles o Sitar (chamado "erroneamente" de Cítara):

Na adolescência eu já tocava guitarra e fui procurar saber mais sobre o Sitar, mas as informações eram muito escassas. Não encontrava o instrumento para comprar, muito menos um professor.
O tempo foi passando, sempre que eu tinha acesso a essa sonoridade pesquisava novamente, e nada.

Até que neste ano, lendo a autobiografia do Luiz Thunderbird (ex VJ da MTV), ele menciona uma entrevista que fez com o sitarista Alberto Marsicano. Fui assistir a entrevista no Youtube, comecei a pesquisar mais sobre o sitar e finalmente encontrei um a venda na internet!

Já era alguma coisa, mas não me considerava em condições de avaliar um instrumento que nunca havia nem chegado perto. então continuei buscando contato com algum sitarista (visto que o Marsicano já faleceu). Coincidentemente havia sido lançado um livro em português no fim de 2021 sobre o sitar e a música clássica indiana. Comprei o livro, li, entrei em contato com o autor e ele me passou o contato de outro sitarista. Conversamos e finalmente estava marcada minha iniciação no Sitar indiano.

Como finalmente essa experiência estava próxima da minha realidade, passei a escutar muito mais intensamente discos que contêm o Sitar, e apresentações de músicos indianos.

Voltando à experiência...




Conheci através no YouTube a sitarista Roopa Panesar, e além de escutar, estava gostando muito de assistir as apresentações ao vivo para tentar entender um pouco a dinâmica do instrumento, a postura exigida pra tocar, movimento das mãos, etc.

Acho que pela quinta-feira eu já estava decidido que a experiência de 5g seria ao som de uma playlist dessas apresentações de Sitar tocando música clássica indiana.

Minha outra preocupação era de talvez passar mal (vontade de vomitar, dificuldade para me mexer, coisas do tipo), então no dia da experiência eu já deixei rolos de papel higiênico, baldes, sacolinhas plásticas e garrafas de água espalhadas pela casa para alguma eventual necessidade.

No sábado lembro de almoçar coisas leves pelas 11h, e as 14h comi os cogumelos desidratados, acompanhados de um suco de limão e mel.

Foto de Felipe Leonardo Da Silva.jpg

Montei a playlist com 7h de apresentações ao vivo de Sitar, fui para o banho, meditei por uns 5 minutos, acendi um incenso e depois me deitei para começar a assistir as apresentações. Os efeitos foram surgindo aos poucos como de costume.

O primeiro vídeo foi interessante pois antes da apresentação "em si", havia um tipo de mini documentário falando sobre a música, e pude assistir esse início ainda com os efeitos leves.

A intensidade foi subindo, as cores mais vivas, o som cada vez mais envolvente, e começaram algumas percepções visuais interessantes pela forma como o concerto havia sido filmado. Os dois músicos estavam num teatro sem plateia (devido a pandemia COVID-19), mas o palco era giratório. Então a câmera pegava os músicos num movimento lento, e no fundo as cadeiras do teatro "giravam". Lembro que isso deu um impacto durante a subida dos efeitos percebidos.

Sentia que estava cada vez mais "entendendo" os sons, e aprendendo mais sobre aquela sonoridade naquele momento, e como estava feliz por finalmente conseguir um acesso no "mundo real" para aprender esse instrumento.

Terminada essa primeira apresentação, os efeitos já estavam bastante altos, correlaciono com o pico das minhas experiências anteriores de 3g. O segundo vídeo começou e logo de cara já estava tendo visuais bem intensos.
Nessa apresentação, os músicos estão num local mais aberto, bastante claro, e o fundo tem uma parede com vários tijolos de tonalidades diferentes. Eu via os tijolos e os detalhes do tapete se "movimentando e respirando" de acordo com os sons, e cada vez mais "dentro" da música, focando nos sons e não pensando em mais nada que não fosse o vídeo e o som em si.

Eu estava deitado de frente para a tv, e comecei a perceber que eu movimentava o corpo de acordo com o som, e comecei a sentir prazer ao fazer esses movimentos, especialmente nas costas.



Aqui mais uma contextualização:

A cerca de 2 ou 3 meses eu vinha sentindo um tipo de desconforto na região lombar. Não sabia se era por conta de estar indo muitas vezes de bicicleta para o trabalho, se era a cadeira que utilizava lá ou o sofá de casa, se é estar mais velho mesmo... Mas por alguns dias eu sentia esse desconforto, nunca chegou a doer, mas eu ficava "sentindo" a lombar de uma forma que não sentia antes.
Quando pensava em ir ao médico para averiguar, a sensação melhorava. Alguns dias depois, voltava...




Ao movimentar a região da lombar aos poucos, sentia um prazer mais intenso do que em outras partes do corpo, e fiquei uns minutos dessa maneira: Foco total no vídeo e som, movimentando o corpo de acordo com a música e percebendo essa sensação boa de todo o conjunto.
A apresentação foi seguindo, a música vai ficando mais intensa, e junto disso a percepção e os meus movimentos, era como se eu estivesse em um tipo de transe, sendo guiado pelo som, a sensação de bem estar, prazer e felicidade aumentando...

E é agora onde nenhuma descrição que eu faça vai conseguir transmitir o que eu senti, mas vou tentar:

Foi como se "eu" não fosse mais "eu". Meu corpo e mente estavam conscientes, mas sem realmente pensar em mais nada que não fosse o que os olhos viam no momento, no som que estava tocando no momento, e nos movimentos que meu corpo fazia de acordo com a música. Havia uma sensação de prazer extremamente intensa e ininterrupta que parecia uma junção de muitos tipos de sensações boas simultâneas, tanto mentais quanto físicas. Tudo isso sem a minha própria intervenção, ou direcionamento de pensamento, ou escolha de movimentação física.
O grande "baque" foi quando esse estado parou de se "manter no alto" e começou a cair um pouco. Em um ponto dessa "queda", o "eu" se deu conta de que haviam passado muitos minutos onde o "eu" não estava lá. Mas mesmo com a "volta do eu", a sensação de bem estar e prazer continuou extremamente alta.

Já havia acabado o vídeo anterior (do fundo de tijolos) e estava em outra apresentação. As distorções visuais estavam mais intensas, eu olhava para o rosto da sitarista e via tudo desfigurado, olhos em posições erradas, as vezes mais olhos... pensando agora, realmente era uma visão muito bizarra, mas naquele momento não me causou nenhum tipo de desconforto ou estranheza, e eu percebia que havia notas em específico que me davam sensações específicas.

Como por exemplo uma sequência de notas que foram se repetindo e eu fui sentindo vontade de vomitar, as notas repetindo e a vontade aumentando, até que a música mudou de andamento e a sequência de notas mudou abruptamente e no mesmo instante a vontade de vomitar passou e já sentia outra sensação. Dependendo do som eu sentia calor, frio, sede, enfim... Eu sentia que a música me controlava. Literalmente.
Vale comentar que tive a impressão de que meu corpo contraía e movimentava algumas partes que eu talvez nunca tinha percebido, e havia realmente um prazer físico ao sentir essas movimentações. Era como se naquele momento eu tivesse realmente uma consciência corporal muito grande, inúmeras vezes maior do que o normal.

Quando esse outro vídeo terminou, consegui me levantar, ir ao banheiro, beber água etc., mas eu não conseguia ficar parado. Tudo o que fazia estava com o corpo se movimentando de acordo com a música, e quando terminei de fazer as coisas que fui fazer quando levantei, simplesmente fiquei andando por toda a casa, no "balanço" dos sons do vídeo.

Comecei a pensar sobre a sensação que tinha tido, dessa "ausência do meu eu" (acho que é isso que querem dizer com a tal dissolução do ego), e como a sensação era realmente boa. Lembro de pensar isso no dia, muitas vezes, e mesmo depois, e relembrando agora escrevendo o relato, foi a melhor sensação que eu já tive em toda minha vida, sem comparação.

Pensei sobre como tudo o que eu havia feito na vida até então tinha valido a pena. Pois tudo o que fiz, e o que fizeram por mim, me levou para esse momento e essa experiência realmente fantástica e transcendente.

Lembro de pensar que eu gostaria muito que essa sensação não parasse nunca, me lembro de cogitar comer tudo o que eu tinha de cogumelo desidratado em casa para o "efeito não passar". Mas logo depois de ter esse impulso, concluí que isso não seria bom. Mas realmente, esse impulso foi grande.

Também tive o pensamento de que aquele seria o melhor momento para morrer. Eu estava tão bem que, se havia um "melhor momento para morrer", era aquele.

Realmente a sensação foi muito forte.

Gravei alguns áudios tentando descrever o que eu sentia, lembro de tentar falar e não sair quase nada, por não conseguir organizar as sensações em palavras. Inclusive escutei esses áudios hoje para escrever esse relato, mas não foram muito úteis justamente por isso. Eu consigo perceber na entonação a minha euforia, mas as palavras são muito poucas se comparar com o que estava sentindo.

Depois comecei a me sentir realmente grato por ter uma condição de vida que me possibilitou essa experiência, pensava nas pessoas próximas que fazem parte da minha vida (inclusive mandei um áudio para minha esposa em agradecimento), nas pessoas que não conheço pessoalmente mas de certa forma também fazem parte da minha vida (seja através de música, literatura, cinema) por de certa forma me mostrarem coisas que eu pude me interessar para depois buscar, e também por aquelas pessoas totalmente distantes num âmbito temporal (os antepassados que foram interagindo lá atrás para que hoje possamos ter nossa estrutura de sociedade, que apesar de todos os problemas, é uma coisa fantástica).

Foi realmente algo impactante sentir aquilo, saber que é possível sentir aquilo, e ser uma pessoa que teve o privilégio de sentir aquilo.

Particularmente não atribuo a sensação apenas ao cogumelo, mas a junção total das coisas que aconteceram na minha vida até o momento de expor meu corpo a 5g de cogumelos, dentro desse contexto específico, com esse "Set & Setting".

Sou grato também pela existência desse fórum que proporciona esse espaço de compartilhamento fantástico, que certamente também contribuiu para essa minha experiência.

Os efeitos intensos permaneceram até as 19h. Confesso que foi estranho e "ruim", começar a voltar para um estado de normalidade, visto que o pico foi muito muito bom.

Então parei um pouco a música, fiquei somente pensando e fazendo as "coisas da casa" como dar comida para os cachorros, limpar o quintal, arrumar as coisas que saíram do lugar enquanto meu corpo se movia sem o meu "eu", tomar banho, jantar...

Depois de tudo organizado novamente, fiquei bastante indeciso sobre tomar mais uma dose de 5g ou não.
Normalmente eu não faria isso, mas fiquei pensando que talvez não conseguiria reproduzir esse "Set & Setting" em outro momento. Então pelas 23h eu comi mais 5g, fiz uma nova playlist de 6h de apresentações de sitar, e me deitei novamente para assistir.

Sinto que o fato de já esperar o que eu gostaria de sentir foi um pouco ruim, afinal, parte da experiência anterior ter sido tão intensa foi não ter ideia de que aquilo era possível, e também já havia lido que o corpo cria um tipo de "resistência" na forma de absorção da substância após a digestão. Logo, os efeitos dessa segunda ingestão no mesmo dia seriam mais fracos.

E realmente, comecei a sentir os primeiros efeito só depois de quase 2h, e já estava "certo" de que não atingiria o estado sem o "eu" presente. Tive a ideia de fumar maconha para tentar potencializar os efeitos, e surpreendentemente funcionou.

Próximo das 2 da manhã a movimentação do corpo junto da música foi ficando mais forte e tive alguns minutos da experiência mais intensa sem o "eu" e a sensação de bem estar e prazer extremamente altos. Em duração foi muito menor do que a primeira ingestão de cogumelos do dia, mas aconteceu.

Depois de "voltar", já sentia um cansaço grande, acabei até apagando e dormindo no chão por quase 2h. Quando acordei sentia que estava ainda com um pouco dos efeitos, mas desliguei a tv e fui dormir.


Definitivamente foi uma experiência sensacional. Desejo realmente que todas as pessoas possam em algum momento sentir essa sensação, perceber como nossos corpos são capazes de alcançar um estado de bem estar inimaginável.

Sobre a questão da minha lombar, já no dia seguinte após a experiência eu senti que a sensação na região estava diferente e menos intensa. No terceiro dia após a experiência essa sensação passou totalmente, e até o momento não tive mais esse problema de ficar "sentindo" a lombar de uma forma estranha.
Acho que de alguma maneira durante a experiência fiquei em posições e fiz movimentos que auxiliaram na melhora daquela região, e talvez nos dias seguintes eu consegui manter uma postura melhor para não forçar essa região.


E em complemento à questão do Sitar,
No meio de março fiz minha viagem para participar da imersão de música clássica indiana, fiquei 7 dias numa comunidade vegana, praticando yoga, meditação, e claro, aprendendo sobre a música clássica indiana e tocando Sitar. Foi uma vivência muito boa.
Meu próximo passo é adquirir meu próprio Sitar e continuar os estudos.



Obrigado por ler até aqui e desejo boas experiências psicodélicas a você!​
 
Uau, hem @felipeleox, um lindo relato de uma experiência maravilhosa.

Gostei muito de toda a noção de cada parte do seu corpo, de si, de se perder de si, de voltar a si, de se encontrar com esse setting, muitas coisas mesmo.

Mas vamos por partes aos principais comentários... :)

Ao longo das nove experiência anteriores, busquei muitas informação através de livros, artigos, documentários, relatos pessoais e etc., sempre com o objetivo de entender melhor como as substâncias interagem dentro de nossos corpos e quais os contextos de uso ao longo dos tempos

Isso, boa. Fazer isso é fundamental para tornar nossa mente (set) mais adequada para experiências mais profundas.

Pensei muito sobre ela para tentar melhorar o "Set & Setting" de uma futura dosagem de 5g.

Aí que tá o maior proveito de subir as dosagens devagar: saber que pra ir além dos 4g de antes você teria que fazer esse reforço de set e setting - que deu muito certo.

Passei a semana toda sozinho (apenas com os cachorros), e acabei planejando ter a experiência no sábado 05/03/22.

Aí, tá vendo, o Universo te ajudando a ter essa primeira experiência com quebra de ego sozinho, como seria mais adequado pra você nesse momento, segundo sua intuição. Nas próximas, talvez fique mais de boa em tê-la por perto, mas agora tinha que ser assim. A própria "solidão" da semana te levando a uma maior interiorização, inclusive.

finalmente estava marcada minha iniciação no Sitar indiano.

Como finalmente essa experiência estava próxima da minha realidade, passei a escutar muito mais intensamente discos que contêm o Sitar, e apresentações de músicos indianos.

Hmmm... que massa.

Minha outra preocupação era de talvez passar mal (vontade de vomitar, dificuldade para me mexer, coisas do tipo), então no dia da experiência eu já deixei rolos de papel higiênico, baldes, sacolinhas plásticas e garrafas de água espalhadas pela casa para alguma eventual necessidade

Perfeito. Preparação do setting para prevenir qualquer situação desagradável de ser ainda mais desagradável.

Eu via os tijolos e os detalhes do tapete se "movimentando e respirando" de acordo com os sons, e cada vez mais "dentro" da música, focando nos sons e não pensando em mais nada que não fosse o vídeo e o som em si.

Consigo quase sentir a sua respiração enquanto começava a alçar o vôo mais alto.

comecei a perceber que eu movimentava o corpo de acordo com o som, e comecei a sentir prazer ao fazer esses movimentos, especialmente nas costas.

Não é mesmo??? Dançar sob cogumelos, quando os efeitos permitem levantar, é algo tão... único... em especial quando a dança envolve algo de espiritual.

Havia uma sensação de prazer extremamente intensa e ininterrupta que parecia uma junção de muitos tipos de sensações boas simultâneas, tanto mentais quanto físicas. Tudo isso sem a minha própria intervenção, ou direcionamento de pensamento, ou escolha de movimentação física.

Isso é uma ótima descrição de...

Comecei a pensar sobre a sensação que tinha tido, dessa "ausência do meu eu" (acho que é isso que querem dizer com a tal dissolução do ego),

... sua primeira dissolução de ego.

A "morte do ego" pode ocorrer de muitas e milhares de formas. E a sua descrição é maravilhosa de sentir e foi bem profunda.

cogitar comer tudo o que eu tinha de cogumelo desidratado em casa para o "efeito não passar". Mas logo depois de ter esse impulso, concluí que isso não seria bom. Mas realmente, esse impulso foi grande.

Foi realmente algo impactante sentir aquilo, saber que é possível sentir aquilo, e ser uma pessoa que teve o privilégio de sentir aquilo.

Particularmente não atribuo a sensação apenas ao cogumelo, mas a junção total das coisas que aconteceram na minha vida até o momento de expor meu corpo a 5g de cogumelos, dentro desse contexto específico, com esse "Set & Setting".

Kkkkkkk e eu achando que você não ia comer mais kkkk mas ok, faz parte, eu também já fiz...

Às vezes... estamos num embalo né... o momento pede uma redosagem... não sei dizer...

Interessante mesmo que você fez de forma bem responsável.

Normalmente eu não faria isso, mas fiquei pensando que talvez não conseguiria reproduzir esse "Set & Setting" em outro momento. Então pelas 23h eu comi mais 5g, fiz uma nova playlist de 6h de apresentações de sitar, e me deitei novamente para assistir.

Sinto que o fato de já esperar o que eu gostaria de sentir foi um pouco ruim, afinal, parte da experiência anterior ter sido tão intensa foi não ter ideia de que aquilo era possível, e também já havia lido que o corpo cria um tipo de "resistência" na forma de absorção da substância após a digestão. Logo, os efeitos dessa segunda ingestão no
mesmo dia seriam mais fracos.

Sim, há tolerância que se desenvolve a partir da 6ª hora após a primeira dosagem. Mas até mais horas à frente, ainda dá pra dar um bom gás antes da tolerância ficar forte demais, como fica no dia seguinte.

Tive a ideia de fumar maconha para tentar potencializar os efeitos, e surpreendentemente funcionou.

Pra mim, não tem surpresa nenhuma kkk. A erva, na fase do topo, te joga lá pra cima - a viagem à lua vai parar no espaço sideral! Por isso eu, particularmente, quando fumava erva, não fumava no topo em dosagens altas, porque a coisa fica louca e pandemônica demais. Só fiz quando entidades me mandaram fazer... Mesmo se eu tivesse tomado pra fins de entretenimento, no topo da loucura não fumava pra ficar mais, porque a coisa já é intensa demais. Então, é esperado o que houve.

Quando eu ainda fumava uns-milhares-zinhos e tinha imersões não-religiosas... fazia na acelaração pra reduzir o mal-estar, e também após o pico pra ter breves retornos ao pico.

Sobre a questão da minha lombar, já no dia seguinte após a experiência eu senti que a sensação na região estava diferente e menos intensa. No terceiro dia após a experiência essa sensação passou totalmente, e até o momento não tive mais esse problema de ficar "sentindo" a lombar de uma forma estranha.
Acho que de alguma maneira durante a experiência fiquei em posições e fiz movimentos que auxiliaram na melhora daquela região, e talvez nos dias seguintes eu consegui manter uma postura melhor para não forçar essa região.

Pois é!!! Experiência muito intensas fazem a gente contrair tudo que é músculo!!! Isso gera alguns resultados no tônus muscular que podem ser bem sensíveis.

Por exemplo, ficar 4 horas se debatendo numa cama, que costuma ocorrer comigo, é algo que me faz levantar sentindo todos os músculos trabalhados.

Não sei se já li em algum lugar, mas pode ser que inclusive o cogumelo ajude na musculatura... Não como faz em termos mentais, bem menos, mas faz.
 
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