- 01/05/2006
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Olá irmãos e irmãs, é com muita alegria e satisfação que venho a vocês relatar mais uma de minhas experiências.
Tudo começa dia 30/05/08, eu lá no fundo sabia que estava precisando de uma luz, meu eu lá de dentro pedia para ser libertado mais uma vez, mesmo estando sempre alegre, e muito pensativo, um frio na barriga já me incomodava a algum tempo. É eu sabia, de alguma maneira, precisava muito libertar-me, algo parecia estar me segurando.
Fiquei o dia inteiro muito pensativo, muito mesmo, vagava pela casa sem rumo real, o pensamento era onde acabei permanecendo.
Como? Onde? Quando?
Perguntas que me cutucavam o dia todo, queria muito Ter um encontro acampado, com meu eu, envolto de tudo que mais amo, a vida, a natureza.
Eram 16:30PM e eu ainda estava muito pensante, sem qualquer reação física.
Em um estalo levantei, e comecei a juntar as coisas para acampar, com tudo quase pronto, tenho a brilhante idéia de chamar minha maninha, para acampar. Ela meio ocupada, responde com uma cara de quem não esperava fazer alguma coisa hoje: ...v..vamos, que horas?
Agora, arrume suas coisas e bóra acampar na montanha, ela concordou, chamei ela no quintal e cochichei baixinho... “eu vou comer os cogus”, com um sorriso ela olha para mim e diz que sou um guloso hhihsihsushs
Fomos terminar de arrumar as coisas, nos despedimos dos nossos pais que ficaram surpresos com nossa decisão repentina.
Pai, mãe eu lhes amo muito, partimos então, eu e minha irmã rumo a montanha.
Eram mais de 17:30, estava ficando escuro, armei a barraca de maneira mais rápida possível, eu e minha irmã conversando muito, estava muito alegre por poder estar ali com ela.
Com tudo pronto sentamos na barraca, expliquei tudo a ela, informando realmente como agir se alguém liga-se, expliquei tudo o que poderia ocorrer com o corpo de uma pessoa sobre efeitos dos coguts, contorções, falar sozinho coisas sem nexo, ou fazer sons estranhos, tremores e tudo mais, falei sobre como se comunicar com uma pessoa cogumelada se preciso e também como evitar interrupções na minha trip. Para deixa-la tranqüila mesmo.
Ok quando ela estava segura de Ter entendido tudo, abri o tuppowere onde estavam 3 penis envy 6 frescos conservados em geladeira, coloquei sobre uma tampa de margarina, levei também um pote de vidro cheio de cogumelos cultivados secos, entre eles cambodians, penisenvy6, psi-cub1 e 3(ex-selvagens domesticados), todos P.Cubie, peguei um punhado deles que acabou sendo +ou- a metade da quantidade contida no pote, coloquei os cogus secos em cima do papel alumínio, totalizou uma média de 34 cogumelos secos de tamanhos diversos e colhidos em idades variadas tendo vários no ponto de coleta e outros com o chapéu aberto.
Totalizando 37 cogumelos ~10g (peso seco total, média estimada com pesagens de quantidades semelhantes feitas posteriormente).
Comecei ingerindo os secos que tem um sabor muito forte e meio amargo, mascava muito os cogumelos a ponto de irem bem rehidratados e empapados para o estômago, o sabor foi melhorando conforme fui chegando ao fim do banquete seco, com uma quantidade considerável de magica na barriga, mesmo estando sentado, sentia minha perna tremer e ficar meia mole, comecei então ingerir os pe6 frescos, o sabor destes era muito mais agradável comparando com os secos.
Minha irmã ficou o tempo todo ao meu lado acompanhando a ingestão, quando eu terminei disse: essa vai ser FORTEEE, ela sorriu, durante todo tempo de ingestão ela conversava sobre o sabor e tudo mais, muito bom. Terminando os cogus eu estava meio tremulo, minha perna estava pesada, disse a ela que estava começando, dei a ela 15 minutos para me pedir qualquer tipo de ajuda ou informação. Ela apenas me pediu para ajuda-la a acender o fogareiro para preparar um lámem, fiquei iluminando com uma lanterna e sentado na barraca e explicando o que fazer, passou alguns minutos, eu já não estava mais em condições de poder ficar sentado, meu corpo parecia muito pesado e estranho, meio mole, sei lá. Disse a ela que iria deitar e me despedi dizendo: Minha irmã, volto em 5000 anos!!
Ela sorriu e continuou a fazer o lámem dela, capotei, fechei os olhos, minha mente muito rápidamente, começou a gerar muitas imagens, tendo de todos os tipos e formas, cores e diversos movimentos, pensei comigo, eu estou chegando... agradeci a tudo, sempre com aquele respeito.
Daqui por diante, é muito complicado explicar o que me ocorreu não sei ao certo em que ordem que as coisas foram ocorrendo, mas vamos lá tropeçando nas palavras mesmo... como em um sonho eu me senti caindo de maneira suave, ou algo assim, sendo levado por uma força tremenda, sentia que estava mergulhando de forma rápida e continua em um vasto mar colorido e turbulento de pensamentos, olhos abertos ou fechados não me pareciam fazer diferença naquela escuridão, minha irmã voltou para a barraca, eu muito confuso pergunto com alguma dificuldade, e o lámem estava bom? Ela responde, eu ainda vou comer, terminei de preparar agora. Fiquei quieto novamente, após a resposta. Apaguei novamente, a intensidade aumentando progressivamente de forma que me perdia em meus pensamentos e sensações, acabei por visitar uns irmãos, e os comprimentei, feliz por estarem ali, por sentir a presença deles.
Muita coisa estava acontecendo, sem perceber fui lançado, a vida, o ciclo, a morte, voando muito, encontro-me com a história das eras, apenas o sentimento, sem muitas palavras, emocionante, como é incrível, que grandeza de imagens e emoções. A conclusão do que era aquilo, a vida, a verdadeira forma de se viver, simples e perfeita de maneira rica em detalhes. Era muita emoção e alegria, alegria por saber que aquilo era muito vivo em nosso mundo, porém ainda dorme dentro de nós humanos.
Um choque, o velho choque, me trouxe de volta, fez com que a imagem toda ficasse branca em milésimos de segundo e tudo que estava vivendo “lá” apagou-se, ficando apenas uma satisfação enorme, cheguei a dizer com dificuldade para minha irmã: tive o tal choque!. Voltei meio perdido(quem? Quando? como?), meu corpo estava tremendo, uma corrente “elétrica” circulava o mesmo, ficando cada vez mais e mais intenso, tentei enxergar alguma coisa, enxuguei meus olhos que pareciam encharcados não é atoa que meu corpo acabou chorando, tentei levantar minha cabeça e com muito esforço vi uma luz, mais a baixo reparei que eram os “light sticks” coloridos que minha irmã trouxe, ela os deixou todos de pés na entrada da barraca, pensei em agradecer ela dizendo “obrigado”, mas, não saiu o som correto na altura correta, completamente estranho, minha irmã parecia estar chatiada, ou chorando de maneira muito estranha, e eu completamente sem reação, achei melhor tentar cantar alguma coisa para acalma-la e comecei, a música saiu toda torta, e os sons apresentavam muitas cores, as cores apresentavam sabores, cheguei em um ponto que não conseguia tentar cantar pois estava acontecendo muita coisa em minha cabeça.
Comecei a me sentir com 8 braços sentia meus vários pulsos elétricos, imagens diversas, lindas e coloridas se apresentavam sempre em frente a minha nova visão, em algum momento meu celular começou a tocar, demorei muito para Ter alguma reação física capaz de pegar o celular, olhei para o celular era meu pai no outro lado da linha eu disse: oi! e ele: raaaachuuzzzwoooonnnn por aisssswwwwooo. Fiquei sem qualquer reação, por não saber o que dizer a tal som, minha irmã pediu de maneira calma e suave o celular, e sem pensar nenhuma vez entreguei e me espalhei novamente, eu ouvi toda a conversa, mas o som do celular estava todo distorcido.
Fechei os olhos, com algum tempo um enorme barulho de avião passando me incomodou muito, em seguida o de uma moto ou carro.
Minha irmã parecia inconformada por algum motivo, aparentando um choro inconformado. Em minha cabeça então começou a se passar uma história, eu estava incomodado, o barulho de motor era muito alto, minha irmã chorando, e uma sensação ruim me cutucou, eu estava nervoso, meu coração pulsava de forma muito rápida e forte, eu estava descontrolado, tentava me mover de alguma maneira, mas nada, minha carcaça não se mexia, e minha irmã chorando... morri? Meu pai ainda parecia estar no telefone, ou o momento do telefone voltava a todo instante, assim como o avião e a moto, e o choro. Tentei virar minha cabeça para o lado e tentar enxergar minha irmã, não consegui ver nada, nada que fizesse algum sentido, o nariz dela estava na orelha e os olhos no lado direito da cabeça, não sabia se ela estava ou não olhando para mim, acendi o celular que estava em minha mão, e descubro que não estava olhando para ela e sim mais acima dela onde tinham objetos de cor clara, tentei localiza-la com a luz do celular, achei o rosto dela, e sorri, mesmo sem saber dizer se ela estava me vendo. Comecei a tentar cantar novamente, mas não conseguia continuar por muito tempo.
Meu corpo parecia transmitir alguma forma de energia, o chão parecia tremer todo, e meu corpo inteiro estava lançando essa vibração, pensei até em perguntar para minha irmã se ela sentia essa energia positiva, mas não consegui, minha lingua ficou mole, ou melhor, mais mole. Acabei por entregar meu corpo, fui mastigado, meu corpo amaçado e contorcido me incomodava, comecei a morder meu lábio, pedaços de carne se soltavam em minha boca, meus olhos encharcados de água, meu nariz parecia coçar, e quando eu fui coça-lo arranquei ele, ou o entortei de mais, eu estava me desmanchando, eu me socava no chão, dando murros e tudo mais, me debatia muito, fechava minhas mãos e fazia força de modo que meus dedos atravessavam o interior do meu palmo, eu estava dobrado e quebrado. Tinha muito barulho, o avião e a moto sempre passando. Muito barulho em minha cabeça, o barulho me incomodava muito, perguntei com muita dificuldade atropelando letras e prolongando outras se tinha alguém ai para minha irmã, ela respondeu que não, deitei.
Meu corpo estava bastante ruim.
Minha respiração, meus batimentos cardíacos, tudo, estava muito difícil de manter a maneira tradicional, meu cérebro se dividiu, como um jogo enorme de labirintos e quebra cabeças e adivinhação, eu lutava, lutava para manter e vencer o jogo da sincronia perfeita, que complicado, uma tarefa turbulenta e complexa é manter o corpo funcionando. Novamente um carro passou com um som bem alto, e eu sentei rapidamente assustado, fiquei sentado com a cara grudada na parede da barraca, absolutamente imóvel, tentando entender o eu estava acontecendo lá fora. Mas nada mudou, deitei novamente, o jogo de coordenação voltou e ficava cada vez mais e mais progressivamente difícil de tão complicado, eu quase me perdi achando que não conseguiria montar o quebra cabeça, minha respiração não acontecia regularmente, se eu não lembrasse eu parava e me causava um mal interior muito grande, o mesmo era acompanhado de muitas e muitas imagens coloridas e com muito movimento sendo que as cores me representavam alguma sensação física-psicológica, não agüentava mais, estava muito incomodado, dei um pulo pedindo água desesperadamente, minha boca estava Muito seca e me incomodava muito de maneira insuportável, fiquei apalpando a barraca procurando a garrafinha de água, mas só minha irmã encontrou, com facilidade por sinal. Bebi água e aliviei, agradeci a ela e deitei, olhei no celular, acho que eram 20:40... Aaaahhhhhh como? Só isso? A trip mal começou então Aahhhhhhhh, virei pra ela e disse, está bem forte!
Ela sorriu.
Passado algum tempo ainda com incômodos físicos(?) eu muito pensativo procurando refletir levanto novamente para beber água, minha boca estava um deserto, olhei no celular(que já havia sumido e tive de procurar)... ainda eram 20:41... ahhhhh só um minuto suhuasuahsua.
Potss, paralisei, acabei por ver muitas novas imagens e cenas, por algum motivo eu estava na aula de bateria conversando sobre coordenação motora, isso foi fazendo sentido de maneira agradável em que me sentia melhor, mas era uma tarefa realmente difícil me manter meu corpo estando tão longe dele, e estava muito tordo deitado, meus movimentos não respondiam tradicionalmente, queria mexer, minha perna mas mexia o braço, levantar minha cabeça, mas mexia o maxilar, eu gritava, me debatia tentando poder fazer alguma coisa, cheguei bater minha cabeça no chão ainda deitado, dava muitos socos involuntários.
Queria poder beber mais água, ou achar uma posição mais cômoda, mas não dava, não conseguia me mover de forma satisfatória, minha irmã parecia estar chorando, mas quando me toco na verdade não era um choro... era um RONCO!! Uahauhsushaus
A respiração dela é que estava alto de mais e parecia um tipo de choro estranho, quando me vi eu ainda estava olhando para o celular mesmo não o vendo(realmente) a muito tempo(já havia sumido de minha visão, acabei entrando em um estado de total paralisia física de maneira que, meu eu se fundiu com tudo ao meu redor, e sentia que fazia parte daquilo tudo, minha irmã as plantas, insetos, aves, etc. eu era tudo, milhares de imagens ocorreram em mina cabeça novamente, foi onde viajei perdidamente no tempo, enfrentei a era do gelo 3 vezes e o fim dos tempos para o surgimento de um novo, eu me sentia o grande responsável por aquilo tudo, o ciclo tinha uma harmonia muito forte e bela, a harmonia encheu meu peito, e começei a chorar(não fisicamente eu acho), um choro de pureza e emoção, deixei de ser parte da carne, acabei por me fundir completamente com um tudo, Só sentia o amor, o mais puro e simples amor, as fazes da terra e de toda a natureza que nos contorna a milhões de anos para frente e para traz de nosso tempo comum, vêr o ciclo de nossa casa, foi algo realmente, mas realmente incrível, aprendi que a vida é muito bela para ser desperdiçada, não da para ficar se prendendo, o que é certo e o que e errado? Errado é deixar de viver intensamente, viver por um motivo sem sentido. A vida é simples e puramente fantástica, tive um orgasmo psicológico fazendo parte disto, é como sentir “deus”. Ou melhor, fazer parte dele, e devemos ser realmente assim como tudo o que temos e não temos conhecimento.
Está parte foi muito foda para mim, simplesmente não queria sair dali, não precisava acabar mais, por mim levava a vida ali, sem corpo, sem dor, só amor. Meu corpo não me interessava(na verdade, esta palavra já tinha desaparecido de minha cabeça). Meu, havia morrido de tal maneira que eu era uma grande força, mas sentia que tinha mais de uma força, eram duas, e quando me misturava com está outra força a vida acontecia. Simplesmente o maior tesouro que ganhei durante todo minha vida, relembrar do que faço parte e sentir isto ao extremo, Posso afirmar que Todos nós já passamos por isto pelo menos 1 vez na “grande vida” só pode ser isto quando nascemos, só pode ser, a vontade de viver nos faz curiosos, o mundo deveria ser sempre assim aos nossos olhos, sempre alegre, sempre novo, queria Ter olhos de crianças sempre, as vezes o pesadelo era preciso para me fazer amar meu mundo e me fazer lembrar o quão belo ele é....
Tttttshhhhhhhhh.... Mais um enorme raio, me faz acordar retornar ao corpo, quando voltei eu queria Muito mais muito Urinar....
Tentei me mexer, mas não conseguia, tentei falar para minha irmã que precisava urinar, mas minha língua fazia um movimento lento e minha voz não saia por causa da falta de controle de manter o som saindo, nada respondia, ficava falando internamente, mas fisicamente não saia nada. Fiquei muito preocupado em mijar na barraca o que seria muito incomodo para minha irmã. Fiquei lutando para encontrar a coordenação correta para poder falar, com MUITA dificuldade eu disse, irmã, que..ro fazer xixi! -Ela me diz: aé?! -Eu: é, preciso ir rápido (Eu não sabia se eu estava falando ou só pensando, porque falar era demasiadamente complexo), a vontade era tão grande e os momentos pareciam eternos, ela foi se levantando de forma lenta, sentia como se não fosse aguentar, uma situação desesperadora que passava pela cabeça a possibilidade de tentar rasgar as paredes da barraca para me libertar e ir urinar. Eu não a enxergava de forma clara, de maneira muito estranha eu me sentei, e fiquei grudado na parede da barraca, olhando para minha irmã abrindo a barraca (estava quase me mijando), olho para ela e parecia que ela estava com o nariz no meio a testa e a testa crescia e cobria toda sua cabeça parecendo estar careca, os olhos se moviam livremente no rosto dela, como se fosse feito de água, como estava com a bexiga quase estourando isso era o de menos naquele momento! Quando ela abriu a barraca foi a parte interessante, ela iluminou lá fora e consegui disser: UAU! (maravilhado e sentindo um tanto de preocupação), me sentia em outro planeta, tipo, não foi aqui que montei a barraca, eu estava em um local totalmente modificado, distorcido, sinistro, e de certa maneira bonito, mas como tudo que é novo causa receio... O fundo da paisagem estava grudada com a parte mais próxima, quando fui me levantar da barraca, eu não conseguia retirar as cobertas de cima de mim que ficaram enroscadas na minhas pernas, minha irmã puxou elas e me senti mais livre, tentei levantar de uma vez para liberar a urina logo, ao me levantar com muita dificuldade cambaleei para um lado e para o outro, e levava tropicões, eu não enxergava coisa com coisa, o chão parecia uma parede enorme, não dava para dizer se estava olhando para frente ou para baixo, quando me movia tudo criava um rastro muito longo que dificultava na minha localização, minha irmã disse par ir ali na frente e fazer ali mesmo, eu estava tão fora de mim que tive de me agarrar em um tronco de árvore, mas estava distante e meus braços não alcançavam, cambaleei mais para frente com passos totalmente desequilibrados e descoordenados, tentei me agarrar na árvore, mas era um cipó e quase fui para o chão, minha irmã então disse que ali mesmo onde eu estava já era uma distância suficiente para urinar. Eu estava em uma tensão muito grande, com o coração saindo pela boca, comecei a mijar, foi um alívio físico, mas eu estava muito preocupado em como eu iria voltar para a barraca, eu tinha a impressão plena que todo aquele cenário poderia se modificar a qualquer momento, em minha cabeça o turbilhão era muito forte e eu fazia uma força imensa para não apagar, eu estava com medo de perder o controle e apagar ali fora da barraca naquele mundo sinistro em que me localizava, também pesava a questão da preocupação que minha irmã iria sentir. Terminando o ato de urinar que pareceu eterno, e cada instante me assombrava, tentei voltar rapidamente para barraca, o chão parecia se mover muito, e se afastava de mim, me sentia como se a cada passo eu fosse cair em um abismo, com o coração saindo pela boca soltei meu corpo para dentro da barraca me esforçando muito, meu coração pulava de tanto esforço e temor, a força da experiência era tanta que sentia que estava prestes a me fundir com o todo a qualquer instante e ter uma nova morte (de ego) ali fora, em que meu corpo ficaria jogado deixando minha irmã preocupada, enfim. Dentro da barraca só queria me acalmar, pensei em pedir para minha irmã cantar alguma música, para ver se eu relaxava, mas acabei desisti desta ideia. Jogado dentro da barraca, minha irmã colocou as minhas coisas (pernas e cobertas) para dentro da barraca, agradeci ela com poucas palavras por causa da dificuldade, mas com muita gratidão interior mesmo ela parecendo um ogro defeituoso por causa das “alucinações” (distorções visuais) (ela tinha até uma verruga na cara e está chegou colando nos meus olhos e dei uma afastada até hsshsshuhs.
Deitado novamente, olho no celular, eram 22:40, a complexidade de pensamentos continuava muito forte, como em um sonho muito real a conecção com o tudo me fez grudar em vários tempos e situações diversas, fui para festas, e de certa maneira as cenas se repetiam, porém cada vez que repetiam eu entendia algo novo sobre elas, algo sobre as pessoas destas cenas, sobre o que está ocorrendo nestes locais, me diverti, até encontrei muitos conhecidos nesta ocasião, e ficamos um bom tempo conversando, mas a prosa era muito limpa, muito agradável, sem sujeiras aconteciam de forma rápida também... muitos anos e tempos se passaram em tudo isto, a barraca também já não existia mais, dae, me encontrei com um familiar meu que faleceu uns dias atrás, que por sinal me interessei pelo estado mental que está pessoa se encontrava meses antes de falecer, era uma pessoa idosa, com problemas psicológicos, nos ultimos meses de vida foi constatado esquizofrenia, ela mesma não reconhecia as pessoas ao seu redor, filhos e parentes, cismava com coisas que por sua vez não apresentavam risco algum de acontecerem, mas antes disto tudo, ela era uma pessoa que me lembrava uma criança... tudo... mas tudo para ela era lindo e maravilhoso, ela viajava nas coisas simples e belas aos olhos de quem procura ver a verdadeira beleza. Realmente uma pessoa que sempre admirei por estas qualidades. Enfim eu sabia o que era aquilo tudo o que ela havia passado, sentindo na pele. Ruim? Não! Encantador, confuso e sinistro... Potss, muitas mais muitas pessoas me passaram pela cabeça a ponto de eu enfrentar várias experiências em tempos diferentes. Pessoas que nem mesmo lembro de Ter conhecido, personagens criados para me mostrar tais situações e aprender com as mesmas.
Ok, só mais um choque Yaaaaaahhhhh o corpo tremendo, meus dedos fazendo movimentos involuntários(tremendo mesmo) não tive de olha-los para saber disto eu os sentia apesar de tudo.
Agradeci pelas coisas aprendidas, agradeci por Ter experimentado a morte e então dar mais valor a verdadeira vida, agradeci por poder rever do que fazemos parte, agradeci por Ter levado bons tapas na cara, por Ter sofrido muito... nascer não é assim tão simples, o controle do cérebro é algo bem complexo, coisa que vai ficando mais automática conforme o tempo de experiência com o nosso meio de transporte físico, o corpo. Temos ele como meio adaptável ao mundo que surgimos, viemos do amor, e morreremos pelo amor.
00:30AM eu despertei, como um ser mais adaptado ao seu novo corpo, fiquei sentado, tentando entender o que tinha acontecido no tempo físico, acordei minha irmã e disse que tinha voltado, ela acorda lentamente e eu sorriu MUITO para ela, e dou-lhe um abraço forte de muito amor e agradecimento, apesar de estar vendo tudo torto ainda e se mexendo, eu tinha voltado para o corpo, estava mais adaptado, perguntei a ela que barulho era este, ela responde: qual? Eu: tem algum bicho voando aqui dentro? Ela: não pq? Eu: Hum estou ouvindo um zumbido no meu ouvido, como uma moto-serra(era isso o danado do barulho de moto e de avião que ouvi nos momentos pesados da trip), fiquei parado, simplesmente parado olhando para o nada, pensando muito, refletindo sobre tudo o que me havia acontecido durante estes muitos milênios fora deste tempo aqui e agora. Cheguei a perguntar para ela que dia estavamos, perguntar se tal festa tinha passado já, quando ainda faltava meses para acontecer.... perdidaço no tempo comum. O celular dela começa a tocar, ela atendeu, perguntei quem era, ela diz que é engano, mas o celular não para e toca novamente, peguei o celular, Alô? Quem está falando? disse eu, a pessoa responde: Ououww meu queeeemwww essstáa falandooow?, com a voz mole e distorcida, não tive reação novamente, fiquei com o celular na orelha, ouvindo o outro lado da linha que parecia estar tendo alguma festa, ou algo do tipo, com música e tudo mais. Desligaram...
Voltei a pensar sobre tudo, eu estava cheio de energia, alegria, satisfação e muita vibe boa. Queria sair correndo pra fora da barraca e gritar Obrigado mundo, pois de ti eu faço parte, eu queria sair pra ir brincar, como uma criança ansiosa para ir brincar com os amigos, no momento meus amigos era tudo o que me rodiava, o ar, a terra os vegetais, as pedras, as montanhas, as estrelas... queria sair da barraca, mas fiquei lá pensando o quão parado eu estava vivendo todos estes dias anteriores, mesmo com uma energia positiva, eu estava com ela parada, não estava distribuindo ela, estava só armazenando.
Hoje tudo que mais quero é compartilhar essa energia, esta força que faz a vida acontecer com outra pessoa, o outro poder que tudo movia a terra poderia ser uma mulher, é isso, a únião, a mistura de duas forças, compartilhando do mesmo amor, e gerando um vento muito forte, criando a vida... compartilhar energias...
Pensei, muita mais muita coisa mesmo, eu sorria muito, com os olhos de lágrimas, ria de mim, de tudo o que me ocorreu durante está viajem, afinal morrer não foi ruim assim, tudo de aparentemente ruim que me ocorreu, desconfortos psicológicos-fisicos foram muito necessários para que eu pudesse vêr, para que eu consegui-se acertar as coisas com meu eu, para poder sentir o significado de viver. Para poder dar um valor radiante do que é isto, chamado amor.
Eu quero muito viver, quero ser o maluco que todos olham e sentem vontade de se juntar a mim, e fazer aquelas loucuradas, com aquela carga positiva, espalhando isso para as pessoas. Ser livre de qualquer coisa que me prenda, mesmo se esta coisa for eu mesmo.
Não podemos nos prender, não podemos achar que estamos corretos e outros errados, até que tudo seja esclarecido para todos, tudo tem seu tempo e sua hora, oras, eu levei muito mais de 5000 anos para entender isto, mas entendi, quem sabe... o mundo já mudou tantas vezes, nós podemos mudar como ele muda... os opostos, a 2 forças...
Fiquei assim sentado, dentro de meus pensamentos até as 02:00AM, minha irmã dormindo novamente, eu estava eufórico, aproveitei meu novo corpo se adaptando para tirar umas fotos, eu precisava me vêr ksksksksksk eu parecia um alienígena, sai com umas caras de perdido nas fotos, ok, depois das fotos, fui curtir o meu visual, brinquei um pouco com os light sticks coloridos com efeitos psicodélicos de movimento e tudo mais, avisei minha irmã que ia abrir a barraca e fiquei olhando para fora, incrível mesmo, a visão estava magnifica e bem alterada, via tudo de maneira estranha, magica e alegre, com muitos efeitos, como nuvens quadradas, céu alaranjado e com riscos negros, fiquei bastante tempo ali curtindo o visu, e pensando também. Lembrei que, como havia nascido a pouco tempo, poderia experimentar tudo como se fosse a primeira vez, claro que o faro, estava incrível no meio da florestinha, para o paladar catei umas bananas que havia trazido na mochila e comi todas, que sabor incrível, tipo... quer experimentar?, é delicioso, isto se chama banana!
Putss, comecei a ficar cansado, olhei meus dedos todos curvando para todos os lados da visão, já era 04:00AM, só fui dormir por causa do cansaço mesmo, pois os efeitos ainda estavam muito fortes, achei que não ia passar tão cedo não, revendo as fotos de minha face, a foto se movimentava, meus olhos cresciam na foto e meu rosto esticava... estava forte bem forte, a barraca estava Torta, dando a impressão que estava caindo para um dos lados...
Mas, me deitei. E assim termina o inicio de minha nova vida!
Postei algumas fotos, antes e depois da trip, o meu sorriso conta a satisfação que eu estava após voltar a meu corpo e poder refletir sobre tudo o que tinha passado e estava passando com aqueles + ou - 37 cogumelos... um sorriso de criança. Que pretende viver magicamente o que me foi dado, a vida!
Foram mais ou menos 4 horas de trip profunda, com desprendimento do que chamamos de comum e mais 4 horas com os efeitos visuais, auditivos, etc ainda fortes tive sono profundo e também bem rico, calculo que os efeitos acabaram lá pelas 6 horas já que acordei meio “bebado” e também muito perdido. Na manhã acordamos eu e minha irmã com um sorriso enorme, e caimos na gargalhada conversando sobre tudo o que ocorreu. O que ela achou e passou sobre isto, está escrito abaixo por ela mesma com o titulo de “Um acampamento diferenciado”, colocarei como um quote(OBS ela não participa do fórum), mas acho que seria legal ela participar indiretamente deste tópico já que ela foi de grande importância nesta minha trip. Obrigado maninha!
Obrigado irmãos e irmãos CM, não tenham dúvidas de que fizeram parte desta trip fantástica que me ocorreu, no inicio e no “fim” reflexivo... Seus nomes, suas faces e energia estavam lá, obrigado de todo coração, eu lhes amo!
YYEEEEE quem tá afim de ir curtir hoje?, que tal um lual? Fogueira, barracas, viola e violão, vozes cantando, um vinho para esquentar. Melhor que isto só se todos nós estivermos com nossa pessoa amada, para esquentar na barraca e dançar em volta da fogueira!
Muita VIDA para todos, que as cargas positivas possam ser espalhadas por todos a nossa volta!
Com muito amor e sorrisos, figurinha...
fotos:
A ultima refeição
olhando para cima de manhã
local massa mesmo
o danado do cipó que me enganou, achei que fosse um tronco e tentei me agarrar mas não deu.
pedrinha que me fez tropeçar varias vezes
os famosos light sticks
o sorriso que diz muita coisa sobre o retorno de uma trip!
Tudo começa dia 30/05/08, eu lá no fundo sabia que estava precisando de uma luz, meu eu lá de dentro pedia para ser libertado mais uma vez, mesmo estando sempre alegre, e muito pensativo, um frio na barriga já me incomodava a algum tempo. É eu sabia, de alguma maneira, precisava muito libertar-me, algo parecia estar me segurando.
Fiquei o dia inteiro muito pensativo, muito mesmo, vagava pela casa sem rumo real, o pensamento era onde acabei permanecendo.
Como? Onde? Quando?
Perguntas que me cutucavam o dia todo, queria muito Ter um encontro acampado, com meu eu, envolto de tudo que mais amo, a vida, a natureza.
Eram 16:30PM e eu ainda estava muito pensante, sem qualquer reação física.
Em um estalo levantei, e comecei a juntar as coisas para acampar, com tudo quase pronto, tenho a brilhante idéia de chamar minha maninha, para acampar. Ela meio ocupada, responde com uma cara de quem não esperava fazer alguma coisa hoje: ...v..vamos, que horas?
Agora, arrume suas coisas e bóra acampar na montanha, ela concordou, chamei ela no quintal e cochichei baixinho... “eu vou comer os cogus”, com um sorriso ela olha para mim e diz que sou um guloso hhihsihsushs
Fomos terminar de arrumar as coisas, nos despedimos dos nossos pais que ficaram surpresos com nossa decisão repentina.
Pai, mãe eu lhes amo muito, partimos então, eu e minha irmã rumo a montanha.
Eram mais de 17:30, estava ficando escuro, armei a barraca de maneira mais rápida possível, eu e minha irmã conversando muito, estava muito alegre por poder estar ali com ela.
Com tudo pronto sentamos na barraca, expliquei tudo a ela, informando realmente como agir se alguém liga-se, expliquei tudo o que poderia ocorrer com o corpo de uma pessoa sobre efeitos dos coguts, contorções, falar sozinho coisas sem nexo, ou fazer sons estranhos, tremores e tudo mais, falei sobre como se comunicar com uma pessoa cogumelada se preciso e também como evitar interrupções na minha trip. Para deixa-la tranqüila mesmo.
Ok quando ela estava segura de Ter entendido tudo, abri o tuppowere onde estavam 3 penis envy 6 frescos conservados em geladeira, coloquei sobre uma tampa de margarina, levei também um pote de vidro cheio de cogumelos cultivados secos, entre eles cambodians, penisenvy6, psi-cub1 e 3(ex-selvagens domesticados), todos P.Cubie, peguei um punhado deles que acabou sendo +ou- a metade da quantidade contida no pote, coloquei os cogus secos em cima do papel alumínio, totalizou uma média de 34 cogumelos secos de tamanhos diversos e colhidos em idades variadas tendo vários no ponto de coleta e outros com o chapéu aberto.
Totalizando 37 cogumelos ~10g (peso seco total, média estimada com pesagens de quantidades semelhantes feitas posteriormente).
Comecei ingerindo os secos que tem um sabor muito forte e meio amargo, mascava muito os cogumelos a ponto de irem bem rehidratados e empapados para o estômago, o sabor foi melhorando conforme fui chegando ao fim do banquete seco, com uma quantidade considerável de magica na barriga, mesmo estando sentado, sentia minha perna tremer e ficar meia mole, comecei então ingerir os pe6 frescos, o sabor destes era muito mais agradável comparando com os secos.
Minha irmã ficou o tempo todo ao meu lado acompanhando a ingestão, quando eu terminei disse: essa vai ser FORTEEE, ela sorriu, durante todo tempo de ingestão ela conversava sobre o sabor e tudo mais, muito bom. Terminando os cogus eu estava meio tremulo, minha perna estava pesada, disse a ela que estava começando, dei a ela 15 minutos para me pedir qualquer tipo de ajuda ou informação. Ela apenas me pediu para ajuda-la a acender o fogareiro para preparar um lámem, fiquei iluminando com uma lanterna e sentado na barraca e explicando o que fazer, passou alguns minutos, eu já não estava mais em condições de poder ficar sentado, meu corpo parecia muito pesado e estranho, meio mole, sei lá. Disse a ela que iria deitar e me despedi dizendo: Minha irmã, volto em 5000 anos!!
Ela sorriu e continuou a fazer o lámem dela, capotei, fechei os olhos, minha mente muito rápidamente, começou a gerar muitas imagens, tendo de todos os tipos e formas, cores e diversos movimentos, pensei comigo, eu estou chegando... agradeci a tudo, sempre com aquele respeito.
Daqui por diante, é muito complicado explicar o que me ocorreu não sei ao certo em que ordem que as coisas foram ocorrendo, mas vamos lá tropeçando nas palavras mesmo... como em um sonho eu me senti caindo de maneira suave, ou algo assim, sendo levado por uma força tremenda, sentia que estava mergulhando de forma rápida e continua em um vasto mar colorido e turbulento de pensamentos, olhos abertos ou fechados não me pareciam fazer diferença naquela escuridão, minha irmã voltou para a barraca, eu muito confuso pergunto com alguma dificuldade, e o lámem estava bom? Ela responde, eu ainda vou comer, terminei de preparar agora. Fiquei quieto novamente, após a resposta. Apaguei novamente, a intensidade aumentando progressivamente de forma que me perdia em meus pensamentos e sensações, acabei por visitar uns irmãos, e os comprimentei, feliz por estarem ali, por sentir a presença deles.
Muita coisa estava acontecendo, sem perceber fui lançado, a vida, o ciclo, a morte, voando muito, encontro-me com a história das eras, apenas o sentimento, sem muitas palavras, emocionante, como é incrível, que grandeza de imagens e emoções. A conclusão do que era aquilo, a vida, a verdadeira forma de se viver, simples e perfeita de maneira rica em detalhes. Era muita emoção e alegria, alegria por saber que aquilo era muito vivo em nosso mundo, porém ainda dorme dentro de nós humanos.
Um choque, o velho choque, me trouxe de volta, fez com que a imagem toda ficasse branca em milésimos de segundo e tudo que estava vivendo “lá” apagou-se, ficando apenas uma satisfação enorme, cheguei a dizer com dificuldade para minha irmã: tive o tal choque!. Voltei meio perdido(quem? Quando? como?), meu corpo estava tremendo, uma corrente “elétrica” circulava o mesmo, ficando cada vez mais e mais intenso, tentei enxergar alguma coisa, enxuguei meus olhos que pareciam encharcados não é atoa que meu corpo acabou chorando, tentei levantar minha cabeça e com muito esforço vi uma luz, mais a baixo reparei que eram os “light sticks” coloridos que minha irmã trouxe, ela os deixou todos de pés na entrada da barraca, pensei em agradecer ela dizendo “obrigado”, mas, não saiu o som correto na altura correta, completamente estranho, minha irmã parecia estar chatiada, ou chorando de maneira muito estranha, e eu completamente sem reação, achei melhor tentar cantar alguma coisa para acalma-la e comecei, a música saiu toda torta, e os sons apresentavam muitas cores, as cores apresentavam sabores, cheguei em um ponto que não conseguia tentar cantar pois estava acontecendo muita coisa em minha cabeça.
Comecei a me sentir com 8 braços sentia meus vários pulsos elétricos, imagens diversas, lindas e coloridas se apresentavam sempre em frente a minha nova visão, em algum momento meu celular começou a tocar, demorei muito para Ter alguma reação física capaz de pegar o celular, olhei para o celular era meu pai no outro lado da linha eu disse: oi! e ele: raaaachuuzzzwoooonnnn por aisssswwwwooo. Fiquei sem qualquer reação, por não saber o que dizer a tal som, minha irmã pediu de maneira calma e suave o celular, e sem pensar nenhuma vez entreguei e me espalhei novamente, eu ouvi toda a conversa, mas o som do celular estava todo distorcido.
Fechei os olhos, com algum tempo um enorme barulho de avião passando me incomodou muito, em seguida o de uma moto ou carro.
Minha irmã parecia inconformada por algum motivo, aparentando um choro inconformado. Em minha cabeça então começou a se passar uma história, eu estava incomodado, o barulho de motor era muito alto, minha irmã chorando, e uma sensação ruim me cutucou, eu estava nervoso, meu coração pulsava de forma muito rápida e forte, eu estava descontrolado, tentava me mover de alguma maneira, mas nada, minha carcaça não se mexia, e minha irmã chorando... morri? Meu pai ainda parecia estar no telefone, ou o momento do telefone voltava a todo instante, assim como o avião e a moto, e o choro. Tentei virar minha cabeça para o lado e tentar enxergar minha irmã, não consegui ver nada, nada que fizesse algum sentido, o nariz dela estava na orelha e os olhos no lado direito da cabeça, não sabia se ela estava ou não olhando para mim, acendi o celular que estava em minha mão, e descubro que não estava olhando para ela e sim mais acima dela onde tinham objetos de cor clara, tentei localiza-la com a luz do celular, achei o rosto dela, e sorri, mesmo sem saber dizer se ela estava me vendo. Comecei a tentar cantar novamente, mas não conseguia continuar por muito tempo.
Meu corpo parecia transmitir alguma forma de energia, o chão parecia tremer todo, e meu corpo inteiro estava lançando essa vibração, pensei até em perguntar para minha irmã se ela sentia essa energia positiva, mas não consegui, minha lingua ficou mole, ou melhor, mais mole. Acabei por entregar meu corpo, fui mastigado, meu corpo amaçado e contorcido me incomodava, comecei a morder meu lábio, pedaços de carne se soltavam em minha boca, meus olhos encharcados de água, meu nariz parecia coçar, e quando eu fui coça-lo arranquei ele, ou o entortei de mais, eu estava me desmanchando, eu me socava no chão, dando murros e tudo mais, me debatia muito, fechava minhas mãos e fazia força de modo que meus dedos atravessavam o interior do meu palmo, eu estava dobrado e quebrado. Tinha muito barulho, o avião e a moto sempre passando. Muito barulho em minha cabeça, o barulho me incomodava muito, perguntei com muita dificuldade atropelando letras e prolongando outras se tinha alguém ai para minha irmã, ela respondeu que não, deitei.
Meu corpo estava bastante ruim.
Minha respiração, meus batimentos cardíacos, tudo, estava muito difícil de manter a maneira tradicional, meu cérebro se dividiu, como um jogo enorme de labirintos e quebra cabeças e adivinhação, eu lutava, lutava para manter e vencer o jogo da sincronia perfeita, que complicado, uma tarefa turbulenta e complexa é manter o corpo funcionando. Novamente um carro passou com um som bem alto, e eu sentei rapidamente assustado, fiquei sentado com a cara grudada na parede da barraca, absolutamente imóvel, tentando entender o eu estava acontecendo lá fora. Mas nada mudou, deitei novamente, o jogo de coordenação voltou e ficava cada vez mais e mais progressivamente difícil de tão complicado, eu quase me perdi achando que não conseguiria montar o quebra cabeça, minha respiração não acontecia regularmente, se eu não lembrasse eu parava e me causava um mal interior muito grande, o mesmo era acompanhado de muitas e muitas imagens coloridas e com muito movimento sendo que as cores me representavam alguma sensação física-psicológica, não agüentava mais, estava muito incomodado, dei um pulo pedindo água desesperadamente, minha boca estava Muito seca e me incomodava muito de maneira insuportável, fiquei apalpando a barraca procurando a garrafinha de água, mas só minha irmã encontrou, com facilidade por sinal. Bebi água e aliviei, agradeci a ela e deitei, olhei no celular, acho que eram 20:40... Aaaahhhhhh como? Só isso? A trip mal começou então Aahhhhhhhh, virei pra ela e disse, está bem forte!
Ela sorriu.
Passado algum tempo ainda com incômodos físicos(?) eu muito pensativo procurando refletir levanto novamente para beber água, minha boca estava um deserto, olhei no celular(que já havia sumido e tive de procurar)... ainda eram 20:41... ahhhhh só um minuto suhuasuahsua.
Potss, paralisei, acabei por ver muitas novas imagens e cenas, por algum motivo eu estava na aula de bateria conversando sobre coordenação motora, isso foi fazendo sentido de maneira agradável em que me sentia melhor, mas era uma tarefa realmente difícil me manter meu corpo estando tão longe dele, e estava muito tordo deitado, meus movimentos não respondiam tradicionalmente, queria mexer, minha perna mas mexia o braço, levantar minha cabeça, mas mexia o maxilar, eu gritava, me debatia tentando poder fazer alguma coisa, cheguei bater minha cabeça no chão ainda deitado, dava muitos socos involuntários.
Queria poder beber mais água, ou achar uma posição mais cômoda, mas não dava, não conseguia me mover de forma satisfatória, minha irmã parecia estar chorando, mas quando me toco na verdade não era um choro... era um RONCO!! Uahauhsushaus
A respiração dela é que estava alto de mais e parecia um tipo de choro estranho, quando me vi eu ainda estava olhando para o celular mesmo não o vendo(realmente) a muito tempo(já havia sumido de minha visão, acabei entrando em um estado de total paralisia física de maneira que, meu eu se fundiu com tudo ao meu redor, e sentia que fazia parte daquilo tudo, minha irmã as plantas, insetos, aves, etc. eu era tudo, milhares de imagens ocorreram em mina cabeça novamente, foi onde viajei perdidamente no tempo, enfrentei a era do gelo 3 vezes e o fim dos tempos para o surgimento de um novo, eu me sentia o grande responsável por aquilo tudo, o ciclo tinha uma harmonia muito forte e bela, a harmonia encheu meu peito, e começei a chorar(não fisicamente eu acho), um choro de pureza e emoção, deixei de ser parte da carne, acabei por me fundir completamente com um tudo, Só sentia o amor, o mais puro e simples amor, as fazes da terra e de toda a natureza que nos contorna a milhões de anos para frente e para traz de nosso tempo comum, vêr o ciclo de nossa casa, foi algo realmente, mas realmente incrível, aprendi que a vida é muito bela para ser desperdiçada, não da para ficar se prendendo, o que é certo e o que e errado? Errado é deixar de viver intensamente, viver por um motivo sem sentido. A vida é simples e puramente fantástica, tive um orgasmo psicológico fazendo parte disto, é como sentir “deus”. Ou melhor, fazer parte dele, e devemos ser realmente assim como tudo o que temos e não temos conhecimento.
Está parte foi muito foda para mim, simplesmente não queria sair dali, não precisava acabar mais, por mim levava a vida ali, sem corpo, sem dor, só amor. Meu corpo não me interessava(na verdade, esta palavra já tinha desaparecido de minha cabeça). Meu, havia morrido de tal maneira que eu era uma grande força, mas sentia que tinha mais de uma força, eram duas, e quando me misturava com está outra força a vida acontecia. Simplesmente o maior tesouro que ganhei durante todo minha vida, relembrar do que faço parte e sentir isto ao extremo, Posso afirmar que Todos nós já passamos por isto pelo menos 1 vez na “grande vida” só pode ser isto quando nascemos, só pode ser, a vontade de viver nos faz curiosos, o mundo deveria ser sempre assim aos nossos olhos, sempre alegre, sempre novo, queria Ter olhos de crianças sempre, as vezes o pesadelo era preciso para me fazer amar meu mundo e me fazer lembrar o quão belo ele é....
Tttttshhhhhhhhh.... Mais um enorme raio, me faz acordar retornar ao corpo, quando voltei eu queria Muito mais muito Urinar....
Tentei me mexer, mas não conseguia, tentei falar para minha irmã que precisava urinar, mas minha língua fazia um movimento lento e minha voz não saia por causa da falta de controle de manter o som saindo, nada respondia, ficava falando internamente, mas fisicamente não saia nada. Fiquei muito preocupado em mijar na barraca o que seria muito incomodo para minha irmã. Fiquei lutando para encontrar a coordenação correta para poder falar, com MUITA dificuldade eu disse, irmã, que..ro fazer xixi! -Ela me diz: aé?! -Eu: é, preciso ir rápido (Eu não sabia se eu estava falando ou só pensando, porque falar era demasiadamente complexo), a vontade era tão grande e os momentos pareciam eternos, ela foi se levantando de forma lenta, sentia como se não fosse aguentar, uma situação desesperadora que passava pela cabeça a possibilidade de tentar rasgar as paredes da barraca para me libertar e ir urinar. Eu não a enxergava de forma clara, de maneira muito estranha eu me sentei, e fiquei grudado na parede da barraca, olhando para minha irmã abrindo a barraca (estava quase me mijando), olho para ela e parecia que ela estava com o nariz no meio a testa e a testa crescia e cobria toda sua cabeça parecendo estar careca, os olhos se moviam livremente no rosto dela, como se fosse feito de água, como estava com a bexiga quase estourando isso era o de menos naquele momento! Quando ela abriu a barraca foi a parte interessante, ela iluminou lá fora e consegui disser: UAU! (maravilhado e sentindo um tanto de preocupação), me sentia em outro planeta, tipo, não foi aqui que montei a barraca, eu estava em um local totalmente modificado, distorcido, sinistro, e de certa maneira bonito, mas como tudo que é novo causa receio... O fundo da paisagem estava grudada com a parte mais próxima, quando fui me levantar da barraca, eu não conseguia retirar as cobertas de cima de mim que ficaram enroscadas na minhas pernas, minha irmã puxou elas e me senti mais livre, tentei levantar de uma vez para liberar a urina logo, ao me levantar com muita dificuldade cambaleei para um lado e para o outro, e levava tropicões, eu não enxergava coisa com coisa, o chão parecia uma parede enorme, não dava para dizer se estava olhando para frente ou para baixo, quando me movia tudo criava um rastro muito longo que dificultava na minha localização, minha irmã disse par ir ali na frente e fazer ali mesmo, eu estava tão fora de mim que tive de me agarrar em um tronco de árvore, mas estava distante e meus braços não alcançavam, cambaleei mais para frente com passos totalmente desequilibrados e descoordenados, tentei me agarrar na árvore, mas era um cipó e quase fui para o chão, minha irmã então disse que ali mesmo onde eu estava já era uma distância suficiente para urinar. Eu estava em uma tensão muito grande, com o coração saindo pela boca, comecei a mijar, foi um alívio físico, mas eu estava muito preocupado em como eu iria voltar para a barraca, eu tinha a impressão plena que todo aquele cenário poderia se modificar a qualquer momento, em minha cabeça o turbilhão era muito forte e eu fazia uma força imensa para não apagar, eu estava com medo de perder o controle e apagar ali fora da barraca naquele mundo sinistro em que me localizava, também pesava a questão da preocupação que minha irmã iria sentir. Terminando o ato de urinar que pareceu eterno, e cada instante me assombrava, tentei voltar rapidamente para barraca, o chão parecia se mover muito, e se afastava de mim, me sentia como se a cada passo eu fosse cair em um abismo, com o coração saindo pela boca soltei meu corpo para dentro da barraca me esforçando muito, meu coração pulava de tanto esforço e temor, a força da experiência era tanta que sentia que estava prestes a me fundir com o todo a qualquer instante e ter uma nova morte (de ego) ali fora, em que meu corpo ficaria jogado deixando minha irmã preocupada, enfim. Dentro da barraca só queria me acalmar, pensei em pedir para minha irmã cantar alguma música, para ver se eu relaxava, mas acabei desisti desta ideia. Jogado dentro da barraca, minha irmã colocou as minhas coisas (pernas e cobertas) para dentro da barraca, agradeci ela com poucas palavras por causa da dificuldade, mas com muita gratidão interior mesmo ela parecendo um ogro defeituoso por causa das “alucinações” (distorções visuais) (ela tinha até uma verruga na cara e está chegou colando nos meus olhos e dei uma afastada até hsshsshuhs.
Deitado novamente, olho no celular, eram 22:40, a complexidade de pensamentos continuava muito forte, como em um sonho muito real a conecção com o tudo me fez grudar em vários tempos e situações diversas, fui para festas, e de certa maneira as cenas se repetiam, porém cada vez que repetiam eu entendia algo novo sobre elas, algo sobre as pessoas destas cenas, sobre o que está ocorrendo nestes locais, me diverti, até encontrei muitos conhecidos nesta ocasião, e ficamos um bom tempo conversando, mas a prosa era muito limpa, muito agradável, sem sujeiras aconteciam de forma rápida também... muitos anos e tempos se passaram em tudo isto, a barraca também já não existia mais, dae, me encontrei com um familiar meu que faleceu uns dias atrás, que por sinal me interessei pelo estado mental que está pessoa se encontrava meses antes de falecer, era uma pessoa idosa, com problemas psicológicos, nos ultimos meses de vida foi constatado esquizofrenia, ela mesma não reconhecia as pessoas ao seu redor, filhos e parentes, cismava com coisas que por sua vez não apresentavam risco algum de acontecerem, mas antes disto tudo, ela era uma pessoa que me lembrava uma criança... tudo... mas tudo para ela era lindo e maravilhoso, ela viajava nas coisas simples e belas aos olhos de quem procura ver a verdadeira beleza. Realmente uma pessoa que sempre admirei por estas qualidades. Enfim eu sabia o que era aquilo tudo o que ela havia passado, sentindo na pele. Ruim? Não! Encantador, confuso e sinistro... Potss, muitas mais muitas pessoas me passaram pela cabeça a ponto de eu enfrentar várias experiências em tempos diferentes. Pessoas que nem mesmo lembro de Ter conhecido, personagens criados para me mostrar tais situações e aprender com as mesmas.
Ok, só mais um choque Yaaaaaahhhhh o corpo tremendo, meus dedos fazendo movimentos involuntários(tremendo mesmo) não tive de olha-los para saber disto eu os sentia apesar de tudo.
Agradeci pelas coisas aprendidas, agradeci por Ter experimentado a morte e então dar mais valor a verdadeira vida, agradeci por poder rever do que fazemos parte, agradeci por Ter levado bons tapas na cara, por Ter sofrido muito... nascer não é assim tão simples, o controle do cérebro é algo bem complexo, coisa que vai ficando mais automática conforme o tempo de experiência com o nosso meio de transporte físico, o corpo. Temos ele como meio adaptável ao mundo que surgimos, viemos do amor, e morreremos pelo amor.
00:30AM eu despertei, como um ser mais adaptado ao seu novo corpo, fiquei sentado, tentando entender o que tinha acontecido no tempo físico, acordei minha irmã e disse que tinha voltado, ela acorda lentamente e eu sorriu MUITO para ela, e dou-lhe um abraço forte de muito amor e agradecimento, apesar de estar vendo tudo torto ainda e se mexendo, eu tinha voltado para o corpo, estava mais adaptado, perguntei a ela que barulho era este, ela responde: qual? Eu: tem algum bicho voando aqui dentro? Ela: não pq? Eu: Hum estou ouvindo um zumbido no meu ouvido, como uma moto-serra(era isso o danado do barulho de moto e de avião que ouvi nos momentos pesados da trip), fiquei parado, simplesmente parado olhando para o nada, pensando muito, refletindo sobre tudo o que me havia acontecido durante estes muitos milênios fora deste tempo aqui e agora. Cheguei a perguntar para ela que dia estavamos, perguntar se tal festa tinha passado já, quando ainda faltava meses para acontecer.... perdidaço no tempo comum. O celular dela começa a tocar, ela atendeu, perguntei quem era, ela diz que é engano, mas o celular não para e toca novamente, peguei o celular, Alô? Quem está falando? disse eu, a pessoa responde: Ououww meu queeeemwww essstáa falandooow?, com a voz mole e distorcida, não tive reação novamente, fiquei com o celular na orelha, ouvindo o outro lado da linha que parecia estar tendo alguma festa, ou algo do tipo, com música e tudo mais. Desligaram...
Voltei a pensar sobre tudo, eu estava cheio de energia, alegria, satisfação e muita vibe boa. Queria sair correndo pra fora da barraca e gritar Obrigado mundo, pois de ti eu faço parte, eu queria sair pra ir brincar, como uma criança ansiosa para ir brincar com os amigos, no momento meus amigos era tudo o que me rodiava, o ar, a terra os vegetais, as pedras, as montanhas, as estrelas... queria sair da barraca, mas fiquei lá pensando o quão parado eu estava vivendo todos estes dias anteriores, mesmo com uma energia positiva, eu estava com ela parada, não estava distribuindo ela, estava só armazenando.
Hoje tudo que mais quero é compartilhar essa energia, esta força que faz a vida acontecer com outra pessoa, o outro poder que tudo movia a terra poderia ser uma mulher, é isso, a únião, a mistura de duas forças, compartilhando do mesmo amor, e gerando um vento muito forte, criando a vida... compartilhar energias...
Pensei, muita mais muita coisa mesmo, eu sorria muito, com os olhos de lágrimas, ria de mim, de tudo o que me ocorreu durante está viajem, afinal morrer não foi ruim assim, tudo de aparentemente ruim que me ocorreu, desconfortos psicológicos-fisicos foram muito necessários para que eu pudesse vêr, para que eu consegui-se acertar as coisas com meu eu, para poder sentir o significado de viver. Para poder dar um valor radiante do que é isto, chamado amor.
Eu quero muito viver, quero ser o maluco que todos olham e sentem vontade de se juntar a mim, e fazer aquelas loucuradas, com aquela carga positiva, espalhando isso para as pessoas. Ser livre de qualquer coisa que me prenda, mesmo se esta coisa for eu mesmo.
Não podemos nos prender, não podemos achar que estamos corretos e outros errados, até que tudo seja esclarecido para todos, tudo tem seu tempo e sua hora, oras, eu levei muito mais de 5000 anos para entender isto, mas entendi, quem sabe... o mundo já mudou tantas vezes, nós podemos mudar como ele muda... os opostos, a 2 forças...
Fiquei assim sentado, dentro de meus pensamentos até as 02:00AM, minha irmã dormindo novamente, eu estava eufórico, aproveitei meu novo corpo se adaptando para tirar umas fotos, eu precisava me vêr ksksksksksk eu parecia um alienígena, sai com umas caras de perdido nas fotos, ok, depois das fotos, fui curtir o meu visual, brinquei um pouco com os light sticks coloridos com efeitos psicodélicos de movimento e tudo mais, avisei minha irmã que ia abrir a barraca e fiquei olhando para fora, incrível mesmo, a visão estava magnifica e bem alterada, via tudo de maneira estranha, magica e alegre, com muitos efeitos, como nuvens quadradas, céu alaranjado e com riscos negros, fiquei bastante tempo ali curtindo o visu, e pensando também. Lembrei que, como havia nascido a pouco tempo, poderia experimentar tudo como se fosse a primeira vez, claro que o faro, estava incrível no meio da florestinha, para o paladar catei umas bananas que havia trazido na mochila e comi todas, que sabor incrível, tipo... quer experimentar?, é delicioso, isto se chama banana!
Putss, comecei a ficar cansado, olhei meus dedos todos curvando para todos os lados da visão, já era 04:00AM, só fui dormir por causa do cansaço mesmo, pois os efeitos ainda estavam muito fortes, achei que não ia passar tão cedo não, revendo as fotos de minha face, a foto se movimentava, meus olhos cresciam na foto e meu rosto esticava... estava forte bem forte, a barraca estava Torta, dando a impressão que estava caindo para um dos lados...
Mas, me deitei. E assim termina o inicio de minha nova vida!
Postei algumas fotos, antes e depois da trip, o meu sorriso conta a satisfação que eu estava após voltar a meu corpo e poder refletir sobre tudo o que tinha passado e estava passando com aqueles + ou - 37 cogumelos... um sorriso de criança. Que pretende viver magicamente o que me foi dado, a vida!
Foram mais ou menos 4 horas de trip profunda, com desprendimento do que chamamos de comum e mais 4 horas com os efeitos visuais, auditivos, etc ainda fortes tive sono profundo e também bem rico, calculo que os efeitos acabaram lá pelas 6 horas já que acordei meio “bebado” e também muito perdido. Na manhã acordamos eu e minha irmã com um sorriso enorme, e caimos na gargalhada conversando sobre tudo o que ocorreu. O que ela achou e passou sobre isto, está escrito abaixo por ela mesma com o titulo de “Um acampamento diferenciado”, colocarei como um quote(OBS ela não participa do fórum), mas acho que seria legal ela participar indiretamente deste tópico já que ela foi de grande importância nesta minha trip. Obrigado maninha!
Obrigado irmãos e irmãos CM, não tenham dúvidas de que fizeram parte desta trip fantástica que me ocorreu, no inicio e no “fim” reflexivo... Seus nomes, suas faces e energia estavam lá, obrigado de todo coração, eu lhes amo!
YYEEEEE quem tá afim de ir curtir hoje?, que tal um lual? Fogueira, barracas, viola e violão, vozes cantando, um vinho para esquentar. Melhor que isto só se todos nós estivermos com nossa pessoa amada, para esquentar na barraca e dançar em volta da fogueira!
Muita VIDA para todos, que as cargas positivas possam ser espalhadas por todos a nossa volta!
Com muito amor e sorrisos, figurinha...
irmã do figurinha disse:Um acampamento diferenciado
Chegando no local de acampamento, na maior canseira (afinal eu quase morri, rsrs)
Armamos a barraca e arrumamos tudo, aí beleza, lá estava um grande “banquete” de cogus
Vários secos e uns frescos. E lá foi ele comendo um por um,(que agonia, o gosto não deve ser nada agradável, uhauhauha)!
Já de noite resolvi comer meu lámen, fiz as coisas meio correndo pois se precisa-se de ajuda eu só tinha 15 minutos, eu não estava enchergando nada, resolvi pedir para ele me ajudar na iluminação, pois estava muito escuro e mexer com fogo no mato é perigoso. Fiz o lámen que mais fritou do que cozinhou!!(rsrs..). passando um tempo com ele iluminando, ele diz: - Até daqui 5000 anos irmã! Dei risada e disse :- Até!
Quando finalmente meu macarrãozinho ficou pronto entrei na barraca para comer.
Meu irmão me vira e fala: - Tava bom o lámen?
Novamente dei uma risada e disse: -Nem comecei a comer ainda!
Tudo estava tranquilo, comi e fui deitar.
Tinhamos levado light sticks coloridos para iluminar o lugar, creio que ficou tudo muito psicodélico pra ele (rsrsrs...)
Após acender os sticks e arruma-los fui dormir um pouco já que não tinha nada para fazer naquela escuridão!!
Aí que começaram as coisas...
Eu, naquele sono mais gostoso do mundo quando do nada :Umhuara! Pensei meu deus, o que é isso?? Meu irmão fez um som com a boca que não me fez sentido algum, Olhei rapidamente para o lado achando estranho, fiquei boiando, mas, não parecia nada de demais.
Eu estava tranqüila com relação a meu irmão já que confio nele e passei parte de sua Segunda trip ao lado dele.
Estava tentando dormir quando Ele disse:
- Estou sentindo o tal do choque!!
Não achei estranho pois ele já havia me explicado mais ou menos o que era aquilo.
Não entendi muito bem mas dá pra ter uma noção!
Passou uns poucos minutos e eu novamente quase dormindo começo a ouvir uma canção...e lá estava ele cantando uma música, em diversos tons de voz com volumes irregulares variando de altos e baixos, aí pensei:
“nossa, ele deve estar feliz!”...e deixei quieto, passou mais um minuto e ele começou a cantar uma outra música, a voz dele estava uma comédia(hahaha)
Resolvi dormir novamente já que vi que não havia nada de mais...
Em algum momento ele me diz: “posteb blah 8 braços” preferi não me envolver muito no assunto estranho.
O telefone tocou e era meu pai, meu irmão atendeu (achei melhor pegar o celular da mão dele e eu mesma falar) não era nada de mais.
Então tentei novamente dormir.
Outro momento curioso foi quando ele começou a fazer uns gemidos.. tipo assim : Uahh... Uahh... Uahh...
(parecendo de alívio ou algo do tipo)
Achei meio estranho, até pensei que ele podia estar passando mal mas deixei quieto.
Afinal se estivesse ele me falava.
Com algum tempo de sono meu irmão me pergunta: tem alguém....ai?(com este intervalo de tempo entre as palavras).
Eu achei estranho pensando que ele tinha escutado alguma coisa, e respondi, não!
Ai ele diz UFA como se estivesse aliviado, em outros poucos minutos ele me faz a mesma pergunta e a resposta foi a mesma.!
Depois de pegar no bom sono, acordo derrepente com ele falando num desespero:
- Água! água!!!
A garrafinha de água estava na frente dele, só que por algum motivo ele não enxergava ela, então peguei e ofereci a ele!
Passou uns 7minutos e de novo: - Água! Água!!!
Depois, ele sem olhar para mim diz:
- Nossa, tá forte!!
Imaginei que devia estar mesmo, se ele estava dizendo é porque estava né!
Depois eu fui dormir novamente. (estava difícil conseguir..rsrs)
Ele deitou e passou-se alguns minutos ,e os “Uahh... Uahh..” voltaram.
Teve também outro momento em que ele não parava de olhar para o celular, ele olhava com uma freqüência muito curta de tempo e pensei, não é possível que ele já esqueceu que horas eram.
Tempos depois, ele me acordou novamente, desta vez com vontade de fazer xixi, abri a barraca com muito sono, peguei a lanterna e iluminei em frente, e disse:
- Vai ali na frente mesmo!!!
Não sei que jeito ele conseguiu ir, foi tropeçando em tudo que tinha no chão, tentou se segurar em um cipó, mas que estava longe dele!
Eu falei: - Pode ir não vou olhar!!
Na volta para a barraca ele enganchou o pé numa pedra e num pedaço de galho que estava no chão, tava parecendo o Mr. Bean andando com as mãozinhas pra frente tentando equilibrar!! Mas ele conseguiu voltar são e salvo!! (hehe)
Novamente fui dormir...
Consegui dormir por algum tempo maior até que ele acorda Dizendo que já havia “voltado”. Lá para as 00:10h, o celular tocou de novo, não reconheci o número e desliguei, ligaram novamente e o Figura atendeu..
Não era nada, acho que foi engano (só serviu pra me acordar...rsrs).
Depois de um tempo ele foi olhar por fora da barraca, e aproveitei para dormir mais já que ele tinha dito que tinha voltado, então não me preocupei em abrir muito os olhos hihihi.
Dormi e só acordei na manhã seguinte.
Acho que em momento algum fiquei preocupada, ele havia me explicado tudo e fiquei mais sossegada, rimos muito juntos e também tentei entender um minímo do que é passar por situações como as quais que ele me relatou
Adorei o acampamento e a experiência como babá com meu maninho querido!!
fotos:
A ultima refeiçãoolhando para cima de manhãlocal massa mesmoo danado do cipó que me enganou, achei que fosse um tronco e tentei me agarrar mas não deu.pedrinha que me fez tropeçar varias vezesos famosos light stickso sorriso que diz muita coisa sobre o retorno de uma trip!
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