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Chá de 1 Ano na Geladeira faz Efeito? / Ódio, muito Ódio (xp 79)

Esse chá guardado há 1 ano na geladeira, vai se manter psicoativo?


  • Total de votos
    9

ExPoro

Enteogenista Apaixonado pela Vida
Cultivador confiável
14/04/2015
3,699
1
64
16489599176328993540511294428040.jpg ==> essa coisa linda de aparência duvidosa mas ainda com cheiro de maracujá em pó será tomada assim que eu acordar. E eu quis fazer esse relato em duas partes. Hoje (domingo) no começo da tarde, a tarde, ou outro dia, irei vir narrar a experiência com este chá.

Mas agora, antes de tudo, uma enquete...

Ele foi feito há cerca de 1 ano, e se encontra na geladeira onde o esqueci. Por não ter nada escrito, a dose estimada é de 60 gramas frescas, junto com os outros 2 de 60 gramas frescas que estão no mesmo período no congelador. Sei que os do freezer estão ativos ainda, e aposto que este aqui também. E acho que perdeu nada ou quase nada de psicoatividade, por se encontrar numa gaveta escurecida da geladeira, mas principalmente por ter sido feito com Vitamina C, que impede a oxidação.

E é isso. E aí, vai dar o efeito de 60 gramas frescas, ou não vai dar?

Minha aposta é que vai.

Façam seus votos na enquete antes de lerem o relato, se eu já o tiver feito. Pra dar graça. Não pode mudar depois o voto, e seus votos podem ser vistos. Não se preocupem de errar, é humano e isso é só uma brincadeira, e todos aprendem o tempo todo.

Nunca fiz isso, então neste relato da 79ª experiência resolvi fazer essa "brincadeira-teste" pra dar uma variada nas narrações dos relatos. Este aqui será "interativo" desta forma.

Eu já ia tomar, não é porque achei ele, mas o achei recentemente, quando já tinha decidido tomar, kkk.

Enfim, até depois do lado de lá..............

Edit: o resultado e o relato em si ("Ódio, muito Ódio"), estão após as 4 primeiras respostas dos nobres membros do fórum, abaixo.​
 
Última edição:
apos um ano na geladeira ele fermentou deve estar levemente alcoolico. minhas apostas são que funcione, porém a diarréia vai ser braba.
como nao havia a opçao vai funcionar mas vai dar diarreia votei na diarreia pq vai dar mesmo. heheheh
 
Se tiver o suco de maracujá nessa receita
Ele pode sim ter fermentado😄
Mas se ao abrir a garrafa ele não estava com pressão dentro da mesma tá de boa
Já com gás dentro e outra
Vai dar brisa
 
Tudo pelo bem da ciência!

Só espero que você tenha sobrevivido (inclusive suando frio com a sua demora em vir escrever o relato kkkk)
 
Bora pra resposta:
Letra B - perdeu um cado de potência, apesar de permanecer psicoativo de uma forma forte. Diria que perdeu cerca de 50% da potência mesmo, talvez até um pouco mais. Mas os efeitos foram bem intensos, só não foram de 60 gramas frescas pra quem está há mais de ano sem tomar cogumelos. Engraçado que, no momento em que dou a resposta, foi a única opção que ninguém acertou hehehe. Agora, ao olhar o chá como era (bem amarelinho, como os que estão no freezer) e como estava (escurecido), eu podia ter deduzido que de fato houve boa oxidação da psilocibina e que não seria 100% de potência nunca...

Aos comentários dos amigos:
apos um ano na geladeira ele fermentou deve estar levemente alcoolico. minhas apostas são que funcione, porém a diarréia vai ser braba.
como nao havia a opçao vai funcionar mas vai dar diarreia votei na diarreia pq vai dar mesmo. heheheh

Eita! Não sabia que podia fermentar! Mas desconfiei que podia estragar, dei uma cheirada antes e tava tudo OK. Só aí depois disso tomei. ;)

Talvez o gengibre tenha funcionado pra não fermentar em um ano??? Mas não sei se esse chá tinha gengibre... Devia ter, mas o maracujá em pó mágico disfarça tudo.

iae exporo, ta precisando de hipoglos hoje?

Até tô, de tanto que sinto que a vida tá me f*****o no dia de hoje, hehehehe.

Se tiver o suco de maracujá nessa receita
Ele pode sim ter fermentado😄
Mas se ao abrir a garrafa ele não estava com pressão dentro da mesma tá de boa
Já com gás dentro e outra
Vai dar brisa

Entãããão, o maracujá era em pó mágico, daqueles que tem 0,001% de fruta. Que sorte neh! kkk

Tudo pelo bem da ciência!

Só espero que você tenha sobrevivido (inclusive suando frio com a sua demora em vir escrever o relato kkkk)

Kkkkk, obrigado, @MarceloHirosse! É, a gente faz do nosso corpo umas experimentações, né. Eu demorei mais porque... ontem tava tão bom de pós efeitos, que escrever ia me fazer sair da pós-vibe baiana que se abateu em mim sobre a rede com água de coco kkkk

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E agora ao...

RELATO (76 XP) - Ódio, muito Ódio


Bem, tomei o chá e graças a Deus só o gosto do maracujá, sem gosto de cogumelo. Essa mudança foi minha substituição de mel para ajudar no gosto, e deu muito certo. Foi uma sugestão de um caçador de cogumelos com quem tomei chá certa vez, e gostei muito (Bailado dos Urubus (xp 42 a 49)). Zero gosto de cogumelos, e como é em pó, não adiciona volume ao chá.

No dia anterior (sábado quase meia-noite) fiz um preparo de set e setting na parte das músicas "religiosas típicas" (não gosto desse termo, pois Pink Floyd é música religiosa pra mim, no sentido estrito da palavra, e não no "modo de dizer"). Preparei os arquivos pra tocar offline e deixei depois de 3 álbuns de Pink Floyd (Momentary Lapse, Division Bell e Endless River), pois como não sabia a intensidade dos efeitos, tinha que garantir que a primeira parte da experiência seria com uma trilha sonora à qual já estou adaptado a fazer imersões, o que acabou se provando uma boa escolha.

Às 08:30h da manhã de domingo (ontem) a dosagem foi tomada.

De começo pensei, como de praxe quando a gente tem dúvida, "esse negócio perdeu toda a potência ou só vai dar uma brisa", mas fui vendo que comecei a ficar com mais cansaço e vontade de sentar. Após as 9h, bateu daquele jeito que eu me jogo na cama e fico agachado, como se estivesse virado pro sol rezando no chão sobre um tapete, tal qual os muçulmanos. Não sei porque, mas esta é a posição que mais fico nas partes mais complicadas da aceleração, pra que me sinta menos enjoado, e de alguma forma mais reflexivo e respeitoso ao falar com o cogumelo, com entidades e com Deus-Deusa.

Bem, sobre as questões morais e éticas e de cura em si, que venho trabalhando há tempos, consegui alguns avanços.

Chorei bem, pedi que Deus abençoasse a vida do médico que me causou um prejuízo a ponto de jogar minha família em risco de miséria por pura corrupção, pra proteger um amigo dele. Foi 100% inesperado que um perito tivesse conexão íntima com alguém do serviço que tinha me adoecido. É que em 2020 eu trabalhei o perdão aos ex-colegas, mas em 2021 fui surpreendido pelo médico perito me tirar o nexo causal do nada na hora de aposentar após 5 anos de nexo causal reconhecido. Não teria problemas se fosse um médico isento, mas quando descobri que ele é amigo de infância de um dos meus ex-superiores (e o pior, um que nunca me fez nada de mal), descobri a razão de toda sua conduta estranha durante a entrevista, e de como forçou pra tirar o nexo causal: "olha aqui, Dr, eu fui sequestrado e saí vivo na chegada do trabalho", a essa verdade comprovada com B.O. e às 10 seguintes, inclusive ao "Dr, meu surto incapacitante foi no meio de um plantão, depois fiquei 3 dias sem conseguir respirar direito indo de hospital em hospital" como se podia ver do atestado da UPA de Campos até o Hospital de Jurujuba em Niterói, mas um breve e indiferente "nem tudo que ocorre no trabalho é pelo trabalho", sem sequer olhar nos meus olhos, resolveu tudo.

Esse é meu enfoque, inclusive. Fica esse resumo aí de básico e o mais detalhado abaixo. Já tenho ação na justiça para reverter o quadro, em que irei contar minha história perante um médico sem conexões anti-éticas com meu antigo posto de trabalho... enfim...

Mas seguem os detalhes nos parágrafos abaixo, em formato de citação. Recomendo que pulem. O assédio moral sofrido envolveu colocar minha vida em risco no ápice dos eventos, não se tratava de trabalho de escritório ou "zoação". O buraco é muito mais embaixo do que eu possa falar no fórum.

Contexto do ódio:

A questão é conseguir olhar na cara dele na entrevista de revisão e não... piorar minha situação jurídica, digamos assim. Minha doença me faz agir sem pensar li-te-ral-men-te, e por isso eu fui "encostado" - o que o médico-corrupto fez questão de fazer foi só tirar o nexo causal que me daria os direitos que tenho e não citar expressamente no laudo que a doença é psiquiátrica, eliminando qualquer chance de meu subsídio não ser reduzido em 80% (não há no DOU ninguém mais aposentado por "doença não especificada"). E quem acha que doença psiquiátrica se resolve com uma "mente forte", com o poder do amor, ou com o que for que seja... vai se achar perfeito e melhor que eu lá com quem compre seu discurso de superioridade. Doença adquirida de pânico com alto grau de psicose violenta se trata é com remédio psiquiátrico pra pânico e psicose, tempo de afastamento, psicólogo, (e no meu caso, por orientação médica) arte musical, ida a locais desestressantes, ficar longe de política, etc. O cogumelo entra no lado espiritual do meu tratamento, mas sem remédio, eu tava morto ou preso há 5 anos atrás. E o cogumelo só começou a fazer parte do tratamento depois de liberado pelo médico, após 8 meses de tratamento, pelo aspecto religioso em minha vida - e por acaso a psilocibina ajuda farmacologicamente.

Ocorre que... bem, a proximidade de ter que rever esse médico corrupto me pegou de surpresa. Eu não trabalhei sobre o perdão a alguém que viria de fora do ambiente de assédio moral, alguém que deveria me resguardar por obrigação legal e juramento de Hipócrates (que hipocrisia!), a minha saúde e à minha família por consequência, justamente enfiar uma trolha em mim e colocar todos que amo em risco de miséria - eis que são nove pessoas no total que dependem de mim financeiramente, inclusos filhos. Tudo isso pra proteger um amigo de infância. Azar o meu...

Como explicar? No dia que eu sentei pra ser entrevistado, eu já tava marcado. Ninguém me escutou. O que ele escutou deve ter sido o que foi dito em um churrasco na casa do amigo dele, a versão da chefia, dos amigos da chefia: "só um vagabundo tendando ganhar a vida fácil com uma aposentadoria gorda". E ter essa sensação de que isso vai se repetir, que vou chegar revisão como carta marcada, e que não tenho como provar isso... A sensação é horrível, repugnante e revoltante. E então eu comecei a buscar de novo o cogumelo pra conseguir elaborar uma empatia e uma superação, pra poder sentar na frente dele e não soltar meus pensamentos intrusivos de violência contra ele (que não podem ser controlados - leiam sobre "pensamentos intrusivos" antes de virem falar besteira sobre "controlar o que se pensa"), ou sobre eu usar o poder do meu cargo para prejudica-lo se eu voltar à ativa... daí pra cima. Apesar de que acredito que as coisas serão físicas, se eu não conseguir evoluir do ódio pro perdão, ou se eu não me dopar muito de rivotril no dia da entrevista. E não estou predizendo nem planejando nada ao dizer isso, pois a porcaria do maldito pânico não me deixa ter liberdade ou domínio dos meus atos quando está ativo (eu sou juridicamente inimputável pelos meus atos quando em crise), e se você acha que dava, então vai catar coquinho no meio do mato com a sua arrogante superioridade existencial-moral-mental. Pelo contrário, para não fazer nada com o Dr-corrupto (ou, irmão-em-Cristo), é que eu estou me aprofundando no tratamento com os cogumelos de novo, porque eles foram a única coisa que me fizeram progredir de volta à saúde mental, depois que os medicamentos psiquiátricos clássicos fizeram minha doença estacionar.

Terminado o contexto do ódio que me adoece e mata de dentro pra fora... Digo que hoje fiz um pedido ao RH para que minha revisão de benefício seja feito em outro local, usando argumentos geográficos e de saúde, pois a amizade do médico com o superior da chefia é fato conhecido dos colegas que ainda estão na ativa e que gostam de mim (e se revoltam com tudo que houve), e que não farei serem testemunhas no meu processo para não prejudica-los, pois não há outro meio de prova senão a testemunhal. Rezo que meu pedido possa ser concedido e minha revisão seja feita perante outra junta médica. (Mas se é junta?.. Você perguntaria. Chama-se corporativismo médico: "esse cara quer ferrar meu amigo", "ah, então que se exploda, vamos tirar o nexo causal").

O engraçado é que eu me ferrei com perseguições por não ceder ao corporativismo da minha profissão. E no fim a junta médica me ferrou por ser corporativista e proteger o interesse do médico-corrupto.

Bem... Agora falando de mim e da minha responsabilidade existencial...

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Chorei muito. Muito...

Pensei em como sou merecedor de cada gota de dor.
Que deixo um rastro de ódio em meu caminho. Em como é fácil me odiar, como sou odiável, como não dou nem tempo das pessoas verem um lado bom em mim. Sou chato, brigão, agressivo, arrogante. Meu rosto já dá raiva só de olharem. Não passo de um espírito de capeta achando que tem luz. Sei lá... É irritante conviver comigo. Sempre senti essa hostilidade, e claro que a culpa não é mundo, mas minha. Meu jeito irrita.

Isso tudo pensei de mim sob efeito. Mas, claro, agora, sem a mente expandida, tempero tudo pelos momentos em que posso e consigo ser amável, e pelas pessoas que me amam e que consigo dar amor. Onde acho espaço de gentileza para ser gentil, enfim.

Em algum momento já na fase mais adiantada da experiência em que já tinha destrancado a porta e ouvia as músicas "de religião típica", minha filha entrou no quarto e me viu chorando. Secou minhas lágrimas. Foi bem emblemático pra mim. Eu disse que estava chorando de felicidade quando ela perguntou a razão... ela me pediu pra abrir um chiclete, eu abri e ela saiu feliz do quarto.

Ao longo das músicas do Pink Floyd me foquei nessa questão toda desse Dr-irmão-em-Cristo, rezei pra que ele tivesse uma vida plena, junto com a família dele. Orei várias vezes: "que ele e seus descendentes tenham uma vida plena, cheia de amor e oportunidades", pra que nunca aconteça a ele o que fez comigo, e que "se tiver que pagar algum karma pelo mal que me fez, que tenha força, que seja aliviado". Mas eu sei que não posso julgar a ninguém. Não é porque alguém me fez mal que, aos olhos de Deus, da existência, do karma, do que for, que terá um peso tão grande quanto a dor que sinto. Somos, afinal, merecedores de sofrimento, ou não nasceríamos na Terra. Assim como somos também merecedores de felicidade. Tudo em sua própria medida.

Mas foi no álbum Divion Bell que eu explodi em percepção aumentada, nas 3 músicas finais do álbum, em suas temáticas, na limpeza apta a iniciar o processo de perdão e cura dos pensamentos intrusivos de ódio que começaram a se formar nas 2 últimas semanas.

E foi assim que me vi... merecedor de toda a dor. Até porque, fosse eu alguém muito elevado, sequer doente tinha ficado. Fosse minha fé grande, não teria caído prostrado e doente pela ameaça à minha vida causada por pura perseguição e deleite perverso que domina tal ambiente de serviço público.

E, bem, eu posso dizer isso a mim mesmo. Eu e o cogumelo. Ninguém mais. Não permito que me julguem, mas num fórum me exponho a ouvir julgamentos. Faz parte. Só não confundam meu silêncio com concordância. E não me defendo de acusações, pois pratico o Tao neste ponto. E aliás, se você for tão iluminado, não vai sair julgando e cuspindo regras de como alguém devia ter agido - ao fazer isso, só se demonstra inferior ao que se propõe a ser com palavras, contrariando-as em atos, estes sim muito mais válidos a comprovarem sua inferioridade moral e espiritual a mim, que já sou muito um serzinho odiável; imagine então você, que me cospe julgamentos e regras.

...

Quando as músicas católicas/evangélicas/heikianas/etc começaram, eu já estava na fase bem humorada da trip.

Seriam alguns detalhes, que pensei que narraria, que foram felizes e engraçados, já com as portas abertas e com alguns diálogos com a minha filha. Mas acho que já dei um tom muito pesado nesse relato pra o terminar leve. Vou deixar só alguns pontos:
  • Quando tocou a primeira música, calminha, eu pensei "que sorte, a primeira é calma". A segunda idem. A terceira idem. E só então me dei conta: "ah é, são músicas religiosas típicas, e não Pink Floyd, então são todas calminhas";
  • A música "Segura na Mão de Deus" não me impediu de cair da cama tentando segurar nas mãos dele literalmente, pra fazer graça. Quando minha filha me salvou do buraco que fui parar entre a cama e a parede, riu muito. Mas salvou primeiro a lixeira. Depois a mim. E abri outro chiclete pra ela;
  • Na música que diz "que todos os seres, de todos os mundos, sejam felizes", eu completei ao fim: "se não se matarem primeiro". E daí cheguei a uma conclusão com base na intolerância religiosa: "É Deus no céu, e ninguém na Terra", no que depender desse povo;
  • Horas depois da queda da cama me dei conta que tinham bolas de meleca que minha filha tinha posto na parede que estavam grudadas na minha perna como carrapichos, e a sensação não foi boa;
  • Descobri como segurar um milho nas dobras das mãos, e resolvi que este foi o maior insight de toda a experiência. Depois resolvi dar liberdade pro milho, o empurrei no chão, mas ele parava depois do impulso e não quis ir embora.

Ah... Tomei água de coco no topo da experiência, mas não gostei de sentir cada detalhes dos sais minerais contidos na água. Prefiro água normal mesmo.

E, bem, depois da experiência, me senti muito limpo e apto a retomar minha caminhada. Tanto em direção ao perdão, quanto em direção a buscar um novo emprego em que possa assegurar a mim e à minha família mais recursos e segurança. Espero que, se me retornarem à ativa antes de eu passar num concurso adequado à minha condição médica, eu tenha condições de me manter pelo menos são, e seja esquecido num canto na minha fazendo algo 100% administrativo.

O lado bom disso tudo? No fundo, não tenho porque ter ódio do médico. Ele foi apenas um instrumento para que eu saísse de onde estava e buscasse um futuro melhor, através da necessidade material. Tá certo que isso não foi muito bom pro meu tratamento, mas vai ser bom pro meu futuro... só eu continuar com o cogumelo, com o esforço de empatia e perdão, e trabalhando pra conseguir algo que é raro com quem tem esse meu tipo de doença: a cura. E eu vou chegar lá.

"Ah, porque você não volta pro trabalho e recupera seu salário?". Porque pobre a gente ainda pode criar filho, ter família e ser feliz. Mas preso (por matar coleguinhas e sair vivo) ou morto (por morrer matando), no caso de eu voltar sem estar curado ou em condições reais de conviver com coleguinhas, não terei como criar meus filhos. Não trocarei um salário pela minha vida. Nem deixarei que meus filhos cresçam com a fama de um pai assassino ou presidiário com 20-40 anos de sentença. Nenhum salário vale desfazer todo o progresso que fiz em direção à cura.

É isso. Fui.
 
Última edição:
olha que massa, foi legal mesmo!!! (sobre o gengibre, ele fermenta também, tanto que tem uma bebida fermentada igual kombucha feita de gengibre)
sobre a tripp, cara é assim mesmo. depois da 100a eu parei de contar e os relatos nao fazem mais sentido pra mim.
pelas minhas contas to chegando em 1050 até o fim do mês 4.
minha vida aqui é passeio. minha realidade se cria do lado de dentro, sabe? lá fora daqui.
problemas humanos sao pequenos diante de todo esse tempo lá fora, e isso ajuda muito aqui dentro de mim.
 
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